Um plano de vingança
Algum tempo depois...
Já faz algum tempo que me encontro esperando o Choi Sangjun me buscar desse lugar, mas até o momento, nada de sua presença aqui, o que acaba me deixando muito impaciente, afinal, não estou muito afim de ser atacado por algum roedor ou quem dirá algum animal peçonhento que pode estar escondido onde menos se imaginar.
Estava pensando seriamente em me levantar dessa imundice e sair andando por aí, mas o medo de ser encontrado por alguém conhecido ou pelos policiais estava falando mais alto. Não posso deixar isso acontecer, não quero ter de passar por esta humilhação, ser preso por causa daquele idiota do Dong-sun é o cúmulo do absurdo.
Enfim, decidi acalmar essa ânsia de sair daquele local e resolvi esperar por mais alguns minutos para o Choi Sangjun chegar para me levar daqui. Enquanto o homem não aparecia fiquei tentando traçar algum plano para dar uma lição naquele inútil, assim ele aprenderia com quem estar lidando.
O problema... É que esse tipo de ideia não vem fácil a minha mente, não estava conseguindo algo suficiente bom para fazê-lo me deixar em paz pelo resto da vida.
Também tinha sido ele o culpado pelo senhor Jung acabar no hospital, posso ter uma parcela de culpa nisso, mas com certeza o Dong-sun é o maior responsável, sem motivo aquele cara me tira do sério na maioria das vezes.
Enquanto meus pensamentos se elevavam ao longe, consegui ignorar totalmente os meus ferimentos causados pelo cara mais imprestável da face da Terra. Algo começou a cutucar, parecia um pé na tentativa de me chamar atenção, e aparentemente tinha conseguido:
— Me desculpe, senhor Kim Taehyung! Mas precisamos ir. Vou pedir para a minha esposa, que é enfermeira em um hospital da região, cuidar dos seus ferimentos. — Falou o homem, estendendo a sua mão direita para me ajudar a levantar do chão.
Assim que entrei no carro dele e durante o trajeto, ficou um silêncio que estava começando a me incomodar e para quebrar isso, resolvi contar para ele sobre o que tinha acontecido lá no hospital. E em pouquíssimo tempo, chegamos no nosso destino e entramos na porta da casa que dava acesso direto a sala de estar, e ele me pediu para que eu me sentasse no sofá, enquanto chamava a sua esposa. A mulher apareceu minutos depois, com um rosto simpático e um kit de primeiros socorros em suas mãos:
— Com licença, senhor, posso ministrar os cuidados aos seus ferimentos agora? — Indagou ela, esperando pela minha resposta.
Assenti com a cabeça, dando permissão para que a senhora Choi começasse a cuidar de mim. Confesso que em todas às vezes que a mulher passava alguma coisa sobre os meus ferimentos para fazer a limpeza, me segurava na cadeira para não gritar ou chorar feito uma criancinha.
Nunca fiquei tão feliz quanto estive ao vê-la terminando a limpeza e preparando os curativos, o que era ótimo, pois, aquela sensação ardida e dolorosa estava me torturando horrores.
Quando a senhora Choi finalizou os curativos, organizou a caixinha do kit de primeiros socorros:
— Prontinho, senhor! Não doeu nadinha, foi rápido até. — Disse enquanto respirava fundo.
— Muito obrigado, senhora! — Disse com um sorriso torto ao lado, mas por dentro com aquela enorme sensação de que iria morrer hoje.
— O senhor Kim Taehyung, está com fome? Minha esposa pode preparar algo neste exato momento. — Disse Choi Sangjun com um olhar de dúvida, mas bem empático.
— Estou sim! Mas não quero incomodar mais do que eu já fiz. — Disse todo sem graça.
— Se acalme! Aqui em casa, temos o costume de fazer um lanche durante a madrugada mesmo, não se preocupe com isso. — Disse na tentativa de me deixar mais confortável o possível.
— Ok, meninos! Irei preparar algo para nós comermos agora. — A senhora sorriu, enquanto terminava aquela frase, mostrando uma certa animação um tanto contagiosa. Só pelos temperos que estavam amostra naquela cozinha, podia ver que algo delicioso sairia dali.
Pouco tempo depois...
A esposa de Sangjun já havia terminado de preparar três pratos de kimchi, os servindo sob a mesa com um sorriso no rosto, principalmente quando colocou o de seu esposo.
Quero um romance assim.
Enfim, com gentileza, a mulher olhou para nós dois e preparou-se para dizer alguma coisa:
— Prontinho! Já podem comer! — Disse com toda a simpatia que podia demonstrar.
Com isso, começamos a devorar aquela magnífica refeição, e confesso que fiquei tão feliz por poder comer, que meus olhos chegaram a marejar por um momento.
Naquela situação que eu me encontrava, com o Sangjun demorando para ir me buscar estava começando a ficar desesperado, e minha mente apenas reproduzia várias vezes que eu teria de me tornar um andarilho durante a noite, fugindo para não ser pego e procurar algo para me alimentar de formas não convencionais, para não morrer de fome.
Enfim, é bom eu parar de pensar esse tipo de coisa, tenho de deixá-la no passado, isto é, tirando uma certa coisa.
Como eu vou fazer para me vingar daquele traste? E deixar uma marca tão grande que ele nunca mais vai me esquecer em toda a sua vida?
Até cogitei a hipótese de pedir ajuda para o Sangjun para criar um plano infalível, porém, acabei achando que ele só iria atrapalhar do que me ajudar, e outra, não estava muito afim de incomodá-lo, depois de tamanha gentileza.
Creio que amanhã a noite irei sair escondido um pouco, para poder pensar em como eu vou poder me vingar.
Engraçado... Sempre que precisei pensar em algum tipo de estratégia ou algum plano para ser utilizado, saia andando nas ruas da cidade, pois, aquilo me ajudava a pensar, e se tornava até um tanto reconfortante.
Não sei, posso ser considerado estranho para muitas pessoas, mas a minha mente funcionava assim, não há muito que eu possa fazer a respeito.
Enquanto estava com os meus pensamentos longe, senti alguém que me cutucava sem parar:
— Senhor Kim, senhor Kim! — Disse Sangjun preocupado.
Bom, por certo, aqueles toques foram o suficiente para me despertar do transe em que eu estava, e poder observar mais uma vez aquele homem que havia aberto sua casa para mim:
— O que foi? — Disse um pouco incomodado.
— Não é nada de mais, mas o senhor ficou tão disperso, como se algo estivesse lhe incomodando, e gostaria de saber o que é. — Disse Sangjun.
— Ah, não é nada... Só preocupações de um trabalhador. Não precisa se preocupar com mais nada que venha de mim, ok? — Disse com um tom de voz sério, tentando passar algum tipo de certeza para aquele homem.
— Me desculpe, senhor! Juro que não farei mais isso. — Disse todo sem graça.
— Quem precisa se desculpar aqui sou eu, Sangjun, fui grosso com uma pessoa que só está tentando me ajudar. — O respondi, tentando quebrar o péssimo clima que havia se instalado com as últimas falas.
— Sem problemas! O senhor só está nervoso com tudo que aconteceu essa noite. Deve estar cansado também... Amanhã se quiser, podemos montar um plano juntos, quer dizer, isso se não quiser fazê-lo sozinho, que tal? — Disse enquanto olhava diretamente para mim.
— Até amanhã te respondo. — Disse enquanto respirava fundo.
Após o aparente final daquela conversa, a senhora Choi me pediu para seguí-la até o quarto de hóspedes que se encontrava no final do corredor, ao lado esquerdo no segundo andar da casa.
Levantei da cadeira e fiz o que ela estava sugerindo, andando pelo assoalho daquele local, subindo as escadas e passando pelo corredor do segundo andar, até estarmos em frente a porta do quarto:
— Pode entrar, este será o seu quarto para essa noite, senhor Kim Taehyung. — Falou ela, com um belo sorriso, abrindo a porta do mesmo para que eu pudesse entrar no cômodo.
— Ok, muito obrigado por tudo, senhora Choi, tenha uma boa noite de sono. — Disse assim que entrei no quarto.
— Não há de quê, desejo ao senhor bons sonhos também. — Disse a mulher se retirando, em rumo a fazer algum afazer doméstico, trabalho, ou quem sabe o mais simples de se supor, dormir.
Assim que ela se foi, fechei a porta do quarto e fui até o banheiro para fazer minha higiene pessoal. Não seria fácil tomar um banho com aqueles curativos, mas me recuso a deitar na cama com as roupas que eu havia me sentado no chão naquele lugar abandonado.
Ótimo, havia um pijama no armário, e cabia em mim, o que era perfeito. Devia ser uma das vestes reserva do Sangjun, que não tinha um porte físico muito diferente do meu.
Bom, assim que terminei, saí do banheiro e andei em direção a cama, deitando nela, e percebendo com aquele gesto o quão cansado eu estava, pois, sem que muito tempo se passasse, acabei caindo em um sono bem profundo.
No dia seguinte...
O sol já havia raiado a um certo tempo, e eu me encontrava acordado, porém, ainda deitado na cama, me perguntando como eu consegui dormir depois de tudo o que tinha acontecido comigo.
Bom, depois de um certo tempo de uma incrível luta interna, levantei da cama, até porque eu não queria passar o dia todo deitado na mesma. E tinha o fato da casa não ser minha, então creio que não seria educado fazer esse tipo de coisa, eu acho.
Segui rumo ao banheiro mais uma vez, fazendo minhas necessidades fisiológicas, troquei a minha roupa pelas vestimentas que estava usando noite passada e saí do quarto, passando pela casa rapidamente até estar na cozinha, onde o casal anfitrião estavam sentados à mesa.
Soltei um aceno simpático aos vê-los:
— Bom dia, senhor e senhora Choi! — Disse enquanto puxava a cadeira para me sentar ao lado deles.
— Bom dia, senhor Kim Taehyung! — Disseram os dois quase em coro, com um lindo sorriso no rosto.
Após pronunciarem isso, a esposa de Sangjun me serviu com uma bela sopa de batatas, para nos esquentar naquela manhã mais fria do que o normal.
Estava uma delícia, e batata tem a peculiaridade de ser difícil de comer quando está bem quente, o que por algum motivo dava um charme especial para o prato que aquela mulher havia feito.
Assim que terminei minha refeição, tomei em mente um pensamento a cerca daquele ambiente, querendo perguntar para o Sangjun se eu poderia por um momento utilizar o seu escritório, principalmente o notebook, e pesquisar alguma notícia relacionada ao senhor Jung ou a mim, então tomei coragem, respirei fundo:
— Sangjun, será que posso usar o seu escritório um momento? Preciso verificar algumas coisas... — Pronunciei, esperando pela resposta dele.
— Claro senhor Kim Taehyung, e depois, se não for incômodo, poderíamos começar a pensar em seu plano, pode ser? — Disse o homem, enquanto bebericava um copo de água.
— Pode ser! — Disse enquanto me levantava da cadeira.
Andei até chegar a sala, e com mais alguns passos me encontrei à frente da porta do escritório, empurrando a mesma para sua abertura e logo a entrei, trancando-a atrás de mim. Fui até a mesa onde se encontrava o notebook e alguns papéis espalhados desordeiramente.
Me sentei na cadeira e liguei o notebook e peguei dois papéis e uma caneta, que com certeza seria útil para eu esquematizar o plano.
Com isso, passei horas e mais horas pesquisando como conseguir alguma forma de me vingar do Dong-sun, mas no final, não conseguia gostar das ideias que conseguia ter olhando na internet, o que de fato estava começando a me aborrecer.
Sinceramente, com o passar do tempo fui cogitando as ideias mais absurdas, como assistir alguma série para ter inspiração, filmes e variados, mas minha vida não é envolta pela mentira hollywoodiana. Voltando mais a realidade, pensei na hipótese de contratar um advogado, para me prevenir de qualquer investida judicial que aquele cafajeste possa fazer comigo, afinal, tenho certeza que ele já deve ter me denunciado a essa altura do campeonato.
Já estava anoitecendo...
Enfim, após um longo período dentro do escritório, pensei em sair disfarçadamente para caminhar na rua, poder esfriar a cabeça e quem sabe conseguir finalmente pensar em algum plano que preste.
Na verdade, é isso que eu vou fazer agora.
Assim que eu saí do escritório rapidamente tentando deixar tudo em ordem, assim como eu encontrei (tirando os papéis que já estavam bagunçados) pensei em perguntar para o Sangjun se ele teria um casaco e uma touca para que eu pudesse usar como disfarce.
Ao me aproximar dele, que se encontrava sentado no sofá despreocupadamente lendo o jornal diário, cutuquei o seu ombro:
— Licença, queria te perguntar uma coisa, posso? — Disse esperando pela resposta dele.
— Pode sim, senhor! — Disse um pouco surpreso.
— Será que você poderia me emprestar alguma roupa que eu possa usar como disfarce? Preciso sair um pouco para esfriar a cabeça, e caminhar sempre me fez bem. — Disse enquanto colocava a mão sob a nuca, com um sorriso desconcertado.
— Mas o senhor não acha isso perigoso? Creio que sair sozinho mesmo sabendo que está correndo um certo risco de ser preso ou acabar esbarrando com algum conhecido do Dong-sun. Seria um erro, não? — Falou preocupado.
— Não precisa se preocupar comigo, eu sei me virar muito bem sozinho. Então? Tem ou não alguma coisa que eu possa usar? — Disse um tanto nervoso.
— Acho que tenho uma blusa moletom com touca do meu filho, está guardada no quarto dele. Um momento, vou lá buscar para o senhor. — Disse enquanto se levantava do sofá.
— Ok, acho que isso irá servir como disfarce. — Disse enquanto sentava na poltrona ao lado do sofá.
Alguns instantes depois...
Sangjun voltou para a sala, carregando a blusa na qual tinha se referido a mim momentos atrás. A vesti rapidamente, conseguindo perceber com isso que a criança dele é bem grandinha, já que não tinha ficado tão apertado assim. Bom, Sangjun me entregou uma cópia da chave de sua residência, e assim que agradeci, me dirigi a porta, saindo da casa logo em seguida.
O dia não estava rendendo muito, o que era péssimo.
Assim que me encontrei na calçada em frente da casa, comecei a andar meio sem rumo, embora seguisse o percurso da rua, já que não conhecia absolutamente nada do bairro em que o Sangjun morava.
Bom, no final acabei encontrando uma praça, ao qual me sentei em um banco bem em frente do chafariz que se encontrava ao centro daquele espaço gramado. Por um instante, pensei que ficar sentado observando esse pequeno monumento iria me dar alguma luz para o que eu poderia fazer em relação à vingança, mesmo aquilo me transmitindo mais paz do que qualquer outra coisa.
Droga... Vinganças são difíceis
Cerca de uma hora se passou, e eu continuava lá, sentado no banco torcendo com todas as minhas fibras não encontrar nenhuma viva alma conhecida de Dong-sun, até que uma breve lembrança se fez presente em minha mente, que talvez, só talvez eu pudesse utilizar para alguma coisa.
Sábado próximo, vai ser dada uma festa beneficente ao qual as pessoas estão convidadas a aproveitar um baile de máscaras, já que esse seria o tema.
Pensando agora, acho que seria uma ótima ideia ir, assim eu conseguiria alguma forma de conversar a sós com aquele traste, poder... Ameaçá-lo de colocar vários de seus vídeos pornográficos no YouTube se ele optar por não retirar a denúncia que fez contra mim na delegacia, ou melhor, posso juntar as provas e as testemunhas das garotas que Dong-sun já havia se relacionado nesses vídeos, principalmente as que ele maltratou ou violentou sexualmente.
Descobri isso a um tempo, quando entrei no quarto dele para pegar uma troca de roupa já que ele odiava que eu usasse as deles.
Nessa procura por algo que me agrade, acabei descobrindo um diário que ele escrevia praticamente tudo que fazia em seus relacionamentos.
Sim... Dong-sun é um cara muito estranho que parecia não ligar para se alguém acabasse por encontrar o seu diário, na verdade, acho que ele deve crer que é normal fazer coisas horríveis com as garotas.
Creio que essa vai ser a melhor ideia que eu vou conseguir ter para minha vingança, então, decidi voltar para a casa do Sangjun, andando pelo caminho que eu tinha feito até chegar ali.
A cada passo que eu dava, as lembranças da noite passada me vinham a mente. Aquela sensação prazerosa de quebrar a cara daquele desgraçado me voltava, mas também, a dor e a humilhação de ser agredido do lado de fora do hospital se tornavam presentes novamente em minha cabeça.
Até onde eu sei, lá tinham câmeras em tudo quanto era canto, ou seja, poderia arrumar um jeito de hackear o sistema de vigilância do hospital para conseguir acesso ao que elas gravaram ou entrar em contato com um advogado para conseguir um documento oficial do juiz, que autorizaria a obtenção das gravações para o uso como provas oficiais, caso ele realmente tenha me denunciado.
De qualquer forma, irei usar esses vídeos do Dong-sun em primeira instância, como uma precaução.
Ok, então juntando o plano da festa beneficente com os vídeos, acho que consigo acabar com a vida daquele merda de uma vez por todas.
Enfim, no trajeto de volta, estava tão distraído com o meu plano que acabei esbarrando com alguém, o que me fez voltar para o mundo real praticamente no mesmo instante.
Olhei para a pessoa sem saber quem era, e pude observar um rapaz que parecia ter uma idade mais ou menos parecida com a minha, trajado de uma jaqueta de couro e uma touca preta. Nessas situações, o certo a se fazer é pedir desculpas, correto? Então me virei a ele, pois, não estava com vontade de arranjar mais confusão do que eu me encontrava:
— Me desculpe, te machuquei? — Disse esperando por sua resposta.
— Não, nenhum pouco. — Me respondeu num tanto assustado.
— Ótimo! Você parece mais ou menos da minha idade, qual é o seu nome? Sei que é estranho uma pessoa aleatória puxando assunto contigo e tal, mas é que eu realmente estava precisando conversar com pessoas diferentes para dar uma mudança de ares para variar. — Disse todo sem graça.
— Confesso que é um pouco estranho mesmo, enfim, me chamo Jeon Jungkook e você? — Disse um pouco surpreso.
— Ah, o meu nome é Kim Taehyung! Tenho de ir agora, antes que meu amigo fique neurótico por eu ficar demorando na rua. Precisei ficar algum tempo em outro lugar, e acabei indo para a casa dele, até que o clima esfrie lá em casa, sabe? — Disse enquanto passava a minha mão sob a nuca.
— Ok, até qualquer dia ou sei lá. — Disse Jungkook um pouco confuso.
Não sou de ficar puxando conversas aleatórias, mas não sei... Creio que eu estava realmente precisando falar com alguém diferente dessa vez. Andamos em direções opostas seguindo o caminho que estávamos fazendo anteriormente.
Resolvi aumentar o ritmo por um tempo e após fazer isso, não demorou muito para que eu chegasse na casa do Sangjun, que estava me esperando na porta assim como um dono esperava seu cachorro fazer suas necessidades durante a noite. Assim que me viu, o homem deu um aceno leve com as mãos:
— O senhor não acha que ficou muito tempo na rua? E se algum conhecido passasse perto e acabasse te reconhecendo? — Disse enquanto entrávamos na casa.
— Relaxa! Passei o tempo todo de touca, e mesmo se alguém tivesse me reconhecido teria dado um jeito de resolver isso. — Disse enquanto tirava à blusa moletom que ele tinha me emprestado.
— O senhor parece não temer nada, como pode isso? — Disse inconformado.
— Eu gosto de sentir esta adrenalina ou de correr um certo perigo, no final, é divertido, acho que a vida melhora muito quando nos permitimos sentir mais esse tipo de coisa. Bom, agora eu vou para o quarto de hóspedes descansar, boa noite Sangjun. — Pronunciei após ter entregado a blusa de seu filho para o pai, e comecei a subir as escadas.
Assim que cheguei ao quarto, tranquei a porta e andei em direção a cama, deitando-me no colchão, pensando seriamente em passar no escritório e colocar o meu plano escrito e detalhado amanhã.
Hoje, eu só quero aproveitar o cansaço que me guiava a relaxar o corpo, fazendo com que minha mente relaxasse e eu após pouco tempo, conseguisse entrar em um sono profundo.
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