Conhecendo o novo advogado
Dois dias se passaram...
Finalmente chegou o dia de conhecer este tal advogado que a Hyo-Joo tinha me recomendado. Confesso que estava ligeiramente ansioso e inseguro sobre esta conversa que terei com o mesmo, não sei se ele realmente vai querer pegar o meu caso.
Que consistia em acusar sobre todas as coisas horríveis e criminosas que o Dong-sun fez contra mim e com outras pessoas ao decorrer dos anos. Não será um caso fácil para vencer em um tribunal de justiça, mas acho que não custará em nada tentar, pelo menos.
Faltavam cerca de uma hora para me encontrar com este cara e confesso que, mesmo estando ansioso e inseguro, sinto que nesta conversa terminará positivamente. Não sei se é excesso de autoconfiança ou um sexto sentido, mas prefiro acreditar que tudo estará ao meu favor hoje.
Estou buscando em ser otimista ultimamente, já que dizem que ter pensamentos negativos só atraem coisas ruins em nossas vidas. Não sei se isso é verdade, mas é melhor não me arriscar. Pois, só quero colocar um ponto final neste drama sem fim da minha vida por conta daquele ser que tanto insiste em me perseguir.
O meu único momento de paz é só quando estou ao lado de Jungkook, ele me faz esquecer que a minha vida é muito turbulenta. As coisas que sinto por ele, é o que me dar forças para continuar até conseguir resolver todos os problemas causados pelo filho mais velho do senhor Jung.
E falando no mais velho, faz um tempo que não o visito e acho que só conseguirei vê-lo, quando finalmente colocar o Dong-sun na prisão. Isso, se ele me perdoar por ter colocado o seu amado filho em um lugar asqueroso junto com outros bandidos mais perigosos do país.
Provavelmente, ele não vai querer saber de mim tão cedo. Ele sabe que o filho não presta, mas acho que no fundo, ele tem esperança de que um dia, o seu filho se arrependa de tudo e tente se tornar uma pessoa melhor no futuro. Muitos acham tolo e cego por acreditar nisso, mas acredito que muitos pais tem esta esperança de uma certa forma.
Fui obrigado a sair no meio de meus devaneios, quando sinto o meu celular vibrar em minha mão esquerda. O que me fez o olhar diretamente e vi que era uma ligação do advogado Lee Seung-Min. E imediatamente, o atendi:
— Alô, tudo bem? Me desculpe perguntar, mas, por que me ligou agora? Aconteceu alguma coisa? Me ligou para dizer que não tem como conversarmos hoje? — O bombardeei de perguntas e a minha perna direita começou a bater no chão de tão nervoso que fiquei com esta ligação.
— Calma, calma, senhor Kim. O motivo da minha ligação seria para pedir ao senhor que chegasse uns quinze minutos mais cedo do combinado. Pois, eu tenho um compromisso com o meu pai que não o vejo há um tempo e agora que tinha me lembrado aqui. — Se explicou rapidamente e mantendo o mesmo tom de voz séria de sempre.
— Tudo bem. Então, vou sair porque já faltam menos de vinte minutos para nos encontrarmos agora. Até daqui a pouco, senhor Lee. — O respondi, já me levantando do sofá e indo em direção a porta.
Algum tempo depois...
Faltava menos de 2KM para chegar no destino final, escritório do meu possível advogado que me ajudará em acusar aquele maldito que não merece mais em ser mencionado até o dia do julgamento. Fiquei pensando se ele realmente será de grande ajuda ou uma pedra no meu sapato, pois, vai que ele seja um infiltrado ou amigo do advogado do inominável?
Mas acho que as minhas paranóias acabaram passando dos limites agora, nem o conheço e já estou especulando coisas que nem fazem sentido se for parar para analisar com mais calma. Melhor julgá-lo após o conhecer, acho que será mais justo assim.
E depois de ter estacionado o meu carro em uma rua ao lado do escritório dele. Saí do veículo rumo a entrada do edifício espelhado e fui em direção ao balcão, onde se encontrava três recepcionistas. Sendo que duas estavam atendendo às ligações e apenas uma, estava folheando um documento e parecia bem distraída com o mesmo. E com isso, bati levemente os meus dedos no balcão com a intenção de conseguir chamar a sua atenção:
— Com licença, poderia me tirar uma dúvida? — Perguntei para a recepcionista que tinha o seu cabelo amarronzado.
— Boa tarde e que dúvida seria este, senhor...? — Me respondeu e fez uma pequena pausa com o objetivo de que completasse a frase.
— Perdão, me chamo Kim Taehyung. Eu gostaria de saber qual seria o andar que se encontra o escritório do advogado Lee Seung-Min? — Me apresentei e finalizei com uma indagação.
— Aguarde um momento que irei verificar para o senhor. — Me pediu e no mesmo instante, começou a digitar em seu computador.
— Tudo bem. — Respondi simplesmente.
— Bom, o escritório dele fica no 16° andar e o senhor terá que se comunicar primeiramente com a secretária Park, tudo bem? E o elevador fica uns dois minutos à sua direita. — Me explicou tudo e finalizou com um sorrisinho de lado.
— Ok, muito obrigado. — A respondi e me direcionei ao elevador que me orientou a ir.
Após ter entrado no elevador, cliquei no andar que ela tinha me dito e fiquei esperando até que chegasse para poder ter a tão aguardada conversa com este tal advogado. Agora terei que ser o mais otimista possível e me acalmar ao máximo que puder para que nada pudesse dar errado mesmo.
E assim que cheguei, saí daquela caixa metálica e me direcionei até a mesa de vidro no qual se encontrava uma jovem secretária que estava distraída em seu notebook de última geração. Forcei uma tosse para chamar a sua atenção e com isso, ela me encarou um pouco assustada:
— Boa tarde, eu marquei uma reunião com o advogado Lee Seung-Min. E eu me chamo Kim Taehyung. Poderia ver se ele pode falar comigo agora ou se está ocupado com algum cliente? — A questionei, mesmo achando que devo ter a assustado mais ainda por ter falado tudo de uma vez só.
— Ok, senhor Kim. Irei até ao seu escritório para verificar isso. Aguarde sentado naquela poltrona e se quiser tomar um café ou um chá? Pode ir até aquela pequena copa para beber uma destas opções, está bem? — Me respondeu e logo em seguida, se levantou em rumo até ao local mencionado inicialmente.
Cinco minutos depois...
A jovem secretária voltou e disse que ele está disponível para discutir sobre o meu caso. E depois disso, levantei da poltrona, deixando uma pequena xícara de chá de camomila numa pequena mesa de centro. Andei seguindo as orientações da jovem que disse que ficava na primeira direita e depois, entrava na segunda esquerda do andar.
Após ter parado em frente a porta de seu escritório que se encontrava semi-aberta, o bati devagarinho. E como resposta, ele me pediu para que entrasse e sentasse numa cadeira em frente da sua. O mesmo se encontrava, guardando algumas documentações em uma pasta preta e depois, o deixou sobre a mesa ao lado de seu computador.
Respirei fundo com a intenção de pensar em como iniciar esta conversa, nunca fiquei tão nervoso assim, parece que nunca procurei um advogado antes. Não sei se é medo dele negar em pegar o meu caso e o meu plano de vingança ser destruído por completo ou pelo simples fato de ser uma pessoa insegura mesmo.
E assim que consegui juntar algumas frases em mente, o encarei e percebi que ele estava fazendo o mesmo. Ele aparentava está um pouco impaciente e sei o por quê dele está assim, tem compromisso de se encontrar com o seu pai daqui a pouquinho. Enfim, chega de enrolação e decidi em começar esta conversa de uma vez por todas:
— Boa tarde, tudo bem? Me desculpe pela demora para iniciar a nossa conversa, mas acho que o nervosismo me paralisou um pouco. Então, tentarei ser o mais prévio possível e... — Me explicava até acabar sendo interrompido por ele.
— Boa tarde, tudo bem. Relaxa, às vezes isso acaba acontecendo mesmo. Por favor, me explique detalhadamente sobre o seu caso e eu, irei analisá-lo para ver se vale ou não a pena de pegá-lo. — Me pediu sendo o mais direto possível e o seu semblante se encontrava bastante concentrado.
— Ok! Inicialmente, o meu problema começou quando fui acolhido por um senhor que acabei o conhecendo numa estação há quase seis anos atrás. E acabei conhecendo o seu filho mais velho, Jung Dong-sun. Este filho começou a me perseguir por motivo que até hoje o desconheço. Mas não foi uma perseguição guiada por uma simples implicância ou algo do tipo. Ele parecia se divertir em praticar tanto uma violência física e a psicológica. Tenho até uma cicatriz em meu abdômen para comprovar no que estou te dizendo... — O contava, até que mais uma vez acabei sendo interrompido pelo mesmo.
— Uma cicatriz!? Tem uma foto para me mostrar ou se não for um constrangimento para você, poderia me mostrar agora? — Me solicitou, ainda mantendo a mesma concentração de antes e parecia está começando a se interessar pelo caso.
— Ok, por favor não ria quando o ver, sei muito bem o quão ridícula que é. — O pedi e com isso, me levantei e desabotoei alguns botões da minha camisa social preta, o mostrei logo em seguida.
— Uau, na verdade, é um pouco bizarra, isso sim. Me desculpe, pode continuar no que estava me contando. — A sua expressão tinha mudado pela primeira vez, parecia que se surpreendeu no que tinha acabado de ver e me pediu para continuar de onde tinha parado.
O contei até chegar a fatídica noite que ocorreu a nossa briga em frente ao hospital no qual o senhor Jung se encontrava internado, por conta da pequena briga que tivemos lá na mansão o qual fez passar muito mal. Também sobre a denúncia que aparentemente foi retirada pelo o inominável, mesmo eu tendo dúvidas sobre isso até os dias de hoje. E por último, contei sobre as meninas que se relacionaram com ele e aproveitei para contar sobre a agressão que o Jungkook sofreu recentemente.
Após ter o contado tudo, o pedi um copo de água e ele se levantou em direção a uma pequena mesa onde se encontrava uma jarra de água, copos de vidros e uma garrafa térmica que provavelmente, continha café. E voltou com dois copos cheios de água, deu um para mim e o outro, ficou com ele. O mesmo ficou um tempo sem dizer nada, como se estivesse analisando cada palavra que tinha saído de minha boca.
Confesso que isso me deixou no tanto receoso e nervoso, pela sua demora, parecia que estava arrumando um jeito de dizer que não aceitaria em pegar o meu caso por achar que não valeria a pena o seu esforço. Resolvi ficar olhando ao redor de seu escritório como uma forma de me distrair, já que não tinha mais nada para fazer a não ser em esperar pela sua tão temida resposta que pode ser tanto positiva e negativa.
Depois de alguns segundos que me pareceu mais uma eternidade, parei de encarar as coisas que tinham neste lugar e resolvi, o encarar mais uma vez já que estava começando a perder a minha paciência. Estava pensando seriamente em levantar e ir embora, não existe só ele como advogado neste país, poderia muito bem de encontrar um outro que não fique enrolando tanto para me dar uma resposta.
Antes que me movesse para levantar, Lee Seung-Min, me pareceu que iria dizer alguma coisa:
— Me desculpe por demorar tanto em analisar sobre tudo que me contou. É que precisava ter a certeza no que estarei me metendo... Pelo o que entendi, o senhor está sendo perseguido injustamente por uma pessoa desequilibrada e que, provavelmente é dotada por uma personalidade criminosa. Certo? — Me indagou, como se ainda estivesse tentando em entender o meu caso.
— Resumindo? Acho que sim, ele é um perigo até para o seu próprio pai e a todos que convivem ou já conviveram com o mesmo. — O respondi e soltei um suspiro frustrado.
— Entendi. Pelo o que estou vendo aqui... Não consigo entender em como, este homem ainda se encontra em liberdade. Pelo visto, ele deve ter ótimos advogados que sempre o socorrem quando corre algum risco de ser preso ou processado. Porque só assim, explicaria em poder fazer estas coisas sem medo das consequências. — Divagou e passou a sua mão direita sobre o queixo.
— Pode-se dizer que sim. E ele acha que o dinheiro resolve tudo, acha que o mundo gira ao seu redor. Então, aceita em pegar o meu caso ou não? — O questionei, um pouco impaciente.
— Sim, eu aceito. E a nossa próxima reunião será marcado, assim que você juntar o máximo de provas possíveis e me entregar para que eu possa, os estudar. E por fim, poder levar para os especialistas e apresentar para o juiz, quando ocorrer o julgamento. Foi bom em discutir sobre o seu caso e agora, tenho que ir para me encontrar com o meu velho pai que deve está todo agoniado de tanto me esperar lá na recepção. — Me respondeu e confesso que fiquei muito aliviado por ter o aceitado.
— Está bem, farei o possível para te entregar as provas o mais rápido possível. Já tenho alguns, mas acho que não seria o suficiente ainda. E me desculpe, se acabou se atrasando por minha culpa, não foi a minha intenção... — Falei e finalizei, me desculpando e levantei da cadeira junto com ele.
— Relaxa. Eu que demorei demais em te dar a resposta. Tenho uma mania chata de analisar até os mínimos detalhes mesmo. Me acompanhe até ao elevador, já que só tem um funcionando neste andar, o outro está quebrado desde o dia que comecei a trabalhar neste lugar. — Me pediu e finalizou, dando de ombros.
Saímos de seu escritório e ele levava consigo, uma pasta preta que tinha arrumado assim que eu tinha chegado aqui. E assim que já nos encontrávamos no elevador, fiquei o analisando e não era uma loucura da minha cabeça ou estou vendo demais. O cara realmente é muito bonito, parece aqueles atores de doramas e que são sempre os protagonistas da trama.
Ele é alguns centímetros mais alto do que eu, ombros largos, cabelos pretos e curtos, com uma mecha jogada pra trás por conta de gel ou fixador. Tinha um olhar super intimidador, voz firme e séria, um rosto que parece que foi esculpido pelos deuses gregos. Usava terno e calça pretos, camisa social branca e gravata preta, por fim, sapatos sociais pretos de alguma marca famosa.
A forma que eu o encarava, parecia que estava dando em cima dele, ainda bem que o Jungkook não veio comigo. Porque com certeza, ele iria brigar comigo depois. Mas para o meu próprio bem, melhor parar de encará-lo que nem um psicopata e sair deste elevador que já tinha aberto as portas no andar da recepção.
Enquanto andávamos em direção a saída, o olhei pela última vez e vi que tinha se encontrado com um senhor que me parece muito familiar. Parei em um canto próximo a saída, fingi que estava mexendo no celular para poder analisá-lo melhor. E para a minha surpresa, era o senhor Lee, mordomo da mansão da família Jung.
Os meus olhos mal podiam acreditar no que estava vendo e quando, eu menos esperava, os dois estavam andando em minha direção. Não consegui ter outra reação a não ser de esperar para ver no que iria acontecer a partir de agora. O primeiro a falar foi o mais velho que aparentava em estar bastante surpreso com a minha presença neste lugar:
— Senhor Kim!? O que faz aqui? Me desculpe pela intromissão, mas fiquei curioso em saber o que te trouxe até aqui. E antes que me esqueça, quero te apresentar o meu único filho, Lee Seung-Min, ele é advogado e trabalha aqui há algum tempo, tenho muito orgulho dele. — Me lançou várias perguntas e finalizou, apresentando a pessoa que passei uma boa parte do tempo preso em um escritório.
— É uma longa história, senhor Lee... Seu filho!? Mas que coincidência, digamos que o contratei para ser o meu advogado para resolver um caso que o senhor deve saber muito bem qual é. — O respondi, um pouco sem graça.
— Entendi... Ainda sobre aquilo? Meu jovem, não seria melhor deixar esta história pra lá, tu sabe que o senhor Jung não iria gostar de ver os dois de seus filhos brigando na justiça e muito menos, ver um deles numa prisão ou até pior, em um cemitério. — Me suplicou, já cansado desta história sem fim.
— Eu sei disso. Mas necessito colocar um ponto final de uma vez por todas, porque não aguento mais em ter que ser obrigado a passar por tantas atrocidades, calado. Por favor, me entenda que foi a minha única solução e que está dentro da lei, não quero parar em um caixão para que ele possa pagar por tudo que fez, dentro de uma prisão. — O justifiquei e soltei um longo suspiro de tão frustrado que fiquei com o pedido do velho mordomo.
— Tudo bem, só não se arrependa depois... — Dizia, mas acabou sendo interrompido pelo seu filho que se encontrava levemente impaciente com o assunto de nossa conversa.
— Pai, por favor. Temos que ir ao restaurante, não podemos perder a reserva que custei tanto para conseguir. E te peço para deixar o senhor Kim em paz, ele sabe o que deve ser melhor para a sua vida. — O pediu, já o puxando para poder sair do edifício de uma vez por todas.
O senhor de idade apenas acenou como uma forma de se despedir de mim e eu fiz o mesmo. Ainda bem que ele conseguiu acabar com esta conversa que estava começando a me deixar agoniado. Sei que ele não quer que nenhum de nós acabe sofrendo um preço irreparável, mas ele tem que entender que não dar mais para suportar com esta perseguição sem fim.
Preciso urgentemente em colocar um fim nisso, antes que a minha vida seja ceifada por aquele que tanto me odeia...
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