A proposta
Taehyung
Quase uma hora se passou...
E as duas ainda se encontravam lá dentro, confesso que estava me controlando o máximo que podia para não entrar lá dentro para participar desta conversa. Mas não podia estragar tudo e acabar colocando tudo a perder por conta de minha impaciência.
Então, apenas respirei fundo e busquei em distrair a minha mente com o celular. Resolvi mandar alguma mensagem para o Jungkook, o perguntando sobre se estava melhor ou não. Eu sempre faço esta mesma pergunta mesmo já sabendo da sua resposta que seria do tipo, que estava se recuperando bem e que até se esquecia da existência de seus hematomas já que não doíam mais.
Taehyung:
Oi, sou eu. Sei que já deve estar cansado de responder a mesma coisa, mas você está melhor do que a última vez que conversamos? Gostaria muito de poder vê-lo e sei que é pedir muito, mas poderia ir ao meu apartamento daqui quatro dias? Se a resposta for sim? Passarei o endereço direitinho. O horário será de sua preferência, é claro.
Após ter digitado o que queria, cliquei em "enviar" e agora não tenho mais nada para fazer a não ser em esperar que a conversa delas acabe. Se for do jeito que planejamos, só faltaria dela me apresentar à senhorita Park Chae-won e torcer para que aceite em nos ajudar.
Estava começando a me cansar em ficar olhando as pessoas andando para lá e pra cá. Confesso que em alguns momentos, fiquei até tonto e agoniado ao mesmo tempo. Eles não paravam nem por um instante para descansar, parece que cada segundo do dia é muito precioso para os mesmos. E acho que nunca entenderei o sentido de correr tanto assim, parece que eles esquecem de curtir um pouco a vida.
Fui obrigado a sair no meio de mais um devaneio, quando ouvi umas vozes femininas próximas a mim. Sendo que uma delas era bem familiar e que com certeza era da Seo-Yun, a voz dela já se tornou inconfundível nestes últimos tempos. Então, resolvi focar nos meus olhos nela, já que antes estava olhando para o lado contrário dela.
Mas antes que pudesse fazer isso sem soar muito estranho, a jovem empregada segurou o meu braço e depois, desceu a tua mão até a minha. Fiquei bastante confuso na hora, até que a minha visão focou na jovem Park que estava da mesma forma que eu, sem entender nada no que estava acontecendo. E com isso, ela forçou uma tosse para chamar a nossa atenção:
— Chae-won, queria te apresentar o meu namorado. O nome dele é Kim Taehyung e você deve está se perguntando o motivo de ele não ter entrado junto comigo. Mas é porque ele achou melhor assim, para não me atrapalhar na minha pesquisa. Sim, sei que é muito estranho... Mas pelo menos, deu certo e consegui as informações necessárias para o trabalho. — Nos apresentou com um sorriso ladino e eu permaneci sem reação.
— Prazer em conhec... — Dizia, mas acabei sendo interrompido pela jovem secretária que aparentava não acreditar no que estava acontecendo.
— N-Não pode ser, isso não pode está acontecendo. Ele te mandou aqui para bisbilhotar a minha vida e arrumar um jeito de voltar para as mãos nojentas dele, né? — Gaguejou, enquanto dava alguns passos para trás.
— A senhorita me conhece? De quem está falando? — A indaguei, mais confuso do que nunca.
— Você não é da família Jung? Eu já vi algumas fotos de vocês juntos nas revistas. Olha, fala para aquele babaca que não sou tão manipulável que nem antes. E então, ele pode esquecer que eu existo a não ser que queira ter nome sujo na polícia e... — Cuspiu todas aquelas palavras, enquanto segurava as lágrimas que insistiam em rolar em teu rosto.
— Calma, vamos conversar e tenho certeza de que não é nada disso no que está pensando. Eu não vim a mando de ninguém, eu só queria encontrar alguém que pudesse me ajudar a colocá-lo na prisão e pagar por todo o mal que já tenha cometido em todos os anos de sua existência. — Expliquei, buscando ser mais convincente possível.
— Como posso ter a certeza de que não está mentindo para mim? Não sei se posso confiar em alguém que mora no mesmo teto que aquele crápula... — Questionou, enquanto limpava o rosto com o dorso de sua mão esquerda.
— Olha, vou te mostrar algo que nunca mostrei a ninguém. Mas não queria mostrar aqui em meio a tanta gente, já que não me sentiria confortável em ver tantos estranhos o olhando. Entretanto, sei que não iria concordar em ir para um lugar mais reservado já que ainda não confia em nós. Então, irei te mostrar e por favor, não se assuste muito porque não é algo muito bom de se ver. Está bem? — A propus em mostrar algo que sempre busquei em escondê-lo, mesmo sendo um lembrete de um dia tortuoso para mim.
— Está bem. Mas depois disso, vou embora já que o meu horário de almoço está prestes a acabar. Se for mais uma armadilha para que alguém me pegue por trás, enquanto estivesse distraída seja lá o que for? Eu juro que não responderei por mim. — Avisou, enquanto estreitava os teus olhos para nós.
— Calma. Juro que não é nada no que está pensando... Irei te mostrar agora e depois, veremos se sou digno de tua confiança ou não. — Falei e soltei um suspiro como uma forma de criar coragem no que estou prestes a fazer.
Ela ficou esperando no tanto impaciente, enquanto eu abria o zíper da minha jaqueta da cor marrom escura. E depois, levantei levemente a camiseta branca e assim que os teus olhos focaram na minha cicatriz que acabei adquirindo em uma das várias brigas que já tive com o Dong-sun. Se arregalaram e a tua boca ficou entreaberta, a Seo-Yun obteve a mesma reação.
Já sabia que elas teriam esta reação ou até pior, pois, era uma cicatriz que estava escrito a palavra "fracassado" em inglês e que tinha sido feita a faca de cozinha. Sei que é bem envergonhoso ter isso no corpo, mas foi uma forma que o Dong-sun arranjou para que eu finalmente entendesse o quão inferior era perto dele.
Elas ficaram por alguns ou vários segundos sem dizer nada e isso, estava acabando comigo. Já estava me arrependendo em ter mostrado algo tão ridículo como este, mas não obtive uma outra alternativa a não ser em recorrer a isso. Como uma forma de convencê-la que não sou nenhum capacho daquele maldito ser.
E quando já estava com a jaqueta fechada com o zíper, buscava em como sair dali de tão envergonhado que me encontrava. Até que a jovem empregada resolveu se pronunciar sobre:
— Bom, não sei no que dizer e muito menos no que está acontecendo aqui. Só sei que se a pessoa que te fez isso, for a quem estou pensando!? O senhor Jung corre sérios riscos em ter aquele homem lá na mansão... Se ele foi capaz de fazer isso com o senhor, sabe-se lá no que ele seria para conseguir ter toda a herança da família para si. Ou seja, mataria todos que compartilham o mesmo sangue que ele sem pensar em duas vezes. Ok, acho que exagerei um pouco... Tenho que parar de ver esses filmes de ação. Me desculpem. — Divagou, mas logo em seguida se arrependeu no que tinha dito e se encolheu todinha atrás de mim.
— Então, não seria algo que duvidaria que ele seria capaz de fazer mesmo. Ele já me considera uma ameaça, mesmo não sendo filho biológico do senhor Jung. Enfim, senhorita Park, agora acredita em nós? — A questionei, assim que assimilei em tudo que a jovem empregada tinha falado.
— Ok, quando que ele fez isso? E por quê que ele resolveu em te torturar desta forma? E por qual motivo, resolveu vir até aqui? Quero saber de tudo para ter a certeza no que estou me metendo. — Lançou várias perguntas de uma vez só.
— Acho que aqui não seria um local apropriado para responder estas perguntas. Que tal, irmos para uma cafeteria após o teu expediente para podermos tirar todas as tuas dúvidas com mais calma? — A propus, enquanto a olhava com a esperança de que aceitasse.
— Olha, não sei se seria viável me encontrar com uns completos estranhos e... — Falava, mas acabou sendo interrompida pela Seo-Yun.
— Ei, pensei que já me considerava pelo menos uma conhecida. Poxa, achei que tivesse gostado da conversa que tivemos lá dentro. — Comentou com um tom de indignação e soltou um longo suspiro no final.
— Isso até eu saber o real motivo de ter se aproximado de mim, assim tão de repente. Estava quase a considerando para entrar na minha lista de amigos que, confesso que tem quase ninguém. Mas no que estava dizendo mesmo? Ah, é, preciso pensar sobre isso e se vale a pena em ter que encarar uma parte de meu passado que sempre busquei deixá-lo para trás. — Comentou, ainda apreensiva.
— Ok, podemos fazer o seguinte: Estaremos te esperando lá naquela cafeteria que tem uma xícara de café e que contém uma fumaça com glitter saindo dela. Iremos está lá no horário do almoço de seu trabalho, se aparecer lá, então saberemos que concordou em conversar conosco para obter todas as respostas de suas perguntas. Pode ser? — Fiz este combinado na base de improvisação e com isso, fiquei a encarando na espera de sua resposta.
— Ok, pode ser. Agora tenho que ir, não quero levar bronca de meu chefe. — Avisou e saiu correndo em direção a faixa de pedestre para poder atravessar a Avenida.
Ficamos por alguns minutos, enquanto a olhávamos até que finalmente, entrasse na empresa. E após isso, resolvi respirar fundo e preparar o meu psicológico já que com certeza, a jovem a minha frente irá me encher de questionamentos sem fim:
— O que foi isso que acabou de acontecer? Quero que me conte tudo até chegarmos a este ponto e principalmente, por que resolveu me colocar no meio desta confusão familiar e que não tem nada a ver comigo? Estou me sentindo enganada e burra, por ter aceitado em entrar nesta missão sem saber se me daria mal ou não. — Perguntou e acabou se desabafando no final.
— Calma, eu irei te explicar tudo agora. Se quiser, podemos ir em algum lugar com menos barulho. Pode ser? E me perdoe por ter a submetido a isso, mas eu tive os meus motivos. — A pedi, um pouco nervoso.
Ela apenas assentiu e então, pensei em levá-la para uma praça que ficava a uma quadra de distância do hotel no qual estávamos hospedados. Este local tinha de tudo e mais um pouco, bem parecido com aqueles em que vimos em filmes norte-americanos e até os bancos de madeiras, eles tinham.
E assim que chegamos ao local, andamos até encontrar com os bancos que tinha mencionado antes e sentamos em uma delas, é claro. Ficamos por alguns instantes sem trocar nenhuma palavra, até que finalmente consegui juntar toda a coragem do mundo.
E sem mais delongas, eu a contei tudo desde o início menos a parte da minha família biológica. Até porque não teria sentido em colocá-los em pauta mesmo. E em alguns momentos, ela me interrompia e perguntava tudo que se passava em sua cabeça oca. Eu acabei fazendo um certo esforço para não me perder no meio do caminho, já que sou péssimo para contar as coisas com detalhes.
Anoitecendo...
Já nos encontrávamos no hotel, após aquele questionamento todo, ela me pediu para dar-lhe um tempo para pensar sobre todas as coisas que aconteceram hoje e principalmente, sobre a história que a contei. Disse que foi demais para ela, necessitava ficar sozinha para assimilar tudo isso e pensar se irá querer continuar nesta missão ou se voltará para a capital, Seul.
Preferi respeitar a tua decisão e agora estou aqui, neste quarto todo preocupado e nervoso por achar que esta missão corre o risco de fracassar por não ter sido tão claro com ela. Mas eu não podia ter contado tudo, precisava saber se poderia ser alguém de confiança ou não.
Às vezes, ser desconfiado demais, só atrapalha mais do que ajuda...
Estava deitado na cama, mandando algumas mensagens sobre tudo que está acontecendo aqui em Busan para o Sangjun. Ele não sabia se me xingava ou se torcia para que as duas garotas aceitassem. Acho que nunca o vi tão irritado pelos áudios em toda a minha vida e nem estou exagerando.
Sorte a minha que estou longe dele, porque não duvido no que ele seria capaz de fazer para descontar toda a irritação que está sentindo por causa das minhas decisões precipitadas. Mas com certeza de que, quando voltar para a capital, ele não pegará leve comigo mesmo eu sendo o chefe dele, teoricamente.
E após a sessão de sermão do mais velho, ele parece que se cansou disso, já que parou de me responder desde então. Mas, provavelmente deve ter ido dormir ou não soube mais no que falar para mim. Confesso que fiquei até aliviado por isso, não aguentava mais em ter que ouvir os áudios longos dele brigando comigo.
Enfim, resolvi levantar da cama com a intenção de escovar os dentes e ir dormir, já que não tinha mais nada a se fazer. E feito isso, voltei a deitar e deixei o celular sobre a mesinha ao lado. Estava quase fechando os meus olhos até que, o meu celular começou a vibrar e com isso, o peguei quase de imediato. Era uma mensagem do Jungkook, tinha até me esquecido que o tinha mandado mais cedo.
Jungkook:
Oi, Taehyung. Estou melhor do que da última vez e por favor, não pergunte mais sobre isso. Porque já está se tornando maçante demais e com isso, está me fazendo perder o interesse em manter contato contigo... Sobre a proposta da ida ao teu apartamento, só irei se me prometer em parar de perguntar sobre. Só para você saber, até voltei a fazer as minhas atividades diárias e tudo mais.
Taehyung:
Por favor, peço que me perdoe. Acho que exagerei, mas juro que não foi por mal. Só estava preocupado contigo, mas juro que irei me conter ao máximo que for possível para mim. Mas fico feliz em saber que está bem e que até voltou a fazer as mesmas coisas de antes. Então, qual horário que acha melhor para nos encontrarmos?
Jungkook:
Pode ser às 07:30pm? Mas não esqueça, se me perguntar sobre o meu estado físico lá em seu apartamento. Não pensarei nem duas vezes a não ser em levantar e ir embora pra casa.
Taehyung:
Combinado. E mais uma vez, me desculpe por ter sido tão exagerado em minhas preocupações. Aposto que devo ter parecido pior que uma mãe chata para você, né?
Jungkook:
Um pouco. Agora tenho que ir, amanhã tenho aula e não posso me atrasar já que será abordado o tema mais importante desta matéria. Até daqui quatro dias, Taehyung. E boa noite, se cuide.
Depois de ter lido a última mensagem dele, o respondi com um "Até logo". Já que não sabia mais no que escrever, confesso que tinha ficado no tanto assustado com as primeiras coisas que ele tinha me mandado. Nunca pensei que ele iria chegar a este ponto, mas acho que teria a mesma reação se eu estivesse no lugar dele.
No dia seguinte...
Já tinha tomado o café da manhã no que tinham me trazido até ao quarto. E agora, me encontro esperando por alguma notícia da Seo-Yun que sumiu desde ontem a noite. Espero muito que ela não tenha fugido e voltado para a capital, me deixando sozinho nesta missão. Pois, ela estava me ajudando mais do que qualquer outra pessoa que tenha conhecido nesta vida.
Ok, acho que exagerei um pouco. Até porque não é pra tanto, né?
Estava em frente a porta do quarto dela, prestes a bater já que não aguentava mais em esperar pela decisão dela. Mas antes que pudesse fazer isso, a porta se abre e meus olhos se depara com a jovem que estava com um semblante muito sério ao ponto que chegou a me assustar um pouco aqui:
— Boa dia, sei que deve estar brava comigo ainda. Mas, gostaria muito de saber qual foi a tua decisão? — A questionei, já indo direto ao assunto principal.
— Estou bem, muito obrigada. E o senhor? — Perguntou, ignorando totalmente a minha pergunta.
— Por favor, responde logo e pare de me torturar. Eu te dei todo o tempo do mundo para refletir tudo no que ocorreu ontem. Então, me fale no que decidiu? — Insisti mais uma vez, já começando a ficar um pouco frustrado.
— Eu passei a noite pensando sobre isso e achei melhor em continuar nesta missão, já que não tem como apagar isso de minha memória. Mas com uma condição, que não permita que ninguém machuque aquela moça, porque ela não merece isso, ok? — Propôs, enquanto me encarava seriamente.
— Sim, senhora. Aquela moça será protegida e prometo que até o final disso tudo, ela sairá intacta e com a sua vida de sempre. — Fiz a promessa, mesmo achando que não será uma tarefa nada fácil de se cumprir.
— Promessa é dívida e eu vou cobrá-lo. — Disse simplesmente.
— Ok, agora vamos à cafeteria e torcer para que a senhorita Park apareça lá. — A comuniquei, enquanto já dava alguns passos em direção ao elevador.
Já nos encontrávamos do lado de fora do hotel e não demorou muito até que encontrássemos algum táxi disponível. E adentramos no veículo, dissemos o endereço do estabelecimento e com isso, o motorista o acelerou em direção ao local mencionado.
Alguns instantes depois...
Finalmente já nos encontrávamos na cafeteria e estávamos a esperando ansiosamente, como se as nossas vidas dependessem disso. E tecnicamente, depende mesmo se for parar para pensar. O meu tique começou sem prazo de parar, busquei em controlar com isso, mas parece que quanto mais me esforçava, mais ele ficava mais forte.
Até que senti alguém colocar a mão sobre a minha coxa e de imediato, a minha atenção foi direta para a dona:
— O que está fazendo? — A indaguei, sem entender nada.
— Esta tua mania de bater os pés em todas as vezes que está nervoso, está me deixando toda agoniada e mais nervosa ainda. Então, por favor pare com isso antes que acabe me enlouquecendo de vez. — Solicitou e depois disso, começou a roer as unhas da sua mão esquerda, já que a outra ainda permanecia na minha coxa.
— Ok, me desculpe. Agora pode tirar a tua mão aí, por favor. — A pedi, um pouco sem graça.
E logo em seguida, ela tirou e os nossos olhos foram direcionados a jovem Park que estava se aproximando de nós, mantendo aquele olhar de desconfiada. Ela se sentou em frente, porém não saiu nenhuma palavra de teus lábios. Como se não soubesse no que dizer ou se estava apenas esperando que um de nós, dissesse alguma coisa para quebrar este clima estranho que estava se formando ao nosso redor.
Então, resolvi ser o primeiro já que odiava quando acontecia isso. E forcei uma tosse como uma forma de chamar a atenção de ambas:
— Boa tarde, tudo bem? E como foi proposto ontem, suponho que a senhorita veio até aqui para ter as tuas perguntas respondidas, certo? — A perguntei, enquanto buscava transparecer uma calma que não se fazia presente até a tua chegada aqui.
— Estou bem, mesmo apesar de tudo que presenciei ontem. E vocês? Sim, está certo e por favor, responda tudo sem me enrolar. Aí, poderei decidir se irei confiar em vocês ou não. — Respondeu, enquanto respirava fundo.
— Estamos bem também. Ok, irei te responder agora... Sobre a minha cicatriz, ele fez isso por pura diversão e por me odiar sem nenhum motivo aparente. Ele fez isso, quando já morava lá há dois anos e foi uma das brigas mais feias que já tivemos até o último, que você deve ter visto sobre nos noticiários. E o motivo que nos trouxe até aqui é que, necessitamos de sua ajuda para testemunhar contra o Dong-sun no tribunal. Mas primeiro, teria que denunciá-lo à polícia com ajuda de mais outras garotas que ele se envolveu ao decorrer de sua vida. — A contei tudo, já temendo que isso a fizesse sair daqui correndo.
— Ok, são muitas coisas para se assimilar em tão pouco tempo. Fiquei até tonta aqui, eu mal consigo acreditar no que acabei de ouvir de tão absurdo que isso me pareceu. Mas acho que chegou o momento de resolver esta parte de minha vida de uma vez por todas, só assim poderei viver em paz. Então, aceito em fazer isso e quando que faremos esta tal denúncia? — Comentou no tanto nervosa e mal conseguia nos encarar.
— Você tem certeza de que quer isso? — Questionou, Seo-Yun, que aparentava estar preocupada.
— Tenho sim. Não iria escapar disso para o resto da minha vida mesmo, cedo ou mais tarde, teria que resolver. E torcer para que após isso, eu consiga ser feliz com alguém sem ter medo de sofrer tudo aquilo novamente. — Desabafou e olhou para o lado de fora da janela da cafeteria.
— Sei o quão difícil está sendo para você, mas te garanto que quanto menos esperar, já estaremos livre daquele maldito. — A prometi com um tom de voz sério.
— Espero que esteja certo disso. Eu levei anos para conseguir continuar com a minha vida, mesmo com vários traumas que ele fez questão em me deixar. Foi um namoro que durou em poucos meses, mas foi o suficiente para me deixar marcas permanentes. — Desabafou mais uma vez e os teus olhos começaram a marejar.
— Calma, logo tudo isso vai acabar. E ele pagará por tudo que te fez, pode ter certeza no que estou te falando. — Prometeu, Seo-Yun, assim que colocou as tuas mãos sobre as dela que estavam trêmulas.
— Assim espero. Acho que vou pedir um chá gelado para me acalmar um pouco. — Disse e com isso, chamou a garçonete que não demorou muito para trazer o teu pedido.
Passamos os últimos minutos do almoço da senhorita Park, conversando e se conhecendo melhor, ela até nos passou o teu número de celular. E ficou mais calma neste pouco tempo que estivemos aqui, mas a tua calmaria se foi embora assim que olhou para o horário no seu celular. E viu que precisaria sair correndo de volta para a empresa, mas antes de fazer isso. Ela deixou o dinheiro na mesa e pediu para que usássemos para pagar a conta, depois, ela simplesmente saiu correndo em direção a saída do estabelecimento.
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