A garota de Busan (parte 02)

Na manhã seguinte... 

Já me encontrava arrumado e estava terminando de tomar o meu café da manhã. Não consegui dormir direito durante a noite toda, por conta do nervosismo e da ansiedade. A minha expectativa sobre esta missão está sendo tão grande que mal consigo me controlar aqui. 

Mas, eu sei que se continuar assim, irei acabar adoecendo. E não quero que isso aconteça, então preparei um chá de camomila acompanhado de algumas torradas para o café da manhã. Já nos primeiros goles, consegui sentir a calmaria querendo se apossar da minha mente e o coração. 

Estou me sentindo tão calmo e levemente sonolento, tenho quase a certeza de que conseguirei aguentar a sessão de perguntas que a Seo-Yun fará até chegarmos ao nosso destino final, Busan. E espero que esta calmaria dure o dia todo a não ser que a nossa missão falhe sem chance de revertê-lo. 

Após ter terminado, arrumei a cozinha e fui até a sala de estar com a intenção de buscar a minha mala, já que não faltava muito para chegar o horário de encontro. E assim que a peguei, fui até a porta já com a chave da moto, celular, carteira e a passagem de trem em mãos. 

Vinte minutos se passaram... 

E já estava a poucos metros de distância do local de encontro, porém, já conseguia ver a jovem me esperando ansiosamente. E ela não parava de andar nem por um segundo, acho que não sou o único que está louco para que esta missão se concretize positivamente. 

Estacionei a moto no local que ficará até a minha volta a capital, espero encontrá-la intacta até lá. Mesmo achando isso um pouco difícil, já que o índice de roubo aumentou bastante nestes últimos tempos. Sei que estou sendo irresponsável por deixá-lo aqui, mas não obtive uma outra alternativa a não ser esta mesmo. 

Andei em direção da jovem empregada que estava usando um conjunto de moletom da cor cinza escura e um par de tênis pretos de uma marca desconhecida. Seus cabelos estavam soltos como da última vez que a vi, ou seja, ontem. E trazia consigo, uma pequena mochila que estava quase estourando de tão cheia que aparentava em está. 

Parei em frente da garota que levou um susto, quando percebeu a minha presença e:

— Sou jovem, mas o meu coração não é. O senhor quis me matar de susto ou o que? — Perguntou em um tom dramático, enquanto massageava o peito com a tua mão direita. 

— Não temos tempo para isso, senhorita Seo-Yun. Vamos antes que o trem saia sem a gente, por favor. — A respondi sem paciência para dramas ou brincadeiras. 

— Eita, já vi que o senhor não está de bom humor hoje... — Comentou, enquanto ajeitava a tua mochila no ombro. 

— Me desculpe, é que não dormi muito bem nesta noite. — A expliquei, enquanto andava em direção das escadas que davam acesso ao trem. 

— Tudo bem, eu que sou exagerada demais mesmo. — Disse, enquanto andava o mais rápido que conseguia para poder me acompanhar. 

— Então, somos dois. E por favor, não faça tantas perguntas durante a nossa viagem. Não sou uma ótima pessoa para respondê-las corretamente. — A pedi, mesmo já sentindo que ela não conseguirá se conter com os questionamentos. 

— Ok, mas não sei se serei capaz de fazer isso. Porque quando começo a perguntar... Digamos, que não consigo parar mais. Não é atoa que quase não tenho amigos hoje em dia. — Disse e soltou um longo suspiro. 

— Vamos fazer o seguinte, se passar de vinte perguntas... Eu te aviso e tu para por algumas horas ou dias, pode ser? — Fiz a proposta no tanto ridícula, mas não consegui pensar em uma melhor. 

— Mas só vinte perguntas!? Isso é tão injusto, senhor Kim. — Comentou com um tom de voz baixa, como se estivesse ficado triste ou desanimada. 

— Vinte e cinco, nenhuma pergunta a mais do que isso. Se fizer, irei ignorá-la completamente. Entendidos? — A comuniquei e ela me encarou com um semblante levemente melhor do que alguns segundos atrás. 

— Melhor do que nada, senhor. Então, terei que pensar os que são mais importantes para mim e acho que isso, levará um certo tempo. — Falou e eu podia jurar que conseguia ouvir a tua mente trabalhar incansavelmente. 

— Tudo bem e por favor, não me chame de senhor. Eu não sou tão velho assim para receber este título, temos quase a mesma idade até. E o nosso trem finalmente chegou, já estava mais do que na hora. — A solicitei e comecei a andar em direção a entrada do vagão. 

— Pode deixar, senh... Perdão, força do hábito. Levarei um tempo para me acostumar em chamá-lo de Taehyung. — Disse e entrou quase junto comigo. 

— Sem problemas. E quando estiver pronta, pode fazer as vinte e cinco perguntas. Não esqueça do combinado, ok? — A avisei, enquanto sentava em um banco ao lado da saída do vagão. 

Ela apenas assentiu e sentou ao meu lado, ficou mexendo no zíper da mochila como uma forma de ajudá-la a pensar em quais perguntas iria fazer. E parece ser uma missão quase impossível, pois, podia jurar que conseguia ver sair fumaças de seus ouvidos. Acho que a minha proposta a fez queimar alguns neurônios, mas era isso ou eu iria enlouquecer de vez com o questionário sem fim dela.

Uma hora se passou... 

E faltavam apenas uma hora e quinze minutos para chegarmos ao nosso destino final. Porém, a jovem empregada ainda não tinha começado a fazer as tão temidas perguntas. Cheguei até pensar que ela tinha desistido disso, mas foi um leve engano meu. 

Já que ela finalmente pareceu que tinha terminado de montar a tua lista de questionamentos, apenas olhou para mim e podia perceber que estava um pouco ansiosa para começar:

— Bom, acho que consegui escolher as que fazem mais sentido para mim. Então a primeira pergunta é: Qual é o nome da garota que iremos nos encontrar daqui dentre de algumas horas? — Me indagou, enquanto esperava ansiosamente pela minha resposta. 

— Demorou tanto para fazer este tipo de pergunta!? Ok, o nome dela é Park Chae-won. Próxima pergunta, por favor. — A respondi, já me preparando para uma pergunta que não espero ser tão simples como esta que foi agora. 

— Foi mal, era o que mais estava curiosa para saber... A segunda pergunta é: Quem que o senhor quer colocar em seu "devido lugar" que o senhor tinha comentado ontem lá em seu apartamento? — Fez a pergunta que não queria que fizesse. 

— Bom, a resposta para esta pergunta só sairá se a missão for concluída com sucesso. E fui até bonzinho, já que iria falar sobre o nome da garota só quando estivéssemos lá. — Disse dando de ombros. 

— Assim não tem graça, senh... Taehyung. — Falou no tanto desapontada. 

— Tem sim, é engraçado ver a tua cara de decepção por ter estragado a tua diversão. — Falei, enquanto segurava a vontade de rir. 

— Não tem não, poxa. — Comentou, enquanto olhava para os lados. 

— Ok, qual é a próxima pergunta? — A indaguei, assim que passou a vontade de rir. 

— Quando que irá voltar a morar na mansão da família Jung? — Fez a pergunta que nem eu saberia responder muito bem. 

— Não sei, acho que só quando sentir que fiz tudo que poderia ser feito e ter um pouco de paz em meu coração, já que ultimamente desconheço essa sensação. — A respondi no tanto pensativo. 

— Profundo... Mas espero que seja logo, sinto que será um ótimo patrão. Quer dizer, melhor do que aquele filho do senhor Jung. Ele trata todo mundo como se fosse inferior a ele... Oh, perdão! Você deve gostar muito dele e não devia está falando mal de alguém que é praticamente o teu irmão de consideração. — Desabafou, mas acabou se arrependendo logo em seguida. 

— Tudo bem, digamos que não nos damos muito bem desde sempre. — Falei, enquanto passava a mão esquerda na minha nuca. 

Depois disso, ela fez as outras vinte e duas perguntas que algumas tinham a ver com a nossa missão, já as outras nem tanto assim. Mas a maioria, foram bem inteligentes ao ponto que chegaram a me surpreender bastante. 

Mais de uma hora se passou... 

E finalmente chegamos ao nosso destino final, Busan. É uma cidade linda que gostaria de passar um dia com alguém especial que ainda não sei se será o Jungkook ou não. Porém, torço para que seja já que não sei se terei mais paciência para encontrar alguém que não seja ele. 

Já estávamos no ponto de táxi, esperando que algum apareça. Achei um pouco estranho, já que normalmente sempre tem algum parado. Mas espero que não demore tanto para aparecer, pois, hoje ainda temos que tentar encontrar com a nossa possível primeira testemunha. 

E enquanto, estávamos esperando pela chegada de algum taxista. A Seo-Yun não parava de tirar fotos em cada meio metro da cidade, parecia uma verdadeira turista. Como se nunca tivesse saído de Seul na vida como tinha me falado ontem mesmo. Ela estava extremamente feliz que chegava a ser engraçado, pelo visto encontrei alguém com quase a mesma personalidade que o Kang-Dae. 

Quando estava quase perdendo as esperanças, finalmente apareceu um táxi e com isso, o sinalizei. Nem sei o por quê que fiz isso, sendo que pararia por aqui de qualquer jeito mesmo. E assim que ele parou, entramos e falei o endereço do hotel que tinha pesquisado um dia antes da viagem. 

Era um hotel simples, porém, prometia trazer o conforto necessário para nós dois. E obviamente, não iremos dividir o mesmo quarto ou a mesma cama. Não sou tão desrespeitoso a este ponto assim, pelo menos é o que eu acho. 

Se passaram alguns minutos e ainda faltavam alguns quilômetros para chegar ao local, isso porque não era tão longe da estação de trem. Mas foi por conta do trânsito que tinha se formado por causa do horário de pico, pelo menos foi isso que o taxista tinha nos avisado. Achei um pouco estranho, já que não era para acontecer isso tão cedo assim. 

Então, a única coisa que nos restava era esperar até chegarmos no hotel para descansar um pouco e decidir se iremos nos encontrar com a jovem Park ou não. Mesmo achando que seria melhor amanhã para termos algumas horas para planejar bem sobre este encontro. 

E enquanto menos esperávamos, chegamos no hotel mencionado. Paguei ao taxista que agradeceu pelo dinheiro a mais que acabei dando. Descemos do veículo e nos direcionamos a entrada do local que era simples, porém, tinha o seu charme. 

Após ter entrado e parado em frente ao balcão, fizemos o check-in e a atendente nos entregou as chaves dos dois quartos que ficavam no segundo andar. Pegamos o elevador que não demorou mais do que um minuto para chegar no andar destinado e nos despedimos, já que os quartos ficavam em direções diferentes. 

Anoiteceu... 

E acabamos decidindo deixar para amanhã mesmo, porém, já pesquisamos o local de trabalho da garota. Era numa empresa famosa da cidade, trabalhava como secretária do vice-presidente e tinha chances de ser promovida para trabalhar diretamente com o presidente. 

Sobre estas últimas informações, foi o Sangjun que tinha me passado um pouco antes de embarcar no trem. Enfim, ela tem a minha idade e é formada em administração. Gostava de pintar quadros, mas nunca teve coragem de colocá-los em exposição por achar que não era tão talentosa a este ponto. 

E agora vou tomar um banho com a intenção de dormir, já que tinha jantado e não estava afim de gastar o resto da minha noite, assistindo programas idiotas da TV. Então, fui ao banheiro e liguei o chuveiro, assim que tirei a toalha que estava enrolada na cintura e com isso, permiti que a água quente tocasse em meu corpo que necessitava em relaxar imediatamente. 

Banho tomado, corri em direção a cama e esperei que o sono me dominasse nem que fosse por algumas horas. Já que sentia que a ansiedade não demoraria para me fazer companhia nesta noite sem graça. Levei quase uma hora para conseguir dormir e por sorte, foi um sono tranquilo por incrível que pareça. 

No dia seguinte, já me encontrava de pé e arrumado para sair. Estava no corredor esperando que a Seo-Yun saísse de seu quarto, já que tínhamos combinado de esperar o horário de almoço da jovem Park. Que seria daqui três horas e como a empresa ficava quase uma hora e meia de onde nos hospedamos, achamos melhor ir desde agora. 

E pensar em como iremos abordá-la de uma forma que não acabe a assustando. Espero muito que esta missão seja tranquila, pois, já basta no estresse que passarei durante o possível julgamento. Isso é claro, se ela concordar em denunciá-lo e as outras garotas também. 

Se não me engano, temos mais quatro que ainda moram na Coréia do Sul. As outras cinco estão em outros países, ou seja, inacessíveis para nós. Mas espero que as que estão aqui, aceitem em nos ajudar a colocar aquele miserável no local que ele achava que era o meu habitat natural, a prisão. 

Meus pensamentos foram interrompidos, quando sinto alguém balançar a mão próximo aos meus olhos como uma forma de me tirar do transe:

— Taehyung, por favor saia deste mundo dos pensamentos antes que se perca dentro dele. — Dizia quase cantarolando. 

— Há quanto tempo que você estava aí? — A indaguei, um pouco sem graça. 

— Já faz alguns minutos. — Respondeu rapidamente. 

— Ok, então vamos que hoje o dia será longo. — A comuniquei e andei em direção ao elevador. 

E assim que já nos encontrávamos dentro do táxi, não trocamos nenhuma palavra já que dava para perceber de longe que estávamos levemente ou exageradamente ansiosos sobre o início de nossa missão. O meu tique nos pés começaram mais intensos do que nunca e sei que isso não é bom, mas não posso fazer nada neste momento. 

Três horas se passaram... 

Já estávamos lá, esperando há um bom tempo e sabíamos que a qualquer momento, ela sairia naquela porta em direção ao restaurante que ficava em frente a empresa. E estamos a esperando exatamente no local que ela costuma almoçar e, muitas vezes, sem ter nenhuma companhia. 

O plano seria só a Seo-Yun ir conversar com ela com a desculpa que estava fazendo uma pesquisa para um trabalho de faculdade que, envolvia encontrar pessoas que trabalham em empresas importantes. O resto, ela iria improvisar até chegar o momento de conversar como se fossem amigas de infância. 

Bom, pelo menos foi isso que ela tinha me dito que conseguiria fazer. Mesmo eu achando isso, um pouco difícil. Mas preferi dar um voto de confiança, já que ela parece ser bastante insistente e possivelmente fará de tudo para conseguir. 

E não demorou muito para que a nossa possível testemunha aparecesse, ela era mais linda pessoalmente e isso, porque estamos a vendo de longe ainda. Ela se encaixa perfeitamente nos padrões coreanos, passaria por uma idol facilmente e nem estou exagerando. 

Os cabelos dela eram castanhos escuros, lisos e que chegavam quase na altura de seu lombar, também estava usando uma maquiagem bem discreta. Era magra, um pouco mais alta do que a Seo-Yun. E, estava usando uma saia e um blazer da cor creme, para terminar, estava usando um par de saltos altos pretos. 

A minha colega de missão, não perdeu tempo e já se direcionou à entrada do restaurante assim que a garota entrou, já se sentando em uma mesa próxima de uma janela do outro lado do estabelecimento. E agora, não terei outra alternativa a não ser em torcer para que esta conversa realmente aconteça e que seja tranquila. 

Seo-Yun

Estava muito nervosa ao ponto que agradeci aos céus por ter comido muito pouco o meu café da manhã. Pois, nem quero imaginar o que o nervosismo causaria em meu estômago agora. Busquei respirar fundo, já que não gostaria que ela percebesse isso ou achasse que estava atuando. 

Apenas caminhei devagar toda despreocupadamente, pelo menos tentava transparecer isso até que acabei sendo abordada pelo garçom que parecia que estava incomodado com a minha presença no local:

— Com licença, senhorita. Gostaria que mostrasse um lugar para que possa se sentar e fazer o seu pedido? — Me questionou, enquanto disfarçava o seu preconceito já que neste local só frequentavam pessoas que usavam roupas sociais ou de classe alta. E eu estava com o meu conjunto de moletom de sempre. 

— Não, senhor. Eu irei me encontrar com a minha amiga agora, ela já deve está se cansando de tanto me esperar. Com licença, preciso ir antes que ela me mate. — Inventei uma desculpa que espero que cole. 

— Ok, senhorita. — Disse e se retirou no mesmo instante. 

Isso foi fácil demais, acho melhor ficar esperta sobre este garçom aí... 

Caminhei por mais alguns passos até parar em frente a mesa dela que estava distraída, enquanto escolhia no que iria comer hoje. Apenas forcei uma tosse com a intenção de chamá-la a atenção e parece que funcionou já que os teus olhos se focaram em mim:

— Perdão. Posso te pedir um favor? Juro que será rapidinho. Não tomarei o teu tempo mais do que o necessário. — A solicitei, torcendo para que ela cooperasse. 

— Pode sim. — Me respondeu com a testa franzida.

— Poderia fingir que sou tua amiga que chegou atrasada, por favor. É que aquele garçom não para de olhar para cá, ele deve está achando que estou querendo fazer maldade contigo. — A pedi com um tom de voz baixo para que só ela pudesse me ouvir. 

— Ok... Amiga, como ousa demorar tanto assim!? Tu sabe que odeio que me fazem esperar, já estava quase desistindo de me encontrar com você. Por favor, não faça mais isso. — Falou com um tom de voz um pouco alto para que o garçom preconceituoso, pudesse nos ouvir perfeitamente. 

— Obrigada, posso sentar com você para que fique mais convincente? — A perguntei ainda com o tom de voz baixo. 

— Pode sim. — Me respondeu com o mesmo tom de voz que eu. 

— Ah, desculpe. Juro que irei melhorar, mas por favor não desista de mim. — Continuei com a encenação. 

Com isso, sentei na cadeira em frente dela que dava para ver o quão confusa que aparentava estar só pelo teu olhar. Então, resolvi explicar o por quê que a submeti a isso e o motivo que me levou para está neste restaurante:

— Bom, sei que deve estar passando mil perguntas na tua cabeça. Mas antes de tudo, queria dizer que o motivo da minha vinda a este local é que, estou fazendo uma pesquisa para um trabalho da faculdade. E gostaria de perguntar se gostaria de participar? Juro que não tomará mais do que cinco minutos de seu tempo. — Expliquei tudo e fiz a pergunta, torcendo para que ela dissesse um "sim" de preferência. 

— Pode ser. Mas primeiramente, qual é o seu nome e é sobre o que esta pesquisa? — Me indagou e colocou uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha direita. 

— Me desculpe pela falta de educação minha. Eu me chamo Jeong Seo-Yun e você? E a minha pesquisa é sobre a experiência de trabalhar em empresas grandes e se vale a pena em investir a carreira ou não. — A respondi de uma forma improvisadamente. 

— Tudo bem. Eu me chamo Park Chae-won e achei a tua pesquisa interessante. Tenho quase certeza de que será legal em poder ajudá-la nisso. Se quiser começar agora, por mim tudo bem. — Comentou e terminou a fala com um leve sorriso em seus lábios. 

Apenas assenti e comecei a questioná-la qualquer coisa que se passava em minha mente que se encaixasse com a desculpa de puxar assunto com ela. E quanto menos esperava, já tínhamos terminado de responder às perguntas da minha pesquisa de mentirinha. 

E estávamos conversando sobre assuntos aleatórios até que começamos a falar sobre ex-namorados. Por incrível que pareça, não fui eu que comecei a falar sobre este assunto. Fiquei até surpresa, pois, achava que não iria ser citado tão cedo assim. Nem sei por quê que fiquei assim, já que não sabia o que o Taehyung queria dela exatamente

Eu já namorei uma vez, mas foi há muito tempo que mal lembro em como tinha sido. A senhorita Park começou a contar como tinha sido o seu primeiro namoro que foi bastante traumatizante e que a fez ficar alguns anos sem querer saber de namorado. 

Pelo o que ela me contou, o cara era um monstro e já até chegou a machucá-la fisicamente. Ela até pensou em denunciá-lo na época, porém, temia de que não seria ouvida já que ainda era adolescente. E o que mais me deixou sem palavras foi de ter contado sobre o teu passado horrível para uma completa desconhecida como eu. 

Já que tinha me dito que nem os teus pais sabiam disso e eles nunca desconfiaram que o teu primeiro namorado a agrediu e, quase a abusou sexualmente. Só não conseguiu, porque ela tinha conseguido empurrá-lo e sair correndo do quarto dele. 

Não sei se ela sentiu uma certa confiança em mim ou porque precisava desabafar com qualquer um que a deixasse confortável ou algo do tipo. Só sei que preciso saber o real motivo desta missão e entender melhor os planos do senhor Kim mais do que nunca. Pois, preciso saber da dimensão do problema em que estou me metendo por conta da minha curiosidade que deixei me dominar mais uma vez. 

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