A festa beneficente
Na manhã seguinte...
Eram exatamente 09:30am., mas ainda me encontrava deitado na cama do quarto que o Sangjun tinha oferecido para mim. E estava pensando o tempo todo no plano no qual tinha criado ontem a noite, neste meio tempo que estava trancado neste quarto, por um momento pensei que iria enlouquecer, pois, não parava de pensar em me vingar daquele ser medíocre.
Mas não poderia continuar deitado e trancado neste quarto, pois, assim nunca poderei colocar este plano de vingança em prática. E então, me levantei rapidamente e por conta disso, acabo me arrependendo, pois, senti a minha pressão ir lá embaixo e o que me fez deitar novamente na cama na intenção de conseguir voltar ao meu normal.
Após alguns minutos, já tinha me recuperado e levantei mais uma vez, mas devagar agora. Com isso, andei em direção a porta e assim que o abri, saí no mesmo instante e dei alguns passos até parar em frente ao banheiro, já que estava levemente apertado.
E assim que fiz as minhas necessidades fisiológicas, saí do banheiro e andei pelo corredor que dava acesso às escadas, as desci rapidamente em direção a cozinha da casa. Quando enfim, cheguei ao melhor cômodo na minha humilde opinião, pude sentir um aroma delicioso dos pães saindo quentinhos do forno que a esposa de Sangjun tinha preparado.
Nunca fiquei tão hipnotizado por causa deste tipo de coisa até neste exato momento, sei lá, meio que me fez lembrar da minha infância que passei ao lado da minha falecida avó e ela era a única que prestava naquela família no qual não pertenço mais.
Então assim que sentei na mesa ao lado de Sangjun, olhei para ele e me lembrei de que ele é muito bom em hackear câmeras, redes sociais, sites dos governos...
Então, pensei por alguns minutos em pedí-lo para que fizesse isso para mim, se caso não conseguir um bom resultado com a minha conversa com o Dong-sun.
Enquanto estava sentado na mesa ao lado dele, Sangjun não tinha percebido a minha presença já que estava totalmente concentrado com o seu iPad e então, eu o cutuquei na intenção de chamar a tua atenção:
— Alô, Terra chamando! Você é muito viciado neste negócio, nem parece que já está perto de atingir a terceira idade. — Dizia e logo soltei uma risada quando percebi que o mesmo me olhou, depois revirou os olhos rapidamente.
— Eu não sou velho e sabe muito bem disso, só estava vendo as notícias do dia como qualquer outra pessoa do mundo que queira estar bem informado. — Disse e logo em seguida tomou um gole de café.
— Então tudo bem, mas enfim, depois quero ter uma conversa muito séria contigo e é caso de vida ou morte, ok? — Dizia fazendo uma cara de desespero para o mesmo.
— Não precisa fazer esta cara de desespero, pois, eu sei que estar fingindo para conseguir me convencer. E sim, vamos ter esta conversa que parece ser muito urgente para você. — Dizia e logo em seguida, desligou o seu iPad quando levou um leve sermão de sua mulher que nos serviu com os seus pães quentinhos.
Após termos terminado de comer o nosso café da manhã, Sangjun e eu seguimos em direção ao escritório. Assim que já estávamos no cômodo, nos sentamos nas cadeiras, ele me olhou rapidamente:
— O que posso te ajudar, senhor Kim? — Perguntou enquanto me encarava.
— Então você sabe do meu problema com o Dong-sun, certo? Então pensei em um plano de vingança, pois, não iria deixar esta história de lado de jeito nenhum. E até pensei em um plano reserva, se caso o plano principal não ocorrer como eu quero. Vou logo ao ponto de uma vez, quero que hackeie as câmeras do lado de fora do hospital no qual o senhor Jung estar internado. E se caso, você não querer fazer este favor para mim? Então pensei em seguir a lei pelo menos uma vez na vida e irei contratar um advogado para conseguir uma autorização do juíz para retirar a gravação daquela noite de como prova contra mim na denúncia que aquele idiota deve ter feito à mim. — Dizia meio eufórico, já que estava louco para ficar livre deste problema que acabei me metendo.
— Calma, senhor! São muitas informações para assimilar aqui agora, mas pelo o que entendi... Acho que poderei fazer este favor ao senhor, se caso não conseguir o resultado tão esperado do seu plano principal. E então, era apenas isso ou tem mais alguma coisa? — Perguntou enquanto respirava fundo.
— Ok, muito obrigado mesmo! Ah, acabei de me lembrar que não posso voltar para a mansão e muito menos para o meu apartamento. Então pensei se poderia me emprestar alguma roupa social para que eu possa ir a uma festa beneficente no próximo sábado? — Perguntei com a esperança de que ele dissesse "sim".
— Então, acho que devo ter um guardado quase criando teias no meu guarda-roupa, pois, usei apenas uma vez e isso já faz quase uma década praticamente. Você não teria problema de usar isso, né? — Dizia um pouco sem graça.
— Mas é claro que não, estar achando que sou que nem o Dong-sun? Se me disser que sim? Irei me sentir muito ofendido aqui. — Disse enquanto fechava a cara de brincadeira com ele.
— Estas crianças de hoje em dia... — Disse enquanto revirava os olhos.
— Você sabe que esta frase é típica de pessoas de quase terceira idade dizer, né? — Disse tirando sarro mais uma vez.
— Mas que visita mais mal-educada que arrumei, hein? Ofereci a minha casa para fugir daquela pessoa e ainda tem a coragem de me desrespeitar sem nenhuma vergonha na cara? Realmente, não mereço isso... — Dizia se fazendo de bravo.
— Me desculpe, mas é a realidade. — Disse enquanto ria da situação.
— Mas enfim, vou até ao meu quarto e procurar estas roupas lá, depois vou deixar no quarto de hóspedes para você poder experimentar. Espero que sirva direitinho, porquê só tenho isso mesmo. — Disse e logo em seguida se retirou de seu escritório, depois o segui em poucos segundos.
Alguns minutos se passaram...
Assim que o Sangjun já tinha me entregado as roupas sociais, que eram uma camisa branca de mangas longas, uma gravata borboleta preta, blazer e calça das cores pretas também, é claro. Então, tranquei a porta e comecei a me despir aos poucos até me encontrar apenas de cueca box preto.
Com isso, comecei a vestir peça por peça e parecia que realmente era da minha medida. Assim que terminei de colocar a roupa, andei alguns passos até parar em frente de um espelho que era mais ou menos da minha altura, ou pelo menos conseguia me ver por inteiro.
Pelo visto, estas roupas ficarão perfeitas em mim e então fiquei até um pouco aliviado, pois, seria um item a menos na minha lista para poder executar o plano de vingança. E após ter ficado por alguns segundos me encarando em frente ao espelho, andei em direção a cama e tirei a roupa para voltar a colocar o que estava usando antes.
Não demorou muito até que já tivesse terminado de trocar a roupa e depois dobrei as roupas sociais que irei usar no próximo sábado, os deixei em cima de um pequeno armário que ficava ao lado do espelho. E depois andei até me aproximar da porta, virei a maçaneta rapidamente e andei alguns passos até me encontrar no corredor, com isso, tranquei a porta e andei em direção as escadas.
E então, as desci degrau por degrau sem nenhuma pressa de chegar até a sala de estar, já que hoje iria ficar de bobeira mesmo. Já que ainda faltavam alguns dias para sábado chegar e então não tinha outra opção a não ser passar o dia todo assistindo TV. E realmente foi isso que acabei fazendo, liguei com o controle remoto e fiquei mudando os canais como se não houvesse o amanhã.
Até que parei em um canal que estava passando um jornal e tinha uma reportagem falando sobre o senhor Jung ter passado mal por causa de uma briga do seu filho mais velho, Dong-sun, com o seu filho de consideração, Kim Taehyung que no caso sou eu. Falava que mesmo após o senhor Jung ter sido internado no hospital, os seus dois filhos brigaram feio em frente da instituição de saúde.
E que após esta briga, Dong-sun me denunciou a polícia por agressão física e de que, quem começou a briga fui eu e que ele apenas foi uma vítima da minha brutalidade.
Confesso que já estava desconfiando de que este idiota iria se fazer de vítima e eu como um vilão desta história toda, mas mesmo assim isso não me impediu de ficar enfurecido com esta notícia que acabei de ver na TV. Agora que irei colocar o meu plano em prática, até tinha pensado em pegar leve com este imbecil para que no final, o senhor Jung não saía o maior prejudicado nisso. Já que mesmo sabendo o filho que tem, ele o amava com a mesma intensidade dos outros que ele tem.
E tenho certeza de que ele ficaria abalado, quer dizer, não pensaria nem duas vezes a não ser em ficar ao lado de seu filho mais velho e eu como não tenho nenhum laço sanguíneo deles, então tecnicamente não causaria tanto impacto se eu fosse filho biológico mesmo.
Dias se passaram...
Finalmente chegou o grande dia e confesso que estava ansioso para colocar o plano em prática, mas para o meu azar ainda era de manhã e para ser mais específico, eram 09:45am. E isso me deixava agoniado, pois, não gostava da ideia de ter que esperar até a noite chegar para poder me arrumar e ir naquela festa beneficente.
Ah, como eu queria que tivesse um botão aqui agora comigo para fazer o dia ir embora mais rápido, para que assim pudesse me divertir um pouco, digamos assim. Mas como não podia ter isso em minhas mãos, já que ainda não inventaram isso.
A única coisa que podia fazer agora é de tentar controlar a minha ansiedade, mas até os mais tolos sabiam que eu não iria conseguir fazer isso, já que estava enlouquecendo de tanto esperar dentro desta casa.
Mas enfim, não poderia continuar desta forma de jeito nenhum, pois, como muitas pessoas dizem por aí "A pressa é inimiga da perfeição". E então, decidi fazer companhia ao Sangjun mesmo achando que ele iria querer me matar já que não gostava muito de ser incomodado e principalmente, quando estava enfiado naquele iPad dele.
Até pensei em tentar ajudar a senhora Choi em afazeres domésticos, mas depois lembrei de que sou péssimo nestas coisas e provavelmente, iria atrapalhar mais do que iria ajudá-la. Mas agora estou com uma leve preguiça de sair da cama e sim, ainda estava empreguinado dentro deste quarto. E sei que deveria ter vergonha na cara, mas não tinha nada para fazer e só agora que pensei em fazer companhia ao Sangjun.
Depois de ter conseguido sair dos meus pensamentos e de minhas paranóias, resolvi levantar da cama e andei em direção a porta. Assim que me aproximei da mesma, o abri e saí na mesma hora, andei pelo corredor que dava acesso ao banheiro da casa e entrei assim que abri aquela porta, trancando como sempre fazia.
Fiz as minhas necessidades fisiológicas, lavei o meu rosto na intenção de tentar tirar qualquer indício de quem tinha acabado de sair do quarto e também de tirar a ansiedade que insistia me dominar.
Mas enfim, após ter saído do banheiro andei alguns passos lentos o suficiente para ser comparados aos de um idoso de 90 anos para chegar até as escadas. E com isso, desci degrau por degrau até chegar a cozinha. Sentei na mesa junto com o casal que estavam conversando sobre coisas que não queria ter ouvido e sim, estavam tendo aquelas típicas conversas melosas e quentes ao mesmo tempo.
E foi aquele momento que percebi que eles não tinham se tocado de que tinha mais uma pessoa na mesa, só perceberam quando dei uma leve pigarreada na intenção de chamar a atenção de ambos:
— Caramba! Você estava aqui a quanto tempo? — Perguntou Sangjun com o semblante no rosto de quem tinha tomado o maior susto de sua vida.
— O tempo o suficiente para perder o apetite e ficar traumatizado pelo resto da vida. — Dizia me fazendo de inocente como uma criança.
— Você devia ter nos avisado que já estava aqui e também, você não é mais uma criança e devia saber que não pode entrar em um local onde tem um casal tendo uma conversa íntima. — Dizia todo constrangido.
— Você fala como se fosse uma obrigação minha de saber destas coisas de casais, parece que esquece que morei com um senhor de idade a quase seis anos e ele nunca quis casar novamente. Então não pude presenciar estas coisas ou ser ensinado em como reagir as situações como esta que infelizmente acabei assistindo. — Dizia tentando limpar a minha barra.
— Ah, é mesmo! Mas isso não justifica nada e... — Dizia até acabar sendo interrompido pela senhora Choi.
— Chega, rapazes! Vamos tomar o nosso café da manhã e peço que o senhor Kim esqueça deste pequeno episódio pelo menos por agora, pode ser? — Dizia enquanto pegava uma jarra de leite e com isso, me serviu com um copo cheio.
— Sim, senhora! — Dizia e logo em seguida dei o primeiro gole.
Horas se passaram...
Já era noite e digamos que passei durante o dia preso naquele quarto, pois, não estava com paciência de lidar com o mau-humor de Sangjun. Mas tinha um pequeno problema, eu teria que pegar uma carona com ele para ir nesta festa beneficente e como iria conseguir convencê-lo de me levar até lá, já que o mesmo ainda estava estranho comigo. E agora terei que pensar em uma coisa que o faria esquecer por algumas horinhas até que eu consiga fazer o que tanto desejo.
Mas no final, não consegui pensar em nada e então decidi improvisar, espero obter o resultado esperado.
Com isso, saí do quarto no qual estava enjoado de ficar e fui até ao escritório onde o Sangjun se encontrava. Assim que já estava dentro daquele cômodo, me aproximei do mesmo que estava distraído com aquele aparelho como sempre e o que me fez questionar o que ele tanto ver ao ponto de passar horas preso naquilo.
Por um milésimo de segundos, pensei que ele estava assistindo alguns filmes pornográficos bem interessantes, pois, só assim para que tenha sentido para mim.
Então tirei aquele iPad de suas mãos o fazendo olhar para mim com uma certa ira, confesso que fiquei com uma leve vontade de soltar uma risada, mas no fim acabei me controlando:
— Sei que deve estar muito irritado comigo por conta daquela pequena briga que tivemos hoje de manhã, mas queria te pedir um favorzinho. Queria que me dê-se uma carona até a festa beneficente e sei que isso é meio estranho, mas é urgente. — Disse enquanto passava a mão sob a nuca.
— Você é inacreditável, sabia? E como te conheço algum tempo, sei que não irá desistir até conseguir o que deseja. Então irei te levar, mas não me peça mais nada depois disso. — Disse com um tom de voz séria.
— Sim, senhor Choi! — Dizia e logo em seguida bati a continência na intenção de provocá-lo.
— Olha, você não sabe com quem estar brincando e então, pare de testar a minha paciência. — Dizia e logo em seguida soltou um suspiro na intenção de controlar a irritação que estava sentindo naquele momento.
— Nossa, agora que realmente fiquei com medo de você. — Dizia com um tom de sarcasmo.
— Mereço... Garoto, vá se arrumar e enquanto isso, irei tirar o carro da garagem. — Dizia e logo em seguida revirou os olhos.
Alguns instantes depois...
Já me encontrava pronto e com o cabelo jogado para trás, para transparecer de que sou alguém importante e agora só falta comprar uma máscara para mim. Mas acho que irei pedir para que o Sangjun faça isso pra mim, pois, não queria correr o risco de ser reconhecido por alguém na rua, já que as minhas fotos apareceram na TV nestes últimos dias.
Assim que saí do quarto de hóspedes, desci as escadas e sentei no sofá da sala de estar na intenção de esperar o Sangjun voltar. Parecia que ele tinha morrido lá dentro daquela garagem, pois, era a única coisa que se passava na minha cabeça que explicasse toda esta demora.
E como sou uma pessoa impaciente, acabei saindo de casa e dei alguns passos até parar em frente da porta da garagem que se encontrava aberta. E adivinhem? O bonito estava lá dentro do veículo e tinha colocado o som no último volume, fiquei sem acreditar por alguns segundos.
Mas assim que consegui assimilar esta cena, andei em direção a porta do lado dos passageiros na parte da frente do carro, o abri e entrei rapidamente, com isso, o tranquei e apertei a buzina do carro na intenção de chamar atenção daquele homem:
— O que??? Por que você fez isso, seu idiota? Quer me matar de susto, é? Se for assim? Avisa antes, ok? — Dizia enquanto massageava o seu peito na intenção de acalmar o seu coração.
— Isso era para você aprender a não me fazer te esperar que nem um tonto lá naquela sala de estar, agora vamos para esta festa. — Dizia com um tom de voz alterada.
Não demorou muito para que já nos encontrássemos na avenida principal de Seul, confesso que cada sinal que abria para nós, o meu coração acelerava e podia sentir a minha adrenalina me consumir ao ponto de não conseguir disfarçar mais. E quando finalmente chegamos ao meu destino, acabei me tocando de que ainda não tinha comprado a máscara e então, pedi para o Sangjun que fosse para alguma lojinha que ainda estivesse aberta e foi isso que fizemos.
Após termos comprado a tal máscara que era preta com detalhes dourados e prateados, voltamos para avenida até chegarmos novamente na festa beneficente, com isso, coloquei a máscara sob o meu rosto. Sangjun me desejou sorte, o agradeci e respirei fundo na intenção de criar coragem para sair deste veículo, depois abri a porta e o fechei no mesmo instante.
Dei alguns passos até parar em frente da entrada principal da festa, entrei após ter subordinado os seguranças com algumas notas de dinheiro. Após já estar rodeado de pessoas milionárias e que estavam se gabando com as coisas que conquistaram em suas vidas. Eu fingia em estar totalmente interessado neste assunto, sendo que odiava em ser obrigado a participar deste tipo de conversa.
Depois de me encherem o saco com as suas histórias, resolvi me retirar na intenção de procurar por aquele idiota do Dong-sun. E não demorou muito, para que finalmente encontrasse com o mesmo e digamos que a namorada dele não estava lá, pois, ele estava rodeado por acompanhantes de luxo.
Ainda queria entender como uma pessoa pode ser assim, mas depois lembrei que devo estar no mesmo barco de babacas que ele. E então, andei até ficar poucos passos atrás dele e com isso, me aproximei até ficar ao pé do ouvido dele:
— Preciso ter uma conversa urgente contigo e não tente chamar os seguranças, pois, iria pegar feio para você já que é um dos mais importantes desta festa e eu iria te fazer passar a maior vergonha de sua vida, entendeu? — Dizia o ameaçando.
Então o mesmo apenas assentiu e disse para irmos numa sala privada que tinha nos fundos do salão, assim que chegamos ao local, trancamos a porta no mesmo instante. Ficamos nos encarando por alguns segundos, até que o Dong-sun me empurra contra a parede e me prensou usando o seu braço direito para que não tivesse chance de conseguir escapar:
— O que você estar fazendo aqui? Você por acaso é um idiota, porquê isso não tem outra explicação, sabe que estar sendo procurado pela polícia? — Perguntou com um semblante enfurecido.
— Me solte agora e não irei repetir mais uma vez, entendeu? E você sabe muito bem que não tenho medo deles. — Dizia com um pouco de dificuldade, já que ele estava usando toda a força para me manter parado na parede.
— Você é realmente inacreditável! O que você quer agora? Por que se for tentar negociar alguma coisa comigo sobre a denúncia que te fiz na delegacia? Pode esquecer... — Disse e logo em seguida, tirou o seu braço sobre mim.
— É o que todos dizem por aí. E quero negociar sim, você querendo ou não, terá que me ouvir agora. Então, se você não tirar esta denúncia contra mim? Digamos que pensei em contar para todo mundo, aliás, postar seus vídeos íntimos através pelo YouTube para que todo o ser da Terra veja e saiba quem é o seu "verdadeiro eu". Então, ainda não quer negociar comigo? — Dizia com um certo sarcasmo e depois, ajeitei a minha roupa que tinha amarrotado por causa dele.
— Você o quê? Se ousar em fazer isso comigo? Pode ter certeza de que não irei medir esforços para acabar com a sua vida e pouco me importa de como será a reação de meu pai quando souber que matei o seu "animalzinho favorito". — Dizia com o sangue nos olhos.
— Já acabou ou tem mais? Pelo visto, não quer negociar e então, não me resta escolha a não ser colocar os vídeos no ar. Mas não me venha dizer que não te avisei, hein? — Dizia enquanto me dirigia em direção a porta na intenção de sair daquele lugar o deixando sozinho.
— Ainda não acabamos, volte aqui agora. — Dizia assim que se aproximou de mim, com isso, me puxando para trás com o braço o suficiente para que eu sentisse uma certa dor depois na região.
— Então quer dizer que magicamente, o senhor estar afim de fazer uma negociação com este "animalzinho favorito" de seu pai? Interessante... Diga? — Dizia com um tom de voz debochado.
— Cala a sua boca e me escute o que irei te dizer neste exato momento, eu irei tirar a sua denúncia se caso você desaparecer de minha vida e da minha família, fechado? — Disse e logo em seguida, ficou me encarando fixamente.
— Deixa eu pensar... Não! Não te darei este gostinho, porque se tem uma coisa que amo nesta vida, é? Adivinha? Se pensou em te atormentar? Então, pensou certo e a única coisa que estou te pedindo é que tire a sua denúncia para que voltemos a sermos como era antes, apenas isso. — Dizia enquanto o forçava para me soltar.
— Ok, irei fazer o que você tanto quer! Mas pode me aguardar, que isso terá volta e se fosse você? Tomaria mais cuidado comigo a partir de agora. — Disse e depois andou em direção a porta, se ajeitou e respirou fundo até conseguir se acalmar, então o abriu e se retirou rapidamente.
Após esta pequena e calorosa conversa que tive com o Dong-sun, também resolvi sair desta sala privada do salão e pensei passar algumas horinhas nesta festa. Já que estava precisando me divertir um pouco mesmo, agora só esperar aquele idiota cumprir a parte da nossa negociação.
Algum tempo depois...
Depois de ter bebido alguns drinks, sentei na mesa já que não estava conseguindo mais me manter de pé neste local. Mas para a minha surpresa, acabei sentando ao lado de uma pessoa que não me parecia ser estranho, sei lá, aquele rosto já vi em algum lugar só não estou conseguindo me recordar exatamente de onde.
Até que esta pessoa começou a me encarar como se tivesse também tentando lembrar de onde que tinha me visto, pois, ele parecia que tinha esquecido de piscar os seus olhos:
— Para de me olhar desta forma, cara! Estar me assustando aqui. — Disse com uma certa embriaguez.
— Kim Taehyung!? É você? Não estar lembrando de mim, né? Mas é claro, só nos vimos numa única vez e foi por alguns minutinhos. Sou eu, Jeon Jungkook, nos conhecemos naquela pracinha em algumas dias atrás. — Dizia na esperança de que alguma forma, conseguisse lembrar-se dele.
— Ah, sabia que te conhecia de algum lugar mesmo. O que você está fazendo aqui? — Perguntei de uma forma direta.
— Bom, digamos que sou filho de uma família muito rica e eles me forçaram a vir pra cá, para que todos à nossa volta achassem que somos unidos, sendo que isso é uma mentira e dos grandes. — Dizia com um tom de voz baixa, para que ninguém pudesse ouví-lo além de mim.
— Por que todas as famílias tem isso, hein? — Perguntei meio tonto.
— Também queria saber esta resposta, mas até hoje não sei o porquê disso. — Disse e logo em seguida, soltou um suspiro.
— Acho que nunca iremos saber, agora tenho que me retirar porque estou fazendo um velho amigo morfar dentro do carro e sim, ele que irá me levar pra casa hoje. Foi bom te rever, Jungkook e até a qualquer dia. — Dizia me despedindo do mesmo.
Andei sem olhar para trás e torcia para que aquele cara não me seguisse, e assim que já me encontrava do lado de fora da festa beneficente. Procurei pelo carro do Sangjun e no final, ele estava estacionado a poucos metros de onde estava e então, andei até parar em frente do veículo. Abri a porta rápido e disse para ele acelerar o mais rápido possível, pois, não queria chamar mais atenção ou quem sabe, vai que alguém finalmente consiga me reconhecer e não queria correr este risco.
Apesar que, passei bastante tempo naquele lugar, mas agora não estou mais afim de curtir aquela festa, mas, por outro lado até que teve alguma coisa de bom lá. Aquele homem chamou bastante a minha atenção mesmo usando uma máscara, quem sabe um dia eu coloco a minha equipe "Jogo da Conquista" para voltar a funcionar novamente.
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