➶ 𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝗜 ㅡ 𝗡𝗲𝗺 𝗧𝗼𝗱𝗼𝘀 𝗦𝗮𝗼 𝗠𝗮𝘂𝘀


[05 dias antes dos Jogos]

Pablo corria pelas vielas do Distrito 4, seu capuz voando na brisa da maré e as facas balançando em suas bainhas. O som das ondas batendo contra a areia e indo de volta ao mar chegava em seus ouvidos indicando que ele estava próximo da praia.

O homem que estava perseguindo, sua presa da vez, era apenas um idiota prostituto que enganava seus clientes. Então, depois de meses se dando bem nessa vida, a morte do prostituto foi encomendada e entregue nas mãos de Pablo.

Quanto mais ele corria mais a viela se estreitava e ficava tortuosa. Pablo já podia sentir a areia entrando dentro de seus sapatos.

ㅡ Para de me seguir, por favor! ㅡ Gritou o prostituto logo que deu de cara com um beco sem saída, Pablo chegando logo atrás. ㅡ Eu te pago com dinheiro e qualquer outra coisa, só não me...

Pablo não esperou o rapaz terminar de implorar, ele apenas desembainhou uma de suas facas e a arremessou em seu peito. O prostituto cuspiu sangue e caiu de costas no chão.

Caminhando até o corpo, Pablo pegou sua faca e limpou o sangue nas roupas baratas do rapaz morto. Ele saiu da viela, andando na orla da praia movimentada pelos pescadores em mais um dia tranquilo de trabalho.

O garoto continuou andando, olhando sempre em frente e sentindo o cheiro de peixe e sal, até chegar na lateral do cemitério do Distrito 4. Os túmulos obviamente ficavam sobre a terra, mas uma parte da cerca chegava até a borda da areia da praia.

Após agarrar suas mãos a cerca de madeira, Pablo puxou seu corpo para cima e, utilizando seus pés, foi escalando até conseguir pular para o outro lado. Pousando em silêncio, o rapaz voltou a andar procurando o túmulo que visitava todos os dias.

A paisagem cheia de grandes blocos de pedras e mármores estava vazia, sem uma única alma viva além de Pablo Navarro Justino. Ele era a única pessoa que ainda fazia questão de visitar aquele cemitério.

Então, depois de quase chegar ao centro do cemitério, Pablo se sentou em um enorme túmulo de mármore branco, o único entre tantos outros pretos e cinzas, uma luz destoando no meio de tanta escuridão, A paz cercada pelo silêncio angustiante.

ㅡ Com esse foram cento e quarenta e sete. ㅡ Disse Pablo olhando pro mármore. Ele passou a mão no túmulo como se estivesse fazendo carinho em alguém. ㅡ Cada um deles é um passo mais perto do maldito que te matou, meu amor. Vou achá-lo logo, prometo!

Curvando seu corpo em cima do mármore, Pablo depositou um beijo no túmulo.

ㅡ Alina, logo estaremos juntos, meu amor. ㅡ Pablo se levantou escutando o badalar de um sino soar.

O sino era uma espécie de aviso, um alarme que tocava toda vez que alguém da Capital iria dar um recado e todos os cidadãos do Distrito 4 deveriam se reunir na praça central.

Pablo seguiu caminhando, pisando rápido e saindo do cemitério. Apesar de seus pesares, ele não podia se dar ao luxo de se atrasar, a Academia dos Tributos iria sentir a falta de um de seus mais promissores carreiristas e poderia castigá-lo por isso.

Assim que chegou na praça, Pablo se dirigiu ao local onde os alunos da Academia estavam, parando ao lado de Hanna Cresta.

ㅡ Quase se atrasou. ㅡ Disse Hanna sorrindo. A garota estava praticamente saltitando de felicidade.

ㅡ Desculpe, estive ocupado. Já disseram sobre o que será esse recado? ㅡ Indagou Pablo.

ㅡ Não, mas parece que é algo relacionado ao aniversário de vinte e cinco anos dos Jogos Vorazes. ㅡ Hanna explicou.

Pablo entendia porque a garota estava tão feliz, durante anos eles treinaram juntos na Academia de Tributos e desde o início Hanna cultivou o desejo de alcançar a vitória. Além de tudo, a garota estava no auge de sua força física, depois de treinar desde os seus dez anos e ser a única garota do quarto distrito que completou todo o ciclo do treinamento. Esse ano será o ano em que Hanna irá se voluntariar.

ㅡ Estão dizendo que o próprio presidente Snow vai falar hoje, vai ser algo muito importante! ㅡ Disse Hanna.

De repente, atraindo a atenção da dupla, o telão no centro da praça ligou mostrando uma bela paisagem de casas e prédios da Capital. Então, com seu rosto belo e jovial, seus trinta e três anos, os belos cabelos sedosos loiros e os olhos semelhantes ao de uma cobra, o recém eleito presidente Snow apareceu.

Seu olhar parecia penetrar na alma dos cidadãos, vendo seus mais profundos segredos e seus mais sombrios pecados. Vestido com um terno cinza perfeitamente passado, uma rosa branca decorava seu peito.

ㅡ Caros cidadãos de Panem, não imaginam quão feliz estou em finalmente poder falar diretamente com vocês! ㅡ Disse Snow. Faziam cerca de cinco meses que ele fora eleito e ainda não havia feito nenhum pronunciamento oficial, tendo seus secretários falando por si. ㅡ Bom, estou aqui para dar um aviso sobre a Colheita do vigésimo quinto Jogos Vorazes. Como já devem saber, foi acordado que a cada vinte e cinco anos ocorreria uma edição comemorativa, e estou muito feliz em dizer que este ano teremos nosso Primeiro Massacre Quaternário!

Snow sorriu mostrando seus lustrosos dentes brancos. Ele pegou um envelope branco e abriu, tirando um papel de lá.

ㅡ Para lembrar aos rebeldes que eles são os responsáveis pela criação dos Jogos, esse ano os cidadãos de cada um dos doze distritos irão votar nos tributos que eles querem que sejam seus representantes na arena! Voluntários não serão permitidos.

O silêncio absoluto caiu sobre os cidadãos do 4. Ninguém mal ousava respirar. Os orgulhosos alunos da Academia estavam paralisados.

ㅡ Nós, da Capital, estamos ansiosos para a Colheita de amanhã! Até a próxima.

O telão desligou, levando consigo a bela imagem de Snow. Aos poucos Pablo sentiu os pelos de seu corpo se arrepiarem, nunca passou pela sua mente se voluntariar para ir aos Jogos, mesmo tendo treinado parte de sua vida na Academia, ainda mais no ano em que Hanna participaria. Mas, com a escolha dos tributos sendo dos próprios cidadãos, era claro que a escolha masculina mais óbvia cairia sobre o temido assassino de aluguel.

ㅡ Não! ㅡ Berrou Hanna tirando Pablo de sua paralisia. ㅡ Não!

Era entendível que a garota estava furiosa, seu sonho de se voluntariar e ganhar os Jogos acabara de ser arruinado. Ninguém iria sequer cogitar votar nela com tantas prostitutas e ladras que só sabem tocar o terror no distrito.

Parecia que o jogo havia virado, já que seria Pablo quem iria para a arena, e não Hanna. A garota saiu correndo em direção a Academia dos Tributos, pisando duro e urrando de puro ódio.

Pablo nem se deu conta de que as pessoas começaram a voltar para suas casas e seus trabalhos. Ele sentou no chão pensando no horror que seria um Jogos Vorazes abarrotado de criminosos e os jovens mais odiados dos doze distritos do país. Seria um show de horrores, um espetáculo macabro, e não aquela bela chance de alcançar a fama e a glória que sempre lhe fora dito na Academia - chance essa que ele não acreditava e nunca quis ser o sortudo de ganhar.

Mas agora lá estava ele, sentado no chão da praça central, pensando no que faria quando pisasse na arena e tivesse que lutar para sobreviver na edição mais terrível já vista. Novamente um grito vindo de Hanna o tirou de seus pensamentos.

ㅡ Vocês não podem fazer isso comigo! ㅡ Gritou a garota enquanto voltava para a praça. Ela trazia consigo um tridente, muito provavelmente pego no arsenal da Academia, e o apontava na direção dos cidadãos que corriam desesperados. ㅡ Sou eu quem vai ganhar!

Então, concretizando o mais terrível pesadelo das pessoas que fugiam, Hanna lançou seu tridente.

O alvo fora um garotinho de um seis anos que corria segurando a mão de sua mãe. O tridente acertou o menino nas costas e se prendeu no chão, empalando a criança. Hanna correu e pegou sua arma, girando e a arremessando em outras crianças.

Os Pacificadores, pegos totalmente desprevenidos, tentavam se aproximar, mas a muvuca de cidadãos correndo aos berros atrapalhava. Alguns pais tentaram se colocar na frente de seus filhos, mas foram arremessados ao chão por Hanna, que se aproximava para ceifar a próxima criança.

ㅡ Ninguém vai estragar a minha chance! ㅡ Urrava a garota enquanto arremessava o tridente na próxima vítima.

Foram cerca de seis minutos de puro terror, onde Pablo se viu incapaz de fazer qualquer coisa a não ser ficar parado. Ele já havia tirado cento e quarenta e sete vidas, mas nunca uma criança sequer; e ali estava uma de suas amigas mais próximas, tomada pela raiva, atirando seu tridente para todos os lados.

Hanna só parou quando um Pacificador a impediu de pegar sua arma e mais três a seguraram. Ao todo foram onze crianças mortas.

[05 dias antes dos Jogos]

Valerian Fiere segurava a faca em sua mão com leveza e graciosidade. Seus olhos cinzentos, parcialmente cobertos pelos cabelos desgrenhados, se fixavam atentos na placa de gesso a três metros a sua frente.

O garoto fechou seus olhos, inalando o ar ao seu redor e exalando com calma e tranquilidade. Ele apertou os dedos no cabo da faca e, com um movimento rápido, a arremessou na placa de gesso.

A lâmina se cravou ao lado de mais outras já lançadas, no exato local em que Valerian quis que se cravasse.

Valerian piscou olhando a placa de gesso com todas as dezenas de facas que lançou. Algumas delas estavam fora de seu local desejado por cerca de centímetros, provando que nem o mais perfeito não possui defeitos. Entretanto, após se afastar mais da placa de gesso, mesmo com todas as poucas imperfeições, as facas arremessadas formavam o contorno de uma árvore, com tronco e folhagem densa.

Sorrindo orgulhoso, Valerian suspirou jogando parte do cabelo bagunçado para trás. Ele conseguira unir suas duas maiores habilidades em uma só, misturando o arremesso de facas com a arte e formando alguém incrivelmente lindo e mortal.

Afinal a graça da vida consiste nisso, em fazer arte com o que tiver em mãos, em viver espalhando seus talentos pelo mundo, mostrando a beleza de poder ser feliz. Mesmo que seu modo de fazer arte seja letal.

Valerian saiu da sala de treinamento orgulhoso, observando os outros alunos da Academia dos Tributos. Durante todo seu percurso até a saída, Valerian atraia olhares. Sua beleza extraordinariamente peculiar sempre fora algo que chama a atenção, entretanto, suas habilidades foram moldadas aos poucos, o transformando numa bela máquina de matar. Assim como uma jóia bruta, Valerian fora lapidado em um brilhante e radiante diamante.

[05 dias antes dos Jogos]

Maverick girava o cabo do pirulito em sua boca enquanto terminava de chupa-lo. Ele sorria enquanto fazia anotações no caderninho em sua mão, sentado numa cadeira almofadada com os pés em cima da mesa.

A escuridão do vagão abandonado que estava fora extinguida por uma lâmpada acesa pendurada no teto de metal. As janelas de vidro, antes transparentes e limpas, agora cheias de pichações, foram tapadas com folhas de jornal, enquanto que a antiga plataforma de trens do Distrito 6, agora em completo abandono e desuso, estava no mais completo silêncio e breu.

ㅡ Acabou de chegar mais mercadoria! ㅡ Disse Rose, a melhor amiga de Maverick, entrando no esconderijo deles com uma caixa de papelão nos braços. Atrás da garota, Alex, o terceiro integrante do grupo, entrou carregando duas caixas. A dupla colocou as caixas no chão. Um pequeno bip começou a soar, imperceptível aos ouvidos de Rose e Alex, mas captado por Mave.

ㅡ O que temos aqui? ㅡ Indagou Maverick passando o pirulito de um lado para o outro na boca. Ele pegou o lápis que estava preso atrás de sua orelha e preparou para escrever no caderninho.

ㅡ São duzentos frascos de trinta mililitros de morfina. ㅡ Começou Alex coçando a cabeça. ㅡ Uma setenta caixas de anabolizantes e algumas doses de adrenalina. Teremos um bom mês de lucro!

ㅡ Isso caso não sejamos escolhidos na Colheita! ㅡ Rose falou se sentando na cadeira desocupada por Maverick.

ㅡ Não precisamos nos preocupar com isso, nunca caso algum de nós sejamos escolhidos, nunca vão nos achar aqui. ㅡ Explicou Mave mordendo o pirulito e o transformando em chiclete. ㅡ É só agirmos com cautela que nunca seremos pegos pelos Pacificadores!

O garoto se aproximou das caixas percebendo que o barulho vinha de alguma delas.

ㅡ Com quem vocês pegaram esses frascos de morfina? ㅡ Indagou Maverick vasculhando a caixa e escutando cada vez mais alto o bip.

ㅡ Foi um fornecedor novo do Distrito 5, ele entrou em contato comigo alguns dias atrás. ㅡ Explicou Alex arqueando suas sobrancelhas. ㅡ Por que?

ㅡ Merda! ㅡ Exclamou Maverick ao achar um pequeno dispositivo redondo metálico que piscava em vermelho e emitia o bip.

O rosto de Rose embranqueceu enquanto a expressão de Alex foi de surpresa para completo ódio misturado com arrependimento.

ㅡ MERDA! ㅡ Maverick jogou o dispositivo no chão, pisando em cima e o quebrando. ㅡ Era um rastreador, estamos ferrados!

ㅡ Como? Como isso foi parar aí? ㅡ Perguntou Rose fechando a caixa de morfina.

ㅡ Caímos em uma armadilha. ㅡ Alex disse tapeando a própria testa. ㅡ Merda, tava óbvio que a proposta que ele nos fez era muito barata. Como caímos em algo tão óbvio?

ㅡ Depois pensamos nisso, agora precisamos sair daqui! ㅡ Disse Maverick se aproximando da porta do vagão.

ㅡ E o que faremos com a mercadoria? ㅡ Indagou Rose. ㅡ Gastamos metade da nossa grana mensal nisso aqui, precisamos do lucro que irá nos retornar!

ㅡ Não temos tempo pra isso, Rose. ㅡ Começou Mave prestes a sair do vagão. ㅡ Temos que vazar logo antes que os Pacificadores cheguem e...

Tiro.

Interrompido pelo estampido de vários gatilhos sendo disparados ao mesmo tempo e perfurando a parede metálica, Maverick lançou seu corpo ao chão, ficando em posição fetal e protegendo a cabeça com as mãos, o suor escorrendo pelo rosto enquanto o desespero o atingia.

Então, rápida como a luz, uma pontada de dor atingiu seu braço esquerdo, fazendo o garoto urrar e sentir seu sangue escorrer pelo corpo. Os segundos que se seguiram foram os mais excruciantes de toda sua vida. Ele não podia se levantar pois as balas ainda estavam sendo atiradas.

Com sua visão periférica, Mave conseguiu capturar a imagem de Rose cuspindo sangue e agonizando enquanto caia de joelhos no chão, enquanto o corpo de Alex desabou ao seu lado, com um buraco no meio da garganta jorrando sangue.

Mave se sentiu incapaz e inútil, ele queria correr até Rose e tirá-la dali, queria estancar o sangue de Alex, queria levantar e fugir do vagão abandonado. Mas nada podia fazer.

Por fim os tiros cessaram, sendo seguidos por vozes masculinas e o barulho de botas pisando no cimento da antiga plataforma.

ㅡ Um deles tá morto, a outra tá agonizando no chão, chefe. ㅡ Disse um dos Pacificadores se aproximando com uma pistola em punhos.

ㅡ Matem qualquer um que não for o filho do prefeito, apenas ele importa. ㅡ Respondeu outro Pacificador chegando perto de Maverick e sorrindo malicioso pra ele.

O garoto, numa tentativa falha de ficar em pé, levantou a cabeça a tempo de ver o primeiro homem acertando um tiro certeiro bem no meio da testa de Rose.

[04 dias para os Jogos, Colheita]

ㅡ Não! ㅡ Gritou Juniper Coldwell, sangue escorrendo de sua testa. ㅡ Não podem me levar! Eu nunca fiz mal algum a nenhum de vocês!

Juniper se debatia e esperneava enquanto dois Pacificadores a arrastavam pelo caminho aberto no meio da multidão de cidadãos do Distrito 5. A maioria das pessoas olhava para June com desprezo, nojo e raiva, algumas cuspindo em seu belo rosto.

Após uma tensa votação e apuração dos votos, no instante que o nome de Juniper fora anunciado, demoraram cerca de três segundos para a ficha da garota cair e ela tentar correr e fugir, sendo impedida por um Pacificador que se jogou em cima da garota, a fazendo bater a cabeça no chão.

Juniper nunca pensou que seria escolhida com tantas outras vândalas e ladras no Distrito 5, mas parece que a sorte não estava a seu favor.

ㅡ Não levem ela! ㅡ Berrou um pequeno garoto agarrando a perna de June e sendo arrastado pelo chão de terra. Era James Coldwell, o irmão caçula da garota. ㅡ Eu imploro! Por favor, não a levem!

Um dos Pacificadores que arrastavam June, agindo rápido, chutou o rosto de James, deixando-o caído na terra com lágrimas e sangue escorrendo por seu rosto.

Finalmente, depois de longos minutos de agonia, gritaria e tentativas falhas de se soltar, June foi colocada de pé em cima do palco montado no centro da praça central do Distrito 5, ao lado de uma mulher vestindo um longo vestido branco, vinda da Capital. Seu cabelo espetado pintado em roxo puxava a atenção dos cidadãos.

ㅡ Eu fiz tudo que pude para ajudar este distrito a crescer! ㅡ June gritou quando os Pacificadores finalmente a soltaram. ㅡ Eu impedi revoltas rebeldes e cooperei para que mantivessemos uma boa relação com a Capital e é assim que me retribuem? Vão a merda todos vocês! ㅡ June levantou ambos os braços, mostrando os dedos do meio para a população que a encarava com escárnio.

Então, antes que a garota pudesse se rebelar outra vez, um dos Pacificadores que a escoltaram esbofeteou seu rosto com toda a força, lançando a garota ao chão do palco.

Juniper sentiu sua bochecha arder e a raiva crescer dentro de si enquanto a mulher da Capital anunciava o garoto que recebeu mais votos dos cidadãos. June não conseguiu escutar o nome, pois estava presa em seus próprios pensamentos de ódio, mas não pode deixar de arquear as sobrancelhas e contorcer o rosto em surpresa quando a multidão se abriu para um pequenino garoto com o cabelo encaracolado subir ao palco com seus passos curtos. O Distrito 5 não só mandou uma heroína de guerra como também uma inocente criança a edição mais mortal dos Jogos Vorazes.

001 ㅡ DEPOIS DE DOIS ADIAMENTOS, SAIUUUUUUUUUUUUUUUUUU

002 ㅡ Capítulo meio curtinho e introdutório, quis focar mais na Hanna e no Pablo, mas nos próximos os outros personagens irão aparecer mais

003 ㅡ Votem e comentem bastante! Deixe aí o feedback do capítulo <3

Contagem de palavras ㅡ 2900 palavras

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