𝟬𝟮. › HE KNOWS TOO MUCH.
( ele sabe demais )
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TODOS OS CANAIS DE NOTÍCIA, só sabiam falar de uma coisa: o incidente no restaurante. Era evidente que não iriam parar de falar sobre isso tão cedo.
Benjamin Blake também estava viciado nessa notícia. Em sua sala, cheia de tv's, ele assistia a notícia em todas elas. Sentado em uma cadeira e acompanhando tudo com seus ouvidos bem apurados e seu olhos vidrados. Um cientista mais que inteligente e fascinado pelos mutantes. Ele estava constantemente os estudando e os usando para o seu próprio benefício.
Mas existia um em particular, que ele sempre quis não apenas estudar mais, também destruir. Erik Lehsherr, o tão famoso Magneto. Faziam-se anos que Blake estava atrás de Erik e, todas as suas tentativas falharam.
Quando seu ajudante, Marcos Wanderwalls, entrou na sala aos tropeços, ele não moveu um músculo. Se manteve concentrado e distante.
Marcos engoliu o seco, observando seu chefe, com medo de atrapalhar o que ele estava fazendo. Tinha alguns papéis nas mãos, pastas com fichas e anotações. Ele mexeu nelas, um tanto nervoso e, então pigarreou tentando chamar a atenção de Ben.
─ Ér, senhor? ─ Benjamin não moveu um músculo, se manteve exatamente onde estava ─ Lorna ligou. Ela quer saber sobre os mutantes.
Não obteve resposta. Marcos engoliu o seco novamente, aflito e com medo de ter irritado o seu chefe.
Era raro ele conseguir a atenção absoluta de Benjamin, o homem sempre estava concentrado em seus trabalhos e viajando em seus pensamentos e criações. Era um cientista completamente envolvido em sua causa, constantemente motivado a conseguir o que quer. Ele seria o melhor, se não fosse tão louco e podre por dentro.
─ O senhor havia dito que...mandaria os aprimorados para ela, até o final de semana ─ Completou Marcos ainda inseguro. ─ Ela está cobrando senhor.
Novamente, nenhuma resposta. Marcos estava quase desistindo quando, finalmente, Blake se mexeu na cadeira. Fazendo um 'hum' como resposta e fazendo uma pergunta a Marcos em seguida.
─ Sabe por que eu gosto tanto dos mutantes, senhor Wanderwalls? ─ Marcos soltou um não, quase em forma de sussurro ─ Eles são...fascinantes. O fato de acharem formas diferentes de se adaptar na nossa sociedade e passarem despercebidos, até certo ponto, é surpreendente.
─ Realmente, senhor.
─ Alguns carregam tanto poder dentro de si, sendo tão novos, tão pequenos.─ Benjamin reprisava a cena em que o garoto, Daniel, destruía todo o restaurante. Seus olhos estavam focados nele ─ As vezes, é necessário um estalar de dedos para eles varrerem toda a civilização. Fico imaginando, o que estaria os impedindo?
─ Talvez...o lado humano, senhor. ─ Marcos respondeu.
─ Ah, o lado humano. O lado sentimental, aquilo que nos prende e nos faz cair. Sem ele seriamos verdadeiros monstros ─ Benjamin sorriu, sádico ─ Mas o lado humano não trabalha sozinho, sabia? Ele precisa de mais, ele precisa de algo, ou melhor, alguém. Alguém que nos faça pensar, que nos faça ser humanos, que nos prenda e não deixe que cometamos atos hediondos. Alguém que mantenha o nosso lado humano vivo, senhor Wanderwalls. Todos nós temos essa pessoa, querendo ou não querendo, todos temos aquela pessoa que nos faz pecar miseravelmente.
Benjamin se levantou de sua cadeira, deixou o controle sobre ela e andou até Marcos, segurou-lhe os ombros e lhe disse, dá forma mais natural possível.
─ Por isso, meu querido Marcos Wanderwalls, antes que seus inimigos a matem, você deve matá-la.
Dizendo isso, Benjamin soltou Marcos e saiu do cômodo deixando o homem, um tanto abalado, para trás.
Benjamin saiu pelo corredor de sua base de pesquisa e foi direto para o seu laboratório. O lugar era bem iluminado e pouco organizado, mas o cientista conseguia se encontrar naquele lugar.
Quando estava dentro daquele laboratório, ele ia longe. Suas pesquisas e formulas, tudo devidamente testado. Até seus fracassos tinham um espaço na parede, bem ao lado de suas vitórias, que eram bem poucas.
Sua pesquisa atual, era algo que ele vinha trabalhando a bastante tempo. De vez enquanto, vinha dando espaço para outras coisas, mas nunca se esquecia dessa pesquisa em especial.
Ben odiava Erik Lensherr, não era difícil de perceber isso, por isso sempre quis estudar o homem, arrumar uma forma de destrui-lo seria uma grande vitória para ele. Muitos queriam a cabeça do Magneto em uma bandeja, isso renderia muito a Blake. Mas ele nunca visou o dinheiro, a vitória e um lugar de honra no meio científico sim, mas nunca o dinheiro. O dinheiro seria apenas um bônus, pelo seu grande avanço.
O que ele queria com Lensherr envolvia o passado. Era algo que estava na mente dele a anos, assim como o sentimento de vingança.
Depois de alguns minutos ali, mexendo em seus papéis e fazendo algumas anotações, Blake pegou seu comunicador.
─ Trish, chame Marcos e a equipe 13, preciso deles aqui agora ─ ele disse no comunicador para sua comandante das equipes de combate.
Tirou xerox de alguns papéis, organizou algumas pastas, Benjamin estava elétrico. Estava planejando algo grande. Tinha um plano em mente e precisava começa-lo o mais rápido o possível.
Marcos entrou acompanhado da equipe 13, alguns minutos depois. Todos acompanhavam Blake com o olhar, ele andava de um lado para o outro, tentando organizar tudo.
─ Que bom que chegaram ─ ele disse, finalmente parando ─ Tenho trabalho para vocês.
Alguns se entreolharam sem entender, Blake nunca havia dado um trabalho a equipe 13. Eles ainda estavam em treinamento, sendo aperfeiçoados, era a equipe especial. Mutantes que se entregaram a causa de Benjamin e estavam decididos a usarem seus poderes de forma controlada para capturar outros mutantes.
─ Mas,...eles ainda não terminaram o treinamento, senhor ─ Marcos falou, ainda nervoso.
─ Pois eles terminaram agora. Essa será a prova final de vocês ─ Benjamin pegou duas pastas e entregou ao chefe da equipe, Williams ─ Preciso que achem esses dois para mim. Custe o que custar. Preciso desses dois.
─ Essas não são as pessoas do acidente no restaurante? ─ William perguntou, com as pastas abertas e Ben assentiu.
Um dos integrantes da equipe olhou para a pasta por cima do ombro dele.
─ Quer mesmo esse garoto aqui, chefe? Ele parece perigoso.
─ Ele é de suma importância para o meu trabalho de anos. Preciso desse garoto ─ ele olhou sério da equipe ─ Vivo.
Novamente, eles se entreolharam. Seria meio difícil achar e trazer o garoto, mas eles fariam o que fosse preciso.
─ A mãe dele também? ─ William analisou uma foto da mulher, Cora Martin.
─ Viva ou morta, não importa. O menino é mais importante, mas ela pode vir junto ─ a equipe assentiu ─ Agora vão e façam seu trabalho direito. Sem falhas.
Eles assentiram novamente e se retiraram. Marcos foi o único que ficou no laboratório.
─ O que esse menino tem de tão especial, senhor? ─ Marcos perguntou.
Benjamin virou de costas para ele e andou até a janela do laboratório, uma vista panorâmica do campo vasto.
─ O sangue que corre nas veias dessa criança ─ ele começou a dizer ─ Ele é filho do Lensherr.
─ Mais um? Pensei que os irmãos Maximoff fossem os únicos, senhor.
─ Eu também, Marcos. Erik Lensherr esconde mais segredos do que possamos imaginar ─ Benjamin rodou o anel que tinha em seu dedo, ainda olhando distante ─ Se não posso estuda-lo, usarei o filho dele em minhas pesquisas. De uma forma ou de outro, irei conseguir o que eu quero.
Cora ainda estava parada olhando para Laura, na entrada da casa. Ela ficou sem entender o 'acho que aqui está mais do que seguro'. Daniel continuava segurando a mão da mãe, ansioso para entrar na casa e ver o tio Clint. Clint sempre deixava Daniel brincar com sua flechas escondido de Cora e Laura. Esse era o segredo deles - que Daniel já havia contado para todos seus amigos da escola.
─ Por mim não tem problema nenhum você ficar aqui ─ Laura começou a falar ─ Mas, temos um problema heroico e agora a casa está um pouco cheia.
Cora juntou as sobrancelhas. Daniel se mexeu, um pouco inquieto, estava tão ansioso para entrar na casa que não estava mais prestando atenção na conversa das duas.
Ele se inclinou um pouco para o lado, tentando olhar para dentro da casa e achar o tio Clint. Mas seus olhos viram outras coisas.
─ Como assim...'problema heroico'? ─ Cora perguntou.
─ SÃO OS VINGADORES! ─ Daniel gritou e soltou a mão de Cora. Ele abriu caminho por Laura e saiu correndo para dentro da casa.
Cora olhou para Laura confusa, a senhora Barton apenas deu um sorriso sem graça. Logo em seguida, Cora entrou e Laura fechou a porta. De longe, elas conseguiam ver Daniel surtando na cozinha.
Quando chegaram lá, o garoto começou a balançar o braço da mãe todo animado, enquanto os vingadores olhavam para ele sem entender o que estava acontecendo.
─ Mãe são os vingadores, são os vingadores! Tio Clint disse que eles só viriam no natal ─ Daniel repetiu animado, ele soltou o braço de Cora e começou a apontar para cada vingador ─ Viuva negra, Hulk, Homem de Ferro, Jarvis, Bruxa, tio Clint, espera cadê o Thor? ─ os olhos de Daniel varreram o lugar e caíram sobre um vingador específico ─ A meu Deus, é o Capitão América!
Daniel parou na frente de Steve, olhando para ele com os olhos brilhando. O capitão sorriu. (N/A: mil desculpas estar interrompendo sua leitura assim mas, MEU DEUS EU TO IMAGINANDO ISSO E ACHANDO O MOMENTO MAIS FOFO DO MUNDO AAAAJAJSJWEJJ TOMARA QUE EU EXPLODA e voltamos para a programação normal)
─ Oi ─ Steve disse, depois de se abaixar e ficar cara a cara com o menino. Estendeu a mão e Daniel arregalou mais os olhos ─ Pode me chamar de Steve e você é?
─ Daniel ─ ele apertou a mão de Steve ainda paralisado, como se estivesse vendo uma miragem.
─ É um prazer conhece-lo, Daniel.
─ Eu não quero atrapalhar esse momento emocionante, mas ─ Tony começou a falar, todos olharam para ele ─ Alguém pode me explicar o que está acontecendo?
─ Essa é a Cora e esse é o filho dela, Daniel ─ Laura explicou ─ Ela é uma amiga minha e os dois irão ficar alguns dias conosco.
─ Como é? ─ Tony falou, um tanto indignado ─ Pensei que só a gente fosse ficar aqui.
─ Eles precisam de ajuda.
─ Não acho apropriado deixa-los aqui ─ Natasha disse ─ Fury não vai gostar disso.
─ Laura, eles estão certos ─ Cora falou para a amiga ─ É arriscado demais. Eu posso achar outro lugar.
Nesse momento, Daniel já estava ao lado da mãe acompanhando a discussão e Steve estava em pé novamente.
─ Mas é claro que não. Você é minha amiga, Cora. ─ Laura segurou a mão de Cora e a apertou de leve ─ Você tem mais espaço nessa casa, do que qualquer um.
─ Não vejo problema algum em vocês ficarem aqui ─ Steve se pronunciou, atraindo os olhares de todos presentes na cozinha ─ Somos os vingadores, nosso dever é proteger as pessoas. Se vocês precisam de ajuda, nós podemos ajudar.
─ Só acho que a questão não é essa, capitão ─ Bruce falou.
─ Primeiro que nós nem sabemos do que eles estão se escondendo ─ Tony disse.
─ Não estou me escondendo de ninguém específico ─ Cora começou a explicar ─ Só precisamos ficar aqui por um tempo, só até a poeira abaixar.
─ Como Laura disse, você tem mais espaço nessa casa do que qualquer um ─ Clint disse, ficando ao lado da esposa ─ Vai ficar conosco quanto tempo precisar.
Laura e Clint sorriram para Cora e Daniel que retribuíram e os abraçaram. Daniel estava animado com a ideia de dividir uma casa com os vingadores. Alguns vingadores não achavam aquilo uma boa ideia, mas estavam decididos a não questionar e por toda a culpa no Gavião Arqueiro, caso alguma coisa desse errado.
─ Venham comigo, vou leva-los até o quarto ─ Laura falou depois que se soltaram do abraço ─ Devem estar cansados.
─ Onde estão Lila e Cooper? ─ Daniel perguntou
─ Lá em cima ─ Laura respondeu, enquanto os três saíam da cozinha e iam em direção a escada ─ Vão ficar felizes em ver você
Laura e Daniel subiram as escadas na frente e Cora ficou para trás. Enquanto subia as escadas, ela pode ouvir Tony Stark perguntando ao Clint: '─ Que história é essa de que viríamos pra cá no natal?'
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