Capítulo 09
Edmundo lia com seriedade a carta que Pedro havia mandado a Miraz desafiando-o para um duelo até a morte pelo trono de Nárnia porém, Áurea não conseguia se concentrar nas palavras do rei Pevensie ao seu lado, sua atenção estava nos lordes que a olhavam como se fosse um prêmio perdido ou objeto raro que havia fugido de Telmar.
Chegava a dar nojo.
– Lady Áurea – Miraz disse chamando sua atenção e despertando dos seus pensamentos – Vejo que a senhorita está muito bem, para quem sumiu na floresta narniana.
– Muitíssimo bem se isso lhe intriga, só não estou melhor porque você está usando uma coroa que não é sua, e com sangue inocente ainda por cima.
– Vejo que ainda possui a língua afiada – o rei fechou a cara em sua direção.
– E a mira melhor ainda – retrucou a Dellavita.
– Sempre foi uma selvagem que não foi dominada, incrível como os anos passam e as coisas não mudam. Lembra muito sua mãe inclusive toda essa sua audácia.
Aquilo foi o estopim para a Dellavita, gostava de quando falavam que parecia sua mãe ou seu pai, exceto se isso viesse da boca de Miraz.
– Coloque uma espada na minha mão ou vire meu alvo que eu lhe mostrar quem é a selvagem. E nunca mais fale dos meus pais, não tem direito de fazer isso seu imundo!
Miraz tinha um sorriso debochado no rosto enquanto Áurea o fuzilava com o olhar sendo segurada pelo braço por Edmundo.
– Se acalme por favor, não podemos mostrar que ele nos atinge emocionalmente, é isso o que ele quer. Seja forte! – pediu o rei justo num sussurro a loira que concordou.
– Não entendo porque se arriscariam tanto – Miraz falou a Edmundo – Nosso exército pode dizimar vocês completamente antes mesmo do anoitecer.
– Então tem pouco a temer e nenhum motivo para recusar o duelo – provocou Edmundo.
– Eu não tenho medo de nada.
– Tem sim porque… está se recusando a lutar com um espadachim que tem metade de sua idade – disse a garota – E que é muito mais bonito que você – completou com um sorriso debochado.
– Apoiamos sua decisão majestade, seja ela qual for – comentou um dos lordes bajulando Miraz.
Áurea examinou o tirano, ele sabia que se recusasse iria se mostrar um homem fraco e covarde que temia os narnianos, sendo contra tudo o que os telmarinos fizeram durante anos.
E Miraz se importava muito com sua reputação.
– Você – apontou a espada para Edmundo – Torça para que a espada de seu irmão seja mais afiada que a pena.
– Vamos – Edmundo a chamou para fora da tenda.
Áurea olhou para Miraz e passou um dos dedos por seu pescoço enquanto ostentava um sorriso irônico nos lábios.
– Você já era Miraz.
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– Então, como foi lá? Deu tudo certo? – perguntou Pedro visivelmente nervoso com a situação, arriscar sua vida em um duelo por Nárnia era sua obrigação de rei, mas isso ainda o deixava inseguro mesmo com todos os anos de prática.
– Por instantes pensei que iríamos morrer lá dentro, mas deu tudo certo então melhor se preparar – comentou Edmundo.
– Como assim?
– Miraz me tirou do sério, Edmundo teve que me segurar – comentou Áurea – Mas o importante é que teremos o duelo, será o suficiente para Lúcia e Susana procurarem Aslan.
– Ótimo, fale com Lúcia e Susana por favor – pediu o loiro a Áurea.
– Claro, com licença.
Assim que a loira sumiu pelos corredores, Pedro de virou para o irmão mais novo.
– O que houve no acampamento?
– Miraz irritou Áurea e pensei que ela iria avançar nele ou coisa do tipo, cheguei até a segurá-la – explicou Edmundo com um sorriso nos lábios – Nunca vi alguém se transformar quando fica irritada na vida...nem a mamãe.
– Ora irmão, então já sabemos quem mandará no relacionamento – provocou Pedro.
– Cala boca Pedro – resmungou Edmundo.
Um relacionamento com Áurea, não seria ao todo algo ruim seria?
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– Prontinho – Áurea terminou de prender a armadura de Susana – Está com um visual perfeito para ir atrás de Aslan.
– Não gosto dessa ideia de Pedro lutar até a morte.
– Também não gosto, espero que não chegue a tal ponto dele morrer ou estamos arruinados.
As duas ficaram em silêncio temendo pelo futuro de Pedro e de Nárnia.
– Está tudo pronto – Caspian apareceu onde as duas estavam.
– Vamos – Áurea passou o braço pelos ombros de Susana como forma de apoio.
As irmãs Pevensie montaram no cavalo de Caspian, embora o príncipe quisesse falar com Susana, a mesma ignorava ele com duras feições.
– Destro sempre me serviu bem, estão em boas mãos.
– Ou cascos – brincou Lúcia.
– Tome, acho que está na hora de ter de volta – o rapaz disse estendendo a trompa branca para Susana.
– Por que não fica com ela? Pode precisar me chamar outra vez – a rainha gentil disse antes de sair a galope para fora da fortaleza.
Áurea sorriu com a cena dos dois, sabia que eles gostavam minimamente um do outro no fundo.
– Se você não notou esse flerte, você é bem lerdo – comentou a loira.
– Não sonhei? Ela falou isso mesmo?
– Sim, falou e acho melhor você ter melhorado muito sua dança porque vai precisar daqui a algum tempo.
– O que quer dizer com isso? – perguntou o príncipe.
– Só confia – ela piscou pra ele.
– Você e seus sonhos.
– Não critique eles, as vezes as respostas estão lá.
Quando Áurea disse isso, foi como se um estalo tivesse soado em sua mente e ela se deu conta de um detalhe que poderia ser importante.
– Caspian, você me consegue outro cavalo agora?
– Sim mas, por que? – o príncipe perguntou estranhando a seriedade da loira.
– Estou com um pressentimento, preciso ir atrás das meninas. Você me ajuda?
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Nota da autora: Hey pessoal, como estão?
Primeiramente obrigado pelos 1K de leitura, eu fiquei super feliz quando eu vi ♥️
Segundo quero dizer que graças a FomGrimes agora The Call possui um trailer 👏👏👏👏 então convido a todos para assistir. (Mais uma vez muito obg amore pelo vídeo)
O que a Áurea vai fazer? Palpites? A guerra está próxima...
Até o próximo!
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