Capítulo 08
– Eu...eu... Narnia... Aslan... Lúcia...Telmar...
– Áurea se acalme primeiro, respire e depois me conte – Pedro falou tentando esconder um sorriso nos lábios com a afobação da garota, chegava a ser um pouco engraçado.
– Pedro, eu tenho a solução para salvarmos Nárnia de uma vez por todas!
– E o que é? Você sonhou?
– Sim, sonhei – disse animada.
– Certo, vamos conversar melhor na mesa de pedra.
⟅⛥⟆
– Agora me conte tudo.
– Bom, primeiro eu sonhei com Lúcia em uma floresta, ela estava com Aslan e ele rugiu despertando às árvores. Depois tudo mudou para o castelo de Telmar, era uma festa de comemoração e Caspian era rei.
– Só isso?
– Sim – falou decidindo ocultar a parte que Edmundo lhe beijava, precisava entender aquilo primeiro.
– Certo, confio em você.
– Confia? De verdade?
– Eu deveria ter lhe ouvido primeiro e confiado mais, depois notei que os narnianos acreditam nos seus sonhos, peço desculpas por tudo. Fui rude desde o começo mas… – o loiro abaixou a cabeça – Não conheço mais Nárnia, tudo está tão diferente de quando viermos aqui. Como darei ordens de algo que desconheço?
– Está tudo bem Pedro, você se saiu bem na sua primeira visita e sairá bem agora novamente. Errar é humano, foi uma falha que sei que não se repetirá – consolou Áurea – Mas agora precisamos agir direito, e tenho uma noção de como podemos virar o jogo acabando de vez com Miraz.
– Devo convocar uma reunião com todos para explicar seu plano senhorita? – perguntou de modo sarcástico.
– Deve majestade.
– Trégua? – perguntou Pedro estendendo a mão e sendo correspondido pela Dellavita, os dois se olhavam sorrindo.
– Hã, com licença – Edmundo interrompendo o momento fazendo os dois virarem para si – Mas é melhor verem isso.
⟅⛥⟆
Os telmarinos haviam estabelecido bases na floresta, Áurea notou o tamanho do exército com Miraz no meio sorrindo de forma sarcástica, aquilo ferveu o sangue da loira.
– Eu quero matar ele – murmurou baixinho.
– Entre na fila – Caspian respondeu ao seu lado.
– Vamos – Pedro chamou todos e foi andando até a mesa de pedra – Áurea teve um plano.
– Teve? – perguntou Susana olhando para a garota.
– Lúcia, você conseguiria ir atrás de Aslan na floresta? Só você pode encontrar ele.
– Sim, eu consigo – respondeu a menor com determinação.
– Esse é seu plano? – perguntou Trumpkin – Mandar a menina sozinha para a floresta? É loucura!
– Ela não estará sozinha, irei com ela – Susana se prontificou ao lado da irmã.
– Lúcia é a única com esperanças, sei que ela conseguirá – Áurea sorriu em apoio – E vamos precisar de uma distração para os telmarinos. Caspian, você sabe mais do que eu sobre as leis, tem alguma em específica?
– Bem – o príncipe disse com receio mas recebeu apoio do seu tutor – Tem uma em especial que pode nos ajudar, isso é, se Pedro concordar.
– Tudo por Nárnia – disse determinado.
– Desafie Miraz para um duelo até a morte.
– Pedro não! – brigou Susana – Não vamos passar dos limites.
– Não tem outra solução Susana – falou o mais velho – Eu aceito, tragam papel e tinta. Edmundo pode levar até ele?
– Posso.
– Vou com você – Áurea se prontificou.
– Não, é perigoso.
– Acredite, sei provocar Miraz tão bem que ele vai aceitar gostando ou não.
– Áurea…
– Está decidido – falou a loira ignorando o Pevensie – Se preparem, estou louca para acabar com Miraz o mais rápido possível.
A loira saiu da sala deixando todos se entreolhando.
– Onde ela arranjou aquela determinação? – questionou Caspian.
– Acredite, ela sempre teve – respondeu Lúcia.
⟅⛥⟆
O pequeno grupo esperava Áurea para caminharem até as tendas dos telmarinos. Áurea saiu da fortaleza com uma armadura feminina, calças um pouco justas e botas além de uma espada na cintura, os cabelos estavam soltos balançando como cortinas atrás de si.
– Vamos?
– Sim – Edmundo disse sorrindo.
– Por que está sorrindo? – perguntou a loira.
– Porque você está aqui comigo – respondeu sincero – Você me passa tranquilidade de certo modo.
Áurea não disse nada, apenas sorriu e deu um beijo singelo na bochecha do rei.
– Quando tudo isso acabar bem com a vitória dos narnianos e Caspian for coroado, quero que dance comigo na comemoração – propôs a loira.
– Já aviso que não sou bom dançando.
– Não tem problema, te ensino – sorriu antes de se virar para frente se dirigindo até o acampamento telmarino.
⟅⛥⟆
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top