Capítulo 03
– Por que fez isso? – Pedro perguntou nervoso – Podia ter atraído atenção para nós!
– Isso não aconteceria, aqueles homens temem tanto o bosque que aposto que ficarão com medo de construir qualquer coisa agora naquele rio – explicou Áurea calmamente – Apenas agitei o dia deles.
– Agiu de modo imprudente! E se nos pegarem?
– Mais fácil eu morrer na mão de Miraz que vocês majestades, ele acredita que vocês não passam de lendas enquanto eu, bom – a garota deu de ombros – Masmorras seria a melhor coisa que aconteceria.
– Mesmo assim, não faça mais isso – Pedro disse pela última vez antes de sair andando na frente com o anão. Os outros Pevensies acompanharam a discussão sem dizerem absolutamente nada e todos voltaram a andar.
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Quando retornaram ao local onde Lúcia disse ter visto Aslan, a mais nova das rainhas acabou escorrendo e descobriram uma maneira de atravessar de forma segura.
– Áurea – Susana a chamou quando a loira pisou do outro lado da margem – Onde aprendeu a atirar?
– Bom, minha vontade era de saber usar uma espada mas como sou uma dama – falou revirando os olhos – Só fui ensinada a usar um arco e flecha com muita insistência aos sete anos quando entrei no bosque e pensaram que eu havia sido atacada, voltei com um arranhão na bochecha. Falaram que era melhor saber me defender de narnianos selvagens.
– Bom, como uma arqueira experiente devo dizer que sua mira é muito boa – falou Susana sorrindo.
– Agradeço os elogios Susana, desde que li que as rainhas de Nárnia eram destemidas e usavam armas, me inspirei em vocês.
– Fico honrada então – a Pevensie sorriu voltando a andar mais a frente e deixando Áurea um pouco mais atrás.
– Olhem! Maçãs – Lúcia parou no meio da trilha apontando para as árvores.
– Quer uma Lúcia? – perguntou Áurea.
– Pode me chamar de Lu – falou a menina – Querer eu quero, mas está tão alta.
– Ora isso não é problema, quantas quer? – Áurea perguntou tirando a aljava e a capa.
– O que irá fazer?
– Pegar as frutas – falou andando até a árvore.
– Não precisa Áurea, eu estou bem – insistiu Lúcia vendo a garota começando a subir no tronco – Você pode cair.
– Cedo ou tarde nos dará fome, melhor já nos adiantamos em reservar algum alimento.
A loira subia na árvore com maestria, já estava acostumada a fazer coisas do tipo. Chegou em alguns galhos que continham as frutas, sentou no mesmo após ver que ele estava firme para lhe aguentar.
– Coloque minha capa no chão Lu, vou jogar algumas – falou para a menor que após arrumar o pano no chão – Saia de perto.
A loira jogou algumas frutas que caíram perfeitamente no cesto improvisado com sua capa, ela tinha ouvido que Pedro havia falado alguma coisa mas ignorou focada em continuar sua colheita.
– Áurea já está bom – disse Susana para a garota que estava na árvore.
– Estou descendo já – falou e quando ouviu um estalo, viu que o galho se partiria – Essa não.
– Vai quebrar, desce logo – falou Lúcia aflita.
– Estou bem – disse em voz alta mais para si do que para os outros.
Antes que pudesse pensar em algum plano, o tronco se quebrou fazendo Áurea cair em cima de alguém.
– Céus! Edmundo você está bem? – perguntou vendo que caiu em cima do rapaz e o mesmo estava com expressão de dor.
– Estou e você?
– Tem certeza? Não quebrou nada? – falou olhando seu rosto a procura de algum machucado.
– Seus olhos são lindos – disse o Pevensie olhando para Áurea.
– O que? – questionou sentindo as bochechas corarem. Áurea não era do tipo que recebia elogios naturalmente, na verdade ela podia contar nos dedos quantas vezes já tinha elogiada na vida e garantia que era menos que dez.
– Áurea, eu disse pra você que era alto – Lúcia comentou com uma voz chorosa – Eu não me perdoaria se você tivesse se machucado feio ou quebrado alguma coisa. Sorte que Edmundo amorteceu sua queda.
– Ah – Áurea disse levantando e se dando conta que estava ainda meio deitada em cima do rei – Falando nisso, obrigado por me salvar Edmundo.
– Tudo bem – disse se levantando e tirando algumas folhas do cabelo – Não foi nada.
– Foi corajoso da sua parte me segurar sabendo o tamanho da minha queda, poderia ter se machucado no meu lugar.
– Eu não deixaria.
– Será que podemos ir agora? – Pedro perguntou vendo que os dois estavam envergonhados, mesmo com a expressão séria, não perderia a oportunidade depois de importunar seu irmão sobre o modo que ele agia com Áurea.
– Vamos – Susana terminou de recolher as frutas – O caminho ainda é um pouco longo.
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Já era de noite quando eles pararam, comeram as maçãs que Áurea havia pego e foram dormir com a fogueira ainda acessa. A loira estava com os olhos fechados, e ouviu cochichos das irmãs Pevensie conversando por um tempo até pararem. O silêncio e a calmaria da noite invadiu seu coração fazendo-a adormecer.
Ao abrir os olhos, ela viu o castelo de Telmar e narnianos com olhares aflitos, porém corajosos, presos no portão gritando que faziam aquilo em nome de Aslan e por Nárnia. Ela notou que seus corpos iam caindo no portão e o barulho de flechas telmarinas eram mais intensos. Eles estavam morrendo, aquilo era um massacre.
Ao olhar para trás, viu Caspian em cima de um cavalo enquanto Pedro cavalgava na sua direção tentando correr a tempo antes da ponte se fechar.
Áurea acordou em um sobressalto, o sol estava dando indícios que logo apareceria. Todos ainda dormiam próximo a fogueira, agora já apagada.
A loira pegou suas coisas ao ouvir um barulho de passos próximo onde estava e se levantou indo na direção do mesmo, preparando a flecha no arco. A corda já estava na sua bochecha quando uma figura familiar apareceu na sua frente.
– Áurea?
– Caspian?
⟅⛥⟆
Nota da autora: Oi pessoal, como estão?
Vi que a maioria shippam a Áurea com Edmundo, será que rola alguma coisa entre esses dois? Hmm
Quero agradecer ao apoio que vocês estão dando, significa muito para mim. Quem gostar de Crepúsculo e afins, estou escrevendo uma fic sobre esse universo chamada "Daylight" basta dar uma entrada no meu perfil.
Será que agora que Caspian apareceu, alguém vai shippar ele com a Áurea? Me contem tudo.
Até o próximo!
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