Especial 100k

ESSE ESPECIAL FOI FEITO ANTES DA REVISÃO.

Shawn Mendes point of view

Capítulo 1:

O despertador toca às seis da manhã, me fazendo desejar já estar aposentado com 27 anos, para não ter que ver a cara de Diana e qualquer funcionário que fosse. Eu não queria cuidar de nada para o meu pai e também não queria passar o dia entrevistando mulheres que com toda a certeza não passariam uma semana naquela empresa e me fariam ter o trabalho de entrevistar mais candidatas na próxima semana.

Minha cabeça explodia. Aquele já era o terceiro porre em menos de uma semana, eu sequer estava com condições de me levantar daquela cama, e tudo só começou a piorar quando eu me virei para o lado direito da cama e me deparei com uma mulher que eu não fazia ideia de quem era.

" Isso tem que acabar" foi o que eu pensei.

- Finalmente acordou - ela disse, enquanto passava a mão pelo meu cabelo - achei que fosse ficar apagado por dias.

- Bem que eu gostaria - respondi sem hesitar.

- Você sempre acorda assim?

O que eu poderia dizer? Em toda minha vida eu nunca tinha visto alguém acordar com tal disposição às seis da manhã.

- Não importa, eu vou tomar um banho antes de ir para casa, não quero que meu marido sinta o cheiro de outro homem e comece a me fazer perguntas sobre onde passei a noite.

Eu dormi com uma mulher casada? Que merda eu estava fazendo da minha vida?

Ela tirou o restante de sua roupa, ficando totalmente nua em minha frente. Não pude evitar dar uma breve olhada.

- Vou usar seu banheiro, se não se importar.

Esperei com que ela saísse de vista para mexer em sua bolsa, eu sabia que era extremante errado e jamais faria aquilo em outras circunstâncias, mas eu realmente precisava saber o nome dela.

Aos poucos, flashes da noite anterior foram tomando conta da minha mente após eu ler seu nome. Caitlin.

- É, eu tive uma ótima noite... com uma mulher casada - disse para mim mesmo enquanto ria das minhas lembranças.

Separei meu traje para o trabalho e enquanto fazia isso imaginei que teria que mandar Caitlin embora, de um jeito educado. Eu tinha muita coisa para repassar antes de trabalhar e ter uma mulher nua desfilando em minha frente não ajudaria muito.

- Não sabia que você fazia do tipo ladrão - ela disse, enquanto secava seu cabelo com a minha toalha.

- O quê? - respondi rápido.

Ultimamente essa palavra pesava muito na minha consciência.

- Minha bolsa, você mexeu.

- Ah, sobre isso... não me leve a mal, mas eu não me lembrava do seu nome, tive que ver algo que me refrescasse a memória, não queria que você saísse daqui chateada.

Ela riu.

- O que você leu?

- Caitlin. É o seu nome, não?

- As vezes sim, as vezes não... qual é, eu sou casada, não posso dar meu verdadeiro nome para todo cara com quem eu durmo.

Talvez ela não devesse dormir com outros caras, ou pedir o divórcio.

Eu ainda não conseguia acreditar no que tinha feito.

- Bom, de qualquer forma, você tem que ir. Tenho muito trabalho à fazer e você nua não vai me ajudar a manter o foco.

Fiquei um pouco sem graça, mas não poderia fazer nada, ou ela ia embora, ou eu acabaria na cama com ela novamente e por mais que a ideia fosse tentadora, eu tinha que bancar o responsável pelo menos uma vez na vida.

- Claro. Mas a noite de ontem nunca aconteceu, ouviu bem? - soava mais como uma ameaça. Apenas afirmei com a cabeça.

Não seria um problema esquecer a noite anterior, já que eu mal me lembrava de tê-la conhecido.

Caitlin, ou seja lá qual fosse o seu nome, foi embora sem ao menos se despedir e eu agradeci por isso, quanto menos contato com a mulher casada era melhor para mim.

Eu não perdi meu tempo, mesmo morrendo de sono, adiantei algumas coisas do trabalho para que eu tivesse tempo de entrevistar as candidatas e assim que estava tudo pronto corri para a empresa.

Passando pelo saguão principal, pude ver algumas mulheres que esperavam pela entrevista, e também pude ouvi-las cochicharem ao perceber minha presença.  Ignorei-as e segui meu caminho até minha sala no último andar, ou melhor, a sala do meu pai.

- Bom dia Shawn - Diana apareceu, me fazendo revirar os olhos.

- Se o dia começou assim, não quero imaginar como vai terminar - falei, me referindo à presença dela, algo que era sempre um incômodo para mim - Quero que desça e prepare as candidatas. Vejo que a sala está arrumada então não tenho motivos para esperar.

Entreguei uma lista à ela, que analisou nome por nome antes de descer.

- Sim senhor.

Diana era complicada, não sabia respeitar limites, por mais que seu trabalho fosse maravilhoso ali, eu a demitiria se tivesse chance.

Achava ter passado tempo demais pensando, pois rapidamente apareceu uma mulher loira em minha sala.

- Bom dia Sr. Mendes - ela disse enquanto ajustava seu decote.

Não precisei de mais nem um segundo para entender suas intenções.  Apenas fingi que analisava seu currículo e logo a mandei embora e pedi para que chamasse a próxima.

Isso se repetiu pelo menos mais cinco vezes, até que realmente apareceu uma mulher interessante.

- Sente-se - disse enquanto analisava o histórico dela. Era impressionante.

Histórico escolar maravilhoso, ainda era jovem, mas se encaixava perfeitamente. Seu único "defeito" era à timidez, mas isso ela perderia assim que conhecesse melhor o local e os outros funcionários.

-Tenho que confessar, Srta Duncan... você é a candidata mais forte até agora.

Se continuasse daquele jeito, provavelmente eu teria Samara Duncan como secretária.

- Bom, está dispensada por hoje, caso seja melhor opção para a vaga eu entrarei em contato.

Ela apenas sorriu e deixou a sala.

Diana não demorou muito para subir com a próxima candidata.

- Sente-se por favor. Eu sou Shawn Mendes, você já deve saber - Eu disse colocando os papéis de lado e olhando para a moça diante de mim.

Não pude evitar encará-la. Era bonita, muito bonita, com certeza eu teria dificuldades em focar no trabalho se essa mulher aceitasse ser a minha nova secretaria.

- Lauren Portman, 21 anos, mora em Los Angeles, solteira, sem filhos... histórico escolar impressionante.

Ela pareceu nervosa, mas mesmo assim me deu o seu melhor sorriso.

- Saiu de algum relacionamento recentemente? - perguntei.

Aquela pergunta fez parecer com que eu fosse totalmente invasivo, mas eu tive problemas com o ex-namorado de uma das minhas ex secretárias. O rapaz chegou na empresa fazendo escândalo, apenas por ela estar trabalhando comigo. Aquela só era uma forma de evitar que pessoas de fora difamasse a empresa.

- Creio que isso não fará diferença no meu currículo - ela respondeu, fechando o sorriso.

Me surpreendi com sua resposta. Se fosse qualquer outra que eu havia entrevistado mais cedo, responderia sem pensar duas vezes.

- Temos que adicionar " Respostas rápidas" e " Personalidade forte" aqui - Eu disse apontando, para a folha.

Percebi que tinha deixado a garota sem graça e me senti culpado por isso, mas antes que eu pudesse justificar, ela respondeu novamente.

- Me desculpa, mas eu não vejo uma razão coerente para responder essa pergunta.

- Todas me responderam - rebati rápido.

Era uma mentira, só havia perguntado aquilo para ela.

- Com todo o respeito, o Sr é esperto o suficiente para perceber que eu não sou igual a todas, começando pelo currículo.

"Ela é ousada"  Pensei.

Estava me intrigando, eu queria saber mais sobre ela. Parecia interessante apenas pelo fato de ser algo além de um rosto bonito.

- O que te diferencia das outras? - perguntei, extremamente interessado na sua resposta.

- É que eu estou aqui pelo trabalho.

Imagens das outras garotas mostrando interesse sexual em mim vieram à minha mente. E ela estava certa, entre tudo foi uma das duas que não enfiaram os seios na minha cara.

Resolvi sair do contexto um pouco e deixá-la explicar suas respostas.

- O que a Srta quis dizer com isso?

- O Sr... nada. Me desculpe.

- Você. Não me chame de Sr, faz eu parecer bem mais velho do que já sou.

- Tudo bem.

- Quanto tempo você leva para chegar aqui?

- Uns 15 minutos.

- Ok. Obrigada por se candidatar. Está liberada.

Assim que a mulher saiu, liguei para Diana e pedi para que fosse rápida com as outras candidatas. Lauren Portman já era a dona daquela vaga.

Capítulo 3:

Em um de seus primeiros dias de trabalho, Lauren havia mostrado ter os pés no chão. Era uma boa mulher, e estava sempre me ajudando, e por esse motivo, não consegui negar seu pedido, ela queria que eu a deixasse sair para ligar para o irmão, a família estava preocupada, sendo assim eu liberei.
A manhã estava indo de mal a pior, mas tudo só desmoronou no momento que vi Diana passar pela minha porta pela terceira vez naquele dia.

- Eu vim pedir desculpas pelo que fiz hoje mais cedo, mas você precisa parar de fingir que nada aconteceu entre nós.

Ela estava com uma bandeja e nela haviam dois copos de cafés comprados na cafeteria do outro lado da rua.

- Mas eu posso te recompensar tudo isso com uma bela noite de sexo, do tipo que você gosta - ela sorriu, totalmente maliciosa.

Tudo bem, eu havia dormido com ela há noites atrás, mas eu não estava disposto a aturar alguém que só está interessada no meu dinheiro.

- Eu vou ter que recusar - respondi.

Pude perceber Lauren se aproximando e desejei que a conversa com Diana acabasse ali, pois não queria que a novata achasse que durmo com todas as minhas secretárias.

- Mas Shawn...

- Diana, eu não posso aceitar, foi uma falta de respeito e meu pai vai ficar sabendo - eu a interrompi quando Lauren entrou na sala.

- É tudo culpa dela, não é? - Ela perguntou, apontando o dedo e lançando um olhar mortal para Lauren.

- Ela não fez nada. Foi você quem faltou com respeito comigo.

- Não, a culpa é dela sim. Ela vai aprender a não meter o nariz onde não é chamada.

Lauren olhou para nós dois, sem entender uma palavra. E antes que pudesse dizer algo para se defender, Diana abriu a tampa de plástico de cada copo de café e os derramou diretamente sobre o decote da blusa de Lauren.

- Eu te avisei - ela disse antes de sair batendo seus pés de raiva.

Eu sabia que o café estava praticamente fervendo em sua pele, e ela não teve outra opção à não ser arrancar a blusa de seu corpo.

Para a minha surpresa, ela não vestia nada além da blusa. Seus seios fartos praticamente pularam na minha frente.

"Puta que pariu! Essa mulher é maluca."

Mas era extremamente gostosa.

Naquele momento eu me encontrava de boca aberta, imaginando mil coisas que eu poderia fazer com aqueles dois. Só voltei à realidade quando ouvi um grunhido de dor escapar da sua boca.

"Ela não está ajudando"

Ofereci ajuda e torci para que ela dissesse que sim. Eu desejava ter minhas mãos ali. Não naquela circunstância e jamais encostaria um dedo sem que ela me pedisse.

Naquele momento, decidi que ia fazer com que ela me desejasse e estava disposto a fazer qualquer coisa para que aquilo acontecesse.

Capítulo 7:

Eu jamais havia passado tanta raiva por causa de um mísero restaurante. E com certeza tinha o dedo de Diana naquele cancelamento de reserva.

Havia cuidado de cada detalhe para que Lauren aceitasse fazer a viagem comigo. Por fim, acabamos transferindo o jantar de negócios para meu escritório particular que ficava dentro da minha casa. Ela não pareceu ver problema, pelo contrário, aceitou facilmente o meu convite, porém, o maior motivo foi a oportunidade de trabalhar longe de Diana e não a oportunidade de viajar comigo.

Ela já havia me rejeitado uma vez. Não sabia o que me fazia imaginar que ela pudesse estar pensando em aceitar a viagem por minha causa.

Lauren pôs sua taça do meu melhor vinho em cima da mesa enquanto observava a vista do meu escritório.

- Posso fazer uma pergunta? - ela disse.

- Sim?

- Por que você tem um escritório dentro de casa? - falou enquanto andava pelo local observando cada pedacinho do meu escritório.

- Por um tempo eu trabalhei aqui, me preparando para cuidar da empresa, as vezes preciso receber pessoas importantes que querem fechar negócio com a empresa e sempre escolho esse lugar - respondi sincero.

- Gosto da vista, é perfeita - ela disse,  indo até a janela.

Eu poderia garantir que minha vista para seu vestido vermelho era ainda mais agradável. Era errado, eu sabia, mas não conseguia evitar e desviar o olhar.

Não consegui controlar minha respiração, ela sentiu meu hálito quente em sua nuca e pude perceber que seu corpo se arrepiou.

- Quer que eu te leve pra casa? - perguntei em um estranho ato de juízo.

Não queria que ela pensasse que eu havia levado-a para casa de propósito com segundas intenções.

Mas para a minha sorte, ela tinha as mesmas intenções, nas quais eu e só percebi quando sua boca já estava colada na minha.

Sua língua guiava o ritmo do beijo com maestria e um leve gosto de vinho deixava tudo ainda mais gostoso, acabando por tirar  o fio de juízo que ainda me restava naquela noite.

Ela me queria, e o mais importante, não estava bêbada. O que eu desejei por semanas estava finalmente acontecendo, eu não poderia fazer nada além de aproveitar.

Passei minhas mãos por cada centímetro do seu corpo e o senti esquentar. Bastaram beijos quentes e alguns toques para que eu já estivesse totalmente fora de mim.

Não queria ver aquela mulher despida em um lugar de trabalho, então guiei seu corpo para o quarto e sentei na cama, colocando ela em meu colo. Não queria perder tempo, com alguém como Lauren, a perda de tempo era quase um pecado, então, arranquei seu vestido, deixando-a apenas com as roupas íntimas. Um sorriso malicioso se formou em meus lábios e ela pareceu adorar aquilo. Logo dei a devida atenção ao seu corpo e chupei seu pescoço com agressividade deixando marcas enormes e avermelhadas, fazendo uma trilha até chegar em seus seios.

Os seios que, por varias noites seguidas sonhei estar chupando.

Ela também pareceu estar sedenta pelos meus toques, com sua habilidade feminina, tirou o mesmo e jogou do outro lado do quarto.

- Sabe... desde a primeira vez que os vi, eu imaginei como seria colocar a boca aqui - eu disse. enquanto passava os polegares em seus mamilos que já estavam rijos.

Ela chegou perto da minha orelha e sussurrou:

- Então me mostre o que sabe fazer!- aceitei como um desafio.

Não perdi tempo e abocanhei de uma só vez um de seus seios enquanto minha mão fazia carícias lentamente no outro, queria deixá-la completamente louca de excitação. Vez ou outra eu mordiscava e assoprava seus pontos mais sensíveis, sua expressão era de satisfação e eu a sentia cada vez mais molhada. Eu faria aquela mulher gozar para mim naquela noite, assim como havia feito no meu sonho.

Apertei sua bunda me fazendo com que ela gemesse de prazer, e aquilo só aumentava quando ela ouvia o delicioso barulho da sucção.
Eu massageei o outro seio e repeti o processo com o outro chupando, deixando a minha marca e aproveitando tudo.

Esperei ela fechar os olhos para pegá-la de surpresa, e quando aconteceu, passei dois dedos pela sua  intimidade que ainda estava coberta por uma calcinha encharcada. Era uma sensação maravilhosa saber que eu havia causado tudo aquilo só por passar minha língua no seu seio. Deitei-a na cama e voltei a distribuir chupões entre meus seios e seu pescoço, queria deixá-la o mais molhada possível, antes de chupá-la onde mais ansiava. Ela eu gemia loucamente o meu nome e naquela altura eu já estava quase estourando de tanta excitação, sentia minha boxer apertar e me deixar desconfortável. Gostaria bastante de me entregar à ela, mas não naquela noite. Ali era só ela, eu só queria satisfazê-la e não usaria o meu sexo para isso.

Fiz  uma pausa para tirar o pequeno fio de pano que ainda lhe restava vestia e ela fez sinal de que tiraria os saltos, mas não deixei.

- Quero você apenas de salto.
Eu não tinha esse costume. Mas aquela era uma ocasião especial.

Ela apenas assentiu  e deixou que minha boca tomasse conta do resto do seu corpo. Enquanto lingua passeava por cada centímetro daquele corpo, ela empurrou minha mão para sua intimidade que estava desesperadamente molhada e pulsante.  Eu poderia gozar só de senti-la tão gostosa e entregue à mim. Não podia esperar mais, e também já não queria, então, comecei a fazer círculos lentos pelo seu clitóris, meus dedos deslizavam facilmente pela região e os meus movimentos eram excitantes e precisos. Movi meu dedo para sua entrada, com o propósito de lubrificá-lo e ela soltou um gemido instantâneo de resposta ao meu ato. Resolvi brincar um pouco.

- Você gosta quando eu faço isso?  perguntei com uma voz sedutora enquanto ameaçava entrar com dois dedos.

- Isso... eu gosto - ela respondeu com uma voz um pouco mais fraca.

- Você está deliciosamente encharcada. Não vejo a hora de colocar minha boca bem aqui -  eu disse passando o dedo lentamente por toda a região.

- Oh... por favor, faça isso agora! - Lauren praticamente implorou. Então eu atendi.

Desci lentamente e me ajoelhei, não demorou muito para que eu encostasse meus lábios dando leves selinhos, queria começar devagar, e estava funcionando pois pude ouvir Lauren gemer mais alto, aquilo foi um impulso para que eu desse leves mordiscadas pelos grandes lábios e em seguida passei a língua pelo clitoris, na esperança de que o prazer aumentasse. Eu fazia movimentos circulares e alternava minha língua para a sua entrada. Ela cruzou suas pernas em volta do meu pescoço e pressionou sias mãos pelos meus cabelos enquanto pressionava minha cabeça contra seu sexo. Bastou eu aumentar os movimentos de minha boca para que seu corpo estremecesse, sabia o que estava por vir, e mal poderia esperar para que acontecesse.

- Shawn...

- Isso, goza pra mim - eu disse,  e logo penetrei meus dois dedos fazendo rápidos movimentos de vai e vem enquanto passava a minha língua por todo o seu sexo.

À partir dali, não demorou muito para que eu sentisse meus dedos se comprimirem dentro de seu sexo, e um pouco depois disso, seu líquido quente escorreu pelos meus dedos, e eu fiz total questão de sugar cada gota, provar do seu gosto e tirar a prova de que ela era deliciosa como eu havia imaginado.

Após ter feito todo o trabalho, cheguei perto de Lauren, que ainda se recuperava de um delicioso orgasmo, e bem próximo do seu ouvido eu disse:

- Isso foi só uma prévia do que vai acontecer nessa viagem.

Lauren's Point Of View.

Capítulo 9:

Sai da sala com um ar de vitória por ter concluído o trabalho que Shawn tinha me dado.

Entrei no elevador vazio apertei o botão do térreo, ele começou a descer rápido mas para o meu azar ele parou no oitavo andar e abriu para que alguém entrasse. Na hora que abriu, eu desejei ter ficado na sala com Kayla, mas era tarde demais para voltar e fingir que havia esquecido algo tornaria muito óbvio que eu estava desconfortável com a presença dele.

- Que coincidência - Aaron disse.

Uma péssima coincidência, por sinal. Peguei meu celular e mandei mensagem avisando ao chefe que já estava descendo.

- Olá Aaron, bom ver você - falei olhando diretamente em seu rosto.

Desconfiei dele desde a primeira vez que o vi, mas não podia negar que ele era muito bonito, sua roupa preta estilo social fazia com que ele parecesse um homem de negócios. O tipo de cara que eu queria distância. Respirei fundo e imaginei  que poderia ser pior, poderia ser a Diana no elevador comigo. Bom, qualquer pessoa era melhor do que Diana em minha opinião.

- Cameron me falou muito sobre você... Lauren, não é?

- Vocês já estão íntimos à esse ponto?

- Ao te julgar pela primeira vez, achei que fosse a mulher do chefe, depois eu fui descobrindo qual é a sua - ele respondeu ignorando minha pergunta.

- Não sou mulher de ninguém - Falei no tom mais educado o possível.

- Quando bati o olho, me interessei por você, bonita, inteligente, um pouco selvagem, o tipo de mulher que vai direto ao ponto... então perguntei ao Cameron e ele me disse que você não está com ninguém - Ele falou enquanto apertava um botão que fez o elevador parar e no mesmo instante as luzes de emergência se acenderam.

- O que você está fazendo?

- Assim que Cameron me deu essa informação eu fui atrás de você, ia te chamar para tomar um café, e quer saber o que eu vi?

- Não.

- Mesmo assim eu vou te contar, ou melhor, vou te mostrar - Ele disse tirando o celular do bolso e colocando em algumas fotos - Esse vídeo é interessante, olha aqui, você falando sobre um trato com o seu chefe.

- E desde quando isso é da sua conta? - perguntei.

- Desde o momento em que eu fiquei sabendo que você estava tentando convencê- lo a não me contratar para a filial dos Estados Unidos, se isso acontecesse iria arruinar meus planos de carreira.

- Eu ainda posso fazer isso - falei.

- É, eu sei e por isso eu tenho fotos e um vídeo de vocês falando sobre o tal trato... bom, a parte do trato não me interessa por que eu não peguei a história do início. Vamos à parte que mais me interessa, minha irmã é a dona do maior site de notícias do mundo inteiro, só basta uma ligação e pronto, você fica famosa. Então eu sugiro que você comece a convencê-lo de me levar, ou até o fim de semana esse vídeo vai estar rolando pela internet e o mais importante, vai chegar até o Manuel.

- Eu não vou fazer nada disso!

- "A secretária gostosa dá golpe na empresa de Manuel Mendes chantageando Shawn Mendes, o filho do dono" gostou dessa?

- Você não teria coragem.

- E você não me conhece, eu descubro tudo Lauren, acha que eu não sei que você está dormindo com ele por dinheiro?

- Eu não estou.

- Está sim, isso é óbvio, como se estivesse escrito na sua testa.

- Já que você sabe tanto, deve saber que eu poderia fazê-lo te demitir por causa disso, não sabe? - Eu menti. Não poderia fazer nada, não tinha poder algum sobre Shawn. Também não poderia negar que o vídeo estava nítido, não tinha como fingir que era manipulado, então eu estava nas mãos de Aaron.

- Mulheres e suas armas... acha que eu não pensei nisso? Você devia me escutar e fazer o que eu estou pedindo. Faça ele eliminar todos os outros, quero que ele contrate somente à mim. - ele disse enquanto reapertava o botão para que o elevador voltasse a funcionar - E  se pensar em contar pra ele sobre essa nossa conversa, o vídeo e as imagens serão jogados na internet e eu darei um jeito de fazer com que o Manuel seja o primeiro a ver a notícia. Faça o que eu digo e mantenha nossos empregos ou me subestime e nunca mais você arruma outro. Prazo final para este sábado - quando o elevador abriu nós demos de cara com o Shawn - Foi um prazer negociar com você, Lauren.

Capítulo 11:

Shawn:

Acordei e olhei de relance para o relógio no criado mudo. Eram três da manhã e Lauren não parava de se mover na cama, normalmente eu ficaria totalmente nervoso se alguém me acordasse sem motivos à esse horário, mas de um jeito estranho. eu estava de bom humor.

Me lembrei da noite anterior e logo esbocei um sorriso, Lauren e eu nos sentíamos diferentes ali. Fazer amor daquela maneira havia me deixado em dúvida sobre meus reais sentimentos por aquela mulher.

Lauren era complicada. Era do tipo de mulher que consegue te fazer ir ao céu e ao inferno na mesma noite. Conseguia ser totalmente intensa e estável em um momento e estar totalmente vulnerável no outro.

- Olha onde você foi se meter, Lauren - ouvi ela dizer para si mesma.

Provavelmente se referia à noite anterior, onde eu estranhamente agi feito um bobo apaixonado e acabei por fazer amor com ela.

O pior de tudo era que eu não me arrependia de nada.

- Falando sozinha à essa hora? - perguntei.

Tive que fingir que estava acordando naquele momento, para que ela não pensasse que eu estava espiando sua conversa particular consigo mesma.

- É... não consegui dormir ainda.

Me apoiei na cabeceira da cama descansei sua cabeça em meu peito.

Estávamos fazendo tudo errado. A intenção era não se apaixonar estávamos distorcendo tudo, o estranho era que eu parecia ainda mais envolvido do que ela.

Ficamos assim por um tempo até que ela resolveu quebrar o silêncio.

- Shawn?

- Sim?

- Nosso trato... isso não vai dar certo.

- Eu sei - eu respondi enquanto brincava com uma mecha do seu cabelo.

- Quer mesmo continuar com isso?

- Sim - era óbvio, aquela estava sendo uma das melhores experiências que eu já havia tido. Tinha algo nela que me prendia ali.

- Mas nós vamos estragar tudo - ela disse.

- Eu não me importo.

Capítulo 23

Shawn Mendes:

Acordei alguns minutos antes da Lauren, eu  a deixaria descansar se não estivéssemos em um quarto de hotel, ou motel, não me lembro direito, afinal, não fiz questão de olhar o nome antes de entrar. Tudo o que queríamos na noite anterior era privacidade, então entramos no primeiro lugar que tinha quarto e que apareceu no mapa.

Ela estava cansada, a noite passada tinha sido um pouco agitada demais, então deixei para acordá-la no limite da expiração da nossa reserva.

- Desculpa, não queria te assustar, mas acho que a gente tem que ir - falei, após ligar o abajur que estava no criado mudo.

-Está cedo.

- Já são oito horas - partia meu coração ter que acordá-la à força, mas nós realmente tínhamos que voltar para a casa. E deixar minha casa nas mãos de Ashley não era uma escolha muito inteligente à se fazer.

- Isso é tarde? - ela resmungou com voz de sono.

- Anda, a gente pode dormir quando chegar em casa.

Enquanto ela se vestia, pensei algumas vezes em como dizer o que estava na minha cabeça, porém, não sabia que palavras usar. Estava reformulando a frase desde a noite anterior, mas não queria assustá-la, afinal, tínhamos apenas um trato e ele estava sendo bom demais para mim, não queria estragar aquilo.

- Antes de sairmos, quero falar uma coisa - comecei por impulso.

Ou tentava falar ali, ou a coragem sumia.

- Pode falar.

- Eu nunca te traria aqui se Ashley não estivesse na casa. Você não é mulher pra se passar uma noite no motel, é bem mais do que isso.

Me praguejei mentalmente por ter usado as palavras erradas, isso fez com que ela parecesse confusa. Eu jamais havia pensado que existia um "tipo" de mulheres que eram dignas apenas de passar a noite no motel, mas era aquela impressão que eu tinha passado.

- Shawn, está tudo bem - ela respondeu, mas pela sua cara eu percebi que não estava nada bem.

- Então, vamos? - chamei, antes que eu começasse a estragar tudo novamente.

****

Quando chegamos em casa, tinha um carro diferente no estacionamento, exatamente na minha vaga, impossibilitando a entrada de qualquer outro carro. E eu não reconhecia o carro, o que dava a entender que Ashley estava com um estranho dentro da minha casa.

- O dia mal começou e a Ashley conseguiu já conseguiu me estressar - resmunguei.

- Destrava a porta, eu vou descer e falar pra ela ou o dono do carro tirá-lo do caminho.

Lauren só estava tentando evitar que eu e Ashley brigássemos.

Assim que ela conseguiu abrir a porta, eu percebi que havia um problema. Não conseguia ouvir o que ela dizia, mas tive a certeza que algo estava acontecendo quando a vi entrar sem pegar suas coisas no carro.

Fiquei esperando por um tempo, apenas para ver se ela voltava, mas não aconteceu, e foi então que eu entrei na casa e descobri o que a incomodava.

Só não esperava que Ashley e Aaron juntos a incomodaria tanto. Os dois eram solteiros e não deviam dar satisfações para ninguém, o único erro foi não terem usado um dos quartos.

Eu não sabia o que fazer, então fui atrás de Lauren.

- Que cara é essa? - perguntei, tentando entender o motivo daquela reação esquisita.

Minha pergunta foi em vão, era como se ela nem estivesse me vendo ali.

E como se a situação não estivesse estranha o suficiente, Ashley apareceu para tentar conversar com ela, e aquilo claramente tinha sido uma péssima ideia.

- Você está brava? - Ashley perguntou à ela, como se já não fosse óbvio.

- Não.

- Você conhece a sua prima, Ashley, ela está puta de raiva - respondi.

- E você está piorando as coisas, Shawn.

- Ashley, a gente conversa depois, pode ser? - Lauren disse, parecia estar mais nervosa do que antes.

O mais estranho de tudo era que aquilo me incomodava também, bem mais do que eu imaginava.

- Quer me explicar o que aconteceu entre vocês? - perguntei - ou vai dizer que só está assim por causa que sua prima dormiu com Aaron?

- Não é nada disso.

- Só por essa resposta eu já sei que esse é o motivo.

Como se já não fosse de se esperar, ela sentia algo por Aaron.

Eu não poderia culpá-la. Aaron tinha sido atencioso e tinha cuidado dela quando mais precisava, e eu tinha que admitir, o cara era muito bonito.

Ela ficou calada por alguns segundos.

- Lauren... nós precisamos falar sobre isso. O que você realmente sente por ele?

- Ele é só um amigo.

- Não é o que parece, olha só como você está por causa que ele dormiu com a sua prima.

- Ashley não presta, Aaron muito menos.

- Então eles se merecem!

- Eu só não concordo com isso.

Aquela situação estava me deixando impaciente. Eu tinha noção de o que tínhamos era apenas um trato, mas não era idiota à ponto de não perceber que ele estava jogando com nós dois.

- Lauren... a gente não pode ficar assim. Eu estou me esforçando para isso acontecer e você não enxerga nada, sua única preocupação é o Aaron. Sendo assim, você deveria ir atrás dele para ter a certeza se é o que você quer.

- Eu não me preocupo com Aaron. E a nossa intenção não era fazer nada acontecer, você sabe disso.

- Mas isso já está acabando comigo. Eu sabia, desde o primeiro dia que fizemos aquela porcaria de trato, isso ia dar merda e pronto, aconteceu.

- Entendi... eu sou o grande problema disso. Você deve ter esquecido de quando ficou entre eu e a Bella, e eu até fui paciente com você, eu poderia não estar aqui hoje, mas olha só...

- Eu nunca estive entre você e ela. Eu só queria uma desculpa, queria fugir de você, para não ter que admitir que o que eu sinto por você é real e está desgraçando a minha vida inteira.

Não consegui conter as palavras e acabei me entregando demais, mas nada poderia piorar ali, então falei tudo de uma vez.

- Você ouviu certo, Lauren. Eu amo você, e me odeio muito por isso.

Capítulo 30

Lauren:

Eu deveria estar me sentindo mal por não dar devida atenção ao Taylor, mas o motivo principal de eu estar deixando  ele com Ashley era meu trabalho.

Passei na casa de Shawn para resolver algumas coisas e estava com planos de ficar lá até o dia seguinte.

- Quer que eu faça ou peça o jantar? - ele perguntou.

- Não estou com fome, uma daquelas já estaria de bom tamanho - falei, apontando para uma das suas garrafas de vinho.

De algum modo, aquela cena me lembrou da segunda vez que eu estive naquele casa. Ver Shawn andando até a sua "exposição de vinhos caros" enquanto eu estava sentada no sofá era praticamente um dejavú, exceto pelo fato de ter acontecido no escritório. Só de lembrar como aquela noite havia terminado me dava arrepios. Ri ao recordar que naquele dia fui pra casa sem calcinha.

- O que é tão engraçado? - ele perguntou aparecendo com meia taça de vinho na minha frente.

Ou pensei por tempo demais, ou Shawn tinha sido muito rápido ao abrir a garrafa, pois eu nem sequer tinha visto.

- Nada, só estava lembrando de uma coisa engraçada - falei antes de levar a taça de vidro à boca.

- Eu estava lembrando de uma vez que você esteve aqui... sua calcinha está bem guardada.

- Qual delas? Sempre que eu piso aqui perco uma.

Não entendia qual era o problema entre Shawn Mendes e calcinhas, seu feitiche por guardar roupas íntimas me assustava algumas vezes.

- Espero que dessa vez não seja diferente.

Fiquei encarando-o enquanto ele esvaziava sua taça da bebida forte.

- O que foi? - ele perguntou quando percebeu minhas olhadas.

- Nada - respondi.

Parei de beber quando percebi que meu corpo estava começando a esquentar. Eu não estava bêbada, óbvio, pois aquela quantidade não deixaria ninguém chapado. Mas olhar aquele homem sem blusa depois de beber meia taça de vinho fortíssimo, deixaria qualquer uma pegando fogo, se estivesse em meu lugar.

- Está me olhando como se fosse me devorar.

Bem que eu gostaria, em todos os sentidos.

- Vou ser sincera, se ser gostoso fosse categoria de premiação, eu te dava todos os dias.

Eu não estava exagerando, jamais me cansaria de olhar a beleza daquele homem, no geral, ele era maravilhoso. Talvez eu só estivesse muito apaixonada, mas se Amanda estivesse ali ela concordaria comigo.

- Você me dava o que? - ele perguntou confuso pelo meu comentário não tão elaborado.

- O prêmio... e o que você quisesse.

- Ok, vou tirar isso de perto de você - ele disse removendo as taças e a garrafa de cima da mesinha de centro.

Ele achava mesmo que eu só falava besteira quando estava bêbada?

- Não estou bêbada... só estou te dando a chance de escolher a programação de fim de greve, não desperdice, eu posso mudar de ideia.

Shawn demorou um pouco para me levar a sério. Eu já tinha estragado com todos os meus planos, mas valia à pena saber o que ele pensava em fazer, além do que de sempre, tínhamos que mudar pelo menos uma vez, ou tudo ficaria enjoativo. A última coisa que eu queria era me enjoar de Shawn Mendes.

- Qualquer coisa? - ele perguntou com um sorriso de canto.

- Seja criativo - provoquei.

- Lap Dance!

Pela rapidez e a firmeza de sua resposta, pude ter a certeza de que ele já havia pensado naquilo outras vezes, porque essa seria a última coisa que se passaria pela minha cabeça se eu estivesse no lugar dele.

Eu não sabia dançar, mas não poderia ser algo tão difícil assim. Meu lado sensual já estava pulando pra fora de mim desde a hora em que pisei naquela casa, tudo que eu tinha que fazer era explorá-lo.

- Mais alguma exigência, chefe?

Pelo sorriso que ele abriu, a resposta era sim.

Antes de me responder, Shawn me guiou até o quarto e abriu o guarda-roupa, de lá ele tirou a coisa mais sexy que eu já tinha visto em toda minha vida. Sem contar que aquela lingerie poderia ter custado muito, mas apenas pela sua aparência já valia a pena.

- Quero que você use isto.

Aquilo seria muito divertido.

Fiquei me perguntando como ele havia comprado o tamanho certo e imaginando a cena da hora da compra. Ri dos meus próprios pensamentos.

- É tão ridículo assim? - ele perguntou, provavelmente porque eu estava rindo.

- É perfeito - falei pegando de sua mão.

Realmente, era tudo perfeito e bem detalhado. Eu sabia que ele fez questão de escolher seguindo os próprios gostos, por isso, a lingerie era toda preta. Mas não deixava de ser maravilhosa e melhor do que qualquer coisa que eu tinha em casa. Podia jurar que Shawn entendia mais de roupa íntima sexy do que eu.

Dei uma breve olhada naquela parte do guarda-roupa e só avistava objetos aleatórios. Um deles em especial me chamou a atenção, as algemas que Ashley havia deixado para mim em Londres estavam lá. Estava me perguntando como ele havia atravessado o país com aquilo na mala e porque tinha guardado.

- Como isso veio parar aqui? - perguntei.

- Não são as mesmas.

Ele estava mesmo querendo ser preso?

Entrei no banheiro do quarto e coloquei a lingerie, era assustador o fato de estar na medida certa. Me olhei no espelho e tive uma imagem totalmente diferente do comum, parecia um pouco mais poderosa, um pouco receosa pelo fato de nunca ter feito nada disso antes, mas era só uma dança, o que poderia dar errado? Shawn não precisava saber que era a primeira vez que eu faria aquilo.

Tentei parecer o mais confiante possível e deixei o banheiro. As luzes principais estavam apagadas e o quarto estava iluminado apenas por um abajur, dando ao quarto um tom mais amarelado e deixando o ar mais sexy. Shawn ainda não tinha me visto, estava sentado de costas numa cadeira, o que me fez ter a certeza de que ele realmente já havia planejado tudo e pensar nisso me deu um pouco mais de confiança e vontade de fazer tudo dar certo.

- Vem aqui, me deixa ver como ficou.

Fui até ele e pedi para que ligasse a música de sua escolha.

Ainda estava atrás dele, sendo assim ele ainda não tinha me visto, aproveitei o momento para deixar algumas coisas bem nítidas.

- Eu vou dançar pra você - falei próximo do seu ouvido durante a introdução da música - e você não vai me tocar, essa é a regra.

Apareci em sua frente, para que tivesse a visão completa de todo o meu corpo, esperava uma outra reação, mas tudo o que ele conseguiu dizer foi um palavrão.

Me aproximei da cadeira e usei a ponta dos pés para fazê-lo abrir as pernas o suficiente para que eu conseguisse ficar entre elas. Obviamente, não subi direto na cadeira, comecei a me mover de forma sexy, de costas para ele, passeando a mão pelo meu corpo pois queria que ele desejasse que suas mãos estivessem em mim também, e  não demorou muito para que ele tentasse. Apoiei minhas mãos em cada uma de suas pernas e desci até o chão, fiz questão de ter certeza de fazer um breve contato da minha bunda com seu sexo na hora da subida.

Por puro impulso, ele puxou meu corpo para colar com o seu, esquecendo totalmente a regra estabelecida no início. Me afastei e tirei suas mãos de mim. Ele poderia até me dominar pelo resto da noite, mas naquele momento eu estava no comando.

Ainda de costas para ele, comecei a rebolar lentamente em seu colo, seguindo o ritmo da música e sem encostar totalmente em sua cintura.
Me apoiei em seus joelhos novamente e comecei a fazer movimentos mais precisos, seguindo a batida forte da música até então desconhecida para mim. Senti sua respiração ficar pesada, só então soube que estava fazendo certo.

Me virei de frente para ver seu rosto, estava avermelhado, talvez pelo fato de o quarto estar começando a esquentar. Seu olhar passeava pelo meu corpo, acompanhado de um sorriso malicioso, aquilo só me dava mais impulso para ir até o fim.

Saí de seu colo e me ajoelhei em sua frente, logo em seguida abri o botão de sua calça e com a ajuda dele retirei a mesma, deixando apenas com sua boxer preta. Queria que ele sentisse o contato direto e aquele jeans só estava atrapalhando.

Subi de volta e dessa vez faria os movimentos de frente para ele.
Passei uma perna por cada lado da cadeira e me sentei em seu colo, sem perder tempo, coloquei minhas mãos na parte de trás da cadeira e comecei os movimentos alterando as velocidades conforme a música tocava. Percebi que ele estava se esforçando para não passar as mãos nas minhas pernas, e também tentava intensionar o contato dos nossos corpos, tentando mover-se comigo. Ainda rebolando para ele, coloquei meus dedos entre seus cabelos e puxei levemente até seus lábios encontrarem os meus, sua língua quente e molhada pedia passagem quase como um apelo, e quando dada, explorava minha boca com uma certa força, deixando mordidas no meu lábio inferior. Me afastei de sua boca um tempo depois e me concentrei apenas em rebolar em cima dele, e dessa vez eu conseguia sentir seu volume entrando em contato com meu corpo, o que me dava mais prazer de continuar me movimentando.

A batida da música começou a ficar mais forte, fazendo com que eu me esforçasse um pouco para manter o rótulo enquanto o beijava. Deixei que ele passasse suas mãos pelo meu corpo, dessa vez ele puxava minha cintura para próximo de si. Ele prendeu seu dedo na cinta-liga e logo depois puxou e soltou, fazendo estalar na minha pele.

- Vamos pra cama - ele disse, levantando da cadeira comigo em seu colo, e em seguida me jogou com cuidado na mesma.

Não tinha melhor forma de terminar aquilo.

Eu não sabia exatamente como Shawn tinha feito aquilo, mas tirou meu sutiã de uma vez e com uma mão só. De resto eu já sabia o que ia acontecer, então quis fazer algo diferente, algo que Shawn sempre evitava. Porém, antes que eu pudesse fazer alguma coisa ele me prendeu com as algemas na cabeceira da cama.

Droga! Eu sabia que cedo ou tarde ele faria aquilo, ou então que pediria para que eu fizesse.

- O que quer que eu faça com você? - ele perguntou me olhando com um sorriso malicioso estampado em sua cara.

- O que você quiser - falei, minha resposta foi dada levando em conta que eu estava com uma mão presa - Contanto que não use brinquedinhos sexuais.

Ele riu.

- Não preciso disso, o que eu tenho já é suficiente, você é a prova disso - ele tinha razão, não podia negar.

- Não vai prender a outra mão? - perguntei sorrindo.

Por mais que fosse desesperador ficar presa por algemas, eu tinha certeza de que ele faria ser uma experiência incrível.

Após prender minhas mãos por completo, Shawn se posicionou em cima de mim e levou sua boca até a minha, dando um beijo quente e molhado enquanto uma de suas mãos alisava minhas curvas. Meu corpo estava começando a esquentar mais, e só piorou quando ele levou seus lábios até a minha orelha.

- Nunca vou me cansar de dizer o quanto você é gostosa - enquanto dizia isso, Shawn apertou meu seio com prazer, senti meu corpo se arrepiar e esquentar ainda mais.

Fechei meus olhos para sentir mais do seu delicioso toque, era maravilhosa a sensação de sua mão massageando com maestria aquela parte tão sensível de mim. O calor só aumentava e na medida que os beijos iam ficando mais intensos Shawn passeava suas mãos pelas minhas coxas, alisando-as na parte interna,  as sensações eram tantas, eu mal conseguia me concentrar em uma, e acho que era exatamente o que ele queria.

Senti sua língua quente passar no meu mamilo, de baixo para cima, me deixando com aquela sensação de quero mais. Já estava me sentindo quente, depois disso a situação só piorou pois já conseguia me sentir molhada. Apertei minhas pernas para tentar me conter, mas começou a ficar difícil quando ele realmente colocou a boca no meu seio e chupou com gana. Mordi meus lábios para não deixar escapar gemidos e apertava minhas pernas com força, meu estado era vergonhoso e ele nem sequer tinha começado.

- Abra as pernas!

Era louco o fato de como meu corpo respondia seus comandos tão rápido, mesmo quando não queria. Parecia que minhas pernas tinham vida própria e se abriram sozinhas naquele momento.

Lentamente ele desceu os dedos, traçando linhas imaginárias pelo meu corpo até entrar na minha calcinha. Eu já tinha a certeza de que estava absurdamente encharcada. Senti meu corpo queimar quando seu dedo fez contato direto com o meu sexo. E o sorriso malicioso de sempre surgiu em seu rosto.

Ele tirou a cinta-liga e puxou a lingerie para baixo lentamente, em seguida voltou a me beijar e deslizar suas mãos por todo o meu corpo, fazendo uma pressão maior nos meus seios e na parte interior das minhas coxas.

A pior parte de estar algemada era querer tocá-lo e não conseguir, meu maior desejo no momento era poder passar minhas mãos pelo seu corpo também, queria que ele se sentisse nas nuvens, assim como eu estava me sentindo.

- Vai acabar se machucando - ele disse, referindo-se às minhas mãos, eu estava puxando-as contra as algemas sem ao menos perceber - relaxa.

Ao pedir para que eu relaxasse, Shawn levou um dedo ao meu clitoris e começou a fazer movimentos circulares dando diferentes reações do meu corpo, era impossível relaxar.

- Não feche as pernas, Lauren.

Cuidadosamente ele aumentou os movimentos e enquanto isso eu tentava não me concentrar na onda de prazer que tomava conta do meu corpo e me fazia pulsar de excitação, ou então logo chegaria ao ápice. Shawn estava esperando eu atingir aquele ponto de prazer, pois logo depois ele tirou sua boxer e se posicionou entre minhas pernas.

Tentava conter os gemidos enquanto ele começava com os movimentos lentos, mas era quase impossível pois o prazer que estava sentindo falava mais alto. E Shawn estava se divertindo com o meu estado deplorável, cada vez que seu nome escapava da minha boca, ele investia com mais força e rapidez, e levando em consideração o grau de excitação ele se encontrava, não demoraria muito para atingir o orgasmo, a minha situação não era bem diferente.

Senti um calafrio, seguido de uma leve tremedeira em minhas pernas.

- Isso... goza pra mim - ele disse com um olhar de satisfação, enquanto se movia lentamente dentro de mim. Logo senti meu líquido escorrer por toda a extensão de seu membro. Shawn estava com uma expressão gratificante, com orgulho de me fazer chegar lá.

Afirmei para que ele continuasse os movimentos de vai e vem até que chegasse ao ápice também. Não demorou muito para que seu corpo também desse os sinais de que um belo orgasmo estava por vir. Segundos depois, senti seu líquido quente escorrer pelas minhas pernas da forma mais intensa possível. E logo Shawn se deitou ao meu lado em sua cama, entrando no transe pós orgasmo.

Capítulo 32

Lauren:

[...]

Os dias passaram e eu quase não ouvia falar de Aaliyah, as vezes ela mandava mensagens que diziam para seguir com o plano de reconquistar o Shawn, mas eu não tinha ouvido falar nele desde o dia em que ele havia me tirado da casa de Manuel e me expulsado do seu carro. Segundo Amanda e suas provocações, ele já estava em Toronto.

Aaron e eu já estávamos em Londres. Viajamos durante a madrugada e passamos a tarde direto para a empresa.

- Shawn quer que você envie algumas estatísticas direto para o e-mail dele - Aaron pediu.

- E por que ele mesmo não me pediu isso? - a pergunta tinha uma resposta um pouco óbvia, mas Shawn ainda era meu chefe e não podia simplesmente me ignorar profissionalmente.

- Ele não quer mais saber de você, simples assim.

- Estou fazendo de tudo para mudar isso, mas está ficando cada vez mais difícil.

- Até entendo, mas esquece isso por enquanto, só envia todos os documentos para ele e apenas os selecionados para Manuel. Estamos muito perto de pegar esse cara!

- Tudo bem.

Demorei pelo menos quarenta minutos para fazer tudo e revisar os documentos e estatísticas, não queria que as informações mais aprofundadas chegassem às mãos de Manuel por um descuido da minha parte e apesar de estar morrendo de sono e sem conseguir me concentrar em nada, consegui fazer tudo certo, mas pedi para que Aaron desse uma olhada antes, não queria que nenhum detalhe passasse despercebido.

- Está tudo ok. Acho que podemos ir - ele disse.

Normalmente, Shawn e eu ficávamos em sua casa e Aaron ficava na casa de sua mãe, porem, daquela vez eu ficaria sozinha em um hotel que Aaron tinha escolhido.

Ainda estava com a mala e a roupa da viagem, mal via a hora de chegar naquele hotel e descansar durante o resto do dia. Trabalhar, afastar Amanda, reconquistar Shawn e tentar achar as provas concretas para mandar Manuel para a cadeia não estava sendo fácil, aquilo consumia minha semana inteira, ainda sem incluir as tarefas de casa. Eu realmente precisava de um bom descanso, ficar sozinha em um quarto de hotel poderia ser uma boa ideia.

- Eu pedi um táxi para você, daqui a pouco ele está lá embaixo.

Poderíamos ter evitado aquilo de Aaron  tivesse me deixado alugar um carro, mas ele insistiu que estava tudo sob controle. Minha cabeça já estava cheia demais durante esses últimos dias, então achei melhor deixá-lo arcar com as responsabilidades da viagem, incluindo a minha estadia do hotel.

Descemos até a entrada da empresa e esperamos até que um carro preto aparecesse e parasse em nossa frente.

- É esse - Aaron falou.

- Mas ele nem saiu do carro, como você sabe? - falei enquanto observava o porta malas abrir automaticamente.

- A placa, Lauren, está mostrando aqui - ele respondeu enquanto colocava minha mala no porta malas - te vejo amanhã?

- Olha, você nem me falou o endereço do hotel em que eu vou ficar.

- O motorista sabe pra onde ir, você só vai precisar passar uma noite lá, e depois você muda pra outro mais próximo daqui, pode ser?

Ele estava estranho, eu tinha o direito de saber detalhes sobre o hotel.

Naquele momento eu estava arrependida de ter deixado que ele cuidasse de tudo sozinho.

- Anda logo, ele não pode ficar parado aí por muito tempo - Aaron chamou minha atenção, e logo em seguida o motorista usou a buzina para fazer o mesmo. O cara nem sequer abaixou as janelas para ter a certeza de que iria levar o passageiro certo.

- Se algo der errado na entrada do hotel, a culpa é sua - falei pro Aaron um pouco antes de abrir a porta traseira do carro.

Eu nem sequer olhei direito para o motorista no momento em que entrei no carro. Apenas depois de colocar o cinto e me ajustar, eu percebi que aquilo não era muito bem um táxi. Shawn Mendes era quem estava ali me esperando, e eu precisei ouvir a voz dele para ter a certeza de que não estava delirando.

- Achou que ia se livrar de mim com tanta facilidade?

Capítulo 33:

Lauren:

Acordei no quarto com uma roupa diferente.

Shawn havia me trocado?

Provavelmente sim, mas ainda era estranho, pois eu havia adormecido no sofá e não senti ninguém me carregar para a cama.

Segui o cheiro de comida até a cozinha e lá encontrei Shawn fazendo suas famosas panquecas.

- Até que enfim, achei que não acordaria mais hoje - ele disse depositando um beijo na minha testa.

- Estou tentando entender, como você trocou a minha roupa sem me acordar?

Ele me olhou com uma expressão de dúvida, ou pelo menos era o que eu estava enxergando, já que minha vista estava embaçada.

- Foi você mesma quem subiu e trocou de roupa, não lembra?

Forcei minha memória mas não me lembrei de absolutamente nada parecido. Eu realmente tinha andado até o quarto sozinha? Provavelmente me lembraria.

- Na verdade não - falei enquanto amarrava meu cabelo - você quer ajuda?

- Meu amor, com todo respeito... você é péssima na cozinha - Shawn disse rindo.

Meu amor?

Tinha algo muito errado em tudo.

- Está tudo bem? - ele perguntou - você parece um pouco pálida.

- Me sinto ótima.

- Não comeu nada desde a hora em que chegou.

Ele tinha razão, porém eu não estava com fome.

- Vou lavar o meu rosto, talvez seja isso - falei.

Subi até o quarto e usei o banheiro para fazer minhas higienes.

Ao pegar a escova de dentes que já se encontrava no banheiro, percebi que algo estava totalmente errado. Eu não havia tirado nada de dentro da minha mala antes de dormir, é absolutamente todos os meus objetos pessoais estavam em um pequeno armário.

Voltei para a cozinha sem questionar, Shawn estava tão grudento que era de se esperar que ele fizesse todas as minhas tarefas.

- Agora você parece bem melhor.

Me sentei em uma das cadeiras e comi quase tudo o que Shawn havia colocado em meu prato.

- Então, o que você pensa em fazer agora? - perguntei à ele, me referindo à Amanda e suas chantagens - Aaliyah me deu uma única tarefa, a de reconquistar você, mas você chegou até mim antes então...

- Não vamos falar sobre isso agora, ok? - ele respondeu enquanto olhava o celular que não parava de notificar mensagens.

- Temos que falar sobre isso, eu não tenho muito tempo aqui e o tempo que me restar eu tenho que usá-lo na empresa, esqueceu?

Ele pareceu não me ouvir. Não tinha sensação pior do que estar falando algo sério e de extrema importância e a pessoa a sua frente não te ouvir por estar muito ocupada mexendo no celular.

- Você me ouviu? - perguntei.

Ou ele realmente não tinha escutado, ou estava ignorando de propósito.

Naquele momento eu não sabia o que deu em mim exatamente, mas só me dei conta do que tinha feito quando já havia tomado o celular das mãos dele.

Rolei tela de notificações e todas as mensagens que ele havia recebido era de Amanda.

- Lauren, esse é meu celular, o que você está fazendo?

Eu realmente não sabia o que estava fazendo. Jamais tomaria o celular de qualquer pessoa de sua mão, aquilo tinha sido puro impulso, porém, devolver o aparelho não passou pela minha cabeça.

- Desde quando ela sabe que você está aqui comigo? - perguntei me referindo à Amanda.

Fiquei sem acreditar que eles estavam conversando normalmente e me citando entre a conversa, como se eu fosse idiota. Na verdade, era exatamente como eu estava me sentindo, idiota.

- A ideia de eu vir foi toda dela... me desculpa por isso, mas devolva meu celular. Eu não quero ter que tomá-lo de você à força.

- Eu sabia que tinha algo de diferente em você, desde a hora em que eu acordei - falei incrédula.

- Acho melhor você ficar na casa do Aaron, ou no hotel, Amanda está vindo pra cá - ele disse.

Eu simplesmente não conseguia acreditar que Shawn estava me trocando daquela maneira. O que ele havia falado no carro mais cedo não valia de nada?

- Por que você fez isso?

- Fiz o que qualquer um faria no meu lugar.

Suas palavras me machucavam profundamente, no momento eu estava com o choro preso na garganta e as lágrimas não saiam de forma alguma.

- Você nem imagina o tamanho da burrada que está fazendo se juntando com ela. Achei que fosse mais esperto, mas eu estava enganada. É só mais um idiota - ele me fez sentir como se valesse à pena lutar por ele, como se tudo o que sentia por mim fosse verdadeiro, e eu estava totalmente sem chão após ouvir suas palavras - eu poderia estar te odiando agora, mas estou odiando à mim mesma por ter acreditado em tudo o que disse hoje mais cedo... só consigo sentir pena de você e espero não estar aqui para presenciar você caindo junto com ela!

- Não pense que eu não te amei, Lauren! Não menti em momento algum sobre os meus sentimentos por você. Porém, três semanas foram bem mais do que suficiente para eu superar tudo isso. E se você pensar pelo lado positivo, agora pode ficar com Aaron sem se sentir culpada - ele falava tudo com a maior calma do mundo. Eu não conseguia acreditar no que estava escutando.

- Eu sinto nojo de você, seu idiota. Achava que Ben seria a pior pessoa com quem eu me relacionei, mas você apareceu e me mostrou que consegue ficar cada vez pior.

Não queria ter que falar algo dessa forma, mas as palavras simplesmente saiam da minha boca e eu estava totalmente confusa e fora de controle.

- Não quero que sinta nojo de mim, muito menos que fique chateada. Só quero que entenda, entre ficar com você e ser entregue à polícia e ficar com Amanda e ter liberdade, você não parece uma opção.

Estava torcendo para que tudo aquilo fosse um atuação, mas Shawn parecia frio e indiferente assim como estava na empresa. Infelizmente senti que naquele momento seria o fim de tudo.

- Sou muito grato por você ter me mostrado como é o verdadeiro amor, mas isso tem que acabar aqui, não podemos nos ver mais... você tem que ir, não quero que Amanda te encontre aqui, ela sabe que você está em Londres mas ainda não sabe que está na minha casa.

Subi e refiz minhas malas, ainda sem acreditar no que estava acontecendo.

- Meu Deus, como pude ser tão idiota? - perguntei a mim mesma - devia ter escutado Cameron, desde o início ele estava certo.

Peguei minhas coisas e desci a escada, estava prestes a sair pela porta quando ouvi Shawn me chamar.

- Espera... - tentei ignorá-lo, mas ele entrou em minha frente, impedindo a minha passagem - deixa eu te beijar, pela última vez.

Uma risada nervosa saiu da minha boca, mais alta do que eu imaginava. Ele não poderia estar falando sério.

- Você nunca mais vai encostar um dedo em mim. Por favor, saia da minha frente!

- Então pelo menos me deixa te ajudar com as malas - ele disse.

- Não preciso da sua ajuda, só preciso que você fique longe de mim e dessa vez para sempre.

Ele ia dizer algo, porém, ouvimos batidas fortes na porta, algo que fez com que nós dois levássemos um grande susto.

- Deve ser ela, pode deixar que eu mesma atendo - estava planejando recebê-la com um belo tapa na cara, mas ao abrir a porta dei de cara com alguém que eu jamais esperaria que estivesse ali. Richard Collins.

- Temos um mandato de prisão para Shawn Peter Raul Mendes, onde ele está? - ele demorou um pouco para notar quem estava na porta -Srta Portman, obrigado por fazer a denúncia, as provas que você nos mandou foram de extrema importância, e finalmente pegamos ele.

Estava tudo errado. Exatamente tudo. Richard Collins não poderia levar Shawn para a cadeia, à não ser que tivesse sido transferido. E eu não havia dado provas nenhuma à ele, eu sequer tinha como provar que Shawn estava fazendo tudo aquilo. E desde quando policiais usavam roupas brancas?

- Lauren, como pôde me trair dessa maneira? - Shawn me perguntava diversas vezes enquanto Richard o algemava e fazia o caminho até a viatura - a culpa é toda sua!!

Ele gritava repetidamente que a culpa era minha, mas eu nem sequer fiquei preocupada com Shawn indo para a cadeia.

- Lauren!! - Shawn me chamava enquanto era colocado dentro do carro - Lauren!!

De repente um enorme desespero tomou conta de mim. Eu tentava chegar até ele mas o carro parecia distante, cada vez mais distante. E assim eu vi o carro sumir no meio da multidão.

Estava tudo errado, o carro estava longe e ainda assim eu ouvia claramente Shawn chamar por mim e me culpar por tudo aquilo.

Tudo começou a girar à minha volta, e a voz de Shawn ecoava pela minha cabeça, me deixando confusa.

- LAUREN? - Ouvi Shawn me chamar.

Eu estava sonhando.

Capítulo 34:

- Você não precisa aceitar assim, logo de cara. Tem muita coisa impedindo a gente de ficar junto e você não precisa se sentir obrigada.

Jamais me sentiria obrigada, tê-lo para mim era o que eu mais queria naquele momento.

- É óbvio que eu aceito! - falei, enquanto ele sorria - mas por favor, para de falar, você só tá complicando as coisas.

Ele riu.

- Não estou acostumado com isso, normalmente, as mulheres caem do céu pra mim - ele disse fazendo aspas com os dedos.

- Bella, Diana, Amanda... é, eu percebi.

- Não nesse sentido, eu quis dizer que nunca precisei pedir ninguém em namoro antes.

Deveria me sentir honrada?

- Está tentando fazer eu me sentir especial?

- Eu preciso?

- Não, isso é chato demais - falei fazendo uma falsa careta - e então, qual a programação pra hoje?

- O que você quiser fazer, pra mim já está de bom tamanho.

Não tinha muito o que fazer em Londres, eu já conhecia todos os lugares possíveis nas redondezas e o dia estava frio, provavelmente cairia uma tempestade no fim da tarde, mas ficar presa naquela casa juntamente com aquela bagunça não parecia uma boa opção.

- Cinema?

- Portanto que não me obrigue a assistir desenho, topo qualquer coisa - ele respondeu.

- Certo, vou me arrumar. Não quero sair na hora do temporal e estragar nosso primeiro dia como casalzinho de pessoas normais - falei brincando.

Subi e tomei um banho rápido, e para me trocar fiz o mesmo, já que estava frio e o aquecedor não pareceu fazer efeito algum.

Fazia um bom tempo que eu não precisava me vestir feito um boneco gigante, o inverno estava rigoroso naquele ano, bem mais do que de onde eu vinha.

- Pronta? - Shawn apareceu na porta do quarto.

Ele também havia tomado banho e se trocado, porém, três vezes mais rápido do que eu.

- Preciso pegar algumas coisas, se quiser me esperar no carro pode ficar à vontade, eu tranco a casa.

- Certo, te espero lá!

Ele desceu as escadas correndo e logo o vi entrar no carro preto que eu julgava ser dele, já que eu tinha visto o mesmo em algumas fotos.

Demorei um pouco mais do que imaginava para achar meus documentos, mas assim que achei desci e verifiquei todas as portas para poder sair. No momento que trancava a porta traseira, percebi que estava caindo uma leve garoa e aquilo não era um bom sinal.

- Espero que dê tempo de a gente chegar lá antes da chuva começar a cair forte - ele disse enquanto eu me ajeitava no banco do carona.

- E eu estou começando a achar que foi uma péssima ideia inventar de sair agora, mas já que estamos aqui nós vamos.

Shawn dirigiu devagar até o local e compramos nossas entradas rápido, pois a nossa sessão começaria em cinco minutos. Nós não tivemos muito tempo para falar sobre qualquer outra coisa relacionada à Amanda ou à empresa. Por um lado era bom, aproveitaríamos o máximo do tempo sendo pessoas normais. Mas vendo por outro ponto, nos próximos dias teríamos menos tempo para resolver o que faríamos ao voltar para L.A.

- Que droga de filme foi aquela? - Shawn perguntou rindo enquanto saíamos do cinema.

- Não sei, e se for parar para pensar, nós nem assistimos o filme - respondi rindo.

- Então acho que estamos nos saindo bem sendo um casal normal por um dia.

A chuva caía forte, mas só percebemos quando já estávamos de saída.

- Como vamos até o carro? - Shawn perguntou.

Eu sinceramente não fazia ideia de como ainda havia energia naquele lugar, pois minhas experiências com chuva em Londres não eram bem as melhores do mundo.

- Se corrermos até o carro vamos nos molhar. Mas aqui também está enchendo e não vai ter lugar para todo mundo, logo vamos nos molhar aqui também.

Entre  molhar um pouco as roupas para chegar no carro e ficar na porta do cinema pegando friagem e chuva, correr até o carro era mais óbvio, pelo menos pra mim.

- Você e o velho medo de água - falei balançando a cabeça em reprovação - vamos.

Sem hesitar, corri até o carro que não se encontrava muito longe da entrada do cinema.

Entrei no banco de trás e ao tirar o casaco, percebi que havia me molhado mais do que esperava.

- O que você está fazendo aí atrás? - Shawn perguntou.

- Não quis dar a volta ou esperar você entrar, acho que já me molhei o suficiente - respondi enquanto mostrava meu casaco - vamos sair daqui antes que comece a chover mais.

As palavras que saíram de minha boca pareciam feitiços, foi exatamente o que aconteceu e depois de o carro ter deslizado na pista escorregadia, Shawn foi praticamente obrigado a estacionar.

- Sem condições de dirigir, quase matei nós dois e agora não consigo enxergar nada.

- E o que vamos fazer? - perguntei, enquanto tentava enxergar algo pela janela.

- Nada, além de esperar a chuva passar, assim que for possível, nós saímos daqui - ele disse ligando o rádio e ao perceber que o barulho da tempestade era um pouco mais alto.

- Já que vamos ficar aqui para sempre, você podia pelo menos passar para trás.

Percebi que ele estava um pouco frustrado por ter que ficar estacionado e dentro do carro por muito tempo. Infelizmente eu não podia controlar a intensidade da tempestade, o máximo que eu podia fazer naquele momento era ficar com ele e não estragar o resto do nosso dia.

Ele saiu do carro rápido e logo estava no banco ao meu lado.

- Shawn Mendes, você tem que melhorar essa cara - falei tentando puxar assunto.

- Eu tô legal... e vendo pelo lado bom, pelo menos não estou sozinho aqui - ele disse sorrindo. Em seguida, me deu um selinho e me fez ficar espantada pois seus lábios estavam extremamente vermelhos e gelados.

- Aproveitando que estamos aqui e não vamos sair por um bom tempo, temos que falar de como vai ficar nossa relação na empresa.

- Aaron vai dar cobertura.

- Como assim? - perguntei confusa.

- Na frente da Amanda ele será seu namorado, mas por favor, não exagera - Shawn disse rindo.

- Parece uma ótima ideia.

Na verdade era uma péssima ideia. Shawn só podia estar louco. Ele estava ciente dos sentimentos de Aaron por mim, e não dava para imaginar como os dois tinham chegado à aquela conclusão.

- Você e Aaron juntos? É uma péssima ideia, eu sei disso. Mas confio em você, é uma ótima atriz e vai fazer parecer real. Só não faça parecer real demais, seria estranho. - ele disse sem jeito.

- Ok. E nós dois? Como ficamos? - perguntei, me referindo aos nossos encontros.

Não dava para acreditar que teríamos que voltar a esconder tudo outra vez. Parecia que estávamos regredindo à cada etapa.

- Eu tenho um apartamento, podemos nos encontrar lá. Mas todo cuidado é pouco.

- Vou tomar muito cuidado.

- Eu sei que vai - ele disse sorrindo.

Céus, como eu havia sentido falta daquele sorriso. Os últimos olhares que Shawn me dera antes de me ver em Londres haviam me destruído totalmente, e só de vê-lo olhar para mim de uma forma diferente me fazia achar que valeria a pena fazer esforços para manter tudo o que tínhamos dali para frente.

Puxei-o para próximo de mim e segurei em seu rosto levemente, e em seguida nossos lábios se encontraram num beijo lento e completamente molhado.

- Você não faz ideia do quanto eu senti sua falta - falei, e enquanto isso, Shawn encarava meus lábios.

- Faço sim, e espero que a gente não passe por isso de novo - eu não poderia deixar de concordar.

Só nós dois sabíamos o quanto era horrível ficar separado um do outro e aquilo se repetiria durante todo o plano de Aaliyah até que fosse concluído.
Pensar na nossa situação era literalmente um saco.

- Tira essa blusa molhada - falei ao perceber que Shawn ainda usava o mesmo moletom de quando estávamos na porta do cinema pegando chuva.

Ele tirou a blusa rápido e jogou no banco da frente e logo em seguida fiz o mesmo com as minhas blusas que eu havia tirado um pouco antes, afinal, o aquecedor estava ligado e não tinha necessidade de usar tanto agasalho estando dentro do carro.

- Vamos combinar uma coisa...  eu só quero gastar meu tempo com você, então, não vamos falar sobre Amanda ou qualquer coisa ou pessoa que ficou em Los Angeles, está bem?

- Acho que essa foi a melhor ideia que você já teve em toda a sua vida - respondi - a ideia de gastar o tempo comigo está aprovada.

- Considerando que Londres conseguiu estragar o meu primeiro dia com você aqui, nós podemos começar a contar a partir de amanhã.

- Besteira! Só de estar aqui sem ninguém nos atrapalhar, já está perfeito - falei.

Rocei meus polegares em seus lábios enquanto ele sorria levemente, e logo depois voltamos a nos beijar.

Passei as mãos pelos seus cabelos enquanto o beijava, sua língua explorava minha boca com vontade e eu sentia que o carro estava ficando cada vez menor. Ao sentir a temperatura do ambiente esquentar, tirei meus sapatos e sentei em seu colo.

Voltei para o beijo que cada vez ficava mais intenso, pois Shawn me puxava para mais perto de si e segurava em minhas coxas. Estava fazendo uma trilha de beijos pelo seu pescoço quando ele me afastou.

- Espera...

- O que foi? - perguntei com receio de  ter machucado seu pescoço ou algo parecido.

- Não quero transar com você dentro de um carro - ele disse me fazendo rir - Tá rindo de quê?

- Duro feito uma rocha... acho que você quer transar comigo dentro de um carro sim.

- E você sabia exatamente o que estava fazendo, como sempre - ele disse.

Era um pouco óbvio que aquilo aconteceria uma hora ou outra, estávamos sozinhos no meio de uma tempestade, ninguém passaria por ali. O fato de ainda não ter acontecido era até estranho. Eu estava só acelerando as coisas.

Voltei a beijá-lo novamente e suas mãos automaticamente entraram pela minha blusa e fizeram um longo caminho pelas minhas costas. Para quem não queria, até que ele estava bem acelerado.

- Sem sutiã? - ele perguntou com um sorrisinho malicioso quando não sentiu o fechamento nas costas.

Na verdade eu não havia planejado aquilo, a blusa tinha enchimento então não era necessário. Mas aquilo iria nos ajudar bastante, afinal, uma peça a menos para tirar.

- Assim você facilita as coisas pra mim - ele disse.

Nem parecia o mesmo Shawn que havia dito que não queria ter nada comigo dentro de um carro.

Aproveitei que ele estava à todo vapor e tirei sua blusa, deixando seu peito nú. Logo ele fez o mesmo e arrancou minha blusa fora, felizmente, as blusas eram mais fáceis de tirar dentro do carro.

Colei meu corpo com o seu, para acostumar com a temperatura ambiente. Fiquei surpresa ao perceber que depois de alguns beijos e toques, nossos corpos se esquentaram com rapidez.

- Tire a calça - Shawn ordenou.

Meu corpo já estava totalmente acostumado com a temperatura do carro, achei que não seria um problema tirar a roupa toda, mas foi bem mais trabalhoso do que o esperado.

Demorei um pouco para tirar a calça, e Shawn fez o mesmo.

- Se formos pegos estamos fodidos - ele disse me puxando para o seu colo novamente.

Ele estava muito enganado se pensava que naquele momento eu estava me importando.

Ignorei sua fala e usei a minha boca para impedir que ele dissesse qualquer outra coisa que causasse mais demora. Ele deitou um pouco mais o banco de trás e aquilo nos deixou com um pouco mais de espaço.

As mãos enormes do Shawn apertaram minha bunda com força, mas nada que machucasse, e enquanto isso sua boca fazia uma trilha de beijos pelo meu pescoço. Eu estava sentindo o ambiente esquentar demais e também estava receosa, não tinha chances de alguém estar caminhando pelas ruas, mas quando se tratava da falta sorte que eu tinha, nada era impossível.

Estava viajando em meus pensamentos, quando senti uma de suas mãos entrar pela minha calcinha, aquilo me fez soltar um gemido expontâneo, e Shawn me calou com um beijo.

As coisas começaram a esquentar muito mais, quando senti seu dedo do meio me tocar. Provavelmente meu estado estava crítico lá embaixo, ou muito pior do que isso.

-  Céus... você está muito quente e totalmente molhada - ele pareceu bem contente com o resultado, e logo começou a mover seus dedos - prometo que dessa vez não vou te torturar.

Sua promessa foi parcialmente falsa. Ele moveu seus dedos rápido, até me fazer chegar à um certo limite de excitação onde meu corpo esquentava rapidamente e meu sexo pulsava com intensidade e ao perceber o fato, Shawn me penetrou com um dedo me fazendo gemer. E ao me acostumar com a situação, ele penetrou o segundo e eu torci para não ficar só naquilo pois eu não queria gozar em seus dedos e se continuasse naquele ritmo não demoraria muito para acontecer.

Quando ele se cansou de brincar com os dedos, usou as mãos para tirar a minha calcinha e me pediu para que deitasse no banco enquanto tirava sua cueca. E assim fiz, por mais que fosse bem desconfortável, Shawn com certeza faria com que aquela experiência fosse ótima. Em seguida, se posicionou entre as minhas pernas que abriam com dificuldade pela falta de espaço e me penetrou, começando com movimentos lentos. Era difícil, eu sabia, mas Shawn conseguia fazer bem mais do que aquilo. Agradeci as forças maiores por estar chovendo e o barulho do temporal se destacava mais do que meus gemidos frustrados.

- Mais rápido... por favor - pedi.

- Estou tentando não chamar atenção.

- Porra, ninguém vai nos ouvir.

Ele fez o que eu pedi e aumentou os movimentos, naquela altura eu já sentia o carro balançar e torcia para que realmente não tivesse ninguém passando, por mais que fosse impossível. Eu cravei minhas unhas em suas costas, nada que o machucasse, apenas um modo de fazê-lo entender que eu estava apreciando o momento com ele. Quando percebi que deus movimentos estavam diminuindo o ritmo, pedi para que ele sentasse de volta no banco e me sentei em seu colo.

Meu corpo estava suando e o vidro das janelas estavam  extremamente embaçados, Shawn estava com o corpo quente e todas aquelas sensações eram maravilhosamente excitantes. Encaixei seu membro na minha entrada com cuidado e apoiei minhas mãos em volta da parte de cima do banco e comecei a me movimentar devagar com muito cuidado para não bater a cabeça no teto do carro, segundos depois Shawn segurou a minha cintura e me ajudou a controlar os movimentos. Eu conseguia senti-lo pulsar dentro de mim, queria ir mais rápido, mas o pouco espaço do local não me favorecia tanto assim. Sua respiração ficava cada vez mais pesada e ele tentava conter alguns palavrões que escapavam de sua boca enquanto mordia o lábio inferior. Aquilo me fez sorrir e quando Shawn percebeu, selou nossos lábios num beijo quase desesperado, eu realmente não sabia como tive coordenação motora para fazer as duas coisas.

Senti seu corpo se contrair e já soube que estava próximo, então coloquei mais intensidade nos meus movimentos e busquei mais contato entre nossos corpos, em questão de segundos Shawn chegou ao ápice, seu líquido quente escorreu com um fluxo intenso dentro de mim.

A procura por nossas roupas foi a parte mais embaraçosa daquilo tudo, não achava metade das minhas coisas e Shawn estava no seu mundinho particular pós-orgasmo, viajando, literalmente.

Quando finalmente conseguimos achar nossas roupas e colocar pelo menos algumas delas, Shawn deitou com os pés nos bancos e apoiou a cabeça em meu colo. Vi que ele estava realmente exausto, então não puxei assunto algum, apenas brinquei com os seus cabelos ate perceber que ele havia dormido. Era a cena mais melosa e clichê do universo e eu nem fazia ideia de como ele conseguia dormir em um lugar tão desconfortável principalmente com tanto barulho de trovões.

[...]

Então pessoal, é isso, eu realmente espero que tenham gostado, tenho que admitir que não foi nada fácil e eu demorei MUITO pra reler toda a história e escolher esses capítulos, me desculpem pela demora mais uma vez, eu sei que muita gente abandonou a leitura dessa história, mas obrigada especialmente pra quem está lendo isso agora, por não ter abandonado ❤️

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