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— Você não precisa aceitar assim, logo de cara. Tem muita coisa impedindo a gente de ficar junto e você não precisa se sentir obrigada.

Jamais me sentiria obrigada, tê-lo para mim era o que eu mais queria naquele momento.

— É óbvio que eu aceito! — falei, enquanto ele sorria — Mas por favor, para de falar, você só tá complicando as coisas.

Ele riu.

— Não estou acostumado com isso, normalmente, as mulheres caem do céu pra mim — Ele disse fazendo aspas com os dedos.

— Bella, Diana, Amanda... é, eu percebi. Mas talvez não seja do céu.

— Não nesse sentido, eu quis dizer que nunca precisei pedir ninguém em namoro antes.

Deveria me sentir honrada?

— Está tentando fazer eu me sentir especial?

— Eu preciso?

— Não, isso é chato demais — Falei fazendo uma falsa careta —E então, qual a programação pra hoje?

— O que você quiser fazer, pra mim já está de bom tamanho.

Não tinha muito o que fazer em Londres, eu já conhecia todos os lugares possíveis nas redondezas e o dia estava frio, provavelmente cairia uma tempestade no fim da tarde, mas ficar presa naquela casa juntamente com aquela bagunça não parecia uma boa opção.

— Cinema?

— Portanto que não me obrigue a assistir desenho, topo qualquer coisa — Ele respondeu.

— Certo, vou me arrumar. Não quero sair na hora do temporal e estragar nosso primeiro dia como casal de pessoas normais — Falei brincando.

Subi e tomei um banho rápido, e para me trocar fiz o mesmo, já que estava frio e o aquecedor não pareceu fazer efeito algum.

Fazia um bom tempo que eu não precisava me vestir feito um boneco gigante, o inverno estava rigoroso naquele ano, bem mais do que de onde eu vinha.

— Pronta? — Shawn apareceu na porta do quarto.

— Sempre.

Ele também tinha tomado banho e se trocado, porém, três vezes mais rápido do que eu, o quê era um recorde.

— Preciso pegar algumas coisas, se quiser me esperar no carro pode ficar à vontade, eu tranco a casa.

— Certo, te espero lá!

Ele desceu as escadas correndo e logo o vi entrar no carro preto que eu julgava ser dele, já que eu tinha visto o mesmo em algumas fotos.

Demorei um pouco mais do que imaginava para achar meus documentos, mas assim que achei desci e verifiquei todas as portas para poder sair. No momento que trancava a porta traseira, percebi que estava caindo uma leve garoa e aquilo não era um bom sinal.

— Espero que dê tempo de a gente chegar lá antes da chuva começar a cair forte — Ele disse enquanto eu me ajeitava no banco do carona.

— E eu estou começando a achar que foi uma péssima ideia inventar de sair agora, mas já que estamos aqui nós vamos.

Shawn dirigiu devagar até o local e compramos nossas entradas rápido, pois a nossa sessão começaria em cinco minutos. Nós não tivemos muito tempo para falar sobre qualquer outra coisa relacionada à Amanda ou à empresa. Por um lado era bom, aproveitaríamos o máximo do tempo sendo pessoas normais. Mas vendo por outro ponto, nos próximos dias teríamos menos tempo para resolver o que faríamos ao voltar para L.A.

— Que droga de filme foi aquela? — Shawn perguntou rindo enquanto saíamos do cinema.

— Não sei, e se for parar para pensar, nós fizemos nosso papel de casal normal muito bem. Nem assistimos o filme — Respondi rindo.

— Então acho que estamos nos saindo bem, somos o melhor casal normal que Londres já viu em toda a história.

A chuva caía forte, mas só percebemos quando já estávamos de saída.

— Como vamos até o carro? — Shawn perguntou.

Eu sinceramente não fazia ideia de como ainda tinha energia naquele lugar, pois minhas experiências com chuva em Londres não eram bem as melhores do mundo.

— Se corrermos até o carro vamos nos molhar. Mas aqui também está enchendo e não vai ter lugar para todo mundo, logo vamos nos molhar aqui também.

Entre molhar um pouco as roupas para chegar no carro e ficar na porta do cinema pegando friagem e chuva mais chuva, correr até o carro era mais óbvio, pelo menos pra mim.

— Você e o velho medo de água — Falei balançando a cabeça em reprovação — Vamos, eu te protejo da chuva.

— Engraçadinha.

Sem hesitar, corri até o carro que não se encontrava muito longe da entrada do cinema.

Entrei no banco de trás e ao tirar o casaco, percebi que havia me molhado mais do que esperava.

— O que você está fazendo aí atrás? — Shawn perguntou.

— Não quis dar a volta ou esperar você entrar, acho que já me molhei o suficiente — Respondi enquanto mostrava meu casaco — Vamos sair daqui antes que comece a chover mais.

As palavras que saíram de minha boca pareciam feitiços, foi exatamente o que aconteceu e depois de o carro ter deslizado na pista escorregadia, Shawn foi praticamente obrigado a estacionar.

— Sem condições de dirigir, quase matei nós dois e agora não consigo enxergar nada.

— E o que vamos fazer? — Perguntei, enquanto tentava enxergar algo pela janela embaçada.

— Nada, além de esperar a chuva passar, assim que for possível, nós saímos daqui — Ele disse ligando o rádio e ao perceber que o barulho da tempestade era um pouco mais alto, desligou.

— Já que vamos ficar aqui para sempre, você podia pelo menos passar para trás.

— Ou você para frente.

Fazia mais sentido.

Percebi que ele estava um pouco frustrado por ter que ficar estacionado e dentro do carro por muito tempo. Infelizmente eu não podia controlar a intensidade da tempestade, o máximo que eu podia fazer naquele momento era ficar com ele e não estragar o resto do nosso dia.

Saí do carro rápido e logo estava no banco ao lado do dele.

— Shawn Mendes, você tem que melhorar essa cara — Falei tentando puxar assunto.

— Eu tô legal... e vendo pelo lado bom, pelo menos não estou sozinho aqui — Ele disse sorrindo. Em seguida, me deu um selinho e me fez ficar espantada pois seus lábios estavam extremamente vermelhos e gelados.

— Aproveitando que estamos aqui e não vamos sair por um bom tempo, temos que falar de como vai ficar nossa relação na empresa.

— Aaron vai dar cobertura.

— Como assim? — perguntei confusa.

— Na frente da Amanda ele será seu namorado, mas por favor, não exagera — Shawn disse rindo.

— Parece uma ótima ideia.

— Ele se ofereceu, Lauren. Não pude dizer não.

— Ideia de Aaron? Uma ótima ideia — Falei com sarcasmo.

Na verdade era uma péssima ideia. Shawn só podia estar louco. Ele estava ciente dos sentimentos de Aaron por mim, e não dava para imaginar como os dois tinham chegado à aquela conclusão.

— Você e Aaron juntos? É uma péssima ideia, eu sei disso. Mas confio em você, e sei que vai fazer parecer real. Só não faça parecer real demais, seria estranho — Ele disse sem jeito.

— Ok. E nós dois? Como ficamos? —perguntei, me referindo aos nossos encontros.

Não dava para acreditar que teríamos que voltar a esconder tudo outra vez. Parecia que estávamos regredindo à cada etapa.

— Aaron emprestou o apartamento dele, podemos nos encontrar lá. Mas todo cuidado é pouco.

— Vou tomar muito cuidado.

— Eu sei que vai — Ele disse sorrindo.

Céus, como eu havia sentido falta daquele sorriso. Não tinha percebido o quanto precisava disso até tê-lo de novo. Os últimos olhares que Shawn me dera antes de me ver em Londres tinham me destruído totalmente, e só de vê-lo olhar para mim de uma forma diferente me fazia achar que valeria a pena fazer esforços para manter tudo o que tínhamos dali para frente.

Puxei-o para próximo de mim e segurei em seu rosto levemente, e em seguida nossos lábios se encontraram num beijo lento e completamente molhado.

— Você não faz ideia do quanto eu senti sua falta — Falei e enquanto isso, Shawn encarava meus lábios.

— Faço sim, e espero que a gente não passe por isso de novo — Eu não poderia deixar de concordar.

Só nós dois sabíamos o quanto era horrível ficar separado um do outro e aquilo se repetiria durante bastante tempo, até que conseguíssemos descobrir quem era a pessoa querendo acabar com Shawn. Pensar na nossa situação era literalmente um saco.

— Tira essa blusa molhada — Falei ao perceber que Shawn ainda usava o mesmo moletom de quando estávamos na porta do cinema pegando chuva.

Ele tirou a blusa rápido e jogou no banco de trás, o aquecedor estava ligado e não tinha necessidade de usar tanto agasalho estando dentro do carro.

—!Vamos combinar uma coisa... eu só quero gastar meu tempo com você, então, não vamos falar sobre Amanda ou qualquer coisa ou pessoa que ficou em Los Angeles, está bem?

— Acho que essa foi a melhor ideia que você já teve em toda a sua vida — Respondi — A ideia de gastar o tempo comigo está aprovada.

— Considerando que Londres conseguiu estragar o meu primeiro dia com você aqui, nós podemos começar a contar a partir de amanhã.

— Besteira! Só de estar aqui sem ninguém nos atrapalhar, já está perfeito — Falei.

Rocei meus polegares em seus lábios enquanto ele sorria levemente, e logo depois voltamos a nos beijar.

Passei as mãos pelos seus cabelos enquanto o beijava, sua língua explorava minha boca com vontade e eu sentia que o carro estava ficando cada vez menor. Ao sentir a temperatura do ambiente esquentar, tirei meus sapatos e sentei em seu colo.

Voltei para o beijo que cada vez ficava mais intenso, pois Shawn me puxava para mais perto de si e segurava em minhas coxas. Estava fazendo uma trilha de beijos pelo seu pescoço quando ele me afastou.

— Espera...

— O que foi? - perguntei com receio de ter machucado seu pescoço ou algo parecido — Estamos em uma rua sem saída e está escuro lá fora, ninguém vai nos ver.

— Não quero transar com você dentro de um carro — Ele disse me fazendo rir — Tá rindo de quê?

Sai do colo dele e voltei para o meu banco. Em seguida, passei minha mão na direção do zíper da calça dele.

— Duro feito pedra... acho que você quer transar comigo dentro de um carro sim.

— E é claro que você sabia exatamente o que estava fazendo, como sempre — ele disse.

Era um pouco óbvio que aquilo aconteceria uma hora ou outra, estávamos sozinhos no meio de uma tempestade em uma rua deserta, ninguém passaria por ali. O fato de ainda não ter acontecido era até estranho. Eu estava só acelerando as coisas.

Ele pediu para trocar de lugar comigo, queria ter certeza que eu não tocaria a buzina sem querer e chamaria atenção desnecessária.

Sentei no colo dele e voltei a beijá-lo novamente, suas mãos automaticamente entraram pela minha blusa e fizeram um longo caminho pelas minhas costas. Para quem não queria, até que ele estava bem acelerado.

— Sem sutiã? — ele perguntou com um sorrisinho malicioso quando não sentiu o fechamento nas costas.

Na verdade eu não havia planejado aquilo, meus seios não eram tão grandes, então, eu não achava era necessário usar sutiã 24h por dia. Mas aquilo iria nos ajudar bastante, afinal, uma peça a menos para tirar.

— Assim você facilita as coisas pra mim — ele disse.

Nem parecia o mesmo Shawn que havia dito que não queria ter nada comigo dentro de um carro.

Aproveitei que ele estava à todo vapor e tirei sua blusa, deixando seu peito nú. Logo ele fez o mesmo e arrancou minha blusa fora, felizmente, as blusas eram mais fáceis de tirar dentro do carro.

Colei meu corpo com o seu, para acostumar com a temperatura ambiente. Fiquei surpresa ao perceber que depois de alguns beijos e toques, nossos corpos se esquentaram com rapidez.

— Tire a calça — Shawn ordenou.

— Você também.

Meu corpo já estava totalmente acostumado com a temperatura do carro, achei que não seria um problema tirar a roupa toda, mas foi bem mais trabalhoso do que o esperado.

— Se formos pegos estamos fodidos — ele disse me puxando para o seu colo novamente.

Ele estava muito enganado se pensava que naquele momento eu estava me importando.

Ignorei sua fala e usei a minha boca para impedir que ele dissesse qualquer outra coisa que causasse mais demora. Ele deitou um pouco mais o banco e aquilo nos deixou com um pouco mais de espaço.

As mãos enormes do Shawn apertaram minha bunda com força, mas nada que machucasse, e enquanto isso sua boca fazia uma trilha de beijos pelo meu pescoço. Eu estava sentindo o ambiente esquentar demais e também estava receosa, não tinha chances de alguém estar caminhando pelas ruas, mas quando se tratava da falta sorte que eu tinha, nada era impossível.

Estava viajando em meus pensamentos, quando senti uma de suas mãos entrar pela minha calcinha, aquilo me fez soltar um gemido expontâneo, e Shawn me calou com um beijo.

As coisas começaram a esquentar muito mais, quando senti seu dedo do meio me tocar. Provavelmente meu estado estava vergonhoso lá embaixo, do jeito que ele gostava.

— Ah como eu queria estar em um lugar melhor agora... Abre o porta luvas, por favor.

Peguei um preservativo e entreguei a ele, que ainda não tinha tirado os dedos de dentro de mim. Ele moveu seus dedos rápido, até me fazer chegar à um certo limite de excitação onde meu corpo esquentava rapidamente e meu sexo pulsava com intensidade e ao perceber o fato, Shawn me penetrou com um dedo me fazendo gemer. E ao me acostumar com a situação, ele penetrou o segundo e eu torci para não ficar só naquilo pois eu não queria gozar em seus dedos e se continuasse naquele ritmo não demoraria muito para acontecer.

Quando ele se cansou de brincar com os dedos, usou as mãos para abaixar a minha calcinha, ele rasgou embalagem com cuidado e se protegeu antes de me pedir para ficar por cima dele. Aquilo era o que realmente me interessava. Atendi ao seu pedido, desejando que estivéssemos em um lugar maior e mais reservado. Mas sabia que ainda assim, Shawn com certeza faria com que aquela experiência fosse ótima.

— A gente não devia ter tirado a blusa — Ele disse.

— Quem se importa com isso?

Ele deu de ombros, como quem dizia "tem razão" e me ajudou a encaixar o seu pau a entre as minhas pernas que abriam com dificuldade pela falta de espaço, mas não era nada que nós não conseguíamos resolver. Comecei a descer e subir devagar, tomando cuidado para não bater a cabeça, tive que me curvar para que isso não acontecesse.

Shawn também me ajudava, quando via que eu ia ceder, fazia os movimentos de sobe e desce para que não tivéssemos que parar por eu estar cansada demais. Agradeci as forças maiores por estar chovendo e o barulho do temporal se destacava mais do que meus gemidos abafados. Comecei a me movimentar mais rápido.

— Devagar, Lauren. Estou tentando não chamar atenção.

— Porra, ninguém vai nos ouvir.

Naquela altura eu já sentia o carro balançar e torcia para que realmente não tivesse ninguém passando, por mais que fosse impossível. Eu cravei minhas unhas em seus ombros, nada que o machucasse, apenas um modo de fazê-lo entender que eu estava apreciando o momento com ele. Quando percebi que meus movimentos estavam diminuindo o ritmo, pedi para que ele continuasse por mim.

Meu corpo estava suando e o vidro das janelas estavam extremamente embaçados, Shawn estava com o corpo quente e todas aquelas sensações eram maravilhosamente excitantes. Um minuto  depois, Shawn segurou a minha cintura e me ajudou a controlar os movimentos, ele também estava perdendo as forças. Eu conseguia senti-lo pulsar dentro de mim, queria ir mais rápido, mas o pouco espaço do local não me favorecia tanto assim. Sua respiração ficava cada vez mais pesada e ele tentava conter alguns palavrões que escapavam de sua boca enquanto mordia o lábio inferior. Aquilo me fez sorrir e quando Shawn percebeu, selou nossos lábios num beijo quase desesperado, eu realmente não sabia como tive coordenação motora para fazer as duas coisas.

Senti seu corpo se contrair e já soube que estava próximo, então coloquei mais intensidade nos meus movimentos e busquei mais contato entre nossos corpos, em questão de segundos depois de mim, Shawn chegou ao ápice, se retirando de dentro de mim com cuidado.

A procura por nossas roupas foi a parte mais embaraçosa daquilo tudo, não achava metade das minhas coisas e Shawn estava no seu mundinho particular pós-orgasmo, viajando, literalmente.

Quando finalmente conseguimos achar nossas roupas e colocar pelo menos algumas delas, Shawn deitou no banco do carona e apoiou os pés no painel do carro. Ele estava cansado, dava para perceber.

Shawn estava quase pegando no sono quando seu celular tocou. Ele me olhou com uma cara de desconfiado.

— Liga o rádio por favor, é Amanda. Tenho que atender porque pedi para ela me ligar.

Ele me beijou e em seguida subiu o banco de volta, eu fiz o que ele pediu.

— Alô? Sim Amanda, mas eu estou dirigindo agora, conseguiu o que eu te pedi?

Ele deu um tempo enquanto escutava Amanda, mas me puxou para um abraço, onde eu fiquei com o rosto em seu pescoço. Dei um beijo. Depois outro e depois outro...

— E o que ele disse depois disso? — Disse Shawn.

Ela saberia se ele colocasse no viva voz. Então, não tinha escolha, a não ser esperar que ele me contasse depois.

Mas não tinha regras sobre provocá-lo.

Coloquei minha mão dentro da blusa dele e passei meus dedos lentamente por toda a extensão de seu peito. À essa altura, ele já sabia que não era algo inocente. Continuava beijando seu pescoço enquanto o acariciava por dentro da blusa.

— É melhor não fazer isso — Ele disse, eu sabia que era para mim, mas ele fez parecer que era para Amanda — Fazemos isso depois.

Achei seu comentário engraçado, mas não parei. Passei minha mão por toda a coxa dele, até chegar na abertura da calça, que eu facilmente consegui abrir. Ele arregalou os olhos, assustado. Mas não fez nenhum sinal para que eu parasse.

— Sim, mas o Sr.Evans já me falou sobre isso. Se você puder ler os e-mails que ele te mandou, eu agradeço.

Shawn mutou celular, enquanto Amanda começava uma leitura de algumas páginas.

— O que está fazendo, Lauren?

— Ela vai saber que você mutou a chamada.

Ele voltou ao telefone.

— Amanda, tem como você me mostrar isso amanhã? Eu estou no meio do trânsito e... Não, eu entendo, pode continuar.

Shawn estava focado em ouvir a conversa e ele precisava prestar muita atenção. Bem, eu não posso dizer que estava ajudando muito nesse quesito, já que uma das minhas mãos estava acariciando por dentro da sua calça.

Aos poucos, fui sentindo ele endurecer, era o que eu precisava.

Aprendi meu cabelo e puxei a calça dele junto com a boxer até os joelhos. Ele me ajudou, mas ainda assim prestava atenção em Amanda. Até um certo ponto.

Quando percebeu o que realmente ia acontecer ali, ele ficou um pouco tenso. Mas relaxou assim que minha língua tocou o seu pau. Eu sabia que era insano fazer aquilo justamente quando Amanda estava no telefone, mas ao mesmo tempo, eu mal conseguia me lembrar qual era a última vez que eu tinha feito algo parecido.

Molhei toda a extensão de seu pau e o deixei lubrificado antes de preenchê-lo com a minha boca. Ele estava respirando fundo, devagar, o microfone estava ligado e seria péssimo que alguém nos descobrisse agora. Comecei a chupá-lo de verdade, minha boca descia e subia devagar, eu parava para sugar apenas a cabeça e ele se contorcia enquanto tentava manter a voz estável com Amanda. Mal prestei atenção no que ele dizia à ela, estava preocupada com outra coisa no momento.

Ainda com o telefone em uma mão, ele jogou a cabeça para trás e usou a mão livre para guiar os movimentos da minha cabeça. Coloquei o máximo que pude na minha boca e tinha que admitir, até eu estava me excitando com aquilo, o medo de Amanda nos ouvir acabou deixando as coisas um pouco mais interessantes.

— Sim, estou ouvindo. Mas como tinha dito, eu estou... dirigindo.

A voz dele vacilou, as bochechas estavam avermelhadas.

— Ah... Sim.

Soou mais como um gemido do que qualquer outra coisa, torci para que Amanda não tivesse prestado atenção.

Fiquei sugando a parte de cima por um tempo e o senti latejar quando coloquei de volta na minha boca. Ele só aguentaria mais um pouco, tinha certeza disso.

A mão dele empurrou a minha cabeça devagar.

Chega — Foi o que entendi quando ele mexeu a boca.

Não sei bola, fiz o contrário, voltei a chupá-lo com mais vontade e ele soltou um gemido alto. Aquele com certeza Amanda tinha percebido.

— Não foi nada. Quase bati o carro. Amanda, vou ter que desligar, está bem?

Ele esperou ela dizer algo e desligou o celular.

— Onde é que você tava com a cabeça pra dar um grito desses? — Perguntei.

— Na sua boca.

Achei engraçado.

— Não olha pra mim com essa cara, agora temos que continuar o que você começou.

Sorri maliciosamente antes de tomá-lo de novo em minha boca e agora que ele não precisava mais se segurar, tive mais liberdade para brincar com ele do jeito que eu queria.

— Só para constar, o carro é alugado — Shawn disse, enquanto empurrava minha cabeça devagar.

Eu sabia exatamente o que aquilo queria dizer. Ele já gozar e não podíamos sujar o carro. Na verdade, não devíamos ter transado nele. Tarde demais, comecei a perceber que estava vindo e como comecei aquela bagunça, nada mais justo. Em minha defesa, até que o gosto tinha melhorado.

Após terminarmos ele se vestiu e deitou a cabeça no meu ombro, vi que ele estava realmente exausto, então não puxei assunto algum, apenas brinquei com os seus cabelos até perceber que ele tinha dormido. Era a cena mais melosa e clichê do universo e eu nem fazia ideia de como ele conseguia dormir em um lugar tão desconfortável principalmente com tanto barulho de trovão. Puxei o banco dele para trás e o arrumei para deitar ali.

[...]

— Shawn? Acorda, chegamos — Chamei um pouco mais alto.

Ele levantou um pouco desengonçado, com os cabelos bagunçados e o rosto avermelhado.

Aquela provavelmente era uma das melhores cenas que eu já tinha presenciado.

Por que ele tinha que ser tão bonito? Estava dificultando as coisas para mim.

— Posso saber o motivo de você estar rindo? — Ele perguntou um pouco antes de bocejar.

Eu nem tinha percebido que estava sorrindo, ele estava me olhando pelo espelho retrovisor.

— Nada. Só queria avisar que chegamos.

— Você veio dirigindo? Por que não me acordou?

Provavelmente porque ele estava exausto, e no lugar dele eu não gostaria que ninguém me acordasse.

— Eu não bati o carro e a polícia não me parou, então acho que está tudo bem — Respondi antes de abrir a porta e sair.

Assim que entrei na casa, fui direto para o banho e Shawn fez o mesmo, usando o banheiro do quarto ao lado. Me peguei pensando em Amanda enquanto estava no banho e demorei bem mais do que o normal.

Lauren? — Shawn bateu na porta.

— Já vou!

Me troquei com calma e sai Shawn estava segurando seu celular na mão e o mesmo não parava de tocar.

— Não vai atender? — Perguntei.

— Você disse que a Ashley não sabia que eu estava aqui.

— Ela não sabe.

Eu realmente não havia contado para ninguém. Obviamente ela estava desconfiada dessa minha viagem com Aaron.

— Então por que ela não para de me ligar?

— Não faço ideia. Se ela ligar de novo eu fale com ela e faça ela acreditar que eu estou na empresa. A essa altura ela já deve ter desconfiado de que eu estou na cama com o namorado dela — Falei quando ouvi o celular parar de tocar.

— Eles terminaram, por sua causa.

— Como assim por minha causa? Eu nem estava sabendo disso, como posso ter culpa?

Meu celular estava carregando e eu não tinha mexido nele durante o dia inteiro e também não tive motivos para mexer.

Dessa vez, foi o meu celular que começou a tocar.

— É ela? — Shawn perguntou.

— É o meu irmão. Ele também não sabe que você está aqui. Mas já deve desconfiar.

Imaginei que Ashley estivesse brigando com Nash, mas torci para que eles não estivessem ligando para me fazer resolver suas briguinhas bobas.

— Atende. Ele não estaria me ligando por nada — Shawn disse. E com razão.

Peguei o celular de sua mão e atendi.

Laur?

— Sim, sou eu. Está tudo bem aí?

Ele demorou para responder.

— Nash?

— Eu não sei bem como vou dizer isso, mas estou voltando para a casa dos nossos pais. Achei que você deveria saber.

— O quê? Está tudo bem aí?

Eu preciso te falar uma coisa, promete que não vai ficar preocupada comigo?

— Alguma coisa séria? Cadê a Ashley?

— Ela saiu mas não vai voltar.

Já estava me irritando tanta demora.

— Nash, não tenho o dia todo.

Eu já juntei suas roupas em caixas, mas não sei o que vou fazer a partir de agora porque...

Caramba, fala de uma vez porque eu não tenho o dia todo, está tudo bem com vocês?

— Ashley vendeu a casa com tudo dentro. Estou do lado de fora com as nossas coisas, não sei o que fazer, preciso de ajuda.

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