Happy Ending
– Senhoras e senhores! Se dirijam pela direita e escolham os seus lugares, pois o espetáculo já irá começar! – a voz alegre soava pelas caixas de som localizadas nas extremidades da enorme tenda de lona.
Os olhos brilhavam com a visão das luzes acesas sobre o teto de lona, e ferros perfeitamente localizados, as vozes inquietas comentavam sobre a animação de ver tal espetáculo tão famoso e diferente, era tão legal ver algo tão único quanto um circo, as crianças eram as mais empolgadas.
Mesmo que alguns adolescentes e adultos estejam com a feição repleta de tédio e raiva, esse não era o caso de Yang Jeongin e nem de Kim Seungmin.
Os dois rapazes fitaram o redor com toda empolgação possível, caminhando no corredor repleto de espelhos e led, porém quando estava prestes a entrar, uma luz vermelha iluminou o lugar.
A mesma voz empolgada anterior pareceu soar e as pessoas confusas se encararam sem entender o que estaria acontecendo, pois de todas as iluminações azuis claras, apenas o vermelho sangue iluminava o ambiente e as portas se trancaram.
– Senhores e Senhoras, Senhoras e Senhores, devido a uma opinião discreta do nosso humorista, Palhaço Jihan, temos uma proposta gratuita. Quem tiver interesse, se seguir a direita haverá o circo infantil e a esquerda, há o circo de horrores, uma nova experiência totalmente artificial e programada para pregar peças e medo, sem perigo algum e o melhor, sem pagar nada, vale ressaltar. – os adolescentes pareceram mais animados do que antes ao entrar naquela área sem pestanejar, os adultos acompanhados de menores obrigatoriamente deveriam seguir seus filhos ao invés de ir ao circo para adultos, mesmo tendo adolescentes lá também.
Jeongin queria retornar ao circo infantil, porém quando viu pela cortina a imagem boba do palhaço vestido de maneira forçada e a forma sem graça de agir, seu arrependimento bateu.
– Vamos a área do circo de horrores, Minnie... Esse aqui é chato... – o Yang disse com um biquinho, que prontamente foi obedecido pelo melhor amigo, era sempre assim, qualquer coisa que o Yang pedisse era como uma ordem para Kim seungmin.
O rapaz de fios negros seguiu o mais alto de fios castanhos escuros até a área com q iluminação vermelha.
As palavras com tom de sangue pareceram cobrir o redor, a lona estava suja, suja de tinta que imitava perfeitamente o carmim.
"Volte", "Não venha", "Perigo", "Morte", "Terrified" e "Socorro".
Seungmin sempre foi um fã de filmes de terror, porém quando abriu a cortina e a primeira coisa que viu foi uma cabeça decapitada rolando do palco escuro até seus pés, seu corpo gelou.
Jeongin por sua vez sorriu empolgado, aquilo tudo era tão bem equipado e preparado que chegava a ser real, era real até demais.
– Senhoras e Senhores, o espetáculo já vai começar. – a mesma voz soou, Jeongin engoliu seco, seguindo com o Kim para dentro da escuridão, ignorando o que descobriram ser uma cabeça de manequim pintada após o objeto receber iluminação devida.
Os dois sentaram na melhor cadeira possível, não muito no meio e nem muito na frente, porém próximo a porta.
Seus olhos se expremiam tentando ver o que acontecia naquele palco, até o som de uma sirene soar por todo redor e um sono ecoar de forma melancólica.
– A magia... Está no ar... – sussurrou o homem loiro, que magicamente surgiu no palco, arrancando olhares suspresos.
As cenas do circo não ficaram a desejar, mesmo que soubessem que aquilo tudo era um mero circo, a plateia conseguia se assustar de verdade, ainda que em hora ou outra os gritos soassem, Seungmin e Jeongin estavam quietos, com as mãos dadas sem sequer perceber, seus dedos se tocavam como forma de afastar o medo, principalmente quando um dos equilibristas caiu sobre o chão, se quebrando em diversos pedaços.
Aquilo era tão real, se perguntando como que ele conseguiu se levantar e abrir um sorriso doce a plateia, porém quando seu corpo foi coberto por uma névoa estranha, logo mais uma pessoa estava presente, um homem de fios roxos e um sorriso tão belo quanto o ruivo bochechudo, ambos dando as mãos e mostrando sua gratidão a salva de palmas da plateia.
Quando em sequência o casal sumiu, logo estava apenas o ruivo bochechudo e ao seu lado, outro ruivo, ambos dividiam as sardas e os fios rubros de semelhança.
O recém-chegado subiu numa enorme escada, enquanto o outro subia pelo outro lado, o público sequer notou aquilo tudo montado ali.
Seungmin arregalou seus olhos com os irmãos Han no trapézio, precisava admitir, eles tinham talento e valeu mais a pena do que o circo normal.
Quando o espetáculo dos gêmeos acabou, um rapaz forte surgiu, segurando um enorme peso.
Ele não enxergava, mas era tão belo que a série de elogios era mais alto do que qualquer outra coisa.
O rapaz sorriu tímido, levantando o peso de quase vinte quilos, equilibrado sobre uma bicicleta estranha, aonde só havia uma roda.
– Ele é incrível! – uma garota risonha disse, ajeitando a franja recém-feita – Não acha?
– Lisa, valeu a pena cada segundo!
Mais um loiro teve sua vez, um rapaz de cachos, que abriu um enorme sorriso antes de simplesmente cair falecido ao chão, quando perceberam que era um contorcionista nato, os gritos animados surgiram -e outros de nervoso- cobrindo a plateia e animando o rapaz, que voltou ao seu número mostrando o que fazia de melhor.
Quando pensaram que acabou, o loiro de belos lábios estava outra vez naquele palco, junto do ruivo trapezista, ambos seguravam as mãos, mostrando ao público a paixão que não temiam esconder.
– Vocês... gostariam de vizitar o labirinto do Felix?
O público se levou a loucura, sustos e surtos, pessoas se perdendo e se achando e obviamente, tomando cuidado com os leitores spinhos perigosos, quando finalmente estavam fora do circo, Jeongin e Seungmin tiveram uma excelente experiência.
– Eu amei! Vamos voltar ano que vem? – Jeongin questionou ao Kim.
O mais velho parecia estranho, Jeongin não queria falar nada, mas ele realmente parecia muito estranho.
Estava quieto e sem dar suas piadas típicas, porém não iria pontuar isso, não por hora.
Todos se retiraram daquele mágico e assustador hambiente, o Yang iria ao banheiro, não seria demorado.
– E você, pequeno? Está gostando dessa vida? – a voz suave questionou ao Kim, que por um instante, se assustou com o ato repentino. – Sabe que em breve precisará voltar... Esse não é o seu universo.
Seungmin gritou, não queria sumir, não queria morrer.
Ele merecia essa vida.
– P-por favor... Eu...
– Dois anos, Kim... Você teve dois anos... Já acabou seu tempo... Tic... Tac...
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