Are you going Alone, Seungmin

As lágrimas ensanguentadas escorriam da face ferida, conforme sentia cada vez mais afundado ao desespero.
Seu amigo lhe dizia para abandona-lo e ir em frente, mas ele não enxergava, ele não conseguia, além de que, mesmo se ele enxergasse, jamais abandonaria seu amigo para trás.

O desespero lhe corroía tanto, não sabia o que faria daqui para a diante, ainda mais por tentar compreender o incompreensível.

– Eu... Não posso te deixar, Innie. – o Kim sussurrou. – Não! Na-não vou deixar você para trás! Olha! Estamos perto, não vê? Vamos conseguir! – sussurrou o Kim, acariciando o rosto ensanguentado que mantinha um sorriso nos lábios, mesmo ferido, fraco e fadado a morte, Jeongin ainda assim, ainda sorria – Por favor... Apenas vamos comigo! Eu te seguro! Vêm!

O desespero era tanto, o rapaz segurou com toda sua força o tronco do Yang, mas não importava a força que fazia, ele sequer saiu do lugar.
Suas lágrimas passaram a escorrer ainda mais forte, querendo gritar de agonia, pois os passos estavam próximos e não conseguia levantar o Yang, não conseguia o ajudar.
Suas mãos retornaram ao rosto do mais novo, acariciando o mesmo, tentando passar um pingo de confiança que não existia.

– Eu... Não consigo me levantar... Ele está vindo... Você tem a chave e... Ele disse que apenas um consegue sair com a chave... – o Yang murmurou, ele não falava coisa com coisa, mas quando o Kim sentiu o objeto frio em suas mãos, entendeu que o Yang havia pego a chave em algum momento, então algum monstro que os atacou possuía aquela chave, em sequência, o Yang seguiu empurrando a mão trêmula do amigo para longe de si – Tente... Será difícil, mas... Você é mais forte do que eu.

– Como ele disse? Eu nem ouvi e... e... Se eu sair... S-se... Você vai mo-

– Meu querido amigo, me escute... Eu sei que você não consegue me entender bem... Mas ele... Comeu minhas pernas... Eu não.... Não tenho mais pernas... Não tem mais condições para mim... Então viva, fuja... Apenas não morra. – o rugido alto estava próximo, cada vez mais perto, assim como os passos cada vez mais rápidos e pesados – Eu...

O Yang não pode terminar suas palavras, o Kim gritou, sentindo o vazio em suas mãos, seus braços não possuía mais o corpo de seu amado.

O corpo foi simplesmente puxado, o grito alto ecoou, assim como o mais velho não queria ter entendido o que havia acontecido ali, mesmo sem ver, sabia bem até de mais o que havia acontecido naquele momento.

Aquilo era sua deixa, continuar ali o mataria, então tudo isso seria em vão. Todo o esforço de Jeongin, não valeria a pena.

Em tropeços e passos fracos, correu, ouvindo o som de dor e desespero vindo do amigo ainda vivo que era devorado atrás de si.

Seungmin não poderia ver, não saberia que mesmo triturado pelos dentes afiados, o Yang tentou sorrir quando já não sentia mais nada de seu corpo devido a tamanha dor, vendo seu amigo fugir, pois pelo menos ali, tinha a certeza de que sua morte não seria em vão. Deveria admitir, iria ficar péssimo e não morreria com a consciência limpa se o Kim não tivesse corrido.

Um sino suave tocava, guiando o Kim, da mesma forma que quando estava cego sobre o jardim claro, aconteceu, ele estava tocando novamente, desta vez podia ouvir bem, como a minutos atrás conseguiu ouvir, mas jurava que era a loucura em sua mente. Tentando não cair nas diversas vezes que tropeçava, não evitava se apoiar nas paredes para impedir a queda, ignorando os espinhos se aprofundando em sua carne, a dor era insuportável, mas o que poderia fazer? Se jogar contra o chão a cada tropeço?
A dor era tanta, que já não havia mais medo em si, apenas a dor da perda e do sofrimento.

Porém quando estava perto do som que soava como um sino, algo o fez parar, sentia como uma barreira, mas sabia bem até demais que aquilo jamais seria humano.

– Cuidado com o caminho... – sussurrou a voz doce e melodiosa, porém ele parecia assustado, tanto quando ele estaria a minutos atrás. Seria outra pessoa? Havia se enganado sobre não ser um humano?

O rapaz gritou, antes de se jogar contra o que fosse que impediria sua passagem, pois definitivamente aquilo não poderia ser real, a dor era tamanha que com toda certeza saberia que estava delirando devido a perda de sangue, acabando por se deparar com um portão repleto de espinhos. Uma sensação de dejavu corroía sua mente e infelizmente não sabia aonde colocaria aquela chave, mas sabia que era o necessário para fugir, então tateou a parede espinhosa, passando seus dedos pela grade de purios espinhos, até sentir algo tocando em suas mãos, o guiando.

– Adeus... – sussurrou a voz familiar, que lhe embrulhou o estômago antes de girar a chave.

o Kim sentiu sua visão clarear, sabia que haviam espinhos o cegando para todo o futuro, mas sua imagem permitiu aparecer ao humano. Os fios loiros e o sorriso fraco o abandonava, enquanto a criatura que não poderia ver, se mostrava para si, como uma ilusão ou um sonho de olhos fechados, saberia que ele quis ser visto, mas o medo ainda existiu em si, acreditava não sentir mais o pavor devido a dor que sentia, mas pelo contrário, ali, estava mais apavorado do que quando enxergava cada respingo de sangue humano caindo sobre si.

A agonia lhe corroía tanto, que não pensou duas vezes e atravessou aquele portão, não tomando cuidado como haviam lhe pedido, simplesmente caindo morro a baixo, pois não sabia que aquela saída de localizava no alto de um precipício.

Era um passeio tão inocente, apenas dois amigos em um circo.
Infelizmente o destino não gostava tanto assim de pessoas boas felizes, pois daquele incidente cruel, nenhuma pessoa sobreviveu.

Dentre as vítimas, estavam Kim Seungmin, cujo seu corpo foi encontrado em estado de decomposição quinze anos após o acidente do circo, no fundo de um lago profundo, no meio do precipício mais conhecido pelos altos índices de "suicídio" e Yang Jeongin, cujo seu corpo nunca mais fora visto.

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