𝐗𝐗𝐈
O capítulo apresenta Quebra de memória recente, boa leitura.
O último dia de paz
Seu corpo jazia cansado nem se lembrada de onde estava apenas sentia-se cuidada. Seus olhos fecharam de veze de forma desesperada torce para que odo o ocorrido não passasse de um pesadelo.
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Você treinava feito uma maluca para subir no esquadrão com a intenção de ficar mais forte e se vingar, tudo o que queria era uma posição melhor ou ter mais força, se movia puramente pela raiva. A raiva de saber que uma pessoa próxima a si vendeu a alma ao demônio em troca de poder, você o odiava com todas as suas forças e sentia-se frustrada por não ser o suficiente para pará-lo ainda assim o amava como um irmão, era confuso e, ao mesmo tempo, suas memórias tornavam-se difusas observando um homem cego tentar lhe acalmar enquanto você chorava e por esse motivo treinava dia e noite, queria ter total controle sobre essas lembranças para que não ficassem trancafiadas em sua mente.
-- Sn, pare com isso ou vou fazê-la renegar o esquadrão. -- Sua mestra chamou, lhe fazendo engolir a comida com dificuldade. A mulher de longas madeixas escuras sempre se dividia em duas, a modo de tentar lhe mostrar através dessa vida.
-- Mestra, será que eu não posso simplesmente ignorar essa folga?
-- Sn você quebrou seis costelas, perdeu a nichirin e deitou uma oni no soco até o sol nascer, você não vai treinar nem lutar até se recuperar entendeu? -- Ela tomou a espada de suas mãos e você respirou fundo tentando se lembrar disso quando um estalo ecoou em sua mente.
-- Mestra e o vovô? -- Sentiu seu coração apertado e as lágrimas se formando, estava tão confusa que nem entendia o que estava acontecendo.
-- Ele está bem, Tsukasa chegou a tempo. -- Seu coração acelerou.
-- Deus, o que foi que eu fiz? -- Você ajoelhou no chão um pouco perdida -- Por que não consigo lembrar do que aconteceu com clareza?
Sua mestra afagou suas costas enquanto Himejima se levantou, ele estava a esse tempo todo te analisando em silêncio.
-- Depois iremos até o mestre. Ela continua em choque. -- Ele se afastou.
-- Obrigado Himejima. -- Sua mestre falou e não demoraram a ficar sozinhas. -- Você precisa tomar o remédio, o corvo de Shinobu trouxe e se continuar seguindo as recomendações estarão de volta a ativa em um semana.
Seus olhos piscaram algumas vezes antes de se aproximar dela e segurarem seus braços.
-- Mestra, quanto tempo eu apaguei?
Ela respirou fundo olhando para ti com carinho.
-- Você dormiu por doze dias, tinha tanto veneno em sua corrente sanguínea que até agora é inacreditável que esteja viva, minha querida. Não é à toa que se trata de uma tensai! -- Apesar de orgulhosa estava preocupada, você não fazia ideia do que ocorreu, mas queria se lembrar e por esse motivo obedeceu cada uma das ordens dela inclusive a respeito do remédio e após respirar fundo e se conscientizar que tão cedo não se recordaria dos fatos enquanto forçava a mente resolveu descansar.
Agora deitada no assoalho de madeira, observava sua mestra atentamente. Fuyumi estava com uma carta em mãos e um sorriso nos lábios.
-- É do Tsukasa mestra? -- Na mesma hora ela fechou o papel e olhou para você.
-- Deixe de ser enxerida garota!
-- Tudo bem. -- Você riu de leve, pelo sorrisinho dela sabia que se tratava do Hashira da terra.
-- Mestra, por que o hashira da pedra estava aqui? -- Resolveu mudar de assunto enquanto ela guardava a carta, tanto Tsuki quanto a mãe estavam na casa da sua tia a visitando e com isso estava sozinha na mansão.
-- Ele veio para um assunto pessoal. Himejima veio com o discípulo pena que você ainda estava dormindo, aquele moleque que se alimenta de oni é muito interessante tanto que estou estudando seu sangue. -- Você ficou um pouco confusa do interesse de sua mestra por Genya, entretanto se recordou de como ela adorava caçadores proeminentes.
-- Está pensando em treiná-lo Mestra? -- Perguntou contendo sua empolgação.
-- Ora e por que não? Vou adorar ver até onde consigo instigar a força física daquele moleque! -- Ela socou uma mão na outra.
-- Espero estar aqui para ver isso.
Ela sorriu.
-- Talvez esteja, mas agora vamos descansar, pois amanhã partimos para a mansão borboleta.
Você assentiu e respirou fundo, sentindo seu coração calmo, mesmo que esteja um pouco confusa com tudo o que aconteceu e torcia para que sua mente parasse de tentar lhe proteger do que ocorria ao seu redor.
[...]
-- O trajeto foi rápido visto que Fuyumi o atribuiu a um treinamento não te deixando parar nem mesmo para descansar e assim o trajeto que duraria dezessete horas foi feito em sete, sua única pausa foi para ir ao banheiro e agora você encarava o salão faminta.
-- Credo Sn vai tomar um banho você está fedendo. -- A kanzaki comentou te deixando envergonhada.
-- Muito obrigada pela parte que me toca Aoi.
-- Não ligue para ela Sn, Aoi está irritada por que Inosuke não obedece às ordens. -- Sumi comentou e foi impossível não sentir uma alegria te invadir. Se o Hashibira estava tirando do sério significa que estava bem e com isso os outros também e que provavelmente seu marido estava por perto.
-- Eu vou tomar meu banho.
Você afirmou seguindo Sumi enquanto ouviam Aoi afirmar que adoraria se Inosuke fosse assim e por um lado, sua mente divagou que eles seriam um bom casal devido a tanto atrito.
Após o banho e a troca de farda a refeição foi servida e você se fartou com três porções de tão ampla que era a sua fome, obviamente que ajudou as meninas a cuidar da casa mesmo que a Kanzaki reclamasse e no fim se sentaram no jardim.
-- Bom fique a vontade Fuyumi, oh que bom que está aqui Sn eu quero mesmo fazer um exame em você, me acompanhe. -- Sem dizer uma palavra se levantou seguindo a pilar do inseto até uma sala médica que mais parecia um escritório, Shinobu indicou onde deveria sentar e após pegar o estetoscópio e a lanterna se aproximou de ti.
-- Soube que dormiu por doze dias, consegue se lembrar de algo? -- Negou -- Entendo, abra a farda por favor.
Você obedeceu sentindo o metal gelado em sua pele enquanto ela escutava seu coração.
-- Não tem uma forma de me ajudar com essas lembranças? -- você questionou e ela vistoriou seus olhos antes de se sentar ao seu lado:
-- Eu posso te contar o que me foi relatado, uma vez que foi Murata que te encontrou.
-- Eu aceitou, por favor preciso entender o que está acontecendo.
-- Bom, ao que parece seu cérebro encontrou um mecanismo de defesa onde ele simplesmente abstrai o que acontece de ruim e suprime a lembrança ao máximo. Você não precisa me responder, mas sei que essa não é a primeira vez que acontece, quando encontrar o ativador correto se lembrará com clareza de todo o ocorrido e seu corpo se autoprotegeu entrando em uma espécie de coma e sinceramente o fato de ter acordado tão rapidamente pra mim foi um mistério já que havia veneno de um Lua superior em seu corpo.
-- Eu não lembro dele ter me ferido.
-- Em breve se recordará de tudo -- colocou a destra em um de seus ombros como forma de apoio. -- E me foi relatado que você estava socando um oni sem parar e nem mesmo quando o corpo dele se dissolveu parou, foi Murata em conseguiu conter o seu ímpeto violento.
Sua respiração pesou imaginando que deva ter o machucado, anotou mentalmente que pediria desculpa assim que o visse.
-- Bom, vamos ao que interessa. Você pode ficar aqui pelos próximos dias já que está de folga e sei que vai ajudar Aoi contra a vontade, então faremos um treinamento mais leve. -- Sorriu de maneira amável e você retribuiu. Se sentia tão bem entre as mulheres que conheceu que rezava mentalmente para que nenhuma delas perecessem nas mãos de um oni asqueroso. -- Agora vou para o laboratório, procure por Kiyo e Naho, ambas devem te ajudar com o treinamento.
Após assentir você seguiu com as ordens da hashira e não tardou a encontrar a dupla que indicou o que deveria fazer e assim começou o seu "treinamento" onde deveria cuidar da fonte entre respirações curtas sem cansar ou defasar o pulmão.
Dois dias se passaram e apesar do cansaço sentir-se bem, havia passado a manhã em contato com Kanao que te ajudou com um treinamento básico e enquanto retornava para a mansão borboleta pode ouvir um grito familiar.
-- MOLEQUE DEIXA DE SER MOLE! LEVANTA MAIS DEZ QUILOS.
-- SEU HASHIRA ESQUIZOFRÊNICO VAI ME MATAR DE TANTO CARREGAR PESO! -- A reclamação veio seguida de um grito e seu coração disparou de saudade.
-- ZENITSU PARE DE DESRESPEITAR O SENHOR TENGEN! -- Seu sorriso ecoou.
-- É MONITSU VAMOS TREINAR MAIS! -- Inosuke falou e sem pensar muito já estava correndo na direção deles junto a Kanao, se escondendo no processo para não atrapalhar o treino, o que não adiantou muito. Tanto Tanjiro quanto Zenitsu, Tengen e Inosuke possuem habilidades extra sensoriais que te detectaram sem o mínimo de esforço.
-- Bom, já está na hora do almoço, vamos parar e depois disso vou pegar pesado com vocês.
As esposas dele também se afastaram e você sorriu ao sair detrás do arbusto ao qual estava e seguir até o grupo.
-- Olá meninos como estão?
-- Suzene! -- Inosuke te olhou e você se aproximou sorrindo.
-- Pelo visto estão bem, fico feliz por isso
-- Nossas últimas missões foram de menor risco. -- Tanjiro afirmou, Zenitsu se manteve em silêncio, tinha muito a te dizer, mas não com tantos olhos e ouvidos direcionados a ambos.
Você conversou mais um pouco com seus amigos enquanto Kanao às vezes dava um sorriso e até mesmo exprimia uma opinião, o que te fez notar a evolução dela nas habilidades sociais e isso te deixou feliz. Passaram a andar em direção à mansão borboleta onde almoçariam sabendo que Zenitsu queria conversar a sós.
-- Eu vou parar um pouco, me faria companhia Zenitsu? -- Tão sutil você se aproximou tocando o ombro dele que apenas sorriu para você concordando e observando os outros seguirem para a mansão. Ele apenas esperou que estivessem longe o suficiente para te abraçar apertado.
-- Senti muito a sua falta. -- Sussurrou, seu rosto aqueceu.
-- Eu também senti a sua. -- De mãos dadas, ambos seguiram pelo caminho até o lago, onde tiraram os sapatos e colocaram os pés na água.
-- Como tem sido seus treinos? -- Você perguntou e ele sorriu.
-- Exaustivos, mas as missões se tornaram mais fáceis.
-- Ou você evoluiu querido. -- Deitou a cabeça no ombro dele, Zenitsu se afastou beijando sua bochecha para depois tomar seus lábios, matando a saudade de sua presença mesmo que não fosse o suficiente. Quando o ar lhes faltaram ambos respiraram extasiados e assim que possível o ósculo recomeçou e dessa vez só se afastaram quando o ofego ocorreu. Se olhando fixamente, ele te puxou para o colo, fazendo com que suas pernas ficassem em volta da cintura e esfregando suas coxas.
-- Eu fiquei preocupado demais Sn -- Zenitsu desviou o olhar -- O Kai... Meu irmão entregou a alma ao demônio, aquele bastardo virou um Oni!
Você nunca viu o Agatsuma tão triste e com isso alisou a face dele dando um leve selinho nos lábios.
-- Eu estava com ele Zenitsu, eu... -- Seu corpo travou e sua respiração pesou, tornando-se difícil, seu corpo parecia estar frio e a dificuldade se fez presente.
O Agatsuma entendendo que você estava mal, no mesmo momento te deitou nas folhagens mantendo sua cabeça no colo e você apertou as mãos uma na outra, respirando profundamente e fechando os olhos você compreendeu que seu marido, era o seu gatilho.
E com ele a enxurrada de memórias:
Após Kokushibo brincar com você, seu corpo renegou cada ataque, extasiando em dor e te fazendo desmaiar enquanto sangrava inconscientemente você se levantou e quando avistou um demônio qualquer partiu pra cima dele num frenesi violento se embrenhado na floresta matando tudo que se movia e não era humano seus olhos sangravam e sua mente se dividia entre as memórias de seu passado e Kai traindo a organização. Em determinado momento você perdeu a espada ao encontrar um Oni mais forte e ainda assim partiu pra cima dele lutando corporalmente, afundando o rosto dele no chão sentindo suas mãos feridas assim como seu corpo pelas garras alheias, essas seriam mais algumas marcas que ao cicatrizar se tornaram espólios de guerra.
O sol decretou o final do demônio que mesmo após evaporado sua mente não compreendeu e com isso passou a socar o chão ficando com os metacarpos esfolados e se não fosse por Murata e mais dois caçadores você poderia ter saído dali com sua pele em carne viva, pena que não foi fácil lutar contra você e que demoraram muito a te por para adormecer.
Antes de apagar, você emitiu um único aviso:
Por favor, protejam o vovô e agora seus olhos se abriram plenamente, sua respiração estava intensa e seu coração acelerado, mas entendia o que estava acontecendo e assim se levantou rapidamente.
-- Cuidado Sn.
-- Estou bem Zeni. Não se preocupe, graças a você eu lembrei de tudo. -- Alisou a face dele antes de se atirar nos braços alheios, tendo os cabelos afagados em um cafuné.
-- Fico feliz que pude te ajudar. -- Ele envolveu os braços em sua cintura.
-- Escuta Zenitsu e o vovô?
Ele respirou pesado apoiando o queixo em seus cabelos.
-- Ele está bem. -- A respiração saiu pesada. -- Poderia ter sido pior se você não tivesse avisado e o hashira da terra chegasse a tempo.
Você se virou para ele, o encarando um pouco perplexa.
-- O que aconteceu?
-- Ele tentou cometer sepuku Sn, só que estava sozinho, se tivesse alcançando sei objeto teria agonizado e sangrado por horas ou até mesmo dias antes que desse seu último suspiro.
Os músculos ficaram tensos enquanto ele desviou o olhar.
-- Eu nunca vou perdoar meu irmão por isso. -- Zenitsu foi trazido de volta dos pensamentos por suas mãos suaves.
-- O senhor Kuwajima é forte, ele vai entender que a desonra que Kai trouxe para casa, você será capaz de restaurar. Se tornará um tsuguko do trovão e mais a frente, o próximo hashira dessa técnica incrível, eu tenho fé em você Zenitsu. -- Sorriu de maneira apaixonada e ele sentiu o coração descompassar por esse sentimento que transborda dentro de si.
-- Eu te amo Sn, nunca duvide disso. -- Ele afirmou em meio a conversa, te deixando sem reação por alguns minutos até que se recostou novamente sobre ele e sorriu de lado.
-- Eu também te amo Zenitsu Agatsuma.
Tal momento tornou-se único ele jamais esqueceria e sinceramente estava nas nuvens por ouvir a confirmação do seu amor por ele, mesmo que não precisasse.
E por um bom tempo vocês ficaram ali e ao retornar a mansão para o almoço seu sorriso não conseguia esconder a felicidade de estar com todos os que eram importantes na sua vida.
Cinco dias se passaram após toda a sua lembrança e você havia escrito para o vovô, tal como conversado com a pilar do inseto, sobre sua total recuperação e não se surpreendeu ao saber que deveria se reportar diretamente ao mestre dos caçadores de oni, o senhor Ubuyashiki. A mansão de Shinobu contava com presenças ilustres como, por exemplo, Fuyumi e Tsukasa que além de discutirem alto estavam no aguardo de Himejima, ao que parece Kagaya Ubuyashiki havia convocado uma pequena reunião com alguns hashiras visto que Fuyumi e Tsukasa eram os mais antigos e Himejima o mais forte você não se surpreendeu.
-- Finalmente pirralha -- Tsukasa bagunçou seus cabelos.
-- Vamos logo. -- Sua mestra sorriu e vocês se juntaram ao outros notando que todos os hashiras estavam a caminho assim como seus amigos.
-- Deve ser uma reunião importante -- você comentou em um sussurro.
-- Provavelmente deve ser para falar a respeito dos próximos passos já que Muzan atacou a vila dos ferreiros. -- Tanjiro sussurrou.
-- Será que vamos contra-atacar? -- Zenitsu questionou.
-- Não é assim, lembrem que ainda não sabemos a localização de Muzan. -- A voz de Kanao ecoou, deixando o grupo jovem surpreso por não se retrair.
-- Você tem razão Kanao, estamos curiosos. -- Sn comentou enquanto iam em direção à mansão principal. Quando estavam bem próximos, um tremor fez com que apetassem a espada e a presença demoníaca forte colocou todos em alerta.
Não havia dúvida alguma, somente o rei dos onis poderia emanar uma presença tão devastadora e a batalha final se aproximava daqueles que dariam suas vidas para encerrar um período tão sombria para a humanidade.
Vi que alguns erros passaram e em breve corrijo o capítulo. 😘
Só consigo pensar nessa música durante os pensamentos do Zenitsu a respeito do Kaigaku e do ocorrido com avô durante a conversa com Sn.
https://youtu.be/PF4umDE5GnI
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