𝐗𝐕𝐈
Muito obrigada pelos mais de 1k de leitura ♡
Capítulo Pré-revisado e só para lembrar que a partir daqui o Zenitsu tem 18 anos.
Uma noite sem fim
"Aqui ele ficou um pouco confuso, Zenitsu não sabia que você desejava ter um casamento tradicional, na verdade a própria Sn não entendia de onde vinha esse desejo e com isso ganhou um belo sorriso do loiro que começou a te cobrir de beijos pelo rosto antes de finalmente tocar seus lábios, ele não diria a você, mas faria de tudo para que fosse completamente feliz ao seu lado e agora com a corrente devidamente colocada no pescoço ambos seguiriam para retornavam para a mansão borboleta."
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Zenitsu não acreditava que teria que se separar de ti, mal conseguiram findar o relacionamento após todo o ocorrido quando os corvos chegaram com as ordens mais claras do que o sol pela manhã.
"CROC! JUNTE-SE AO GRUPO DE CAÇADORES DO EXTREMO LESTE, HÁ BOATOS DE QUE VILAS ESTÃO SENDO INVADIDAS E DIZIMADAS. SOLICITAÇÃO DE URGÊNCIA! CROC!" -- Seu corvo ordenou e você simplesmente respirou fundo, estava mais do que pronta para isso e seu olhar se abateu em um Zenitsu extremamente chateado. Todos saíram em direção ao quarto para pegar o restante dos pertences e não demorou muito até que seu marido batesse na porta:
-- Entre. -- Você pronunciou calmamente e Zenitsu não tardou a adentrar o ambiente te olhando receoso.
-- Não gostei dessa ideia de irmos em missões separadas. Sinto que algo vai acontecer. -- Confessou enquanto cruzava os braços te olhando por os itens na bolsa e após terminar foi na direção dele.
-- Eu sei me virar e você também, sabíamos que uma hora teríamos que nos separar, mas assim que possível eu virei te ver. -- Sorriu confiante, atraindo atenção dele.
-- Espera Sn, por que acha que eu vou estar aqui quando voltar? -- O sorriso implícito nos lábios da esposa o deixava ainda mais apaixonado, se é que isso é possível. Você alisou o rosto dele e se aproximou da boca do maior, deixando um selinho mínimo.
-- É fácil, vocês se metem em muita furada. Pare pra pensar que em menos de dois anos como caçadores vieram parar na mansão borboleta ao qual não tínhamos conhecimento. Agora vamos e por favor se cuida Zeni. -- Ele te puxou para os braços a envolvendo com gosto e respirando fundo em seu pescoço, você apenas retribuiu ao abraço sentindo a quentura que emanava do maior.
-- Nos veremos em breve. -- Beijou os lábios alheios sendo retribuída só se afastando quando o ar lhes faltou e assim cada um seguiu por seu caminho, você virou a esquerda enquanto Zenitsu a direita e nem percebeu quando topou com um garoto alto de cabelos raspado na lateral e semblante fechado.
-- Olha por onde anda. -- Ele respondeu e sua mente rapidamente clareou.
-- O moleque mal-educado da seleção! -- Comentou e ele estreitou o olhar.
-- A garota que achava que estava de férias! -- Você mostrou a língua para ele. Ambos estavam vis-à-vis e possuíam mudanças significativas, ele parecia ter triplicado de tamanho devido à altura e os músculos e você também havia crescido, não só por ser uma mulher que possuía suas curvas, como também em músculos.
-- A propósito sou Agatsuma Sn. -- Tentou parecer menos hostil e ele te olhou como se estivesse a ponto de dizer "não perguntei".
-- Genya. Shinazugawa Genya.
Você sorriu inclinando a cabeça para o lado levemente.
-- Muito prazer Genya, bom saber que sobreviveu a seleção. -- Não entendeu o motivo, mas ele ficou com o rosto levemente vermelho.
-- É. O mesmo digo a você. -- Ele desviou o olhar.
"CROC! VÁ PARA O LESTE IMEDIATAMENTE! VÁ PARA O EXTREMO LESTE, JUNTE-SE AO GRUPO DE CAÇADORES, HÁ BOATOS DE QUE VILAS ESTÃO SENDO INVADIDAS E DIZIMADAS. SOLICITAÇÃO DE URGÊNCIA! CROC!"
Sua respiração pesou antes de voltar a andar.
-- Até a próxima Genya, tente ficar vivo. -- Mencionou e ele alisou a nuca antes de andar na mesma direção que você.
-- Pelo visto nossa missão será a mesma. -- Ambos concordaram com a cabeça antes de se pôr a correr, não poderiam demorar muito, mesmo que o caminho levasse no mínimo dois dias.
[...]
Três meses se passaram desde a última vez que esteve com o loiro e se antes Zenitsu já te achava implacável, se a visse agora teria certeza de que se transformou em uma espécie de assassina perfeita, no presente momento você enfaixava o braço de Genya enquanto se protegiam da chuva no meio da floresta em um casebre abandonado. Por sorte você trouxe uma trouxa de glicínias e as colocou a dois palmos de vocês e o castanho resmungava sem parar afirmando que não precisava de cuidado.
-- Dá pra ficar quieto!
-- Ai! Eu não preciso de ajuda. -- Levou um soco na cabeça.
-- Qual é o seu problema? Sangrar até a morte não é um prêmio Genya, seus ferimentos são graves idiota! -- Ele desviou o olhar sentindo emanar de ti uma aura amedrontadora.
-- Você me lembra a minha mãe quando estava chateada. -- Sussurrou.
-- Se isso te fizer ficar quieto, então ótimo. Agora mastiga isso e coloca aqui em cima ou prefere a minha baba? -- Ele fez uma careta ao ouvir suas palavras e puxou o punhado de ervas da sua mão.
-- Me da aqui. -- Começou a mastigar e depois passou sobre o ferimento. -- Que gosto nojento. -- Você se deitou vendo-o enfaixar o restante do bíceps esquerdo.
-- Pelo menos não precisou comer um oni dessa vez. -- Sn sorriu ao fechar os olhos, estava com saudades de seu loiro e até mesmo da voz estridente dele quando ficava com medo.
-- Porque você foi uma fominha, isso sim! -- Ele se deitou ao lado e de barriga para cima, ambos contemplando o céu através dos buracos no telhado do casebre velho.
-- E ainda assim você me protegeu. Obrigada por isso Genya.
Um hunf ecoou por parte dele que se virou ficando de costas para ti.
-- Só fiz o meu trabalho, sua esquisita. E valeu por enfaixar o meu braço.
Você sorriu e sem querer piscou os olhos sentindo sua vista embaçar e no local do enorme Genya viu seu irmão mais novo, de certa forma o comportamento do maior em muito se parecia com o dele. Em um suspiro sua respiração pesou e você compreendeu que não poderia simplesmente ficar com seus pensamentos centrados no passado e quando finalmente adormeceu seus sonhos voltaram para a sua família, dessa vez unia a todos que amava em um mesmo local, Washi brincava com Zenitsu enquanto sua mãe e sua tia ajudavam Fuyumi a cortar os legumes até mesmo a moça e o bebê que salvaram olhavam para você. Jigoro e Emi disputavam uma partida de cartas enquanto bebiam saquê e Shinobu instruía seus discípulos da melhor forma possível. Sem dúvida alguma aquele era um belo sonho, entretanto precisava despertar...
Sua manhã havia começado exacerbada, seu corpo pingava suor enquanto Genya estava transformado.
-- Eu tenho certeza de que eliminamos todos os onis dessa região e por que não amanheceu? -- Sua nichirin estava em mãos e o pacote de glicínia foi jogado para longe, visto que Genya também era afetado.
-- Pensou errado, talvez tenha sobrado aquele que dizimou metade do esquadrão que socorremos e aquilo ali responde a sua pergunta. -- Ao apontar para o céu você pode notar a escuridão tomando conta do dia formando assim o eclipse e a casa estava completamente esburacada comprovando que os ataques vinham a distância como se rajadas de ar cortassem as paredes de bambu aos poucos abrindo buracos aos quais você se desviava devido ao som. O barulho de guiso ecoou pelo local embaralhando sua mente.
Kekejutsu- Ilusão infernal -- Como se inúmeros demônios se projetassem pela casa, você passou a duvidar da sua acuidade visual e sua lâmina tornou-se cega, ao ponto de não ver a quem estava atacando, tudo o que ouvia eram os risos e o som das balas que saíam da arma de Genya.
-- SN ISSO NÃO É REAL! SE CONCENTRE! -- O som da voz dele, apesar de distante, passou por suas vias auditivas te trazendo levemente a realidade e você manteve os olhos fechados. Foi impossível não lembrar do árduo treinamento na mansão de sua mestra, além dos ensinamentos de Shinobu e suas meninas, era possível ver o ar tomar forma ao sair de sua boca enquanto assumia uma posição de luta empunhando a espada.
-- Nesse caso é melhor você ir agora para o telhado.
Respiração da natureza primeira forma, fúria verdejante.
Como se um ciclone de folhas se formasse ao redor varrendo tudo a sua volta inclusive a ilusão, ao abrir os olhos só teve tempo de desviar das madeiras que caiam em pedaços em sua direção, não deu tempo do oni atacar muito menos se preocupou com Genya que se manteve atrás de ti atirando a distância. Você jogou a espada no ar mudando a direção, assim como a sua respiração que passou a ser mais pesada, esse oni não é nada fácil de matar e nem tinha uma marca em seus olhos.
Respiração do trovão terceira Forma, zumbido do Trovão
Atacou novamente indo em direção ao alvo ouvindo o Shinazugawa mais novo gritar o quão irresponsável estava sendo, desviou no último momento quando a bala de Genya acertou o braço direito do oni o arrancando, mais uma vez mudou a respiração e por um curto erro de cálculo foi atingida na perna em um corte curto. O demônio lambeu a garra com seu sangue sorrindo e assim revelando sua forma:
A sua esquerda uma cabeça feminina assim como parte lateral de seu corpo e a sua direita um rosto e meio corpo masculino.
-- Ela é bem divertida não acha irmã?
-- E deliciosa também. -- O oni respondeu notando que você se manteve em posição de luta constante.
Respiração da água terceira forma - Ryūryū mai
Executou o movimento com perfeição não deixando o oni terminar suas palavras os cortando em dois.
Nossa ela é bem nervosinha. Irmão você pode brincar com ela que eu quero aquele caçador estranho, ele tem cheiro dos nossos, mas é tão bonito. Vou devorá-lo inteiro! -- A bocarra com as presas bem aparentes o corpo esguio de uma mulher na faixa dos vinte anos e os cabelos presos em uma trança com as pontas laranjas, os olhos tão amarelos e a pele pálida de sempre, o oni que vinha em sua direção é idêntico a ela se diferenciando pelo corpo masculino e os fios curtos.
-- Vamos brincar gracinha. -- Se aproximou de você e pode notar um chicote na mão esquerda. Sua respiração passou a ser profunda e rápida acelerando seu coração antes de soltar tudo e passou a desviar dos ataques conforme ele tentava te pegar com o chicote isso quando não defendia com a espada e a cada movimento analisava o campo de batalha esperando a brecha perfeita para atacar e quando a encontrou sentiu o chicote se prender a sua coxa já ferida. -- Eu vou comer essa perna agora mesmo.
Sua espada cortou aquele treco nojento que automaticamente evaporou e assim abaixou com a nichirin virada.
Respiração da besta, primeira presa - perfurar.
O corte foi de encontro a barriga do oni que desviou deixando claro que não seria tão fácil e você sorriu enquanto ele lambia o chicote.
-- Realmente é uma presa valiosa. -- Mais uma vez partiu com tudo para cima de você que dessa vez apenas se defendeu com a espada.
-- SN CUIDADO! -- Genya grito levando um chute e indo parar longe.
-- Presta atenção na sua luta, meu bem, sua adversária sou eu. Como está indo irmão? -- A oni perguntou enquanto o chicote do oni contornava seu pulso direito.
-- Estará acabada em alguns segundos. Kekejutsu decepa...-- Não concluiu devido ao soco bem-dado que levou na cara por seu punho esquerdo.
-- Sua vadia...
Respiração da água primeira Forma - Corte d' Água Superficial
O corte partiu metade do corpo alheio, ficando ainda grudado pelos fios do chicote e você sorriu invertendo a espada.
-- Bem como você disse, isso acabará em questões de segundos. -- Sua respiração suavizou e seu olhar demonstrava uma imponência sem fim.
Flutuação, ataque único - punição divina
Em um movimento rápido em meio a um corte limpo, o oni jazia ajoelhado no chão, os dedos tremendo e indo de encontro ao pescoço enquanto a cabeça se desprendia aos poucos, você o assistiu evaporar sem um sentimento de pena sequer em seus olhos.
-- MALDITA! VAI ME PAGAR POR TER CORTADO O SUGUEO! KEKEJUTSU ILUSÃO DEMONÍA...
-- EI! Seu adversário sou eu! -- Genya encarava a mulher com raiva, as veias ao redor de seu rosto, a arma apontada e a pele levemente envenenada, o braço parecia estar necrosando, cuspiu um pouco de sangue antes de atirar acertando o peito dela.
-- Acha mesmo que esse ataque de merda vai me matar, seu ridículo! -- Em ambas as mãos possuía um chicote ao qual estalou no chão indo em direção ao caçador, no entanto, o corpo travou e começou a se encolher cuspindo sangue. -- O que você fez? -- a mulher largou os chicotes puxando as roupas para fora de seu corpo querendo entender o que queimava em seu peito.
-- Há muitas formas de matar um oni sem ser decapitado. -- O Shinazugawa jogou a arma longe e se manteve o mais distante possível sua respiração pesava enquanto você se aproximou da mulher que continuava a se retorcer e rolar na grama até que entendeu o que estava acontecendo, Genya havia atirado a bala cheia de glicínia no peito dela, você até pensou em cortar-lhe a cabeça, mas mudou de ideia. Não seria justo dar uma morte rápida a um ser que merecia sofrer até o último fio de cabelo e andando em direção ao caçador notou a respiração extremamente angustiada.
-- Quanto tempo até você voltar ao normal?
-- Mais ou menos meia hora. -- Você respirou pesado ao ouvir tal resposta e pegou a espada. -- Consegue regenerar seu corpo? -- Ele assentiu -- Então estica esse braço.
Sem pensar muito ele fez o que você mandou e em segundos teve o braço decepado e enquanto crescia finalmente respiraram fundo.
-- Agora acabou. -- Você comentou.
-- Não vamos baixar a guarda, até que o dia ressurja. -- Agora um encostava as costas no outro.
-- Exatamente. Nada é pior para um caçador do que uma noite sem fim. -- Você sussurrou.
A concordância fez com que ambos ficassem em alerta, mas felizmente haviam exterminado os últimos onis daquela região do extremo leste.
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Cansados e encontrados por Kakuchis que lhes prestaram os primeiros socorros evitaram ao máximo serem carregados pelos socorristas e agora avistaram a mansão borboleta, mal adentraram o local e foram designados para os respectivos quartos de primeiros socorros, no entanto, você pode ouvir a voz do loiro à distância que berrava desesperado além de uma voz desconhecida.
-- SEU HASHIRA DEPRAVADO!
-- EU VOU TERMINAR DE TE QUEBRAR SEU MOLEQUE DESGRAÇADO!
Mesmo cansada, foi com Aoi até o local e abriu a porta tendo a visão de um homem de cabelos prateados com metade da cabeça enfaixada, além de só possuir um braço e seu marido sendo segurado pelo pescoço por aquela mão rude.
-- O que está acontecendo aqui?
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