𝐗𝐕

Um pouco de fofura e desenvolvimento pessoal. Pré-revisado, boa leitura.

Um novo amanhecer


Os treinos intensos realmente começaram, sua vida estava agitada e aos poucos os outros se juntaram ao treinamento. Desde sua última crise ao lado de Zenitsu se passou um mês, nesse meio tempo as pernas dele se igualaram uma vez que não deixou de tomar o remédio um dia sequer e agora passava pelo árduo treinamento ao lado de Inosuke enquanto você e Tanjiro haviam explodido duas das três garrafas, quando chegou a um total de quatro meses e meio na mansão os corvos vieram avisar que as espadas estavam praticamente finalizadas e você suspirou, havia se esquecido completamente de que sua katana também seria modificada e aproveitou esse pequeno custo para pedir ao ferreiro um favor. Seu ferreiro foi o mesmo que modificou a espada de Zenitsu uma vez que o aluno do pilar do trovão recebeu de herança a primeira espada do mestre, tendo a lâmina alterada em peso e estrutura para que o comportasse.

Com cinco meses de treinamento você havia quebrado a última garrafa, Tanjiro veio logo depois e ambos sentiam-se orgulhosos do feito e foi nesse meio tempo que você tomou coragem para fazer o pedido.

-- Quer ver as minhas respirações? -- Assentiu um pouco encabulada, após ter pedido para treinar a respiração da água.

-- Acho que só o Zenitsu sabe disso, mas, eu consigo usar as respirações conforme as observo. Lá na montanha Natagumo usei a respiração do trovão e da natureza e se você me permitir gostaria de ver a da água em ação, ela é tão graciosa e, ao mesmo tempo, parece ser extremamente forte. -- Sua voz era calma e o Kamado estava completamente constrangido.

Um pigarrear ecoou e você olhou para cima uma vez que estavam sentados no telhado da mansão com a visão do jardim onde Inosuke e Zenitsu treinavam.

-- Senhorita Koccho. -- Sua voz saiu levemente interrogada, não havia percebido a presença da Hashira.

-- Eu ouvi vocês, então quer dizer que pode usar mais de uma respiração? -- Assentiu. -- Talvez esteja na hora de treinar com alguns Hashiras, se eles te aceitarem é claro.

Seus olhos brilharam achava tal ideia formidável.

-- Desça e junte-se a Kanao diga a ela para lhe ajudar e depois Tanjiro irá até vocês...

Sem discordar se levantou do telhado descendo tranquilamente.

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Quando pensou que Kanao te ajudaria, nunca passou por sua cabeça que seria lhe usando como saco de pancada, já que a Tsuguko parecia ser delicada como uma flor
e em momento algum percebeu que estavam sendo observadas por uma mulher de cabelos trançados e sorrio gracioso, ela não se apresentou, provavelmente um pedido particular de kocho, apenas se posicionou no topo da casa e piscou para você:

Ichi no kata: Hatsukoi no Wananaki - uma série de golpes de chicote estendidos serpentearam ao redor.

Depois disso, a hashira simplesmente sumiu e você nem percebeu que a pilar do inseto havia parado atrás de você.

--E então não vai tentar? -- Se arrepiou um pouco pelo susto, mas depois voltou ao normal sorrindo para ela.

-- Claro, eu só estou sem uma espada.

-- Shinobu virou de costas.

-- Não seja por isso, venha comigo. -- A olhou de encarou de esguelha, seguindo-a pelos corredores da mansão até parar em uma sala onde teve a certeza de que se tratava do escritório da pilar que não divagou, apenas entrou no escritório e pegou a peça antes de te entregar.

-- Essa foi a minha primeira espada de treino antes de forjarem uma adequada, então vai te servir até a sua chegar. Agora vá. -- Ambas saíram da sala e você foi para o jardim, aproveitou que estava um pouco sozinha para pegar o manejo correto e se aventurar em tentar a respiração do amor, mas não era fácil e na décima tentativa atribuiu sua falta de resultado ao fato da espada de Mitsuri ser extremamente diferente de todas que já viu em sua vida.

Seu corpo estava cansado, sua respiração pesada e pelo visto continuaria tentando...

Alguns dias se passaram e seu contato com à primeira fora da pilar do amor não estava fluindo como imaginou, toda vez que você tentava o ataque acaba transcendendo uma luz peculiar que emita cortes dianteiros a primeira vista imperceptíveis e suaves, mas ao se aproximar dava para ver a profundidade como se a espada entrasse quinada na madeira abrindo um buraco ao sair, mas a superfície do corte permanecia a mesma.

-- Bravo Sn! -- Você se assustou apertando a espada contra o peito.

-- Senhorita Kocho que susto. -- Ela se aproximou sorrindo e elevando as mãos na altura dos seios:

-- Ara-ara, não precisa se assustar. -- A pilar do inseto observou sua face levemente lanhada e suja. -- Você desenvolveu seu primeiro ataque próprio desde que começou a treinar em minha casa.

Sem entender, piscou diversas vezes, não tinha parado para pensar sobre isso.

-- Como... -- Você indagou, observando a pilar sentar no topo amadeirado.

-- Claramente a respiração de Mitsuri não é para você, talvez pela massa e densidade corporal da pilar do amor ser completamente diferente da sua, mas -- ela bateu os dedos indicador e médio no queixo -- Isso não impediu de treinar e adquirir uma nova forma só sua. Vamos tente novamente.

Você se posicionou empunhando a espada, segurava o cabo com a mão esquerda e a direita aberta apoiava o punho gasto.

-- Antes de atacar, pense no que sente, em quais sentidos estão mais apurados e acima de tudo no que ela te faz sentir. -- Você fechou os olhos e imaginou tudo o que a Kocho pediu, sentindo suas veias arderem conforme se concentrava, no momento parecia não controlar tudo o que aprendeu e disso nasceu o seu ataque próprio:

Flutuação, ataque único - punição divina

Shinobu mantinha o sorriso intransponível de quem estava muito orgulhosa do que viu e bateu duas palminhas antes de se afastar.

-- Bom trabalho Sn. Agora se apresse, os ferreiros logo estarão aqui. -- E assim a pilar sumiu, você decidiu que treinaria mais um pouco e nem se ligou no que ocorria ao seu redor ou nos barulhos do lado externo, enquanto treinava chegou ao ponto dos seus fios estarem grudados ao rosto e as vestes suadas. Seu corvo grasnou avisando que seu ferreiro estava a espera, ao se aproximar sorriu e curvou-se em respeito obtendo o mesmo tratamento.

-- Espero que fique feliz com sua espada, nunca fiz uma lâmina tão grossa. Vamos pegue quero ver a cor que vai ficar.

Você imaginou o cinza de antes, encarou a bainha com desenhos de folhas em um bastão envernizado a empunhadura limpa em tom marrom e o punho comum, respirou fundo antes de puxar a espada e colocar a lâmina a noventa grau, demorou um pouco para que a cor se formasse, primeiro veio o cinza, depois como se raios passasse pela lâmina a trincando e quebrando o padrão de cor e por último vinha o tom verde e o púrpura ocasionando na briga entre tons para no fim se assemelharem a um vidro trincado mediante o óleo e água emitindo todos as cores citadas, aos seus olhos não tinha nada mais belo do que uma aquarela manchada, mesmo não vendo com frequência...

O dobro do peso na espada, no início fazia com que as suas mãos tremessem bastante, contudo não desistiu, se empenhando em empunhar perfeitamente durante todas as noites após o treino, precisamente antes do banho tão suave que nada se parecia com os anteriores e ainda se lembrava das palavras da pilar do inseto.

"Mesmo que nenhum deles te treine, não deve desistir se esse for mesmo o seu objetivo."

Depois se lembrou da carta de sua mestra, nesse meio tempo que se passou chegou a enviar uma carta relatando problemas com a espada e ocultando ao máximo seus sentimentos e tudo o que passou, pois, temia que Fuyumi viesse ao seu encontro e como esperado foi respondida por ela de maneira rápida:

Quando sua nova espada for forjada, terá o dobro ou o triplo do peso, precisará intensificar sua musculatura e creio que já esteja na hora de treinar novas respirações. Lembre-se Sn, você tem muito potencial, só precisa acreditar em si e será capaz de fazer o que nenhum de nós foi. Carregar as lembranças de eras através de suas técnicas, espero que esteja se alimentando bem e que aquele cabeça de palha continue sendo um bom marido.

PS: Da próxima vez que demorar muito a se comunicar vou te dar uma surra! Onde já se viu me deixar sem informações? Ah, o bebê cresceu tanto desde que partiram, Jigoro vem sempre que estou aqui para vê-la, a pequena Akane se apegou tanto nós que agora fazemos parte de sua família, quando tiver de folga me avise e venha nos ver.

Com carinho e tome cuidado, Fuyumi.

Seu peito se enchia de uma alegria exasperada ao pensar em como era tratada por ela, Fuyumi realmente se tornou sua mãe. Não que tenha assumido o lugar daquela que lhe foi tirada tão cedo e sim foi lhe dada como uma forma de sanar as feridas, não se tratava apenas de apoio físico ou sentimental e sim que ambas possuíam uma conexão inexplicável. Você sentia que podia por sua vida nas mãos dela, que poderia saltar de um penhasco de olhos fechados e ela estaria lá para te pegar e faria o mesmo. Pode ter perdido sua família de sangue, algo que nunca esquecerá, mas, ganhou uma nova família que jamais te deixará e com esses pensamentos partiu para o treino. Infelizmente não havia muitos hashiras dispostos a te treinar fora que possuíam suas obrigações, então, Tanjiro e Inosuke concordaram em demonstrar suas respirações e agora no cume da montanha mais próxima à mansão borboleta treinavam calmamente:

-- Suzene faz isso direito. -- Inosuke reclamava através da cabeça de javali.

-- Então pare de enrolar e me mostra de novo!

-- Tenha santa paciência, você vai lutar comigo depois disso, entendeu?!

-- Ta-tá porquinho, agora vamos logo.

-- Observe Suzene o rei da montanha em ação: respiração da besta, primeira presa - perfurar.

Inosuke partiu com tudo em direção a um boneco de treino cedido por Shinobu os perfurando com ambas as espadas.

-- Agora é minha vez. -- Você se posicionou antes de repetir o golpe com perfeição: -- Respiração da besta, primeira presa - perfurar

-- Agora vamos à próxima. Respiração da besta, segunda presa - rasgar

O Hashibira movimentou as espadas diagonalmente as cruzando e formando praticamente um X na hora do ataque e você repetiu.

-- Terceira presa, devorar...

-- Espera Inosuke deixa de ser fominha! -- Tanjiro mencionou, estava tão empolgado com a possibilidade de te ajudar que não via a hora de demonstrar as próprias respirações.

-- FICA NA SUA GOMPAJIRO, A SUZENE NEM APRENDEU TUDO! -- Inosuke berrou e Zenitsu se sentou na grama com o pardal sobre a cabeça e restante dos corvos de cada um em volta esperando a confusão acabar.

-- Anda logo porco do capeta, eu quero a minha mulher de volta! -- Zenitsu reclamou baixinho o que não fazia parte do costume dele, evidenciando o quão revoltado estava e você escutou ficando com vergonha.

-- Que tal, agora, deixarmos o Tanjiro demonstrar hein? -- Zenitsu estava impaciente.

-- NEM PENSAR É A MINHA VEZ E -- Levou uma pedrada pequena das mãos de Zenitsu. -- FICOU MALUCO SEU ZÉ? EU VOU TE QUEBRAR NA PORRADA É AGORA! KAMUGAKO ASSUME O TREINO QUE EU VOU MATAR O MONITSU. -- Com as espadas em mãos, Inosuke tentou correr atrás de Zenitsu sendo impedido por você, que conseguiu se estressar, ficando com uma aura terrivelmente pesada, o que fez com que Tanjiro se afastasse:

-- Parem agora! Inosuke pode ir sentar ao lado do Zenitsu e sem brigas!

Ele te encarou descrente com a cabeça de porco.

-- Quem você pensa que é Suze... -- Ele nem terminou de falar, sua presença estava muito terrível para desafiar -- Eu vou sua Zé, por que EU QUERO TÁ ME OUVINDO?!

-- Claro Suke, você fica fofinho com raiva.

-- Mais o quê... -- Como se a língua de enrolasse, ele simplesmente caminhou em silêncio e se sentou ao lado de Zenitsu.

-- Cara, mulheres são estranhas. -- Comentou.

-- É nem me diga. -- Zenitsu respondeu descrente e você e Tanjiro riram de levem.

-- Pode começar Tanjiro por favor.

-- CERTO! -- O Kamado estava animado, ele se posicionou puxando a espada e ficou sério antes de respirar: Respiração da água primeira Forma - Corte d'Água Superficial

Um movimento relativamente simples, em que o Kamado impulsiona sua espada para frente realizando um poderoso corte lateral.

-- Pode tentar Sn.

Você achou lindo e se posicionou executando o golpe com clareza.

-- Isso é incrível Sn você conseguiu trocar de respiração muito rápido!

Você abraçou a espada feliz.

-- Tenho treinado bastante. Podemos tentar mais um? -- Já estava cansada e ainda queria mostrar seu ataque secreto para todos, principalmente para Zenitsu.

-- Está bem que tal a terceira? Bem, acho que você chegou a ver uma vez. -- Tanjiro é um amor de pessoa e isso se reflete em cada ato ou contato com o próximo.

-- Claro Sn  vamos tentar a terceira forma. Respiração da água terceira forma - Ryūryū mai

Tanjiro passou a se mover rapidamente balançando a espada de maneira a simular o movimento das ondas do mar e você reproduziu com um pouco de dificuldade devido ao cansaço, se ajoelhou rapidamente cravando a espada no chão. Pelo esgotamento deveria descansar.

-- SN!

-- Se acalme Zenitsu, eu estou bem, só um pouco cansada. -- Olhou para ele sorrindo -- Fora que eu quero te mostrar algo, na verdade, para todos vocês -- desviou o olhar constrangido por encarar o Agatsuma com tanto afinco.

-- Tanjiro pode ficar perto de Inosuke por favor? -- O Kamado confirmou e se sentou em posição de lótus abaixo da sombra da árvore ao qual os amigos estavam.

Você se ergueu e segurou a espada na posição correta, fechou os olhos com calma inspirou, ao soltar o ar lentamente tudo ao seu redor parecia ter sumido em uma quietude, parecia que a natureza lhe dava o aval e assim atacou:

Flutuação, ataque único - punição divina

Todos ficaram boquiabertos e você caiu sentada com a espada deitada no chão.

-- Incrível Sn. -- Kamado.

-- Quê? Agutsunda progrediu! Preciso ficar mais forte! -- Inosuke se levantou. -- Vamos Kabuncado o Zuquitsu quer ficar sozinho com a fêmea dele. -- E assim arrastou Tanjiro montanha abaixo ouvindo reclamações e você que massageava as têmporas.

-- Preciso ensinar boas maneiras para aquele selvagem! -- Sussurrou enquanto Zenitsu se aproximava o pardal e os outros corvos haviam sumido.

-- Então desenvolveu uma respiração própria? -- Sussurrou te fazendo sorrir.

-- Só uma forma. -- Ele circulou seus ombros descendo os braços até estarem em sua cintura.

-- E foi brilhante. Nada impede que faça mais, eu tenho uma esposa muito forte! -- Repousou a cabeça em seu ombro direito.

-- Zenitsu eu estou suada e provavelmente fedendo. -- Se virou encarando os orbes âmbar e ele sorriu antes de tocar seus lábios.

-- Não me importo Sn.

-- Eu se disso, por isso vou me arrumar rapidinho e nos vemos daqui a pouco nesse mesmo local, pode ser? -- Você não conseguia disfarçar seu nervosismo e ele percebeu.

-- Fiz algo de errado Snzinha? Ainda é o que ocorreu não é? Olha -- ele se afastou esfregando a nuca: -- Eu sei que não te mereço, mas se me der uma chance eu provo que realmente mudei e que penso diferente, só não me deixa tá bom?

Você piscou diversas vezes e pôs a destra sobre os lábios para que ele não visse seu leve sorrisinho, depois embainhou a espada, se aproximou e entrelaçou a mão esquerda na dele.

-- Vamos, eu realmente quero te ver mais tarde. -- Deixou um beijinho na bochecha dele antes de se afastar e sumir rapidamente pelas copas das árvores, deixando o loiro extremamente confuso e desesperançoso.

"É hoje que eu viro solteiro!" -- Zenitsu apertou os cabelos, os jogando para trás sem saber o que realmente o esperava.


[...]


Já passava das quinze horas quando você se encarou no espelho, seus cabelos estavam presos em uma traça e vestia um uniforme parecido com o de Kanao, seu haori estava em seu corpo e um pequeno embrulho em suas mãos se apressou em pegar o embrulho maior e o levar consigo.

Ao travessar a mansão já do lado de fora o Agatsuma devidamente vestido te esperava.

-- Vamos esposa? -- Ofereceu o braço e a esquerda para que entregasse o que carregava e você aceitou a ambos seguindo assim até o ponto ao qual estavam da montanha, ao chegar você pediu para que lhe desse o embrulho tirando de lá uma toalha curta e forrando o chão não era grande o suficiente para se sentarem, mas servia para pôr o bento.

-- A senhorita Aoi foi muito generosa em me deixar cozinhar, então espero que goste. -- Sorriu.

-- Vindo de você Sn, saiba que já gostei. -- Ele segurou suas mãos e você sorriu antes de abrir a embalagem revelando *manjus e um canto de bambu junto a dois copos. Logo serviu e ele sorriu ao notar a delicadeza com que tudo foi feito e se sentiu um tolo por pensar que estava ali para acabar com ele.

-- Vamos prove me diga o que achou por favor. -- Sorriu de maneira graciosa e ele comeu um dos doces lentamente, o saber genuíno logo invadiu o paladar e ao provar o chá-verde, a combinação era perfeita. -- E então?

-- Uma delícia! Como tudo o que você faz agora prove. -- Ele levou um até a sua boca que apesar da vergonha aceitou de bom grado, sabia que estava bom, quase foi expulsa da cozinha por Aoi, visto que queria comer todos que preparou uma verdadeira formiguinha.

Depois de se recompor se aproximou dele e continuaram comendo sem falar, quando finalmente acabaram, arrumaram tudo e você olhou para seu marido mais uma vez:

-- Zeni por acaso esqueceu que dia é hoje? -- Ele te encarou confuso.

-- Snzinha do que está falando?

Suspirou impaciente, primeiro achando que o próprio marido era um cabeça de vento, depois por se recordar das palavras da sua tia e de sua mestra onde o tempo se perde mediante aos deveres e que apesar de todas a dor devemos continuar sem esquecer de viver o presente.

-- Sei que não é o momento para isso e que não devíamos pensar em algo tão trivial, mas eu não posso deixar passar em branco. -- Suas mais foram até o bolso da farda tirando de lá um lenço de pano dobrado como se fosse um embrulho de presente.

-- Feliz aniversário Zenitsu, abra por-favor e espero que goste. -- Ele te olhou algumas vezes antes de piscar e sorrir de maneira meiga, havia esquecido do próprio dia depois de tantas tarefas, confusões e principalmente pensamentos dúbios que insistiam em dizer que não te merecia e que ficaria solteiro e agora não tinha mais esse medo. Estavam sozinhos a uma distância segura da mansão borboleta contemplando o entardecer, o loiro abriu o embrulho pequeno se deparando com um colar com um pingente em formato de raio.

-- Pedi ao ferreiro que forjou a sua espada para fazer com a lasca que sobrou do material da sua lâmina, toque nele. -- Incentivou e assim o fez assumindo a mesma coloração da lâmina que porta e você sorriu com o pequeno pensamento: havia dado um presente único que faz jus ao seu dono.

-- Sn. -- Ele sussurrou atraindo o seu olhar, a cabeça no começo estava abaixada concentrada no colar, até que vis-à-vis te frustrou com a possibilidade de ter passado dos limites.

-- Você não gostou? -- Sua pergunta direta o fez se aproximar mais.

-- Gostar é pouco para o que eu quero dizer. -- E assim atacou seus lábios roubando um selinho e você se permitiu encostar a cabeça no ombro dele sentindo as carícias em seus cabelos enquanto continuavam a olhar para o céu crepuscular.

-- Me perdoe. -- Sussurrou contra seus fios. Desde que chegou a conclusão de que havia te magoado, toda vez que ficavam sozinhos pedia desculpas, não importa o quanto tenham conversado.

-- Eu já te perdoei Zenitsu, você parece ter aprendido a lição e se isso voltar a ocorrer, acho que não será necessário ter mais uma esposa.

Ele se espantou virando em sua direção e lhe segurando pelos ombros, com os olhos âmbar tão alarmados que chegava a lhe causar confusão.

-- Não Sn, eu não quero perder ninguém que amo, principalmente você. -- Seu coração pareceu esquecer como se bate ou sequer parecia bombear sangue conformes a frase ecoava por sua cabeça, estavam a mais de um ano juntos, porém, nunca definiram em palavras tais sensações.
O amor é o sentimento mais puro e belo que se pode ter a respeito de alguém com quem deseja compartilhar uma vida e você nunca parou para pensar se isso se aplicava a ele, não com cada letra dessa pequena e significativa palavra, mas, era só pensar em cada dia que passou ao lado dele, desde as noites mais embaraçosas aos momentos de apoio, dos dias triviais as conversas sérias que sabia sua resposta: você amava Agatsuma Zenitsu de todo o seu coração.

-- Sn. -- Ele lhe sacudiu levemente quebrando seu solilóquio e pondo um pouco de cor em suas bochechas.

-- Você está bem?

-- Sim. Acho que nunca estive tão bem assim. -- Sua resposta vinha do fundo de seu coração roubando assim um selinho do loiro e deitando na grama.

-- Então quer dizer que você me ama? -- Seu sussurro o deixou sem jeito e deitando ao seu lado ele respirou calmamente, a destra foi em seus fios esparramados pela grama e depois para sua bochecha, tocando-a calmamente antes de delinear seus lábios.

-- Eu amo tudo em você Snzinha. -- Sussurrou em seu ouvido se aproximando de sua boca e te fazendo de maneira voluntária fechar os olhos e ansiar por aquele beijo, ao qual lhe foi dado sem dizer uma única palavra em um ósculo repleto de esmero, a direita dele correu por sua cintura e em um movimento inusitado te puxou para o colo ficando deitada por cima e cortando assim o beijo.

-- Zenitsu! Não estamos em casa. -- O repreendeu e ele riu de leve, o loiro jamais comentaria que percebeu o seu receio toda vez que de alguma forma foi parar em cima de ti, seria deselegante e até mesmo poderia despertar sentimentos aos quais ambos desejam manter afastados, por esse motivo ele te manteve em cima e segurando em sua cintura.

-- Estamos sozinhos, querida e não estou fazendo nada de mais, só impedindo que o corpo da minha bela esposa toque o chão. -- Agora a destra desceu para a curvatura de seus glúteos e sua cabeça tocou o peitoral dele.

-- Você não te jeito Zenitsu é incorrigível! -- Ele sorriu largo quando se olharam nos olhos.

-- Quer que eu te tire daqui? -- A pergunta tinha como resposta um não, claro que você queria continuar ali. Estava confortável sentindo o cheiro dele e tendo a pele acariciada, entretanto, tinha vergonha que lhe vissem.

-- Sabe que podem nos ver. -- Apertou as bordas da roupa alheia.

-- Somos casados Sn e não há mal algum em estar com a minha esposa.

Após balançar a cabeça negativamente você concordou tomando as rédeas da situação e beijando o mais velho, sentindo as mãos inquieta que iam da cintura para o seu quadril apertando de leve como se quisesse memorizar cada pedacinho que tocava lhe fazendo arfar entre lábios, quando o ar lhes faltou você se endireitou sentindo um incômodo acima de seu baixo ventre e imaginou ser o cinto da roupa por isso se endireitou sentando ao lado dele notando Zenitsu se sentar rapidamente com o rosto extremamente vermelho, se aproximou tocando no ombro dele e o mesmo se afastou de leve:

-- O que você tem? Quer que eu chame alguém? -- Taí uma coisa que desconhecia, a famigerada excitação. A sua você achava que era só um calor exagerado sem entender a fundo, imagina se saberia lidar com a excitação masculina? Obviamente que não.
Zenitsu ao contrário, sabia muito bem o que o próprio corpo demonstrava e agora tentava manter-se sã.

-- Estou ótimo, apenas preciso respirar um pouquinho.

-- Tudo bem. -- Você não invadiria o espaço pessoal dele, sentindo sua pele levemente suada sem entender direito, OK, talvez estivesse na hora de mandar uma carta a sua mestra.

Após alguns minutos que pareceram horas, ambos se acalmaram e você repousou no peito dele desfazendo a trança dos cabelos para ser mais confortável, sentindo o deslizar macio por suas costas.

-- Temos que voltar.

-- Precisamos mesmo? -- Zenitsu reclamou em um muxoxo, você ergueu seu rosto deixando seus cabelos caírem em cascata pela lateral direita e os olhos dele brilharam.

Entenda, para o apaixonado Zenitsu Agatsuma, sua bela esposa Sn se assemelhava a uma deusa e não há mulher mais bela do que você na mente dele.

-- Sabe que sim. Amanhã teremos a convocação para a próxima missão. -- Suspirou satisfeita e ele se ergueu apoiando os cotovelos na grama.

-- Sabe Sn, quando estivermos livres, eu quero passar a noite com você. Ter pelo menos um dia inteiro de casal de verdade! -- Confessou.

-- Para que isso seja possível temos que exterminar todos os demônios, assim poderemos descansar e quem sabe até... Casar de novo.

Aqui ele ficou um pouco confuso, Zenitsu não sabia que você desejava ter um casamento tradicional, na verdade, a própria Sn não entendia de onde vinha esse desejo e com isso ganhou um belo sorriso do loiro que começou a te cobrir de beijos pelo rosto antes de finalmente tocar seus lábios, ele não diria a você, mas faria de tudo para que fosse completamente feliz ao seu lado e agora com a corrente devidamente colocada no pescoço ambos seguiriam para retornavam para a mansão borboleta.

*Manjus é um doce tradicional japonês  feito com farinha de trigo, açúcar, ovos, óleo de soja e recheado com doce de feijão azuki, podendo variar o recheio em laranja, chá verde etc.

Zenitsu - nascido em 03/09 signo virgem

Quem nasce com o Sol no signo Virgem pode se identificar com características como a objetividade e a organização. Virginianas e virginianos típicos costumam buscar constantemente a perfeição e identificar facilmente detalhes que passam despercebidos por todos os outros, essa é uma das características de Virgem mais admiradas.

Planeta regente - Mercúrio

A busca pela perfeição pode ser bem presente na personalidade de quem tem o sol no signo de Virgem. Naturalmente adeptos da praticidade, virginianas e virginianos podem melhorar sua auto-estima se sentindo mais úteis e produtivos. O nível elevado de autocrítica, porém, pode levá-los a subestimar seus próprios talentos com certa facilidade.

Virgem também é o signo mais leal com quem ama de verdade, familiares, amigos e nos relacionamentos amorosos. O amor de Virgem signo é baseado na verdade e na maturidade, quem tem muitos planetas neste signo pode demonstrar seus sentimentos de forma mais prática. Os cuidados com a saúde e com a higiene pessoal podem ser também características fortes que mostram a consciência da importância em se cuidar para viver bem, porém, em casos menos maduros, tendem a se manifestar como mania de limpeza ou de organização.

Fonte: personare.com.br

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