𝐗𝐈𝐈

Spoilers sobre o anime\mangá e distorção
de cenário para enquadrar a personagem.

Capítulo na visão da Sn e do Zenitsu, boa leitura.

A montanha Natagumo

Zentisu Agatsuma,

Eu estou muito confuso a respeito do que aconteceu, brigamos e conversamos, mas sinto que Sn está distante, mesmo que ela sorria para mim enquanto caminhamos em direção aos outros. Minha mente começou a divagar de maneira errada e tudo o que paira em mim é que ela vai me deixar. Ah droga vou ser largado pela minha mulher e a culpa é toda minha! Afinal de contas, eu surtei com Tanjiro a respeito de sua irmã, sendo que sou casado. Droga eu fui um péssimo marido! E a cada minuto que olho em direção a Sn me conscientizo do meu erro.

Por que raios ela se desculpou comigo quando não fez nada? Respirei fundo deixando meus anseios de lado e tentando focar somente nela, na noite anterior minha esposa estava triste e chorando, eu pude ouvir, quando fui até o quarto para me desculpar pelas minhas ações e agora eu compreendo que ela ainda não me perdoou.

-- Sn... -- Não consegui terminar de falar já que estávamos próximos dos outros e ela endireitou a postura, nos separamos enquanto ela sorria de maneira cúmplice para mim e só pude corresponder e não importa o que aconteça darei um jeito de consertar essa idiotice que cometi.

[...]

Sn Agatsuma,

Tudo começou quando encaramos a montanha, ela carregava uma aura pesada demais e no caminho até aqui nós viemos conversando e nos divertindo um pouco, mesmo que Zenitsu me olho de maneira estranha como se sentisse culpado e de certa forma eu imagino que ele esteja pensando a respeito do que fez e não posso sentar com ele para conversar, não agora quando temos um trabalho a fazer. Seu olhar me incomoda profundamente, pois, é como se ele gritasse que precisa me dizer algo.

Pisquei diversas vezes já que Inosuke estava tentando implicar comigo, até que teve a brilhante ideia de me desafiar e eu suspirei.

-- É proibido membros do kisatsutai brigarem entre si porquinho. -- Ironizei.

-- Suzene eu sou um javali! Então que tal uma queda de braço? -- Massageou minhas têmporas.

-- Inosuke pare de incomodar a Sn, não vê que ela não quer fazer isso?! -- Tanjiro tentou por juízo na cabeça dele, mas fazer o quê? Ele não tem!

-- Tudo bem, Inosuke eu faço com você, mas somente depois que suas costelas estiverem inteiras, do contrário me sentirei muito mal em ter que pegar leve para não te machucar mais. -- Pisquei o deixando incrédulo.

-- O QUÊ? SUA ZÉ! EU SOU MUITO FORTE, ESSES MACHUCADINHOS NÃO SÃO NADA! -- Suspirei e me aproximei dele, passando a mão em sua cabeça de porco, notamos fumaça saindo das narinas da máscara e me afastei, Inosuke ficou quieto.

-- E você não vai falar nada? -- Perguntei a Zenitsu que não tirava os olhos de mim e o mesmo só passou a mão em minhas costas.

-- Você ficou linda assim, seu quadril está maior Sn ou é só impressão minha? -- Sussurrou e meu rosto aqueceu.

-- É sério Zenitsu? Não é hora para isso! -- Ele riu de leve, apesar dessas palavras seu olhar deixa claro que não consegue me dizer o que quer. -- Quer saber, volte a calar a boca! -- Fiz um bico mínimo e ele riu e assim continuamos nosso trajeto até chegar ao pé da montanha com paradas regulares para banheiro e comida no meio do caminho.

-- O som que sai dessa montanha é asqueroso. É melhor ficarmos aqui. -- A voz dele fez com que todos o olhassem.

-- Zenitsu não podemos é a nossa missão. -- Informei.

-- E o cheiro? -- O Kamado estava levemente assustado -- O cheiro é terrível, pútrido e angustiante. Precisamos nos apressar!

-- NÃO TANJIRÔOO VAMOS ACABAR MORRENDO NESSA MONTANHA!

-- Zenitsu deixa de ser medroso, temos que ir! -- Massageei minhas têmporas

-- Anda Sujitsu é muito covarde mostrar medo na frente da sua fêmea. -- Eu vou ter que ensinar boas maneiras ao Inosuke!

Respirei pesado enquanto eles iam à frente.

-- Zenitsu eu não vou ficar aqui com você, existem pessoas que precisam da gente, então levanta daí e entra na montanha de uma vez!

Agora ele me encarava tremendo.

-- Sn. Não quero que vá sozinha. -- Um sorriso brincou em meus lábios, vou usar isso ao meu favor.

-- Já estou indo querido. -- Corri em direção à montanha e ele fechou a cara.

-- SN! -- Zenitsu ficou de pé e começou a correr também.

Andávamos 'tranquilamente' pelo local, estava tudo tão sereno que deixava nossos instintos em alerta, logo na primeira bifurcação ouvimos gritos de ambos os lados e encarei Tanjiro que parecia pensar da mesma forma, teríamos que nos separar e agir rápido, eu meneei para ele que simplesmente correu para a direita e fui para a esquerda. Zenitsu me seguiu a contra gosto e a nossa frente havia muitas teias de aranha, puxei minha nichirin e me preparei já que não é sábio tentar cortar uma por vez.

Respiração da natureza primeira forma, fúria verdejante.

Utilizando a respiração correta, varri tudo que estava a nossa frente correndo o mais rápido possível e não demorou muito para notarmos um monte de teias e casulos presos nela.

-- Tomara que estejam vivos. -- Me aproximei do primeiro enfiando a espada e o abrindo, lá dentro havia uma caçadora encolhido com a respiração muito fraca, aos poucos tirei desse invólucro venenoso e com cuidado o deitei no chão, aproximei meu ouvido para poder escutá-lo:

-- Socorro.

Seu sussurro fez meu coração disparar, apesar de ser uma caçadora "recém-habilitada" eu lidei com a morte a pouco tempo na mansão infinita, porém, dessa vez estou vendo-o morrer.

-- Por favor, não fale. Aguente firme. -- Ajeitei seu pescoço enquanto chamava por meu corvo que não demorou a aparecer. -- Precisamos de ajuda, tem que haver alguém aqui para ajudá-los!

-- CROC!KAKUSHIS ESTÃO A CAMINHO! FAÇAM O SEU TRABALHO PARA QUE ELES POSSAM REMOVER OS FERIDOS E OS MORTOS CROC!

Assenti meio nervosa notando que Zenitsu também abria os casulos, mesmo tremendo dos pés a cabeça e um a um fomos libertando os caçadores, infelizmente nem todos estavam vivos, mas, conseguimos contar vinte e um sobreviventes contra doze corpos. Eu queria os enterrar, rezar por suas almas e chorar como se fossem da minha família, estou tão triste e confusa com tudo isso que, ao mesmo tempo, em que eu, Sn Agatsuma sabia da carga de ser uma caçadora, me sinto uma completamente leiga ao lidar com a morte.

A destra de Zenitsu ainda tremia e agora repousava sobre o meu ombro, era um pedido mudo e por mim, completamente entendido.

-- Esse aqui deve ser um ninho, devemos ir. -- Ele afirmou.

-- Tudo bem, só espere um momento. -- Me afastei dele enfiando as mãos em meus bolsos, quando achei as glicínias que recolhi na mansão wistéria fiquei um pouco mais tranquila por termos colocado todos os feridos vivos juntos assim deixei as flores alternando, entre os corpos e as colocando presa em seus uniformes, poderiam ficar um pouco mais seguros enquanto eu procuro o desgraçado que fez isso.

-- Vamos! -- Comentei correndo para longe e Zenitsu me seguia, avançamos bastante até sairmos daquele local que mais parecia uma clareira grotesca, passamos por uma parte silenciosa demais e nem me dei conta quando empurrei Zenitsu.

-- CUIDADO! -- O loiro acabou ficando para trás enquanto eu esquivei por um triz notando alguns fios meus serem cortados por essa teia de aranha mortal e no topo de uma árvore uma oni ria da nossa cara.

-- Ah, sua maldita! -- Minha voz saiu mais alta do que de costume.

-- Vocês mexeram nos pertences do papai, agora vão me pagar! -- A oni se apoiou nos fios e me olhou tencionando seus dedos enquanto Zenitsu empunhava a espada tremendo, mas acabei não dando tempo dele atacar:

Respiração da terra primeira forma deslizamento

Acabei partindo a árvore ao meio enquanto a coisinha se esquivava, eu vou usar a forma mais letal que eu tenho para matá-la, sinto uma espécie de raiva me consumindo e tudo o que eu quero é me livrar desse sentimento ruim, acabando com os culpados por roubarem a vida de pessoas inocentes com um longo futuro pela frente, assim como fizeram com o meu irmão.

-- SN! -- Senti os braços de Zenitsu me puxarem para longe, me distrai tanto que não vi que ainda havia outro oni prestes a nos atacar.

-- Obrigada. -- Parei ao seu lado e lhe encarei convicta.

-- Sn não! -- Ele parecia ter entendido o que farei.

-- Sinto muito, mas não temos escolha. Cuida desse fracote que eu vou atrás daquela desgraçada e não se atreva a morrer!

Sem esperar por sua resposta me pus a correr por entre as copas das árvores subindo o máximo que pude, seria mais fácil de achá-la, no caminho ouvi estrondos e uma árvore caindo e parei, eu estou longe o suficiente de Zenitsu então essa deve ser oni que nos atacou e assim fui em direção ao barulho quando finalmente cheguei ao meu destino me deparei com Inosuke sendo golpeado fortemente por um oni enorme, seu corpo apesar de possuir uma estrutura humano sustentava uma cabeça de aranha e logo depois agarrou o Hashibira tendo o pescoço esmagando-o, segurei minha espada com força, eu preciso agir, não vou deixar que isso fique assim:

Respiração da natureza quarta forma espinhos envenenados

Como se milhares de espinhos rodassem por minha espada, eu parti para cima daquele monstro cortando seu braço e liberando Inosuke que caiu no chão atordoado.

Apontei a espada para ele que berrou antes de dor antes do braço crescer novamente.

-- Você não vai machucar mais nenhum dos meus amigos. -- O oni foi mais rápido do que previ me arremessando longe e o baque fez uma das minhas costelas quebrassem e eu ofeguei desviando do próximo ataque, me pondo de pé e correndo para longe.

Respiração da terra primeira forma, deslizamento

Ele desviou do ataque que partiu uma árvore ao meio

Respiração do trovão quarta forma - trovão distante

Vi o Kai treinar essa técnica por uma semana inteira noite e dia, mesmo que eu tenha a treinado a lembrança dele é a que permanece, agora é como se vários raios fossem em direção ao meu inimigo que desviou de praticamente todos exceto um que decepou seus dedos e ele os regenerou novamente avançado até mim que dei alguns pulos para trás observando o buraco que abriu no chão com um soco. Eu preciso de uma brecha para cortar seu pescoço.

Respiração da natureza quinta forma, escudo de madeira.

A espada aguentou o golpe do soco devido ao movimento de rotação em meio ao ataque que faz com que essa seja a defesa perfeita, como se o tronco de uma Paulownia ficasse a minha frente o problema é que com ele tão próximo eu não consigo atacar, só defender e para piorar Inosuke segue imóvel minha respiração ficou mais intensa enquanto tentava lembrar dos ataques que vi dentro daquele casarão.

Respiração do trovão terceira forma - zumbido do trovão

O oni recebeu vários ataques ao mesmo tempo, tendo que se afastar rapidamente enquanto meu corpo ressoava, droga, ficar trocando de uma para a outra no meu atual estado não está dando certo, mas não tenho muitas escolhas é matar ou morrer.
Novamente mudei minha respiração e empunhei minha espada.

Respiração da natureza primeira forma, fúria verdejante.

Parti para cima dele com tudo que agora me atacava novamente com seus braços eu ia cortar na mesma velocidade que ele os regeneração enquanto dava passos para trás e no meio da luta troquei para a sexta forma da respiração da natureza minha espada passou a milímetros do pescoço do Oni que em um pulo para trás conseguiu se safar intensificando ainda mais a pressão de seus músculos.

Respiração da natureza quinta forma, escudo de madeira

Ele veio contudo para cima de mim me arremessando do outro lado meu corpo bateu em um tronco largo porém minha espada resistiu.

Respiração do trovão segunda forma idama

Meus cinco ataques não fizeram o efeito esperado e ele conseguiu me pegar bati meus pés um no outro revelando as lâminas e as finquei em seu peito sem nenhum efeito o oni me segurou pela canela esquerda e começou a girar comigo até arremessar meu corpo Longe, batendo na madeira e caindo no chão cuspi sangue sentindo minha respiração descontrolar em meio a dificuldade, me levantei mais uma vez sentindo minha mão tremer e olhei para ele essa seria a minha última tentativa.

Respiração da natureza segunda forma Gympie.

Como se vários frutos venenosos se formassem ao redor da espada e se dispersassem em forma de ataque eu a manejei, essa ataque me permite atacar dezoito vezes de uma vez é a forma mais forte da respiração da natureza, porém a mais difícil de ser executada. Nem mesmo a Hahsira que a desenvolver chegou ao seu número total alcançando ao máximo doze cortes.

Respirar doía muito mais eu preciso continuar, tentei manter a constância enquanto realizava e aqui se dava mais uma batalha com ele socando minha lâmina e tendo seus braços cortados em alta velocidade e precisão, conforme eu o fatiava e me aproximo de seus ombros no meu décimo corte meu corpo todo travou e eu caí imóvel no chão, como se meu corpo sufocasse pela falta de ar eu comecei a buscar por ele ofegando cada vez mais até que comecei a cuspir sangue e percebi que o corpo do oni aranha se desfazia lentamente, finalmente acabou. Minha calma imediata foi substituída pela dor e para completar pode ver claramente alguém se aproximar e quanto mais próximo, entendi que era um oni não tão grande quanto o anterior, mas claramente forte para o meu atual estado, tentei pegar minha espada porém não consegui a empunhar e observei seu punho se fechar, ele provavelmente vai me socar até a morte, mas tudo acabou em questão de segundos, primeiro ouve um corte em seu braço e depois outra forma da respiração da água foi executada o despedaçando por completo e no fim eu não pude fazer mais nada, minha respiração cada vez mais dificultosa deixando claro que provavelmente morrerei sufocada e meus olhos estão pesando tanto.

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"Ele corria tão feliz ao meu lado e tudo o que fazíamos parecia tão certo e sem sentido, olhamos para as flores e acabamos por rolar na grama.

-- Olha mana eu ainda vou lhe dar essa flor -- A voz de Washi parecia tão nítida em meio ao ambiente embaçado.

-- Mana, eu vou me tornar o melhor espadachim. -- Eu não consegui lhe responder, nem mesmo lhe enxergar e de repente tudo ficou escuro, eu não via seus enormes orbes castanhos e sorriso doce.

Tudo ao meu redor tremeu, mudando para noite, eu via presas brancas, um sorriso terrível e sangue, muito sangue.

Até que ouvi meus gritos."


-- Se acalme, você está segura. -- Minha respiração estava desregulada e percebi que segurava minhas vestes, olhei para baixo notando ser uma roupa diferente e me encolhi na cama abraçando meus joelhos e enterrando meu rosto ali, tentando estabilizar minha respiração e conter as lágrimas que não paravam de descer ao qual nem percebi que estavam presentes, eu apertei meus joelhos tentando afastar as lembranças que a cada minuto pareciam mais fortes.

Infelizmente eu me recordei tudo.

Liberei o primeiro capítulo do imagine do Douma chamado Corte infernal

Também há um concluído no meu perfil chamado Unsainted - Douma.

Reativei a fic do Gyutaro - Até o mundo esfriar e  há uma concluída chamada Chocolates para Gyutaro, além de outros imagines de Kimetsu no livro imagination

Até a próxima ❤️

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