𝐈𝐈𝐈

Fragmentos

Sua respiração estava levemente alterada devido ao treino, no início você achou que não teria aptidão física para isso, mas, o senhor Kuwajima Jigoro lhe convenceu do contrário, segundo ele você possui-a muita raiva e os treinos poderiam lhe ajudar.

-- Senhor Kuwajima prefere chá verde ou branco? -- Perguntou, você cozinhava há muitos anos devido aos seus pais sempre em crise então, cozinhava para seu irmão e para si mesma quando sua falecida mãe jazia entregue a tristeza do lar.

-- Não se preocupe com isso querida Sn. -- Você sorriu, ele te tratava com tanto carinho e respeito que realmente sentia-se confortável com a presença masculina.

-- SNZINHA você vai fazer um chá para mim também? -- Zenitsu sorriu para ti que revirou os olhos, o achava um atirado.

-- Óbvio que sim, branco para o vovô, verde para nós três. -- Foi direta, apesar de estar casada com Zenitsu há meses ainda não conseguia o olhar com tranquilidade quando ele tratava desse jeito. -- Vou chamar o Kai para o chá.

-- Kai? Eu que sou o marido e o Kaigaku que ganha um apelido? -- Zenitsu sussurrou fazendo um bico que para muitos seria fofo, já você só via como birra e pode ouvir quando Jigoro advertiu o jovem aprendiz que deveria ter paciência enquanto você só queria fugir dessa situação, mesmo que eles lhe tratassem melhor que seus familiares. Passando pelo jardim em silêncio observou o aprendiz dado como promissor treinar uma das formas do trovão e se manteve em silêncio, o conhecia por tempo o suficiente para saber que não gostava de ser interrompido como qualquer outro ser humano quando está concentrado.

-- Sn o que faz aqui? -- Ele deixou a espada de madeira sobre o assoalho.

-- Preparei um chá para todos e está quase pronto então vim chamá-lo.

-- Não precisa dessa cordialidade. -- Você deu de ombros ao ouvi-lo.

-- E nem dessa hostilidade, fiz chá verde para você, mas se não quiser eu bebo o seu. -- Revirou os olhos e ele sorriu de leve, mesmo que não assumisse gostava da sua presença.

-- Pirralha petulante. -- Se aproximou enfiando a mão no bolso e jogando algo para você. -- Passei no vilarejo mais cedo e achei a sua cara, já que foi desgraçada o suficiente para se casar com Zenitsu. -- Se afastou te deixando sozinha e você abriu a mão vendo um pequeno Kanzashi com uma flor vermelha muito bonita e não pensou duas vezes em soltar seus longos cabelos e os arrumar em um coque novamente apenas para prender a flor na lateral esquerda acima ficou tão bonito e delicado que você não pode evitar de comparar as atitudes dele para contigo como a de um irmão mais velho e isso só mostrava o quanto ainda está fragilizada. Ao retornar para a mansão do ex-hashira do trovão notou que Kaigaku havia tomado o chá e voltado a treinar, Zenitsu estava no jardim e Jigoro na varanda, quando passou pelo mais velho o mesmo lhe olhou atentamente antes de observar o loiro silencioso no jardim.

-- Tome cuidado com o Kaigaku Sn, ele tende a machucar os outros com muita facilidade. Seu chá está com Zenitsu. -- E assim se levantou antes de deixá-la sozinha, você foi até o loiro o notando segurar seu copo envolto em um tecido.

-- Eu guardei para você, assim não ficaria frio.

-- Obrigada. -- Se sentou ao lado dele que te olhou seriamente.

-- Sabe Sn se não gosta de estar aqui por que aceitou se casar comigo? -- Ele encarou as nuvens te deixando incrédula.

-- Zenitsu por acaso esqueceu o que aconteceu? -- Tomou o chá calmamente. -- Você e minha tia entraram em um jogo que não conseguiram dar conta, esqueceu tudo o que rolou na taverna e em como fomos enganados? E sinceramente estar aqui não é ruim. -- Ele sorriu te olhando e você desviou o olhar fechando os olhos.

-- Certo, ano que vem estaremos mais velhos então poderemos ter nossa casa e uns filhos e...

-- Como é? -- Você segurou no haori dele o sacudindo de leve. -- Zenitsu isso nunca vai rolar entendeu? Vamos nos tornar excelentes caçadores e não teremos tempo pra esse tipo de coisa. Fora que eu não quero. -- sussurrou.

-- Não quer o quê? -- Ele ficou levemente confuso.

-- Nada que lhe diga respeito, agora vou até o vilarejo ver minha tia. -- Se afastou agradecendo por ter mantido o chá quente.

-- Espera eu te levo! -- Seu rosto esquentou só de imaginar que sua tia iria os encher de perguntas.

-- N-não precisa.

-- Eu prometo que não entro lá tudo bem? -- Sabia que ele iria de qualquer forma e para evitar constrangimentos suspirou aceitando, Zenitsu levantou rapidamente pedindo para você o esperar e sumiu de vista, você colocou os pés para fora do assoalho e se pôs a balançar, pensando em como sua vida havia mudado em um ano e seis meses apesar de todo o sofrimento que passou sentia que havia encontrado um pouco de paz em meio a mansão do trovão. -- DESCULPA A DEMORA SNZINHA. -- A felicidade de Zenitsu lhe comovia, às vezes. -- Eu trouxe para você, parece com o meu e como você também treina com o vovô, pensei que gostaria de um. -- Ao abrir viu um haori igual ao do loiro só que longo ao ponto de usá-lo como um quimono.

-- É muito bonito. Obrigada. -- O loiro ficou extremamente envergonhado por sua atitude que apenas vestiu a peça por cima do quimono lilás que usava, não era uma combinação que se diga uau, mas o gesto valia muito á pena para desperdiçar e sem dizer uma palavra ambos saíram da casa de Jigoro, no caminho Zenitsu tentava te alegar contando sobre situações cômicas que passou durante os treinos e você apenas dizia que ele precisava melhorar.

-- Assim você parece o vovô falando. -- Ele comentou.

-- O senhor Kuwajima tem muita fé em você, não creio que ele se esforçaria por alguém que não vale a pena Zentisu então continue tentando e não o decepcione. -- Seu sorriso era sincero ele apenas retribuiu, não havia como expor os pensamentos de que se sentia insuficiente diante de tanto ensinamentos. -- Bom chegamos.

-- Tem certeza de que ficará bem? -- Você assentiu. -- Posso vir buscá-la se quiser e...

-- Não precisa, mas sei que virá da mesma forma então apareça daqui a três horas. Só quero verificar se ela não está metida em problemas com álcool ou jogos. -- O loiro concordou e se despediram com um curto aceno antes de adentrar a taverna e notar sua tia limpar o balcão sorrindo e parando ao te ver.

-- Minha querida! -- Ela deixou o pano sobre o balcão e foi até você te abraçando.

-- Precisa de ajuda? -- Perguntou retribuindo o carinho.

-- Desde que se tornou uma Agatsuma quase não tenho tido muitos clientes. -- Ela dramatizou e você revirou os olhos.

-- Ah é tia e de quem foi a culpa? -- Colocou o avental para ajudá-la ciente de que a mesma se faria de vítima.

-- Sn ex-Himura deveria me agradecer por conseguir um casamento com um bom partido para você! -- Colocou a mão no peito, fingindo estar ofendida.

-- Ah claro tia. Afinal de contas todas as jovens de dezesseis anos e meio sonham em estar casadas com um desconhecido. -- Ironizou enquanto ia até a cozinha encher as canecas de bebida.

-- Sn não pode ser tão ruim, aposto que o loirinho é um bom marido. -- Você suspirou, primeiro que não dava para falar com ela, segundo que nas tradições de sua família você deveria se casar entre os dezessete/ dezoito, mas nunca almejou isso e terceiro que a escolha não foi uma opção.

-- É... Ele é mediano. -- Respondeu de maneira desconfortável.

-- E esse belo prendedor de cabelo além desse kimono belíssimo hein? -- Avaliou a situação e preferiu não responder. -- Foi ele quem te deu não foi? -- Apenas concordou e ela bateu as mãos em felicidade. -- Então Sn, vocês são jovens estão se conhecendo e tem muito tempo pela frente e só pelo desespero do garoto em te salvar sei que ele será um marido e um homem incrível.

Você passou a mão em seu rosto.

-- Tia temos dezesseis anos.

-- Eu tinha essa mesma idade quando me casei, pena que seu tio veio a falecer, cinco anos depois. -- Ela suspirou.

-- Será que podemos mudar de assunto?

-- Claro, prefere falar sobre o quê, coito, bebês ou ambos? -- Seu corpo praticamente bateu na bancada com tais perguntas.

-- Tia! Se a senhora continuar eu juro que vou embora.

-- Sn você está muito arisca sabia? -- E assim continuou limpando o balcão.

-- Titia como anda a jogatina aqui? -- Desconversou e ela suspirou.

-- Quase não tem, o seu sogro acabou com tudo. -- Sua tia virou um pires de saquê antes de retornar para a cozinha preparando alguns dangos.

-- E isso é bom não é?

-- Pra quem Sn? Veja bem, sou uma viúva cuja a única diversão é jogar! Então estou sem muitas opções. -- Você balançou a cabeça em negativa certas coisas jamais mudariam.

-- Podemos pensar em algo para lhe divertir. -- Foi até o balcão da frente servindo as bebidas pedidas.

-- Que tal me dar sobrinhos? -- E lá estava você revirando os olhos novamente. -- Tá bom, vamos falar de comida então.

Ai sim um tema que lhe agradava bastante, a conversa passou a ser tranquila enquanto ambas administravam o bar e a cozinha. Ao fim do entardecer se despediu de sua tia, sabia que Zenitsu estava vindo e de forma alguma queria que ele adentrasse afinal é provável que a Himura os faça dormir na própria casa apenas para puxar o saco do Agatsuma dizendo como ele tem sorte de ter se casado com você. Seus passos foram até seu antigo quarto onde pegou um dos livros que sua tia havia lhe dado e depois de um banho vestiu o haori como kimono além de guardar as roupas suadas, os cabelos bem penteados em uma trança com o kanzashi de enfeite, colocou as roupas sujas na bolsa e fui em direção a saída, decidiu que aguardaria o Agatsuma na frente da Taberna na esperança de sua tia não os ver, porém era tarde demais, Zenitsu não se atrasou e sua tia desconfiou por ter feito uma escolha tão meticulosa e ficou observando, assim que viu os fios loiros largou o balcão e se arrumou apenas para ir até vocês.

-- Desculpa a demora. -- Zenitsu comentou.

-- Não teve, você chegou na hora certa. -- Ele sorriu se aproximando e segurando em sua mão ao qual você recuou de maneira áspera em uma reação natural.

-- Me desculpe.

-- Tudo bem, também peço desculpas pela forma como agi, será que podemos ir? -- Ele Assentiu e antes de saírem a porta foi aberta .

-- Nem pensem nisso! Sr e Sra Agatsuma está tarde, o antigo quarto de Sn está disponível então peço que entrem, comam comigo e passem a noite aqui me sinto muito sozinha.

-- Não.

-- Não seja tão cruel Sn, sua tia parece precisar de você. -- Sua sobrancelha arqueou, desde quando Zenitsu ia contra a sua opinião por causa de uma mulher mais velha? Aí tem. A mais velha do seu clã seguiu com um sorriso pelo salão enquanto ambos os jovens ajudavam com o limpeza e organização das mesas no fim do expediente da taberna. Zenitsu sorriu achando a dinâmica bem calma e principalmente por estar com você, o loiro adorava belas mulheres e ter uma só para si, de certa forma. Quando acabaram a refeição foi servida e você respirou fundo vendo Zenitsu sorrir ao lado de sua tia.

-- E então Zenitsu, a Sn está sendo uma boa esposa? -- O loiro parecia meia envergonhado, porém respondeu com um curto sorriso.

-- Ela é ótima, sempre preocupada durante nossos treinos. -- Ele comentou fazendo sua tia sorrir abertamente.

-- E ela está sabendo lidar com as tarefas domésticas? Vocês são um casal tão bonito, vou adorar ter sobrinhos. -- Sua tia ia de zero a cem era muita informação até mesmo para Zenitsu.

-- Tia!

-- Ah Sn só é uma pergunta, eu sei que você é ótima com as tarefas domésticas. Mas eu quero saber mais. -- Apoiou a mão na mesa e você se levantou.

-- Se continuar com essas perguntas indevidas eu vou embora agora.

-- Está bem. -- Fez um beicinho mínimo que te fez sorrir e Zenitsu também. A conversa a seguir além de confortável foi a respeito de comidas e possíveis mudanças na taberna, quando acabaram você lavou os pratos e Zenitsu ajudou a secar enquanto sua tia guardava a louça dizendo que fazem o casal mais bonito que já viu e agora seguiam para os fundos onde a casa de sua tia ficava.
-- Tenho kimonos mais confortáveis vou buscar para vocês, Sn não seja tímida e apresente a casa ao meu sobrinho. -- Piscou e você balançou a cabeça conforme andava pelo local:

-- Perdoe minha tia ela é animada demais para certos assuntos.

-- Eu gosto dela tia. -- Você revirou os olhos, no fundo achava ambos muito parecidos.

-- Bom aqui é o meu antigo quarto, nada tão glamouroso quanto a mansão do trovão mais vai dar para passarmos a noite.

Você olhou para Zenitsu e a face dele tinha mudado:

-- Quer dizer que vamos dormir juntinhos Sn? -- Ironizou com um sorrisinho malicioso se aproximando de você.

-- Zenitsu eu juro que se você encostar em mim eu vou amassar a sua cara! -- Ele riu de leve.

-- Tudo bem Sn, eu me contento em dormir com você. -- Seu rosto ficou quente e você desviou o olhar, sua tia foi muito sacana em não deixar um futon extra, se bem que você achou estranho o tamanho do futon em seu quarto e então um estalo ecoou em sua cabeça: sua tia tinha planejado tudo isso.

A porta do quarto foi aberto e a mulher passou segurando dois kimonos verdes claros com o símbolo do clã Himura e você sorriu.

-- Esses são os kimonos tradicional de descanso do meu clã, espero que não se incomodem.

-- Só dá senhorita ter feito esse esforço já é mais do que nobre. -- Seus lábios se juntaram em um bico fofo ali ouvir o Agatsuma em um misto de ironia e vergonha alheia.

-- Ah Sn não fica assim, vai fazer com que Zenitsu se apaixone mais ainda. -- Piscou. -- Bom há um banheiro no corredor e outro no meu quarto, fiquem a vontade. -- E assim se retirou, Zenitsu seguiu para o banheiro do corredor enquanto você apenas encostou a porta do quarto, retirou as vestes e colocou o kimono dado por sua tia, fazia anos que não usava algo com o símbolo de seu clã, respirou sobre o tecido sentindo o cheiro gostoso de tulipas que sua tia costuma colocar quando lava as peças, seus fofos desfizeram a trança após dobrar suas roupas e agora tirava o prendedor e mantinha em seus dedos, não entendia o por quê de Kaigaku ser tão "amável" com você, sempre se preocupando mesmo que dissesse que não ou que fosse inútil se importar com os outros, no fim ele estava lá para lhe perguntar se estava com frio após treinar a noite toda, te levava guloseimas fora de hora e acima de tudo havia lhe dado um presente mesmo dizendo que não era a ideia. Sua mente divagou, no fundo sentia que estavam se tornando bons amigos e suas lembranças caíram por terra ao ouvir as batidas na porta e dizer para entrar, Zenitsu pediu licença e observou quando o prendedor de cabelo foi posto sobre seus trajes.

-- Foi meu 'irmão' quem te deu isso não foi? -- O loiro de aproximou se sentando ao seu lado, Zenitsu não sabia como te explicar que não gostava da proximidade que tinha com Kaigaku, principalmente por ele sempre estar no posto de rival, para o loiro Kaigaku fazia de propósito e no fundo sentia que ele estava se interessando por você. A cabeça do Agatsuma insistia em gritar que talvez você também estivesse interessada pelo mais velho e que ele seria melhor pra você, sempre se menosprezando de uma maneira tão natural que nem se dava conta dos pequenos detalhes, quando como por exemplo você ficou com febre após dias intensivos de treinamento, mesmo com o mestre pedindo para você pegar leve, não conseguia, algo dentro do seu coração exigia que se superasse a cada tentativa e quem cuidou de você todo esse tempo foi seu marido ou quando passou mal durante uma seção de treino físico fazendo Jigoro acreditar que estava grávida e socar fortemente Zenitsu, que afirmou jamais ter tocado em um fio de cabelo seu, seus dias com ele desde que se juntou a pequena família do ex Hashira do trovão eram assim, regados de conversas e treinos além de sorrisos que você dava devido as curtas peripécias de Zenitsu.
E agora seus olhos se fixavam nele enquanto fazia um coque nos cabelos:

-- Foi sim, um pouco antes de você me dar o Kimono. -- Sempre direta o observou cerrar os punhos.

-- Droga. -- O loiro sussurrou baixinho mas você escutou, o observando melhor, Zenitsu não falaria em voz alta mas estava com raiva pois Kaigaku sabia que ele lhe daria o kimono e se adiantou entregando esse pendente e isso fez com que Zenitsu entendesse que ele apenas queria apagar a surpresa de seu presente.

-- O que foi Zenitsu? -- Ele desviou o olhar envergonhado, seus lábios formando uma negativa leve e o olhar desconfortável para não dizer entristecido.

-- Você está apaixonada por ele Sn? -- A pergunta direta te assustou.

-- Zenitsu que pergunta é essa?

-- Eu sei que não é apropriado questionar os sentimentos de uma dama, mas você é a minha dama entende? Então eu preciso saber. -- Se afastou lentamente.

-- Você acha que eu estou apaixonada pelo Kai? -- Revirou os olhos.

-- E não é? Ele até ganhou um apelido. -- Você levou a mão a frente dos seus lábios contendo o leve sorriso, de certa forma o sentimento atual do Agatsuma te lembrava do seu irmão quando estava com ciúmes...

Ciúmes, essa palavra ficou na sua mente. Não é um costume seu analisar os sentimentos dos outros, respirou fundo sentindo o coração bater mais forte pelo que faria: sua destra foi em cima da mão dele que estava na cama e a segurou tendo atenção completa dos olhos dourados que se prendiam nos seus.

-- O Kai é um amigo e se o apelido te incomoda muito eu posso retirar ou t... -- Zenitsu não sabia com você reagiria mas o impulso foi mais forte que ele, a mão livre correu por sua nuca enquanto ele tocava seus lábios de maneira casta por reflexo seus olhos se fecharam por reflexo assim como os dele e ao se afastar abriu lentamente se dando contando ocorrido. A primeira coisa que você fez foi colocar os dedos na frente de sua boca tocando os seus lábios os sentindo formigar, nunca havia sido beijada.

-- AH ME DESCULPA EU NÃO DEVIA TER FEITO ISSO. -- Você ainda estava estática.

-- SN EU POSSO IR EMBORA, É ISSO! EU VOU EMBORA AI VOCÊ VAI FICAR BEM. -- Você segurou na mão dele balançando a cabeça.

-- Zenitsu para de gritar, ou a minha tia vai pensar o que não deve e vamos ser interrogados pela manhã! E está tudo bem. -- Você sorriu de leve ainda sentia seu corpo todo tremer e seu coração bater mais forte. -- Bom vamos dormir?

Zenitsu estava confuso e quieto, mas não negaria deitar ao seu lado, ele estava confuso se você gostou ou se o mataria e de fato você gostou muito do contato, mas não conseguiria dizer, não agora. Ambos se deitaram em seus respectivos lados do futon e se cobriram, Zenitsu virou em sua direção.

-- Boa noite Sn. -- Você virou de costas para ele antes de responder.

-- Durma bem Zeni. -- Não fez questão de se virar então, tão pouco veria as bochechas vermelhas do Agatsuma e o sorriso nos lábios dele de ter sido correspondido.

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