𝐗𝐕𝐈𝐈

Há um curto spoiler da atual temporada\mangá e um pouco de fofura.

Imagem meramente ilustrativa, capítulo pré-revisado

Simplesmente Agatsuma

– Mas o que está acontecendo aqui? – No primeiro momento Zenitsu não ouviu sua voz devido ao fato dele e Tengen estarem praticamente se engalfinhando. O Hashira ao qual você ainda não conhecia estava a ponto de enforcar o seu marido que batia no pulso dele.

– Seu pervertido desgraçado! – E assim o Agatsuma levou um soco na boca do estômago após o hashira o soltar.

– Eu? Você tentou conseguir uma quarta esposa! COMO OUSA SEU CRETINO, VOCÊ TEM ESPOSAS DEMAIS! E AINDA DEIXOU A SENHORITA IZUMI COM VERGONHA MALDITO. – Dessa vez ele estava apenas sendo cavaleiro.

Sua respiração pesou enquanto trocava um olhar com Genya, que jazia tão confuso quanto você.

– Zenitsu. – Bastou que dissesse o nome dele para que ele se calasse e virasse a sua procura. As muletas que antes estavam apoiadas na outra cama, foram pegas e assim ele foi em sua direção, você manteve a expressão séria e continuou com os braços cruzados, ao chegar perto ele largou o apoio esquerdo e pouco se importou com aqueles presentes te puxando pela cintura e lhe abraçando fazendo com que Genya desviasse o olhar com o semblante extremamente rubro.

– SN!

– Hei moleque! Larga essa garota agora! Você não pode sair por aí agarrando as pessoas porque está desesperado! – O Hashira sentou na cama e algumas mulheres adentraram o local.

– Mestre Tengen! – A voz em uníssono e Zenitsu que não te soltava, apenas fechou os olhos sorrindo.

– Era melhor ter ficado na floresta. – O sussurro veio de Genya e você sorriu minimamente, realmente estavam criando muita confusão.

– Escuta aqui Hashira, ela é a MINHA ESPOSA! – Berrou e você só enfiou o dedo no ouvido que estava próximo a boca dele.

– Não. Como isso é possível? – A voz de Tengen suavizou enquanto as esposas verificavam como ele estava.

– Genya vamos entrar. Aqui acabamos por atrapalhar a passagem. – Você comentou.

– Eu vou atrás da senhorita Kocho.

– Então te vejo mais tarde. Se recupere! – Ele revirou os olhos mantendo a pose de mal-encarado, sendo que nos meses que passaram em missão por mais de uma vez ele demonstrou seu outro lado, principalmente quando você cozinhava nas noites em que acampavam floresta adentro. Zenitsu olhou tal interação e ficou com uma péssima impressão.

– Você também, vê se não quebra nada Sn. – E assim o Shinazugawa sumiu e seu olhar foi até o rosto do loiro que repousava em seus seios devido a se apoiar na muleta.

– Seu cabeça de mochi! – Você beliscou a bochecha dele de leve. – Está hospedado aqui nesse quarto? – Perguntou curiosa.

– Não. Vim ver como aquele desgraçado estava.

– Zenitsu! Olha o respeito, ele é um hashira! – O prateado encarava vocês.

– Então quer dizer que não estava mentindo. Como um garoto feio conseguiu uma esposa tão bonita? – Você ficou envergonhada e Zenitsu a ponto de continuar com a provocação ao hashira, entretanto foi impedido por você:

– Zenitsu vamos descansar. – Sussurrou e ele olhou para você, percebendo que provavelmente essa foi a sua primeira parada ao adentrar a mansão da Kocho.

– Claro Snzinha. – Ambos saíram em direção ao corredor com Zenitsu te guiando até o quarto em que estava para só então ter um tempo com ele.

– O que aconteceu nesse tempo que estava em missão? – Se referiu as pernas enfaixadas e o uso da muleta.

– Ah isso? – Ele coçou a nuca – Eu não lembro direito, apenas acordei assim e surtando. – Falou de maneira descontraída se sentando na cama e você se aproximou, tendo a cintura puxada por ele e ficando entre suas pernas. – E você como foi sua missão?

– Bem, tinham muitos onis e fizeram um bom estrago em dois grupos de caçadores que foram enviados antes de nós. – Alisou os fios dele sorrindo minimamente. – E como estão os outros?

– Bom, desde que chegamos Tanjiro está dormindo, Inosuke já está recuperado e eu também, minhas pernas foram quebradas e dentro de dois dias vou tirar o gesso.

Você riu sem mostrar os dentes, havia uma sensação de alívio em sua alma e ela transpassava para seus lábios facilmente.

– Que bom que todos voltaram bem eu... – Parou de falar pelo ao fato de Zenitsu ter te abraçado e estar com o rosto pressionado em seus seios devido à diferença de altura por estar sentado e estava claro que não te deixaria tão cedo, assim suas mãos retribuiriam o contato fazendo carinho nos fios dele.

No fundo, você ficou tão feliz por vê-lo e saber que todos estão bem que sua adrenalina subiu ao ponto de se esquecer que ainda há veneno em seu corpo e agora seu corpo parecia relaxar ao ponto de sentir uma sonolência tremenda e aos poucos foi amolecendo sem entender já que os kakuchis haviam feito os primeiros socorros e sem perceber tudo ficou escuro.

Zenitsu sentiu a mudança em ti e a preocupação tremenda no semblante dele ficou evidente ao te ver tão imóvel.

– SN! SN?! – A voz estridente do loiro não fez a menor diferença e não tardou para que a porta fosse aberta por Aoi enquanto ele te colocava deitada na cama.

– Que gritaria é essa Zenitsu?

– É a Sn, ela não responde – O loiro passou a mão em sua testa para verificar a temperatura e notou que estava suando muito.

– Droga. Ela veio com o Genya não foi? – A Kanzaki olhou para você se aproximando.

– Se refere ao cabeça raspada? Se sim, eles vieram juntos.

Aoi saiu do quarto rapidamente deixando Zenitsu apreensivo secando sua testa com a manga do pijama e ao retornar Naho trazia consigo toalhas e faixas, a Kanzaki puxou sua saia para cima revelando suas coxas.

– MAS O QUÊ? – Naho tratou de puxar Zenitsu para fora, o empurrando para o corredor enquanto isso Aoi analisava o corte em uma das suas coxas, nada muito fundo e suturado pelos Kakuchis.

– Provavelmente o medicamente exigia que seu corpo estivesse calmo para extinguir o veneno em um curto período, mas fui informada que você cismou em vir andando e ainda por cima estava com o Agatsuma encrenqueiro. – A garota respirou fundo, te olhando calmamente. Tinha um corte em um de seus braços também, entretanto parecia mais tranquilo do que o outro ferimento e mesmo assim ela tratou de ambos enfaixando a ferida recém-aberta e limpando seu suor com as toalhas. Depois seguiu para o lado de fora dando de cara com Zenitsu apoiado na porta.

– Já posso vê-la? – Ela revirou os olhos.

– Se der um pio vou chamar reforços para te arrancar desse quarto entendeu?

Ele se espantou, mas, manteve o olhar em ti.

– Claro Aoi-chan.

– Não me chama assim!

"Credo que garota estressada é pior do que a minha mulher com raiva, se bem que Sn com raiva fica tão linda." Ele pensou antes de retornar para o quarto e como você estava dormindo, decidiu que esperaria até que acordasse.


[...]


Seu corpo doía um pouco, levantou aos poucos vendo o local escuro e ao se mover sentiu os fios de Zenitsu perto de ti. Foi aí que se deu conta da posição dele, o loiro estava sentado em uma cadeira e deitado com a cabeça na cama a descansando sobre os braços cruzados. Tão bonito e singelo que você não resistiu em afagar os fios e deixar um beijinho na testa dele.

– Já acordou? – A voz, no entanto, te deixou um pouco envergonhada pelo que havia feito.

– Desculpa, eu não queria te acordar. – Ele sorriu para você olhando em seus olhos.

– Sn, você é a minha esposa, pode me beijar o quanto quiser.

Seu rosto mudou de conta e ele riu de leve.

– E-eu vou tomar um banho. – Você pulou da cama.

– Não corra esposa, acabou de ser medicada, vou te esperar para jantar. – Assentiu antes de se retirar e ir até o quarto que havia ficado, pegou uma peça íntima limpa, achando uma graça que as meninas haviam deixado um pijama limpo para você sobre a cama e assim segui para o quarto de banho adentrou a água pensando nos sonhos que teve na floresta e em como seu coração disparou ao saber que todos estavam bem, mesmo confiando que voltariam inteiros, poder comprovar tal fato com seus próprios olhos era realmente reconfortante.

Um pequeno cochicho chamou sua atenção e só então notou que não estava sozinha.

– Senhorita Kocho? – Sussurrou.

– Ara-ara não precisa ficar assustada Sn, eu não mordo. E que bom que está bem. – Sorriu.

– Sim, foi graças as suas meninas. – Desviou o olhar – Preciso agradecer.

– Se quer mesmo, continue dando duro e matando os onis e protegendo aqueles que não podem e merece. – Sorriu enquanto fechava os olhos e em sua percepção a hashira acabara de afirmar que nem todos os humanos mereciam ser salvos, você preferiu ficar quieta do que contestá-la, principalmente por que, no fundo, concordava com ela.

– Bom vou deixá-la ainda preciso conversar com um certo hashira e suas três esposas.

O restante do seu banho foi silencioso e após estar vestida foi de encontro a cozinha dando de cara com sua refeição e a de Zenitsu embalada ao qual levou para o lado externo e se sentando próximo ao jardim você e loiro comeram tranquilamente.

– Eu espero que nossa próxima missão seja em conjunto – Zenitsu havia deitado em sua coxa.

– Acho que tudo bem se formos juntos, estou com saudade de cumprir missões com vocês. – Seu sorriso sincero era a coisa mais bela do mundo e Zenitsu suspirou.

– Em dois dias, Sn, eu vou estar livre desse gesso e aí poderei realmente matar a minha saudade de você. – O sussurro fez com que pigarreasse de maneira desconcertada e procurando mudar de assunto se recordou da cena que presenciou mais cedo.

– Zenitsu o que aconteceu para você estar brigando com o senhor Hashira? – Sua pergunta fez com que ele se levantasse um pouco vermelho.

– Bom... Ele meio que não acreditou que eu sou casado, aquele extravagante disse que era impossível devido a minha personalidade. O que ele quis dizer com isso?! – Você controlou a vontade de rir.

– E foi só isso?

– Ah não! Ele também inventou que talvez a kakuchi que o socorreu pudesse ser sua quarta esposa e ela quase desmaiou! Mas isso é irrelevante – Te olhou animado – Sabe Sn, eu vi muitas coisas nessa missão e a melhor delas foi algo que comprei para você! Seu aniversário está perto e não quero esperar, então assim que minhas pernas funcionarem eu espero que goste.

Atiçou sua curiosidade.

– Acho melhor irmos ainda tenho que lavar essa louça. – Você afirmou sabendo que as meninas da casa reclamariam e você faria do mesmo jeito...

Dois dias se passaram rápido e você achou que não poderia acontecer nada. Pensou errado, pois, quando se tratava de Inosuke, Tanjiro e Zenitsu tudo pode e deve ser esperado. Agora, por exemplo, Tanjiro havia acabado de acordar enquanto Inosuke andava no teto, assustando as meninas e deixando a todos confusos.

– Suke desce daí agora!

– Suzene não me chama assim!

– Porco do capeta você vai acabar arrumando sérios problemas. – O loiro cruzou os braços e com o tempo o despertar nada tranquilo do Kamado foi se tornando uma comemoração devido ao fato dele ter dormido bastante. No dia seguinte o Agatsuma estava finalmente sem o gesso e você trajando seu uniforme limpo, seus cabelos estavam trançados e no momento jazia no cume da montanha próxima à mansão borboleta observando o estrago feito pela sua espada, foi pega de surpresa por um abraço por trás e quase que por reflexo jogou Zenitsu longe.

– Finalmente sozinhos, Snzinha. – sussurrou e você ficou cheia de vergonha.

– O quê deu em você está pior do que antes? – Respondeu guardando a espada e virando para ele que apenas alisou a linha do seu queixo sorrindo antes de morder o lábio inferior e ralhar no seu.

– Eu estava com saudade disso, você não? – Balançando a cabeça negativamente em ironia deixando seus braços descansarem nos ombros dele retribuindo o carinho e seguidamente sentindo os dedos macios pela curvatura da cintura antes de te apertar e finalmente se beijarem, tórrido e quente descrevia bem o contato conforme sentia um certo calor em sua nuca se afastaram pela falta de ar e teve certeza de que seus lábios estavam levemente inchados pelas duas mordidas leves que o loiro deu.

– Sabe Sn eu fiquei muito preocupado com você, jamais duvidei da sua força ou que poderia se defender, entretanto, me deixou apreensivo a possibilidade de que fosse ferida. – Seu coração bateu mais forte, compreendia bem tal sentimento e o compartilhava veementemente. Sentia-se agraciada por ele não medir palavras e sempre conversar abertamente contigo a respeito de tais emoções e isso fazia com que recordasse da relação fracassada de seus pais já falecidos, onde sua mãe nunca tinha voz e seu pai sempre empunha as próprias vontades.

Definitivamente estava longe de cometer esse mesmo erro e com isso o abraçou:

– Eu também pensei desse jeito, não sabe o alívio que senti ao te ver bem Zenitsu. – Alisou a face do maior e um carinho e ele te olhou nos olhos, aproximando seus lábios mais uma vez. – Zeni acho melhor voltarmos antes que venham atrás de nós...

Não conseguiu terminar de falar pelo beijo que recebeu e seus lábios estavam tão ocupados assim como mãos que entravam nos cabelos loiros, sentindo uma das dele escorrer por sua cintura apertando perto das polpas.


Quando o ar faltou finalmente se separaram e ele pegou sua mão esquerda beijando seus metacarpos com tanto carinho que mais se pareciam com um roçar de lábios em seus dedos onde sentia uma leve cosca com o contato tão singelo e sem desviar, pois, se via presa no mesmo movimento.

Zenitsu não sabia, mas cada carinho mínimo e demonstração de afeto que tinha com você, te deixava ainda mais rendida.

– Dizem que joias são presentes que os apaixonados dão as suas eternas amantes. – Tal diálogo parecia fora de contexto, mas logo foi compreendido por você. Uma vez que Zenitsu não desviava o olhar dos seus enquanto dizia palavras cada vez mais bonitas. – Olhe Sn, espero que goste – Beijou seu dedo anelar e elevou sua mão a altura de seu peito e foi aí que conferiu, havia um anel simples em seu dedo, a prata chegava a brilhar e um filete lilás passava pelo meio.

– É um anel de casamento, sei que é incomum na nossa tradição, mas achei que combinava conosco. – O loiro ergueu a mão demonstrando que também usava um e você apenas sorriu antes de o abraçar. – E então gostou?

– Isso responde a sua pergunta. – Tomou os lábios alheios em um selar mínimo antes de se afastar e ele alisou os fios pela nuca.

– Demonstre mais dez vezes e talvez eu entenda.

– Zenitsu!

– Ah, minha querida esposa, eu estou há meses sem isso – Se aproximou e num movimento rápido envolveu seu corpo te pegando nos braços no estilo mais conhecido como noiva. – E sabe o melhor de tudo isso, poderemos passar a noite juntos!

Seu rosto demonstrou a vergonha, mesmo que esteja acostumada e sentisse falta desse jeitinho dele. No fim não conseguia sentir outra emoção que não fosse as priorizadas pela paixão que nutria pelo Agatsuma.

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