𝐈𝐗

Ainda teremos muito Ecchi nessa fanfic, afinal de contas estamos falando do baby Zenitsu


Antes da primeira missão


No terceiro dia você não imaginou que seria tão calmo após o ocorrido nos dois primeiros, onde ambos lidaram com cerca de oito onis e agora andavam por mais uma noite e em todo esse tempo Zenitsu permaneceu de olhos fechados.

Segundo ele, era mais seguro e confiante ficar atento o tempo todo e você não entendia como o "transe" funcionava, mas o loiro não demonstrou um pingo sequer de covardia em todas as situações de perigo ao seu lado.

-- Vamos parar para descansar aqui. -- Você avisou ao observar a proximidade com as glicínias indicando que estavam perto de uma das partes cercadas e chegava a ser inacreditável, pois, as flores cresciam por todo lado, então pareciam que quanto mais caiam mais os arcos de glicínias aumentavam.

-- Não acho seguro. -- ele cruzou os braços e você suspirou se dando por vencida:

-- E o que faremos Zeni?

-- JÁ SEI! Vamos usar essas flores como camuflagem, assim poderemos descansar em paz. -- Você não disse uma palavra, porém achou a ideia extremamente inteligente. Se posicionou de frente para as flores puxando um pouco as raízes sem arrebentar e quando viu que conseguiu fazer um bom espaço para que dois corpos se deitassem ali, o loiro entrou em ação pulando rapidamente para as árvores e fazendo cortes precisos com a lâmina cortando alguns galhos grandes que ao caírem você pode ver uma boa quantidade de folhas e assim ambos começaram a arrastar e organizar cara um.

-- Sn Cuidado! -- Zenitsu te empurrou girando a espada rapidamente e desviando de um golpe

-- Pelo visto terei um jantar bem gordo por aqui. -- O oni comentou e você tirou a poeira das roupas sacando a espada.

-- Quem você está chamando de gorda? E se eu for isso não é da sua conta! -- Seu sangue subiu e o loiro deu alguns passos emparelhando as costas.

-- Quanta comida. -- Outro oni apareceu.

-- Eu cheguei primeiro!

-- Opa que cheiro bom -- mais um.

-- Zenitsu isso aqui está ficando fora de controle. -- Você sussurrou ao ver o mais três oni chegarem e respirou fundo. -- Vamos atacar de uma vez.

Ele concordou e assim respiraram ao mesmo tempo:

Respiração da natureza primeira forma, fúria verdejante.

Respiração do trovão Ichi no kata, Hekireki Issen.

Não se sabe quem cortou as cabeças ou os braços, mas o sincronismo da fúria da natureza junto aos raios destroçou completamente os corpos dos seis onis que iriam te atacar.

-- Formamos uma boa dupla. -- A garota comentou respirando de maneira cansativa.

-- Somos um casal, mas há algo errado com você. -- O loiro se aproximou sentindo as batidas arrepiada de seu coração com os dedos notou que parte do kimono estava danificado mostrando o torso ferido do lado direito. -- Droga, eu não vi isso.

-- Eu estou bem. -- Afirmou, sendo ignorada completamente.
Na parte que havia separado para dormir, o loiro te tomou nos braços e foi até lá deitando o seu corpo sobre a pilha de folhas. -- Droga preciso tirar isso. -- Você sussurrou tirando o kimono e expondo as bandagens que estavam sujas com seu sangue.

-- HÁ! SN O QUE ACONTECEU? -- Os orbes âmbar se encontravam fixos em você.

-- Agora não é hora de surtar Zenitsu! -- Ele analisou com o olhar sua pele ao redor do corte em uma coloração esverdeada. -- ISSO É VENENO! VOCÊ VAI MORRER SE NÃO FIZEMOS ALGO! -- De leve beliscou o dorso da mão direita.

-- Para de gritar! Preciso que pegue um pouco dessas glicínias, como não sei por onde o veneno está correndo não vou mover meu braço. -- Sua respiração tornou-se curta e com pausar para retardar qualquer efeito, havia treinado com Fuyumi e a própria Hashira lhe advertiu que se tivesse algum tipo de contato com venenos de onis dentro da seleção para não se preocupar pelo simples fato de serem fracos, então respirando da forma correta e ingerindo glicínias deveria retardar e até mesmo extinguir o efeito em algumas horas e o mesmo deveria ser feito sobre o ferimento. O loiro foi rápido arrancando algumas das plantas que estavam por perto e lhe dando, você pôs na boca e as mastigou fazendo careta devido ao sabor estupidamente amargo, o suspiro de indignação que saiu de seus lábios foi enorme.

-- Agora preciso que faça uma papa e passe sobre a superfície do corte.

-- E-eu v-vou ter que tocar no seu seio? -- Você teve a certeza de que viu um filete escorrer pelo nariz dele, ele bateu com as mãos no próprio rosto esquecendo momentaneamente que estava ali: -- Zenitsu não é hora para isso, fora que não é a primeira vez não é mesmo? Vou higienizar esse ferimento primeiro. -- O olhar estava sério, o discípulo do trovão tirou de dentro do bolso esquerdo um lenço e pegou o pequeno cantil que levava no bolso direito e molhou, depois foi até o seu corpo passando de maneira delicada limpando, depois pegou as folhas e fez o mesmo antes de as esmagar entre as mãos esquentando com o ato de esfregar as palmas até senti que estavam úmidas e peguentas e assim pôs sobre o seu ferimento.

-- Pode dormir Sn eu fico de vigia, perto das glicínias sei que eles não veem.

-- E você não vai descansar? -- Aproveitou a vestes que tirou para forrar atrás de si e fez um travesseiro com um montinho de folhas.

-- Não, estou bem descasado. -- Ele sorriu e você balançou a cabeça.

-- Deixe de ser teimoso, se quer mesmo me proteger, deite comigo pelo menos. -- Exigiu e sem hesitar o loiro foi, se deitando na ponta onde ele poderia atacar qualquer um que tentasse chegar perto de você e devido ao veneno pegou rápido no sono sem saber que o Agatsuma passou boa parte da madrugada te velando.

No dia seguinte seus olhos abriram sentindo um peso em seu corpo e não demorou a notar ser o rosto dele deitado em seu abdômen com as mãos na lateral de seu quadril, suas pernas estavam abertas e o corpo dele no meio.

"Como podemos dormir tão mal assim?" -- Você pensou sentindo a bexiga apertar.

-- Zenitsu acorda -- cutucou o loiro. -- Zenitsu levanta! -- E nada. -- Agatusuma Zenitsu levanta agora! -- Ele piscou diversas vezes antes de abrir os olhos e sorrir, depois viu os seus montes enfaixados e sorriu.

-- Se isso for um paraíso, me deixa morrer em paz.

-- Seu cabeça de mochi. -- Você socou ele de leve que se levantou.

-- Pra que tanta violência com o seu marido pela manhã Sn?

-- Só sai Zenitsu. -- E assim que ele te deu espaço você levantou e saiu correndo pela mata, não tinha como ficar assim, já que estavam na montanha literalmente o mundo é o seu banheiro e isso é terrível, porém, procurou um lugar seguro e claramente solitário para poder se aliviar e depois disso suspirou andando mais um pouco até encontrar um curto rio notando que a copa das árvores cobriam boa parte da montanha e com isso praticamente não havia muita claridade. O exame devia ser considerado brutal por esse motivo, vários dias lutando contra onis, sem ter recursos, tinham que caçar e lutar para sobreviver. Uma brisa fria passou por seu corpo e foi então que lembrou que não estava usando nada para cobrir as bandagens, lavou rapidamente as mãos no rio e conferiu o ferimento que apesar de recém-cicatrizado ainda estava bem feio. -- Preciso de um banho. -- Sussurrou. -- Quer saber vou tomar agora!

Motivada pela impulsividade você olhou para os lados antes de tirar as sandálias e as calças entrando na água apenas com a espada, se banhou lentamente sentindo o corpo reclamar pela friagem e afundou rapidamente para ver se tinham peixes e ao perceber que não havia nada emergiu dando de cara com um par de sapatos na beirada do rio curto.

-- Que caçadora mais estranha por acaso está achando que isso aqui é uma colônia de férias? Que patética! -- A Voz rude do garoto te fez o encarar, ambos os lados da cabeça rapada e todo sujo.

-- Cada um caça da forma que achar melhor, agora vaza que eu preciso me vestir! -- Você não costumava ser mal-educada, desde que seu convívio fosse com aqueles que amava, porém, diante de um garoto desconhecido, não tinha o menor problema em ser desagradável.

-- Tesc. Estou de passagem mesmo. -- O garoto enfiou as mãos no riu pegando um pouco d'água e passando pelo rosto antes de pular a distância e sumir na mata.

-- É cada uma que me aprece. -- Comentou ao sair, a primeira coisa que fez foi respirar pesado sacudindo os cabelos antes de utilizar o tecido que fixava por baixo das bandagens para se secar, claro que não ficou perfeito, mas deu para o gasto, depois vestiu a calcinha, a calça e antes que começasse a pôr as bandagens escutou a voz conhecida:

-- SN finalmente!

-- Zenitsu vira pra lá. -- Cobriu os seios e ele respirou pesado.

-- Espera, pega o meu haori. -- Assim te entregou o tecido que você tratou de dobrar para dentro duas vezes dando suporte aos seios e utilizou as bandagens para amarrar antes de o fechar como um kimono comum que cobria até abaixo das popas e em compensação ele vestiu o seu.

-- Pode se virar.

-- O que estava pensando saindo desse jeito? -- Ele questionou.

-- Desculpa, vi uma oportunidade de me refrescar e vim fazer, agora precisamos comer, após o meio-dia os onis sairão já que as árvores impedem a passagem de luz direta, então a caça vai recomeçar. -- Apontou para cima atraindo a atenção dele, Zenitsu não sabia o porquê você parecia ficar tão feliz com isso, mas, achava tudo tão confuso e ainda estava muito preocupado:

-- Sn -- segurou seu braço: -- Como está o seu ferimento?

-- Estou bem, não se preocupe, só farei mais um pouco da papa e colocarei sobre o corte. -- Tirou o cantil do bolso: -- É melhor enchermos. -- Ele concordou e ambos se apressaram não dariam bobeira no meio da seleção e assim se passou mais um dia, onde ambos tiveram que lidar com onis, dessa vez Zenitsu estava acordado, mas não conseguiu executar a técnica por apreensão e medo e no fim voltou a dormir se tornando praticamente um deus em alta velocidade toda vez que executava um ataque e degolava um monstro.

No fim ambos se protegiam lutando em um sincronismo incrível, mesmo que o loiro estivesse dormindo e não se lembrasse dos feitos pela manhã e no final desta seleção, menos de dez candidatos sobraram e apenas um deles recebeu um pardal como guia.

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Vocês haviam voltado recentemente, como precisavam visitar e notificar mestres diferentes, Zenitsu foi até a mansão do trovão e você direito para a da Natureza.

-- Mestra cheguei! -- Tirou as sandálias sorrindo e ao adentrar a casa foi recebida pela jovem que acolheram e a mesma lhe sorria.

-- Bem-vinda Sn. -- Você a abraçou, estava sentindo saudade de casa.

-- Desculpe pela falta de decoro, ela sorriu.

-- Não precisa, é ótimo tê-la de volta, a senhora Fuyumi a aguarda no jardim, cuidado ela está treinando. -- Você respirou pesado pelo semblante da mulher algo avia ocorrido.

A passos curtos foi até a varanda encontrando com sua mestra na área de treino e seu olhar apenas viu o desmatamento eminente causado pela espada com muitos galhos cortados e algumas flores despetaladas.

-- Quem bom que chegou Sn! Vamos comer, estou morrendo de fome e quero saber de tudo! -- Ela embainhou a espada e foi até ti que sorria a todo momento antes de olhá-la com gosto e mesmo suada a abraçar.

Enquanto comiam, você contou cada detalha do que ocorreu e aproveitou para falar dos ensinamentos também e em como conseguiu sobreviver, mas foi a frase seguinte que a pegou desprevenida:

-- Eram tantos de nós, para no fim só restarem oito. -- o chá-verde de repente desceu amargo por sua garganta e sua mestra respirou pesado.

-- Sabe Sn, muitas crianças vivem verdadeiros infortúnios e são levadas pela necessidade a estarem lá, como se após se depararem com um demônio não houvesse mais escolhas, porém, nem todas possuem um treinamento adequado, muitas não fazem a menor ideia de como a seleção final do Kisatsutai pode ser brutal e descobrem na prática, ao melhor, na seleção, aqueles que sobram nem sempre conseguem passar da segunda missão e os que morreram no fim serviram de alimentos para aqueles seres degradantes. -- Ela respirou profundamente antes de te encarar -- É por isso que fazemos todos esse esforço, precisamos encontrar o rei deles e o matar, só assim as crianças, mulheres, jovens e todo o resto terá paz e aqueles que morrem no meio disso tudo um completo descanso.

Você assentiu, sentindo o coração aquecer pelas palavras dela, tinha muito orgulho de tê-la como mestra.

-- Sn você foi muito perspicaz, mas, creio que Jigoro também a aguarde.

-- Sei disso mestra, o mestre deve me esperar junto a Zenitsu e passaremos provavelmente a noite lá e depois viremos aqui. -- Sorriu e a mais velha te encarou:

-- Sn... Eu, ao melhor nós estivermos pensando, você e o Zenitsu se casaram a pouco tempo e precisam de um espaço só para vocês, se bobear nem tiveram uma lua de mel descente.

-- Mestra...

-- Ainda não terminei. -- Você queria cavar um buraco no chão e sumir. -- Nós tivemos um tempo livre e aproveitamos para reformar a casa verde e eu decidi da-la a vocês, se quiserem é claro. -- Sorriu.

-- Ma-mas a senhora está me expulsando? -- Seu rosto havia mudado de cor e Fuyumi riu com malícia antes de dar um soco leve na sua cabeça como aqueles que você dá em Zenitsu. -- Sua cabeça de mochi! Você é minha filha e eu nunca a expulsaria de casa! Só estou te dando seu presente de casamento atrasado.

Seus olhos se encheram de lágrimas, a Hashira nunca havia dito tal termo em voz alta e seu coração parecia estar em festa, pois, a conexão que tinha por ela, era realmente a de uma filha que encontrou seu lar. Fuyumi em pouco tempo se tornou uma mãe para você e se sentia patética por não conseguir demostrar antes.

-- Obrigada. -- Você respondeu limpando as poucas lágrimas que escorreram e ela sorriu lhe dando um abraço.

-- Agora chega desse sentimentalismo, todo isso vai nos deixar mole e ainda preciso treinar mais! E isso inclui você e o molenga! -- Você riu de leve, apesar das palavras ela tem respeito pelo Agatsuma, seu rosto aqueceu levemente ao lembrar de alguns momentos com ele e balançou a cabeça.

-- Mestra, por que estava tão brava na hora que cheguei? -- Tentou mudar de assunto para não se complicar mais.

-- Tsukasa idiota, enfim, ele deve retornar dentre alguns dias e aí vamos acertar umas coisinhas. -- Ela bateu o punho na mão aberta.

-- Eu jurava que eram um casal. -- Você Sussurrou.

-- Não diga besteiras Sn ou esqueço que já é grandinha e te ponho de castigo! Agora termina logo de comer e vá tomar um banho, também quero resolver algumas coisas com Jigoro e vou mandar o corvo avisar ao médico para nos encontrar lá. -- Com um sorriso curto e satisfatório, passou a estar ao lado de sua mestra calmamente.

Chegava a ser inacreditável, você já estava na mansão do trovão há três horas e podia ouvir de longe os gritos estridentes de Zenitsu, primeiro foi por recusar o treino e agora pagava com mais, depois por que segundo o Agatsuma, o vovô estava tentando matá-lo e o último por culpa de Fuyumi que cansou dessa baderna e deu um soco tão forte no loiro que chegou a desmaiá-lo. Em contrapartida, o médico veio e afirmou que ambos estavam bem, também elogiou a sua resistência para veneno, mesmo que fosse um do tipo fraco e acima de tudo a parabenizou por agir tão rápido. Óbvio que você deu todo o crédito a sua mestra que balançou a cabeça em negativa afirmando que de todos os discípulos que teve, você foi a única que voltou viva da seleção final por ser a que prestava atenção de verdade nós ensinamentos, na verdade, ela só teve dois discípulos contando com você, já que a maioria desistia após participar dos treinamentos intensos e não consegui aprender a respiração da natureza. O restante da noite passou rápido e de maneira agradável, Zenitsu continuava dormindo e óbvio que sua mestra o carregou até a cama com um braço só, a mulher além de linda é forte pra caramba. Sn aproveitou a deixa para ir até a fonte já que Fuyumi e Jigoro passariam a noite enchendo a cara de saque e rindo em meio a uma conversa sobre o passado, seus pés tocarão a água quente e com uma toalha úmida e dobrada você a colocou sobre sua cabeça respirando tranquilamente e sentindo os músculos relaxarem, desde que voltou da seleção não teve um tempo só para si. A porta do quarto de banho foi aberta e ficou atenta aos movimentos, a água se movendo indicando que alguém havia entrado e se aproximava em meio a fumaça que te deixava inerte, mas a voz quebrou sua impaciência te fazendo sorrir.

-- Sn. -- Ele se sentou ao seu lado. -- O que o médico disse sobre seu ferimento é verdade? -- Você piscou diversas vezes, os quartos da mansão são bem afastados do salão e da área de cuidados e ainda assim ele escutou.

-- Sim, mas estou bem. -- Os braços dele te envolveram te trazendo para perto e apoiando a cabeça em seu ombro.

-- Nunca mais seja descuidada desse jeito. -- Seu sorriso era perceptível, mesmo que não houvesse motivo para ele estar preocupado. -- Agora Zenitsu encostava a cabeça na borda e você mantinha a sua no ombro dele tal qual abraçava o braço do maior.

-- Te digo o mesmo, você é muito corajoso quando dorme, chegando até a ser impulsivo e só peço que se cuide Zenitsu, para podermos ter bastante tempo juntos. -- Ele sorriu ainda de olhos fechados e você nem se deu conta do quanto o seu corpo estava cansado, só que naquele curto alento adormeceu se sentindo completamente segura...

Fuyumi e Jigoro os encaravam descrente, já passava das dez e nada de vocês estarem de pé, olharam por todo o local e não foi surpresa alguma os encontrar dormindo juntos e sim que isso ocorresse na fonte.

-- Essa juventude. -- Jigoro riu saindo do local.

-- Esses moleques vão parecer umas ameixas quando acordarem.

O mais velho riu de leve.

-- Deixe eles Fuyumi, em menos de doze dias toda essa paz e tranquilidade vai acabar e eu fico muito satisfeito que o casamento tenha dado tão certo.

Agora foi sua mestra que sorriu enquanto se afastavam.

-- Fala sério Jigoro, você nem consegue esconder o quão orgulhoso está de seus discípulos!

Jigoro desviou o olhar para vocês dois sorrindo com carinho antes de voltar a olhar para frente.

-- Eu preciso esconder? -- Saíram do local sem saber que Zenitsu havia escutado tudinho...

-- Por kami que dor dos infernos -- Comentou olhando para Zenitsu que estava tão quebrado quanto.

-- Por que dormimos aqui?

-- Acho que o cansaço foi maior, agora temos que nos vestir. -- Você se espreguiçou olhando os dedos entregados. -- Zenitsu estamos parecidos com maracujás! Vamos logo. -- Você pegou na mão dele e saiu do quarto de banho cada um foi para o seu lugar, trocaram de roupa e ouviram o barulho do sino seguindo para o salão onde você ficou confusa, ali dois homens portavam espadas, em seus rostos máscaras que para ti eram mais cômicas do que medonhas e sim, você sabia o significado delas, porém vê-las de perto era diferente.

-- Se aproximem. -- Jigoro mandou e assim o fizeram:

-- Sn e Zenitsu essas são os Harusame's e foram os responsáveis por forjas suas espadas. -- Ambos fizeram uma curta reverência após as palavras do Kuwajima.

-- Me chamo Naoto Harusame e espero que goste da espada, nunca forjei uma espada de lâmina dupla antes, mas a senhora Kazani fez um pedido irrecusável. -- O primeiro ferreiro falou, desenrolando o tecido da bainha verde-escura, cabo escuro com leves marcas douradas e verde com o tecido ainda apoiado na bainha, ele virou em sua direção: -- Vamos pegue por favor. -- Você apoiou a mão esquerda no cabo puxando a espada e levantando conferindo o fio da lâmina que chegava a brilhar assim como seus olhos que ao virar a peça de lado viu a lâmina dupla de ambos os lados afiados, percebendo que havia um desgaste de um palmo perto do Tsuba, inclusive o seu tinha detalhes de folhas e você concluiu que a folga de um palmo era para que apoiasse a mão quando precisasse atacar. Seus olhos piscaram diversas vezes sem entender o que estava acontecendo e aos poucos notou sua espada mudar de cor, como se a lâmina polida de sua nichirin tivesse trincada em tons de cinza que desciam em um degradê até a ponta letal da lâmina escura como noite.

-- Um tanto quanto incomum. -- Fuyumi afirmou. -- Se bem que não esperava menos dela. As lâminas Nichirin mudam de cor dependendo de seu usuário e isso as tornam únicas e quanto mais habilidoso o usuário melhor será o manejo e a força dos ataques. -- Explicou rapidamente, você guardou a espada na bainha que lhe foi entregue e observou a de Zenitsu que ao invés de mudar de cor pareciam subir raios em um tom forte de amarelo.

-- Até nisso combinam, a sua tia não foi nada boba. -- Fuyumi sussurrou no seu ouvido te deixando muito envergonhada e após a recepção do seu "material de trabalho" se despediram dos forjadores, enquanto Zenitsu queria fugir por agora as missões serem eminentes, algo dentro do seu peito crescia, uma mistura de coragem e ansiedade, no fim estava louca para ver onde isso daria.


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Dois dias se passaram desde que receberam suas espadas, nesse meio tempo se acostumaram com a nova empunhadura e sentiam-se aliviados por todo o treinamento, afinal agora podiam descansar e como de costume estavam alternando os mestres, visto que Zenitsu tinha apenas um e você três além de uma casa só para ambos ao qual o loiro estava aproveitando o descanso e você bem... Estava com sua mestra a assistindo treinar, um corvo pairou pelo jardim antes de pousar no seu ombro direito.

-- Vá para a primeira missão, no vilarejo Harumi, homens jovens estão desaparecendo. Croc! Você e o moleque covarde estão cotados. Seus uniformes devem chegar até a hora do almoço! CROC! -- Berrou.

-- Não grita bichinho e não fala assim dele, Zenitsu não é um covarde! -- Repreendeu o corvo e olhou para a sua mestra que esboçava um sorriso de canto cheio de malícia, você se levantou rápido do assoalho indo para fora antes dela dizer algo, seus passos até a casa verde foram rápidos e ao se aproximar Zenitsu abriu a porta e você teve a certeza de que seu rosto mudou de cor: o garoto estava de Kimono bem aberto mostrando parte do abdômen e comendo o que pareciam ser os dangos da noite anterior.

-- Bom dia senhora Agatsuma. -- Sorriu após terminar de mastigar.

-- Bom dia Zeni. -- Você retribuiu o sorriso e se aproximou tirando os sapatos e adentrando a casa. -- Seu pardal já te deu as notícias?

-- Que notícias, querida? -- Zenitsu rodeou seu corpo assim que entrou o ambiente abraçando sua cintura e descansando a cabeça em seu ombro, na verdade, ele estava apreciando a visão de seu busto coberto pelo kimono.

-- Nossa primeira missão. -- O loiro travou, você podia sentir o corpo dele tenso já que de maneira inconsciente ele te apertou. -- Zenitsu?

-- É O QUÊ! -- Zenitsu tinha se afastado moderadamente e você pôs a mão sobre os lábios dele.

-- Para de gritar Zenitsu! Vamos sair depois do almoço, o vilarejo não deve ser muito longe e os nossos uniformes ainda não chegaram.

-- Sn você tem noção que podemos morrer?! Anda me beija antes que um oni arranque nossas cabeças. -- Dramatizou se aproximando de ti.

-- Espera Zenitsu, deixa de ser afoba... -- E assim teve os lábios tocados e não demorou muito para retribuir passando as mãos pelos cabelos sentido o gosto doce devido aos dangos.

-- Hum... Acho que precisamos de mais... -- Sussurrou ao se afastar e foi na intenção de te beijar novamente, mas você virou o rosto e assim a boca do maior foi parar em seu pescoço, seus dedos apertaram os ombros dele as mãos do maior desfazendo o laço do seu kimono, voltando a beijar seus lábios escorrendo a peça por seus ombros ele se afastou um pouco apenas para ver seu torso desnudo e dessa vez você estava de sutiã um branquinho de renda, pois ainda iria provar o uniforme e o loiro estava com o rosto completamente vermelho, você segurava parte do kimono impedindo que seu corpo ficasse completamente exposto, era levemente vergonhoso, amplamente quente e altamente confuso e todas essas reações se davam por estar ao lado de alguém com que se quer compartilhar bem mais do que um simples beijo.
Zenitsu deu alguns passos em sua direção e você recuou até seu corpo encostar na parede que confere ser o quarto.

-- Por que está tão longe de mim Sn? -- Seu rosto estava quente, muito quente, tanto quanto seu corpo e seu coração que a qualquer momento sairia de seu peito, as mãos de Zenitsu tocaram sua cintura e de fato lidar com um garoto cujo os hormônios estavam pulando por todos os lados, não estava sendo fácil, principalmente por se encontrar no mesmo barco, o loiro gostava de brincar contigo e não via problema algum em continuar já que estavam a sós e a própria Sn não negava nada e assim recebeu mais um beijo com direito a destra dele lhe apertando mais em seu corpo seus dedos se prenderam no kimono alheio intensificando ainda mais o contato desbravando os lábios do loiro sem cautela e as mãos dele percorreram seu quadril se perdendo nas polpas as quais apertava com gosto, os lábios pareciam estar em todos os lugares quando, na verdade, se demoravam em seu pescoço, suas mãos desceram para o laço do kimono dele, enquanto as dele subiram por sua barriga apertando de leve seus seios tudo era uma novidade para ambos o contato apesar de desajeitado na mente do casal era incrível e em um gemido curto Sn recuperou a sanidade.

-- Zenit...

-- VÁ PARA A CASA DA HASHIRA DA NATUREZA! OS UNIFORMES CHEGARAM COM ANTECEDÊNCIA! -- O corvo grasnou do lado externo da casa e você se sentiu extremamente envergonhada.

"Por Kami que situação." Pensou jogando os cabelos para trás sentindo alguns fios grudarem por suas têmporas levemente suadas, os olhos de ambos ainda brilharam e se apressou em subir o kimono ajeitando o laço.

-- Eu vou na frente, tudo bem? -- Tentou manter-se firme para que a voz não falhasse.

-- Tu-tudo bem. -- O loiro desviou o olhar corado e você tentou não olhar para o corpo dele pela vergonha que sentia e assim seguiu para casa da mestra pensando como as coisas estavam indo rápidas demais.

'Não temos nem um ano juntos, kami como eu sou volúvel! Preciso de conselhos, mas de quem? Se eu falar com minha tia ela vai mandar o Zenitsu me agarrar tenho certeza. Já sei! Vou falar com minha mestra, ela sim é uma mulher sábia!' -- Sua mente maquinava enquanto você chegava na varanda tirando as sandálias e indo até Fuyumi, a mais velha te olhou e sorriu de lado.

-- Atrapalhei alguma coisa Sn? -- Você olhou para os lados antes de responder:

-- Não! Inclusive, gostaria de conversar com a senhora em particular. -- Sua voz saiu em um sussurro e o sorriso descabido da mais velha te deixou em pane.

-- Então quer dizer que o pirralho seguiu meu conselho? -- Ela bateu as mãos sorrindo para você que só faltou abrir um buraco no chão e se enfiar.

-- Até você mestra? Achei que essas ideias pervertidas fossem da minha tia!

Fuyumi gargalhou.

-- Vocês são casados Sn, mas se não se sente confortável com tanta proximidade converse com ele. -- Ela desferiu um carinho mínimo sobre seus fios e seus ombros que estavam tão tensos que chegavam a deixar seu corpo rígido, suavizou sendo que nem havia percebido o ocorrido.

-- Obrigada mestra. -- Sussurrou.

-- Ora, mas eu não fiz nada. Quer conversar sobre isso ou prefere ver o seu uniforme?

-- Vamos ver os trajes tudo bem? -- Sua voz estava mais audível e agora ambas seguiram para o quarto que lhe pertence dentro da mansão da natureza.

-- O traje do pirralho loiro está com Jigoro, mas sua tia o está alugando na cozinha. Agora se apresse e vista-se. -- Assentiu pegando o pacote sobre a cama enquanto ela virava de costas, você não demorou a vestir a peça.

-- Mestra, essa saia é um pouco curta. -- Sussurrou.

-- Sn ela bate no seu joelho, posso pedir outro uniforme, mas não será entregue tão cedo, no entanto, vista isso. -- Fuyumi lhe entregou um par de botas longas na cor verde-escura, tão escuro que parecia preta além de um short. -- Assim nenhum oni ou caçador vai ver sua bunda enquanto luta. -- Piscou.

-- Mestra! -- A mais velha gargalhou e enquanto você terminava de se aprontar ela pediu para que continuasse no quarto, Fuyumi demorou cerca de dez minutos para retornar trazendo consigo um embrulho.

-- Sabe Sn -- A mulher se sentou na cama e começou a abrir o pacote -- Minha avó guardou essa peça com a intensão de que fosse usada por mim, mas, eu não pude. Não quando queria trilhar meu próprio caminho, resolvi assim herdar sua respiração, mas você é diferente, é uma garota forte e gentil com um coração puro. -- Ela pegou a peça nas mãos. -- Seria uma honra lhe ver usando e se não o quiser tudo bem, só de saber que está em suas mãos fico feliz. -- Fuyumi desdobrou o haori, do estômago para cima possuíam um céu em degradê e a mesma estampa do de Zenitsu como se- se fundissem e do estômago para baixo a estampa honrava as montanhas e as florestas com um traço minimalista para que a peça não ficasse poluída, tão lindo que te deixou sem palavras. No fim você conseguia enxergar os raios em uma noite na floresta e em cada um de seus clarões as montanhas erma iluminadas.

-- É lindo. -- Suas mãos tocaram na peça e depois a abraçou. -- Será uma honra usá-lo mestra. -- A mais velha fez um carinho sobre seus cabelos e ambas sorriram de maneira cúmplice.

-- Chega dessa melação toda, vamos logo antes que seu marido fuja da missão. -- Você riu de leve indo em direção ao salão onde Zenitsu já estava vestido.

-- "Nossa..." -- O mais novo ficou boquiaberto, mesmo que as palavras tenham sido ditas só em pensamento.

-- É o seguinte, vão logo. -- Fuyumi lhe entregou uma bolsa pequena com algumas moedas, você havia juntado elas junto a Zenitsu em cada trabalho que fizeram fora da mansão antes da seleção final, a ideia tinha sido da Kazani que sabia que os caçadores não ganhavam um salário de primeira já que tinham que mostrar serviço e ali tinha o suficiente para mais de um mês. Na mão de Zenitsu havia os bentôs para quando parasse para almoçar.

-- Até breve mestres e tia. -- Você se despediu seguida por ele e quando já estavam bem distantes com o corvo e o pardal sobrevoando puderam ouvir a voz da hashira:

-- Não morrão! -- Olharam para trás observando como aqueles que lhe eram importantes depositavam fé em vocês, era exprimível no olhar de Jigoro o orgulho do que havia se tronado e Fuyumi e Kyura não estavam diferentes e assim o jovem casal partiu para sua primeira missão com a única promessa de que um dia voltariam para ver sua pequena família.

E aqui encerramos o primeiro arco da fanfic e com ando muito cansada devo demorar a atualizar. Até a próxima 

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