Glossário 2

Implúvio - cisterna onde se armazena a água da residência, vindo ou das fontes e despejadas ali, ou vindo das chuvas, por meio de calhas.

Immunes - legionários (soldados) com tarefas específicas como fabricar munição, armamentos, escudos e adereços. Eram ferreiros, carpinteiros, agrimensores, engenheiros, etc.

Incautos - imprudente, desprevenido.

Incólume - são e salvo, ileso, escapar sem consequências, no contexto da frase.

Inóspito - desconhecido ameaçador.

Insidioso - Maldoso, mas no sentido de malicioso e enganador; também pode ser algo ruim, que vai dominando sutilmente, aos poucos.

Ister - Rio Ister, como era chamado o Danúbio.

Jentaculum - primeira refeição do dia, dos romanos; desjejum, café-da-manhã, ou pequeno almoço, como chamam os portugueses.

Jocosa - debochada, zombadora, no sentido de depreciar ou fazer piada.

Jogo do soldado e jogo de dados - eram os jogos preferidos entre os militares romanos. Eles eram obcecados por eles.

Jogos fúnebres - rituais utilizados por diferentes povos antigos para honrar figuras importantes, por ocasião de suas mortes. Havia luta e morte associada, por parte de guerreiros valorosos e destemidos. Inspiraram os jogos gladiatórios romanos, como os conhecemos hoje.

Jogos Panatenaicos - Não havia só as Olimpíadas, na Antiga Grécia. Vários festejos e jogos importantes eram comemorados. Eles congregavam atividades atléticas e artísticas. Os prêmios eram mais simbólicos, mas havia somas financeiras também. Era uma grande honra participar e, claro, vencer. O vencedor que tivesse a honra de ter seu nome acrescentado nas listas dos vencedores, era imortalizado. Normalmente, os jogos se alternavam. E boa parte deles aconteceu de quatro em quatro anos. Esses jogos tinham uma feição religiosa, política e esportiva.

Júbilo - grande alegria, contentamento.

Júpiter Capitolino - Deus supremo do panteão romano.
Já o Templo de Júpiter Capitolino - é um grande aedes, ou como chamamos de templo dedicada a uma tríade de deuses: Júpiter, Juno e Minerva. É considerado o principal templo, situado no Monte Capitolino.

Kebab -embora seja um prato "persa", era conhecido dos egípcios desde o Império Antigo (na era das pirâmides, c. 2686-2181 a.C.). Durante muito tempo era servido apenas na virada de ano. E era o prato preferido dos reis da Pérsia.

Kline – catre, cama-divã grega. Os soldados costumavam dormir nele.

Km.tauy – egípcios.

Lágida – maneira como é referida a dinastia Ptolomaica, pois seu fundador, Ptolomeu, um dos companheiros e guarda-costas de Alexandre, promovido a general proeminente, se chamava Ptolomeu, filho de Lagos. Daí, o nome "lágida".

Laguncula – espécie de cantil dos soldados romanos.

Lanista – empresário que comercializa lutadores (os gladiadores) e os fornece para espetáculos. Muitas vezes organiza as lutas. É o diretor da escola de gladiadores.

Larnax - caixa mortuária, como uma urna retangular, onde se guardam os restos da realeza, depois de cremada. Os restos, ou remanescentes, são embalados em tecido embebido em vinho e colocados dentro da caixa.

Laudatio funebris – é o discurso em honra ao morto, ou a oração para ele.

Laureação – como nos Jogos Olímpicos, o general triunfante era coroado com os louros da vitória.

Lectus – divã romano.

Legado – comandante designado por um general para liderar suas tropas em determinada missão, campo de batalha ou território.

Legiões Canenses – as legiões derrotadas por Aníbal. Derrotadas e massacradas. O que restou delas, o Senado criou um decreto chamando-as de Legiões Canenses e as remanejou para tarefas inglórias, já que representavam o fracasso de Roma.

Legião romana – formada por 10 coortes, cada coorte era numerada. Cada coorte continha 3 manípulos; cada manípulo continha 2 centúrias. Em campo de batalha, as coortes se organizavam tradicionalmente em três linhas: 1) hastados (menos experientes), príncipes (experiência média) e triários (os veteranos).

Lena – ou leno, é uma espécie de intermediário dos encontros amorosos, na Roma Antiga. Um proxeneta. Meio que cafetão/cafetina e/ou alcoviteiro.

Lenitivo – algo utilizado para suavizar dores.

Lex XII Tabularum – é a Lei das Doze Tábuas que rege a base do direito romano.

Lictores – guarda-costas dos senadores e do cônsul. Eles cumprem as ordens também.

Língua internacional – para os antigos, o "mundo inteiro" se resumia aos povos conhecidos ao seu tempo. E a língua internacional era o grego, como para nós, hoje, é o inglês. O grego espalhou-se por conta da helenização que sucedeu às conquistas de Alexandre, o grande. Naturalmente, antes de Alexandre, os gregos já se expandiram e eram considerados povos avançados... Ou melhor, eles próprios se consideravam avançados e faziam propaganda de sua superioridade. Eles guerreavam entre si, mas se orgulhavam de sua democracia. De modo que, quando atacados, uniam-se para defender um "estilo de vida". Como os Estados Unidos costuma fazer, desde sua fundação até os dias de hoje. De modo que, depois da revolução alexandrina e da guerra dos diádocos (os generais de Alexandre), a maior parte das regiões governadas pelo rei macedônio falavam alguma coisa do grego. Quando uma pessoa não conseguia se comunicar na língua de um povo nativo, arriscava o grego. Os romanos falavam latim e grego. Naturalmente, falar duas línguas dependia de uma boa educação e formação. A mesma coisa de hoje.

Lora – vinho dos escravos, feito de uvas prensadas duas vezes.

Loriga – armadura de soldado romano. Às vezes, feita de tiras de couro. A lorica hamata, por exemplo, era uma espécie de malha de bronze ou ferro, cujos anéis ficavam enganchados uns nos outros.

Loba – nesse sentido, é de prostituta.

Ludo literário – tipo de escola pública romana, que um plebeu poderia frequentar. O professor responsável se chamava literato ou literador.

Lucanicae – salsichas da Roma Antiga, feitas de carne de porco picada e recheadas com ervas e especiarias. Tudo isso era colocado dentro da tripa de porco. Coitado do porquinho. Havia barraquinhas de fast food para vender esse tipo de comida.

Lucina – deusa dos partos e nascimentos, na mitologia romana. Equivalente de Ilítia, na mitologia grega.

Lupanar/Lupanares – bordéis e/ou prostíbulos da Roma Antiga.

Marcha forçada – termo usado nos estudos militares, para se referir ao movimento das tropas de infantaria. Um movimento feito em velocidade de caminhada para ir de um ponto a ao ponto b. Os melhores exércitos da história conseguiam caminhar em regiões acidentadas e árduas, rapidamente.  Foi o caso do exército macedônio, espartano, tebano, romano. O interessante é que muitos soldados faziam a marcha carregando bastante peso sobre si mesmos.

Mancebo – Rapaz, moço, jovem. Expressão do Português de Portugal, mas já foi muito usado no Português do Brasil até assassinarem a língua portuguesa por aqui e enterrarem muitos dos vocábulos empregados até os anos 1980.

Mare Magnum – É como gregos e romanos chamavam o Grande Mar.

Mnemosine – deusa grega da lembrança.

Mordomo – criado principal da casa, que coordena os outros servos.

Munus – obrigação ou rito público conduzido por alguém.

Munus fúnebre – cerimônia/celebração romana, onde o falecido é honrado. 

Munera – plural de múnus.

Museu – espécie de instituto onde os sábios, inspirados pelas Musas (daí o nome, museu) catalogavam e estudavam a natureza, a história, e a ciência de sua época. Eles tinham uma biblioteca (a grande biblioteca de Alexandria), laboratórios, centros de pesquisa e lugares para os estudiosos descansarem. Alguns consideram que o complexo do Museu foi o protótipo de uma universidade como esta se desenvolveu para o mundo moderno. Mas os egípcios (os legítimos, não os descendentes dos gregos que viviam no litoral), já tinham em seu passado mais remoto, as casas da vida – que eram um misto de hospital, escola, local de culto e de estudo.

Naiskos – Nome grego de uma espécie específica de arte estatutária. Super na moda, na antiguidade. Maior do que o relevo de um afresco, trata-se da miniatura de um templo geralmente colocado em nichos, na parede, dentro de um complexo funerário. Faz parte da arte funerária de sepulcros e santuários.

Naucratis – cidade muito antiga, fundada por colonizadores gregos, no Egito. É a cidade grega mais antiga, que se tem conhecimento. O canal do Nilo liga a cidade à Alexandria.

Niké – deusa grega das conquistas, representada como uma mulher com asas. Simbolizava a ousadia, a força e a velocidade. A ela se dedicavam as vitórias nas competições e jogos, bem como nas batalhas e guerras. Dessa deusa, emprestou-se o nome para o famoso tênis Nike.

Nó de Hércules – símbolo romano de casamento e amor.

Obséquio – favor, gentileza. / Obsequioso – super gentil e atencioso.

Olympias – rainha da Macedônia e mãe de Alexandre, o grande.

Opulência – fartura, luxo, esplendor, glória, grandeza.

Ordem dos Mistérios –Existiu um culto a Alexandre, porém, nunca existiu uma ordem específica, com o nome "Ordem dos Mistérios". Esta é uma invenção minha.

Paliçada – a construção de madeira do acampamento provisório, mas não tão provisório (ou seja, erguem uma paliçada quando não vão ficar poucos dias num determinado lugar, e sim, um tempo maior). A Paliçada é como um muro de madeira de uma fortificação do exército. Uma cerca de estacas que protege todo o acampamento.

Pândegos –   engraçadinhos.

Panissordidus – pão popular e barato.

Papiros e pergaminhos – o primeiro é invenção egípcia utilizada em larga escala pelos Romanos. No entanto, o pergaminho era um material mais caro, que usava pele de animal e foi criado em Pérgamo, daí o nome. Havia duas grandes bibliotecas na Antiguidade: a de Alexandria e a de Pérgamo. A de Alexandria viria a suplantar a de Pérgamo.

Pátina doce – sobremesa dos romanos.

Patrício ou patrícia – título atribuído aos aristocratas romanos.

Pax deorum – paz dos deuses. Consta do código legal-religioso dos romanos. Envolve o cumprimento dos deveres dos romanos para com os deuses. Manter-se reto e leal aos deuses. Todo civil e todo militar romano deveria cumprir.

Persona – papel, personagem.

Plutão – deus romano que governa o submundo, ou o reino dos mortos. Equivalente na mitologia grega ao deus Hades; e equivalente ao deus Anúbis, na mitologia egípcia.

Pela – capital da Antiga Macedônia.

Pérdicas I – irmão de Gauanes e Aeropus, filhos do rei Temeno, de Argos (Temeno era, supostamente, o trineto do herói Héracles/Hércules); Perdicas I é considerado por algumas linhas de pensamento, o fundador do reino da Macedônia. Outra linha considera o mítico rei Caranus, do qual nada se sabe.

Pérdicas III – rei da Macedônia, filho de Amintas III e irmão de Filipe II e tio de Alexandre, o grande.

Pérdicas – General e um dos companheiros de Alexandre, o grande.

Peregrini (coletivo), peregrinus (singular) – pessoas desvalorizadas socialmente, por parte dos romanos cidadãos, pois estavam entre os romanos e os bárbaros. A única diferença dos peregrini para com os bárbaros, é que os peregrini residiam em territórios controlados por romanos; ou seja, a grande maioria dos latinos, italiotas, descendentes dos colonos gregos, descendentes de etruscos e de sabinos que ainda viviam na península por ocasião da expansão da República. Durante esse período em particular, tão nebuloso e carente de informações, pode ter sido também (sugestão apenas minha, devido às impressões que tive ao ler as descrições um tanto vagas e conflitantes – ver cividade peregrina) que pode ter sido um termo que contemplasse as pessoas vivendo ou passando pela região de maneira irregular, denotando que pudessem estar de passagem (talvez comunidades, talvez viajantes, talvez invasores como por exemplo, alguns cartagineses que lá estiveram por tantos anos de invasão). Mas isso é uma interpretação minha, já que não encontrei informações suficientes. E com a IA do Google recentemente implantada, ficou muito mais difícil de pesquisar. Ela só me dá os resultados generalistas, baseando-se nas pesquisas mais comuns da galera. Portanto, durante a conclusão desse livro, eu tive uma queda de qualidade de pesquisa, da metade para o final, e tive que improvisar bem mais do que no começo.

Peristilo – conjunto de colunas ao redor de uma construção. Mas pode ser uma colunata a adornar a parte interna de uma residência.

Perspicaz – esperto, astuto, observador.

Píer – plataforma sobre a água. Lembre-se do Píer de Santa Monica, nos EUA. Eu imagino um lugar com estabelecimentos em cima, não apenas um ancoradouro.

Piperatum  –   Bebida romana à base de vinho e pimenta.

Pistrinae – Pão.

Poeni – era como os romanos chamavam os cartagineses. Vem de fenícios. Cartago foi uma das mais antigas colônias fenícias que se desenvolveu e prosperou. Os cartagineses eram ricos, poderosos, e dominaram ilhas e vários territórios além-mar.

Posca – Bebida romana forte, com valor nutritivo e medicinal. Era a bebida das classes populares e dos militares romanos.

Porewit – deus eslavo dotado de cinco cabeças e um único corpo. Era o deus da força e do trabalho árduo.

Prandium – refeição perto do meio-dia. Equivalente ao nosso almoço.

Prefeito dos vigias – título ocupado pelo chefe maior da corporação de vigias noturnas que cuidavam Roma.

Prementes – urgentes.

Pretorado – É uma forma de autoridade que incide sobre o local onde o magistrado atua. Desta maneira, temos vários tipos de pretores. Pretor urbano, pretor militar, pretor peregrino, etc. É como uma mistura de prefeito com juíz, porque ele tem autoridade para julgar situações em sua área e ao mesmo tempo, organiza a vida administrativa e legal e pública dessa mesma área. Ele era como o líder que representava um segmento, em dado local. Difícil explicar, porque hoje temos cargos diferenciados para essas coisas.

Pretor Urbano – Cidadão que se torna Pretor responsável pela justiça e liderança na cidade.

Pretor Militar – Militar que se torna Pretor responsável pelos soldados e por ministrar a justiça militar; ficava só abaixo do legado, ou do general e era o superior imediato dos Centuriões. 

Pretório – tenda principal, que no início, era usado para reunir os oficiais e distribuir as ordens. Muito mais tarde, tornou-se a tenda do pretor.

Primeira vigília – forma como os romanos contavam as horas noturnas e da madrugada.

Príncipe – Em Roma, existem diferentes significados para esta palavra, ao longo da história romana. Aqui, estamos usando o termo empregado no exército para as linhas de batalha. Os hastados, ou mais jovenzinhos, ficavam na frente. Os príncipes, os de idade madura, ficavam no meio. Os Triários, ou seja, os mais velhos e experientes (veteranos) ficavam atrás. Essa divisão levava em conta mais a idade e a experiência.

Proconsul – era tipo ganhar um governador de província. 

Proelium – significa Batalha.

Propícia – favorável.

Protetorado romano – é diferente de província (que é anexada e controlada). O protetorado é uma região protegida por Roma, que possui interesses no lugar.

Posca – bebida dos soldados romanos, feita com vinagre de vinho e água, que servia para matar a sede e alimentar a um só tempo.

Polegar – os gestos do polegar não eram como Hollywood mostra.

Ptolomeu Soter – Chefe dos guarda-costas do rei Alexandre, um dos companheiros, sátrapa do Egito, autoproclamado faraó e "surrupiador" do corpo do rei Alexandre. Popular entre as tropas macedônias, culto e esperto, conseguiu sair surpreendentemente bem das guerras dos Diádocos e estabeleceu um governo próspero, no Egito, onde fez florescer a cidade fundada por Alexandre: Alexandria.

Puellas – garotas de programa da Antiguidade.

Quadrata – é uma área que envolve o pomério, a parte sacra da cidade de Roma, no interior das muralhas.

Quadratum – Quadrado, ou, melhor, um retângulo formado pelas construções que compõem um Fórum. Esse "quadrado" é como uma praça central. Onde se estabelecem as relações comerciais e de convivência no Fórum. Seria o interior aberto do Fórum.

Questor – Cuidava do tesouro, das finanças públicas e do erário de Roma. Também cobrava impostos.

Quinto Fábio Máximo – cônsul da época de Canas, foi conhecido como o protelador, porque decidiu não enfrentar os cartagineses diretamente.

Radu – é um nome importante, dado a pessoas do sexo masculino. Origem românia antiga, da região onde viviam os dacianos. Aqui é utilizado como título real.

Sérvio Túlio – Sexto rei da Monarquia Romana, dentre os sete reis que supostamente governaram Roma. Foram eles, em ordem cronológica: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo.  Os três últimos teriam sido etruscos e aparentados de alguma forma. Sérvio Túlio teria governado Roma entre 578 a.C. e 539 a.C.; e teria sido o responsável por criar o censo, bem como outras feitorias e benfeitorias que lhe foram atribuídas posteriormente pelos historiadores romanos.  De acordo com o nome recebido, ele pode ter tido uma origem humilde; pode ter sido filho de uma prisioneira de guerra, talvez uma nobre feita de refém. A mesma teria pertencido a Tarquínio Prisco, trabalhado em sua casa, e pode ter sido sua amante, pode ter sido forçada aos seus assédios, ou não... As relações de parentesco entre Sérvio e os Tarquínios, são nebulosas.

Ranqueada – posta em determinada posição, controladamente distribuída.

Refém – na Antiguidade, às vezes, os acordos entre os inimigos envolviam a troca de reféns, para garantir o bom comportamento do outro país. Geralmente, o refém era um nobre, príncipe, alguém que o outro país quisesse garantir a vida.

Rio Ar – Supostamente como chamavam o Rio Nilo.

Riquexó – também chamado de riquixá. É como um táxi, uma carroça de aluguel.

Sacro  –  referente a sagrado, divino, religioso, ritualístico.

Sagum – capa, ou manto geralmente feito de lã, que os soldados romanos usavam para se proteger do frio, até mesmo para se enrolar à noite, quando estavam ao relento.

Saída a la Hanibaal – foi uma expressão que inventei baseando–me no episódio em que o Cônsul Quinto encurralou o general cartaginês e seu exército em solo italiano. O invencível Aníbal aproveitou a escuridão para driblar e escapar das tropas romanas, usando os bois como distração. Ele ateou fogo nos chifres dos animais e provocou o estouro da boiada. Enquanto os romanos pensavam que os chifres em fogo eram os soldados cartagineses fugindo e se voltavam naquela direção, o comboio de Aníbal passou tranquilamente. Não que eu aprove o estratagema utilizado por Aníbal Barca. (Na verdade, eu teria feito isso com os prisioneiros de guerra e manteria os bois em segurança). Eu seria uma grande generala em defesa dos animais. Nenhum elefante, nenhum cavalo e nenhum boi sofreria, mas os humanos iriam catar capim para viver. Ah, se iriam!

Sal – era uma moeda importante naqueles tempos. Os soldados poderiam ser pagos com sal, daí o nome salário e/ou soldo.

Saturno – importante deus romano, associado à fartura, agricultura, renovação.

Saturnismo – envenenamento sem intenção de assassinato, por consumo de substâncias tóxicas desconhecidas à medicina praticada à época.

Sátrapa – Grosso modo: a satrapia era uma espécie de província. O sátrapa era um tipo de governante que comandava a província. Esta, por sua vez, era um pedaço menor, dentro do império. Os sátrapas existiam durante o reinado de Dário e continuou existindo durante o reinado de Alexandre, o grande. Este nomeou os seus generais e pessoas consideradas leais a ele, como sátrapas dos territórios conquistados, que compunham a Ásia.

Sema, Sematis e Soma –  Vou tentar simplificar: Sematis (em latim, portanto, é uma designação romana e posterior) é o complexo onde fica o Sema, ou seja o sepulcro.

Alguns dizem que Sema significa "sinal". E que soma é o corpo depositado dentro do sepulcro (dentro do Sema). No caso, o soma de Alexandre (o corpo de Alexandre), supostamente ficava no complexo construído para recebê-lo (o sematis), onde supostamente ficavam os sepulcros posteriores dos reis Ptolomaicos, os antepassados da rainha Cléopatra.  A "Avenida" Sema é a rua que passa pelo Sema (o  sematis é conectado ao quarteirão real). A rua, mais larga que as outras, cruza com a outra principal rua, a Canopus, que também é mais larga que as outras. As duas "avenidas" não se chamavam exatamente avenidas, na atual acepção do termo, mas eu quis dar um ar mais moderno e inteligível aos leitores. Elas formavam uma cruz, na altura onde ficava o Sema. E diante deste, provavelmente ficava a Ágora. O espaço aberto onde as pessoas se concentravam. As ruas foram planejadas, portanto, as duas ruas eram retas e cortavam toda a Cidade.

Resumo: Sema (sepulcro, ou complexo sepulcral, construção para abrigar o corpo do rei). Soma (corpo do rei). Sematis (o dito cujo complexo, mas é uma denominação latina, talvez posterior).

Ainda sobre o sema... Não existem descrições pormenorizadas/detalhadas do seu interior e do seu exterior. Assim, o que eu fiz foi estudar o livro de Valério Máximo, citado na referência bibliográfica, as iconografias (ilustrações hipotéticas de grandes artistas), estudei também as descrições superficiais das fontes antigas sobreviventes que falavam alguma coisa sobre o Sema e o Soma de Alexandre e... Bem, digamos que eu criei da minha cabeça o que eu achava que ficaria de acordo com a personalidade exuberante do rei macedônio. Ou melhor, o que os construtores do lugar achavam que deveriam fazer para homenageá-lo. Assim, eu deduzi e completei as lacunas históricas. Algumas coisas, estão nos relatos e nas pesquisas, outras não.

Sênones - uma tribo gália que invadiu e saqueou a cidade de Roma.

Senatus consultum – decreto senatorial para determinar o destino das legiões desgraçadas.

Serapeum – um templo fenomenal, situado em Alexandria para cultuar uma divindade, escolhida pela recente dinastia lágida (Ptolomeu I Soter  –  o salvador) para reunir elementos religiosos interessantes aos helênicos (gregos) e aos egípcios. A divindade é uma fusão do touro Apis (conhecido por gregos, romanos e egípcios) e o deus Osíris (da tradição egípcia mais antiga). 

Shayat - bolacha doce egípcia.

Shedeh - vinho aquecido produzido pelos egípcios. A vinha não era natural de lá, provavelmente foi importada da Palestina-Síria, há cerca de quatro mil anos atrás.

Sílfio – uma espécie de planta que abundava na península itálica. Os romanos usavam para todos os males, como chás, como compressas, etc. Dizem que a planta estava desaparecida há mais de dois mil anos e que agora, acreditam ter sido reencontrada em Istambul.

Sine in Manus – cerimônia de casamento prévia, onde só há a oficialização, mas a noiva permanece na casa do pai.

Scipiones – Os romanos tinham uma nomenclatura a seguir ao dar nome e sobrenome às pessoas. A ordem precisava ser seguida entre o que definia a pessoa, sua personalidade e a gente para qual essas pessoas pertenciam. Existe uma tradição para cada gente, como tradição política, jurídica, militar. Os Scipiones da gente Cornélia tinham uma tradição militar que precisavam honrar. Porque cada indivíduo precisava honrar seus ancestrais, na cultura romana. Eu segui em parte essas regras, mas em parte, alterei levemente para o gosto e entendimento modernos (isto é, o meu gosto moderno). E também mudei para mostrar que é uma ficção e não uma biografia.

Siwa – oásis situado no coração do deserto, bem ao sudeste de Alexandria para quem olha no mapa (para quem vem pelo mar, seria nordeste). Era onde ficava o templo de adoração a Amon, o deus dos mistérios, do sol, o mais importante, no panteão egípcio. Lá existia um oráculo tão famoso, poderoso e reverenciado quanto o de Delfos, que reverenciava Apolo. Desde a Guerra Zero, ou a Guerra de Troia, como alguns chamam o evento. O oráculo e a região como um todo eram conhecidos dos gregos. Os espartanos estiveram por lá. Cidades-colônias foram fundadas mais perto da costa e nos canais do próprio Nilo. Então, o oráculo de Siwa era procurado pelos gregos também.

Alexandre o grande rumou para lá a fim de se consultar com o oráculo. Lá, os sacerdotes, ou o próprio oráculo o declarou filho de Amon e deus vivo; o que automaticamente, para o povo egípcio, o convertia em um faraó por excelência. Assim, quando desceu o rio Nilo, Alexandre foi para Mênfis, a antiga capital egípcia para ser coroado faraó.

Soberbo – arrogante, orgulhoso.

Sociedades publicanas – Participações financeiras, precursoras dos investimentos em ações, câmbios e taxas. Maneira como o Estado e os ricos investiam o dinheiro, tornando-o cambiável e aplicável em Roma ou no estrangeiro; também envolve importações, exportações e revendas.

Sócios italianos – os aliados italiados, como eram chamado.

SPQR – Sigla para Senatus Populus Que Romanus. Senado e o Povo de Roma (ou povo romano). Essa sigla sintetiza a forma de governo e o Estado Romano à época da República.

Status Quo (ou Statu quo) – é uma expressão do latim que significa estado das coisas, condição, cenário. Especialmente quando se refere a mudar o estado das coisas. Normalmente é associado ao estado das coisas de grupos políticos ou estruturas sociais e políticas que funcionam de uma determinada maneira.

Suicídio – Meio utilizado, pelo qual algumas pessoas em situações difíceis, entre homens e mulheres, procuravam se livrar de ter suas reputações atacadas, ou ter que enfrentar a tortura, o estupro, uma condenação, uma prisão, um exílio e/ou uma execução pública. Claro que a morte auto infligida não livrava a pessoa de passar por tudo isso, ou que todo mundo soubesse o que aconteceu a ela. Só livrava a pessoa de ter que ver isso acontecer. Ela também se livrava de amparar as pessoas que prejudicou, ou os familiares que dela dependessem.

Suntuoso – luxuoso, faustoso, no sentido de magnífico.

Susa – cidade, uma das capitais do império persa, ao longo das dinastias que governaram a vasta região que o império abrangia.

Tarquínios – Foram supostamente três reis da mesma casa real, que fizeram parte de uma geração de reis etruscos a governarem Roma. Esses três reis (sucessivos, não ao mesmo tempo) ficaram conhecidos como "Os Tarquínios". Supostamente, reinaram entre 600 e 500 antes da Era Comum. Foram eles: Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio e Tarquínio, o Soberbo. Este último supostamente teria deflagrado a revolta e o repúdio coletivos por parte dos cidadãos romanos contra os desmandos da realeza, favorecendo o surgimento da República.

Templum – o objetivo primordial de um templum seria o de receber auspícios. Prática que se vinculava às atividades dos sábios religiosos e dos áugures. No entanto, me parece algo mais poderoso, pois liberta a prática de um lugar físico. Não é preciso de uma igreja ou templo para realizar um contato com o divino. O templum era um espaço que se tornava especial, consagrado pelo pontífice. O religioso oficial o utilizava para receber ou interpretar presságios que respondessem questionamentos, por meio do que entendiam como sinais, que poderiam surgir (templa) no céu, na terra, ou na água. O local onde o sinal surgia (templum) era onde os rituais específicos deveriam ser realizados. Os auspícios não poderiam ser retirados para fora dos limites consagrados do templum, que era um aspecto central da religião romana,  pelo que se depreende do artigo de Schmitz & Smith, 1875, encontrado em penelope.uchicago.edu (ver referência). O próprio pomério da cidade de Roma representa o mesmo tipo de fronteira sagrada que um templum. E considerando a mitologia romana, um aspecto muito importante é o limite escolhido por Rômulo (Monte Palatino) e transformado em fronteira. Onde, supostamente, Remo teria transgredido ao saltar por cima; causando o seu assassinato. (Lívio, Foster tradução do grego para o inglês, 1919, ver referência).  Portanto, o templum é um ambiente interpretado como divino, demarcado como tal (consagrado), aberto para as pessoas assistirem os rituais.  Nós confundimos templum com aedes, que eram as construções sagradas, que posteriormente foram chamadas de templos. Mas inicialmente, templum não era uma construção; era apenas um lugar para (re)conectar-se com o divino; onde se sente a presença do divino. Não é preciso haver uma construção adequada para tal, como por exemplo, uma igreja.

Tersorium – Uma espécie de bucha sanitária; uma esponja marinha ou pedaço de tecido era preso numa vara, que os romanos usavam para limpar as partes pudendas, após fazerem suas necessidades. Esse apetrecho era, depois, embebido em vinagre para desinfecção. Havia as esponjas coletivas, dos banheiros coletivos (argh), e alguns soldados carregavam as suas próprias.

Téssera – “bóton”, moeda, ou tabuinha, na qual as ordens militares eram redigidas. A téssera era passada por todo o quartel ou apenas para os soldados a quem se destinava. Também podia ser usada como ficha de ingresso para os espetáculos realizados nos anfiteatros, circos, etc. Para isso, seu material podia ser não de madeira ou argila, mas de metal ou marfim.  As tésseras também podiam ser usadas como dados em jogos de azar, ou como senhas a serem apresentadas, dependendo do grupo e da época – os cristãos usaram tésseras como símbolos secretos.

Tesserário – era o ordenança, que transmitia as ordens ao restante das tropas por meio da téssera.

Testamento de Alexandre, o grande  – Chamado Liber de Morte. Não creio que exista. Se existe, ou existiu, ninguém nunca encontrou. Sabia-se dos diários... Acho que tanto o testamento quanto os últimos desejos dele foram versões idealizadas que vieram a público por meio do Romance de Alexandre, de Pseudo-Callístenes, que se tornou muito popular, um verdadeiro best-seller da antiguidade e até da "medievalidade". Teve muita fake news em relação a Alexandre. Naturalmente, para a época dele, as apologias reais, ou até mesmo os discursos dos filósofos gregos enaltecendo ou metendo o pau neste ou naquele líder podem ter sido tomados como verdade por quem leu esses discursos políticos (Sem perceber as intenções muito específicas por trás da sua redação)... Mesmo que tenham sido lidos dez anos após os fatos... Agora, imagine só: nós estamos lendo tudo isso 2.346 anos depois... Então, se ninguém conseguiu naquela época construir uma cápsula do tempo para ser aberta só agora, dificilmente vamos descobrir a verdade. Como saber se uma Havaianas é uma sandália original, ou se já era usada pelos egípcios? O que eu quero dizer é que existem muitas áreas cinzentas a serem percorridas entre o preto e o branco. Não se pode afirmar uma coisa ou outra, pois depende da informação disponível e depende da perspectiva de quem afirma ou nega alguma coisa.

Além do mais, cada general que serviu Alexandre deve ter dito o que lhe parecia mais interessante para o momento... Teor de Propaganda, ou texto impregnado de propaganda. Não sei, pode até ter um fundo de verdade, tanto os desejos expressos quanto o que Alexandre queria que fosse feito. Talvez tenham interpretado o que ele costumava dizer... Ele pode ter feito um testamento... Mas as afirmações circulantes são bem contraditórias.

Thermopolium – termópolio. Fast food romano. Eram lugares onde o povo romano encontrava comida pronta e barata para o consumo. Você podia comer no lugar ou levar para casa.

Tito Tácio – Rei dos sabinos, com quem Rômulo guerreou. Ele supostamente guerreou porque mandou sequestrar as mulheres sabinas.

Trejeito – careta.

Triário – veterano de batalha que ocupa a terceira fila da formação de batalha da legião, chamada triplex acies (linha tripla).

Tribos urbanas de Roma – são 4. E compõem as origens das gentes e das famílias romanas; sendo responsáveis pela organização social primária. Desde sua fundação, as tribos se distribuíram por 4 de 7 montes. É também de onde se derivou a urbanização desses montes, formando os bairros.

Triclínio – É a sala de jantar formal, composta de três “lounges” ou “camas” que cercam os lados de uma mesa quadrada, onde é servida a refeição. Esse tipo de composição de mobiliário era característico de residências abastadas.

Triclínio – também é o próprio móvel; o leito onde os romanos faziam as refeições.
Na verdade, os romanos possuíam diferentes tipos de camas para diferentes atividades. Uma lectus lucubratorius para a pessoa ficar estudando. Uma lectus genialis para recém-casados. Uma lectus tricliniaris para as refeições e para relaxar socialmente. Uma lectus cubicularis para dormir.

Triple acies – formação dos soldados, divididos entre os novatos, médios e veteranos.

Tripolitania, de origem fenínica, e Cirenaica, de origem grega - eram regiões da costa africana onde ficavam esses assentamentos. Os herdeiros da cultura fenícia eram os cartagineses. Ambas as regiões, em um futuro distante, comporiam o que hoje é a Líbia.

Triunfo – celebração pública da vitória de um general romano.

Triúnviros Noturnos – vigilantes noturnos responsáveis por vigiar e por apagar incêndios. Os precursores do Corpo de Bombeiros, em Roma. Eram três (por isso triúnviros) e se dividiam pelas áreas da cidade para vigiar, por isso, eles carregavam baldes de corda contendo água. Assim, ficaram conhecidos como os rapazes do baldinho. No início, eles eram escravos cedidos por seus senhores para fazer a patrulha na cidade. Depois, creio eu que o corpo de vigias foi evoluindo até chegar na sofisticação instituída por Augusto, que se inspirou na brigada de incêndio de Alexandria.

Trivialidades – banalidades, lugar-comum.

Tropaia – é como um troféu militar permanente.

Tropel – som produzido pelos cascos dos cavalos cavalgando juntos.

Truculentus –"O truculento", nome da peça teatral do famoso dramaturgo romano, Titus Maccius Plautus.

Tuba – espécie de tromba em forma de "g" – um predecessor do trompete (ou trombeta de guerra). Trata–se de um instrumento de responsabilidade do soldado que age como um "trompeteiro militar". Pela tuba, são produzidos sons de batalha, sons para sinalizar ordens do comandante –ordens previamente conhecidas dos soldados, e desconhecidas do inimigo. Também servia para insuflar ânimos para luta, no campo de batalha, ou para intimidar o oponente. A bucina (ou buzina) é uma versão menor da tuba.

Turista – bem como outro termo moderno que eu venha a utilizar, é para conectar a mentalidade atual ao mundo do passado. As pessoas viajavam, elas passeavam, elas comercializavam, elas peregrinavam... E eu utilizei o termo turista para englobar tudo isso, considerando que tudo isso, quando ia para uma região, gastava dinheiro, ou injetava dinheiro no comércio local. Por isso, achei apropriado utilizar o termo, embora a concepção de turismo seja algo que surgiu num mundo muito mais moderno.

Urbe – Dizem que essa é uma das palavras de origem etrusca, que ao longo do tempo ampliou e complexificou o seu significado. Basicamente, grosso modo, urbe designa a cidade de Roma, na parte interna dos muros servianos. Essa concepção se consolidou quando Roma passou a ser considerada a “capital” de todos os territórios conquistados pelos romanos. Inicialmente, urbe significava uma espécie de classificação, apontando determinada zona onde havia habitações ou moradias. Em contrapartida, ager indicava a área rural, ou o campo – de acordo com a Infopedia.  Havia uma correlação entre civitas e urbe, à medida que as civitas consistiam em núcleos menores como os locais habitados por famílias e pelas tribos que se agrupavam para um mesmo culto. O culto se voltava a honrar os antepassados e o lar (isso era central na cultura romana). No interior da urbe ficava o fogo sagrado das civitas e onde eram tomadas as decisões mais importantes. Civitas também é um termo que evolui para cidadãos de uma pátria, vinculados a um governo. Especialmente, no direito romano. Em termos gerais, a ordem urbana da cidade tentava imitar uma ordem cósmica, considerando que o cosmos remete aos deuses. Os romanos introduziram o elemento da simetria, na representação arquitetônica de sua urbe.

Ustrinum ou ustrino – local de cremação.

Validadas – reconhecidas, confirmadas, cientificamente aceitas.

Vagão – naquela época, poderia ser um carro de transporte, como eram as carroças. Carroças, vagões e carruagens se distinguiam mais pela finalidade e pelo que carregavam, do que excepcionalmente pelo formato ou a maneira de rodagem. Pela minha dedução, geralmente, os vagões eram as carroças usadas para transporte de bagagem dos soldados, e coisas mais pesadas do que as carroças normais. Carroças podiam ser usadas mais internamente, e nos ambientes rurais. Os vagões levavam para outros territórios. Pelo menos foi o que eu depreendi de matéria tão extensa. Mas o que eu entendi não deve ser usado como informação mais acertada, pois eu não me aprofundei.

Vélite – posto dentro da infantaria ligeira, responsáveis pelos ataques rápidos (carga ligeira).

Veios – originário do verbo vir. Pode ser sinônimo de correntes, ou de leva, na frase. Exemplo: uma leva de imigrantes; ou correntes migratórias. Também é o nome de uma importante cidade etrusca, a qual foi tomada pelos Romanos.

Versam sobre – incidem em, tratam de, aludem a, referem–se a.

Verbena – planta sagrada.

Via Sacra – é o trajeto cerimonial/ sagrado entre o Capitólio, e o Fórum. Trata-se da rota oficial dos triunfos romanos, celebrados por seus generais. Com a construção do Coliseu de Roma, mais de um século depois, alguns textos afirmam que os triunfos seguem para lá e não mais para o Circo Máximo. Outros textos diziam que eles seguem para o Campo de Marte. Eu olhei o mapa e comparei com vários textos. A rota cerimonial, supostamente, seria do circo máximo ao templo para oferendas. Mas eu decidi fazer o caminho inverso, uma vez que não há consenso entre trajetos, ordens de procissão, muito menos as cerimônias são idênticas durante o avanço de Roma rumo ao Império. Além do mais, não acredito que as legiões inteiras coubessem dentro dos templos para celebração do triunfo. Por isso, decidi acreditar em alguns relatos e preencher, eu mesma, as lacunas das informações que não localizei. Quer dizer, eu segui o que achei mais lógico.

Viagem de casamento - precursora da Lua de Mel.

Vicus – subdivisão de um bairro.

Virimal – uma das colinas ou montes de Roma.

Víveres – mantimentos, alimentos.

Vohu Manah – Um dos Amesa Espentas (espíritos imortais sagrados), na religião do Zoastrismo. São seis Amesa, ao todo. O Vohu representa  o do bom pensamento.

Volatilidade – de volátil, de instável, de não confiável.

Votivos – dedicados.

Vulca de Veii – famoso escultor etrusco.

Zama – região na África controlada por Cartago, onde se realizou a batalha decisiva que decidiu o futuro de Roma. No entanto, é uma área genérica, já que não se tem certeza de onde realmente ocorreu a batalha denominada de Batalha de Zama. Provavelmente, era Zama Régia.

Zamolxis – Deus supremo do panteão daciano.

Zenda-Avesta – coleção de textos sagrados do Zoroastrismo.

Zoroastrismo –Precursora das religiões monoteístas. Talvez, a primeira semi-monoteísta já registrada pela Humanidade. Surgiu no território hoje chamado de Irã, há milhares de anos. Na época, os reinos que ali existiam tiveram diferentes nomes, ao longo dos séculos: Império dos Medos, Império dos Persas; Império Aquemênida; Império Macedônico; Império Selêucida; Reino Greco-Bactriano; Império Arsácida; Império Parta; Império Cuchana; Império Sassânida e assim, sucessivamente, até chegar no Irã, conforme o maravilhoso site da Wikipédia, com muitas informações para quem ama história e deseja acessar gratuitamente esses conhecimentos. Basicamente, os zoroastrianos seguiam alguns preceitos que podem ser deduzidos por meio de textos como Bundahishn, da Alta Idade Média, mas que possui fontes literárias que devem ser muito mais antigas e que provavelmente já se perderam no tempo:

Arimã contra Ormasde / deus do mal versus deus do bem [acréscimo grifado meu]:

(...)

“Mentira e falsidade contra a verdade;

Excesso e deficiência contra moderação;

Maus pensamentos, palavras e actos contra bons pensamentos, palavras e actos;

O mau caminho contra o bom caminho;

(...)

Indolência contra diligência;

Vingança contra a paz;

Dor contra o prazer;

Mau cheiro contra a fragrância;

Escuridão contra a luz;

Veneno contra o antídoto;

(...)

O Inverno contra o Verão;

O frio contra o calor;

A secura contra a frescura;”

(...) Fonte ver referência.

Ahura Mazda (Deus) criou um primeiro casal, chamado Mashya e Mashynag, que vivia harmonicamente em um paraíso, até que Angra Mainyu os convenceu de que ela era o criador, e que Ahura Mazda era um enganador. Por terem acreditado, o casal foi expulso do paraíso e condenados a um mundo cheio de dificuldades.

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