epilogo


Celestino realmente nunca pensou que, depois de tudo que passou, dois anos para falar a verdade, ia finalmente conseguir algumas explicações do seu pai.

Finalmente recebeu alguma carta que o velho tinha para seu destino.

Chegando em casa, foi recebido por um menino, o olhando com seus olhos curiosos da mãe. Podia dizer que a varíola a deixaria exterior, mas Delfina pegou suas sementes podres e lhe deu um menino, um menino muito curioso que apronta bastante. Cadê a mamãe? – Viu o menino, meio de suas pernas moles, tentando e falhando miseravelmente para ficar em pé. O dedo gordinho aponta para a sala de jantar. – Obrigada. – Fazendo um carinho em seus cabelos, o vendo esticar seus braços pedindo colo.

- Biel, cadê você? – Delfina murmuro calma e o menino pulo no colo do celestino, entrando na sala de jantar, a viu procurando debaixo da mesa.

- Está frio. – Sorriu quando a mesma pulou. – Como foi seu dia? – Delfina o beijou de leve, já pegando o menino deles, trazendo para seu colo, que aceitou bem rápido. – Melhoro da virose?

- Bom, depende. – Delfina murmuro sorrindo para Celestino.

- Como assim, depende? – Deixou os papéis num canto, voltando para a esposa buscando mais respostas.

- Bom, a virose que tive pode durar pelo menos uns 8 meses, acredito. – Voltando a Celestino, rindo de seu choque. – Parabéns, Celestino, você vai ser papai! – O grito e a risada de ambos foram causados por Celestino, que os tira do chão, fazendo ambos o apertarem.

- Está falando sério? – Celestino beija os dois, causando resmungo do menor, que foi colocado no chão, indo atrás de alguns brinquedos.

- Não mentiria isso para você. – Delfina o pouco para mais um beijo. – Aquela páscoa rendeu. – Causando risada no mesmo. -Tirando isso, como foi seu dia? – Deixando um carinho no rosto dele.

- A reunião com o advogado? – Delfina concordo. – Ele me deu uma carta que meu pai escreveu para mim, tirando isso, finalmente consigo ser chamado de Marques legalmente. – Celestino a viu concordar, voltando à pilha de papéis.

- Vai ler a carta? – A pergunta escondeu de Celestino a curiosidade que rastejava em Delfina. Mesmo querendo ler, sabia que era algo que Celestino tinha que fazer sozinho, a figura paterna ainda é algo frágil para ambos.

- Não sei, - Celestino se sentou derrotado, ele queria ler, mas não queria fazer isso sozinho. – Ia perguntar se você poderia ler enquanto eu só ouço. – Tinha tons rosados em suas bochechas e Delfina tudo que fez foi segurar em sua mão.

- Posso fazer isso, mas acredito que seria algo mais íntimo entre vocês dois. – Celestino ignoro seu comentário, dando a carta.

Delfina abriu o envelope e puxou o papel já amarelado pelo tempo.

- Preparado? – Continuou ansiosa, o mesmo concordo já distante. – Bom, vamos lá.

"Celstino?"

Acredito que, se está lendo essa carta, é porque no final das contas não vamos nos encontrar com vida. Tenho muitas coisas para conversar com você, mas acredito que tudo a seu tempo.

Nossa relação tomou um rumo que nunca pensei que ia se tornar, você sempre foi muito orgulhoso, tinha tanto orgulho que acho que metade de suas ações tinha um pouco de culpa minha, mas sempre foi meu bem mais precioso, nunca realmente pensei que um erro meu ia estragar nossa relação.

Eu amei muito sua mãe e, mesmo falhando em minha fidelidade, não achei que ia te perder, mas acredito que foi meu castigo, mas tem muitas outras coisas para conversarmos...

De qualquer forma, sei que passar o título para você será a coisa mais fácil, só que para governar um título assim precisa de alguém ao seu lado e,realmente, por incrível que pareça, quem devia estar ao seu lado não seria a Delfina.

Quem eu e sua mãe planejamos ao seu lado foi Ariana, sua querida prima, mas tenho que te dizer que desde que vocês foram apresentados, acho que nós mudamos nossos planos, tivemos que mudar, e cada ação que ambos faziam tinha total certeza de que o percurso para arrumar o título você só ia conseguir com Delfina.

Celestino, tenho que te falar, fiz muitas coisas de que não me orgulho, mas acredito que a única pessoa que pode te defender e o te levar para um mundo melhor seja a mesma.

Nesses momentos finais, acho que o que mais me arrepende é ser tão orgulhoso quando você e não pegar um navio e vê-lo, mas acredito que teremos mais chance no futuro ou em outra vida.

Antes de isso acabar.

Lembre-se , celestino, não a deixe sumir de suas mãos, não perca seu bem mais precioso. Pelo que sei, além de sua mãe, acho que Delfina seja sua cara-metade.

"Com amor, seu velho"

Delfina terminou fechando a carta e, olhando para o marido, viu-o chorar e tudo que fez foi sorrir.

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