Capítulo 7
A casa solitária e cinza chocou os olhos de Delfina.
- Bem-vinda ao lar. – Murmuro celestino sem muita emoção. – O que achou do lado de fora? Porque do lado de dentro é ainda mais cinza. – Não tinha muito mais ânimo.
- Porque sua casa é tão, tão, tão... – Delfina não queria terminar realmente, casa é uma coisa muito pessoal, devia ser acolhedora, pelo menos em tese, a fazendo tremer só de lembrar de sua própria casa que vira sua prisão.
- Deprimente? – Completou sem rodeios. – Eu sei que é deprimente, é assim que me sinto às vezes. – Já a guiando para dentro, Delfina o olhou de perfil, o deixando nervoso por um tempo.
- Por quê? – Sua voz foi baixa o suficiente só para ele ouvir.
- Porque sempre me senti só. – Voltando para a casa escura.
- Bom, você agora não está mais sozinha. – Delfina concluiu com facilidade, voltando para frente. – Vamos mudar tudo aqui e deixar mais colorido. – Ela sabia muitas coisas de decoração, seu único prazer naquela casa era mudá-la e claro ler muito, então já sabia o que fazer isso. – Mas você vai ter que me ajudar. – Voltando para Celstino, que ficou meio chocado.
- Como assim ajudar? Não é coisa de mulher? – Ele realmente sempre viu sua irmã e o pouco de sua mãe não deixavam seus maridos chegarem perto desse prazer.
- Acho que, como vamos morar aqui junto, você tem que participar. – A lógica estava ali e não entendia por que ele a olhou tão feio.
- Hm, normalmente as mulheres em minha vida disseram que isso não era serviço para pessoas como eu. – Aquilo a fez rir baixo. – Que foi?
- Normalmente, os homens não têm bom gosto, mas você decora os navios sozinhos, então acredito que será uma mistura bem legal, né? – Delfina pulou ao lado dele, animada. – O que acha?
- Tirei a sorte grande. – Por fim, sorriu e ela o acompanhou. Naquele momento, nenhum dos dois lembra realmente que aquele casamento começou com uma farsa. Celestino tinha em sua cabeça que ia provar que a amava, e ela não pensou que realmente tinha uma paixão tão grande por seu companheiro e que a mentira uma hora poderia cobrar seu preço.
...
Os poucos dias que ficaram na casa de Portugal, celestino viu aquele lugar cinza tomando cor, flores começaram a surgir em sua morada, brancas e azuis trazendo uma tranquilidade, cores tristes foram desaparecendo, surgindo tons azuis trazendo uma tranquilidade, nuvens foram tomando os tetos com anjos que traziam mensagens pequenas, mas acolhedoras. Delfina deixou aquele lugar triste e sem vida com uma cara acolhedora.
Quando chegou domingo celestino, estava animado para mostrar as belezuras de Portugal.
- Aonde vamos tão cedo? – Já pegando o chapéu de sol.
- Primeiro a igreja como sempre, - resmungo, já pensando nas horas que ficara olhando aquele padre murmurando em latim coisas, - Depois a levarei para conhecer a casa das rosas e claro a tourada portuguesa. – Realmente, as touradas das rosas eram a melhor coisa que tinham em Portugal depois de tanta guerra e tristeza que está acontecendo pelo mundo.
- Tourada de rosas? – Delfina parecia confusa. – Pensei que touradas são coisas espanholas. – Sim, todos os livros que Delfina leu, bom, touradas foram originadas na Espanha, mas sabia que alguns pontos longe que tinham essa atividade.
- Sim, mas vamos por parte, vamos primeiro à igreja e depois à parte divertida. – Delfina concordo.
Demoro um pouco para chegar à casa das rosas.
Mas Delfina, quando chegou à morada das rosas, ficou surpresa de ver aquela casa de vidro lembrando uma estufa, deixando-a estupefata. As damas em questão pareciam bonecas de porcelanas, sem contar é claro que as "rosas" tinham roupas belas e bem coloridas, sem contar os penteados que pareciam mesmo rosas, deixando tudo ainda muito mais ágio. Delfina tudo que fez foi encher os olhos, pegando cada detalhe dos ardo-nos de cabeça e claro os rostos super bem polidos e sérios das moças, pequenas crianças correndo com cores brancas, deixando acreditar que são pupilas que não ganharam suas próprias cores.
- Elas são lindas. – Celestino a guiou para a arena, onde, com pequenas notas, foi colocada num camarote. – O que vamos ver? – Tinha uma curiosidade enorme, queria entender sobre que artes essas musas iam fazer, dança? Canto? Acrobacias?
- Vamos ver a tourada. – Celestino a deixou no canto da borda, um lugar maravilho para ver toda a ação. – O show das rosas é bem mais complexo que qualquer coisa que já viu, - Celestino chegou mais perto mostrando uma dama de cor alaranjada bem ali no meio da arena de areia. – A 20 anos atras uma marquesa estava cansada das traições do marido e que o mesmo andava com suas filhas não legitimas de um lado ao outro então decidiu dar uma lição ao marido, - Foi quando o silencio reino e Delfina parecia incerta sobre o que aconteceria agora. – Ela colocou as filhas de seu marido numa arena com um animal que so os homens mais corajosos enfrentam na Espanha. – Um touro negro surgiu da escuridão fazendo Delfina ficar chocada, o touro em questão parecia uma montanha de músculos, muito maior que a menina ali no meio. – A marquesa fez todas as filhas do marques dançar ate que sobro uma. – Celestino narro tudo enquanto Delfina ficou olhando a jovem dançar contra aquele enorme touro, fugindo dos grandes chifres, que pareciam mais espadas prontas para entrar no corpo da jovem. – como a menina não morreu com um, a marquesa colocou mais dois e bom ouve um final trágico como deve entender. – Aquilo parecia uma barbaridade.
- E ele não fez nada para impedir? – Delfina ficou indignada.
- Como fazer algo contra a irmã do governanta? - Celestino pondero sobretudo. – Bom, a ideia pegou e todas as esposas pegaram seus problemas e colocaram numa arena com touros enormes. - A tourada das rosas viro um jeito econômico de se livrar dos problemas. – Só que dançar só com touros não dava mais o entretenimento necessário ao povo, então decidiram trazer outros tipos de atributos, como quem sobrevivesse poderia ganhar um dote.
- Para ganhar dote, elas têm que sobreviver? – Tinha visto crianças ali naquela casa de vidro. – Vi crianças ali, elas colocam crianças?
- Bom, isso pegou uma certa popularidade e é bom para todas as damas e crianças sem uma família ou que não têm condição, manda as jovens aqui para dançar com os touros, crianças de 9 devem viver 11 anos e assim vão ganhar o título e claro um título. – Celestino viu ao longe a dama dançar com maestria. – Pode parecer crueldade, mas realmente tem vantagens para pessoas sem nada, isso aqui chega a ser uma chance para subir na vida.
Delfina encarou tudo aquilo quieta, além do mais, o que poderia fazer para mudar? Até mesmo as rosas que lutavam por uma vida mais digna tinham mais liberdade que Delfina teve em toda sua vida, realmente como filhas ilegítimas tinham um final assim? Pensando bem, elas pareciam bem iguais à Delfina, lutando por sua liberdade de forma esforçada.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top