Capítulo 4


O grande baile foi realmente chamativo Ângela sabia fazer um bom baile, então Celestino realmente ficou animado para ver seus antigos amigos. Claro que depois de um tempo ele se cansou daquela bagunça e barulho, mas logo sua vontade voltou quando viu Delfina entrando com uma roupa que ele realmente achou horrorosa, parecia uma senhora se cobrindo de todos os jeitos possíveis, braços e até mesmo o pescoço.

- Por que me olha assim? – Delfina murmuro quando cumprimentou, já o puxando para o salão.

- Está se vestindo como uma senhora. – Resmungo disfarçando enquanto se posiciona para começar a dançar.

- Bom, não é todo mundo que aceita as marcas. – Ela parecia aborrecida e Celestino pouco se importou. – Seu indelicado. – Revirando os olhos, voltando para longe, onde Celestino acompanhou, dando de cara com algumas jovens debutantes e algumas solteiranas.

- Por que as olhas? – A puxando para o centro e Delfina volto sua atenção ao amigo pensativo, deixando Celestino nervoso.

- Estou vendo quem você vai puxar depois para uma dança, - Murmuro pensativa. – Ângela, comento como vocês estão com problemas. – Sussurro para Celestino, que parecia ficar com uma cara amarga, fazendo-a abrir um sorriso diabólico.

- Que bom que você faz parte da família porque se não fosse eu me preocuparia. – Celestino ia matar a irmã, como assim espalhar assuntos desses para os outros. – O que mais você sabe? – murmuro pensativo, tudo que precisava era ideias e melhor do que seus irmãos que queriam burlar o sistema. Talvez aquele pequeno diabinho talvez lhe dê algo diferente porque ele realmente está perdido.

- Bom, sei que seu pai decidiu te prender a alguém, - Delfina rodopiou, parando a conversa, já voltando animada. – Que só vai conseguir assumir tudo depois que cumprir os requisitos. – Sussurro, segurando em seu ombro. – Já tem a lista para visitar as damas?

- Lista? Eu nem mesmo sei o que fazer, - celestino estava emburrada e Delfina tudo que fez foi deixá-lo se expressar e isso ele aceitou amigavelmente. – Se eu pudesse, passava esse título a Carlos, sinceramente não consigo me imaginar por aqui novamente. – Voltando aos seus olhos, buscando alguma reação, Delfina inclinou a cabeça pensativa.

- Acho que você fez um bom trabalho como marque, - Aquilo o chocou. – Mesmo de longe, trouxe uma nova cara a Paraty e ideias que deixaram a cidade mais atrativa ao povo. Mostra que é um bom marques. - Celestino concordo junto. – Agora sobre seu problema, acho que não tem como passar isso com Carlos, você sempre foi um bom marques e Carlos bom, Carlos é meio...

- Desligado? – Murmuro sorridente, rindo baixo junto com ela enquanto passavam por Carlos, que parecia alheio ao que tudo acontecia entre os dois. – E que lista seria essa?

- Bom, Ângela pediu minha ajuda para listar algumas conhecidas para que você tenha escolhas. – Ou opções, Celestino não completou. – Mas acho um pouco difícil alguém querer se casar tão rápido, muitas mamães sabem que você é um pouco libertador, sabe? – Fama sempre acompanha a pessoa.

- Isso foi há muito tempo. – Fechando a cara, deixando-a rir. – E você nunca se considero ocupar o título de marquesa? – A voz dele foi baixa, e que bom que ambos não viram Ângela e Carlos quase caindo com o que saiu da boca do irmão, enquanto Celestino parecia se chutar em sua mente pela sua ousadia, enquanto Delfina parecia pasma por pouco tempo, deixando um sorriso surgir.

- Bom, acredito que aceitaria. – Defina, não penso que o veria vermelho. – Celestino? – Sua preocupação o desperta de suas fantasias, o fazendo voltar ao normal. – Está tudo bem?

- Sim, só estava pensando. – Olhando em volta quando a música acabou acompanhando para fora do salão. – E como isso acabaria acontecendo?

- Acho que depois que você ver qu ninguém irá querer ser sua esposa, - Delfina pondero, ajeitando seus babados. – Além do mais, você precisa arrumar uma pessoa que realmente fique bem ao seu lado e não que tenha que se cobrir tanto... – Aquilo o machucou um pouco e, antes dele ir atrás da moça, vieram outras damas e celestino ficou ali olhando ela se afastando.

- Ah, Delfina! – ele a chamou, cortando os comprimentos que vieram. – Me entregue a lista amanhã na hora do chá. – Com um aceno, ela seguiu, deixando com os urubus, voltando com um sorriso tranquilo.

...

Celestino tinha que admitir que, quando Delfina tinha um serviço, fazia com maestria. Na hora do chá, tinha uma lista com pelo menos vinte pessoas. Alguns nomes ali o fizeram sentir o estômago revirar, fazendo-o rir enquanto os demais pareciam um pouco distantes daquela bagunça.

- Acha que elas vão me ouvir? – Celestino caiu contra o sofá com certa preguiça.

- Acho que muito provavelmente não. – O desânimo dele foi lamentável, a deixando-a pouco pensativa. – Mas tem muitas damas que querem ser marquesas. – Murmuro, tocando seu joelho, buscando aqueles carinhosos de que tanto sentia falta, fazendo Celestino voltar para uma posição mais séria, puxando a cabeça para frente.

- Sim, mas suas mães nunca deixariam uma menina aceitar o casamento em menos de três meses de corte. – Voltando a ficar largado no pequeno sofá, a deixando num canto.

- Bom, isso é verdade, - Delfina bateu de leve em seu queixo, nem notando os olhos azuis de Celestino seguindo aquele dedo fino batendo o queixo dividido da mesma. – Mas nada está perdido. – Finalmente voltando para Celestino. – A proposta ainda está de pé? – Celestino levantou tão rápido que Delfina segurou os kits de chá que quase foram ao não. – Celestino, cuidado. – Murmuro.

- Está falando sobre casar comigo? – Ele parecia pouco se importar com bules caros que poderiam ser substituídos.

- Sim, acredito que podemos conversar sobre isso. – Celestino ficou esperando os detalhes que sairiam daqueles lábios rosados. – Como sabe, não ando muito em posição para fugir de uma oportunidade. – Celestino poderia ficar ofendido com tal coisa, mas ele acabou notando as bochechas vermelhas vindas da mesma, o deixando com esperança de que algum sentimento seja recíproco. – Mas tenho condições! – Levantando aquele dedo acusatório, o fazendo engolir em seco.

- E quais seriam essas condições? – Celestino volto a sentar quando foi lhe servido chá com leite, pegando um pequeno bombom, deixando sua dama virar para ele com olhos sérios, deixando as avelãs mais esverdeadas, o fazendo ir às nuvens.

- Bom, quero 25%. - Aquilo o quebrou, afastando-o , olhando franzindo a testa. Delfina colocou as mãos na cintura já em sua própria defesa. – Que foi?

- 25%? – Parecia chocado com tal valor. – Do quê?

- Da herança, do que é mais séria? – Seu tom parecia debochado, o deixando ainda mais chocado. – O que acha que eu pediria? – Delfina levantou, encarando Celestino nos olhos, fazendo Celestino recuar. Carlos e Ângela sempre invejaram isso. Delfina podia ser menor que uma mulher normal, mas tinha uma força que ninguém poderia segurar e sempre conseguia se colocar na frente de Celestino, fazendo um homem do tamanho de um armário recuar.

- E por que perguntaria isso? - Mesmo com o tom elevado mostrando sua raiva, Delfina continuou firme, o deixando impaciente.

- Por que tenho que ter um pé de meia, vai que num dia você acorda e decide simplesmente cansar de brincar de bom marido? – Aquilo doeu no ego enquanto Delfina volto a sentar e tocar seu café, deixando Celestino desconcertado no meio da sala. Alfredo e Paloma tentavam não olhar aquela cena em que os irmãos estavam bisbilhotando sem disfarçar.

- Acha que vou te largar assim no meio do nada? – Celestino rosna de leve. – Por que acha isso?

- Por que já fez isso antes? - Delfina não o olhou mais, aquilo o manteve congelado e pensativo. – Pode fazer de novo, então é isso, ou aceita ou é um não. – Ela estava nervosa com a silencia que vinha do mesmo, espiando pelos cantos dos olhos o vendo passar as mãos em seu rosto e puxar os cabelos bem arrumados, voltando para o teto com um bufo bem auditivo. - E então? – murmuro baixo tentando não ficar constrangida, notando os braços fortes lutando contra as camisas que tentavam cobrir aqueles braços ou como ficava vagando às vezes em sua linha de expressão caindo nos lábios finos finos do mesmo. Realmente, quando celestino ficou tão bonito? Ele já era charmoso e agora parecia irresistível.

- Aceito. – Celestino tinha aquele momento para a convencer que poderia realmente a amar e a não deixar mais, sua surpresa o deixou desapontado com ele mesmo, mas o que quebrou aquele momento foram seus irmãos pulando super animados, a deixando distante e constrangida, o fazendo franzir a testa. – Estavam espionando? – Ele já começou a achar que algo estava errado.

- Talvez um pouco. – Ângela já puxou Delfina para longe dos meninos. – De qualquer forma, precisamos arrumar um casório. – Delfina olha, buscando ajuda conforme é levada pelas portas.

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