Capítulo 1
5 anos depois.
Celestino tinha tudo e ao mesmo não tinha nada.
Tinha construído um império sem o dinheiro do pai, o que foi surpreendente para um filho pródigo que chegou só com um cofrinho e um sonho de Portugal, mas o mais interessante foi que, durante esses cinco anos em sua vida, tentou fazer mesmo um reino que não sentisse falta daquele que deixou para trás, procurando uma esposa e uma mulher que pudessem preencher aquilo que ele havia deixado no Brasil.
Mas, como sempre, nada pode ser substituído. Deu muito errado. A mulher tinha sido escolhida, mas sua falta de fertilidade fez a mulher ir embora. Sem contar, é claro, que no meio de tantas decepções veio também aquela maldita carta que o fez gelar.
Carlos tinha comunicado que Delfina ia casar com um antigo amigo de Celestino, aquilo o fez nunca mais querer voltar de vez ao Brasil. Ele não ia conseguir olhar para as demonstrações de carinho que poderiam vir entre Delfina e aquele feioso do Daniel, só que claro, no meio de seus pensamentos, enquanto voltava para sua casa depois de mais um dia resolvendo papelada de suas fábricas e transportadoras, viu ali em cima de uma mesinha de canto uma carta com o celo de seus irmãos. Já fazia um tempo que não tinha notícia de Carlos ou Ângela.
Caminhando até o papel com certa pressa.
Pegando o papel amarelo, abri já puxando a mensagem com simples frases dizendo.
"Celestino,
Nosso querido pai morreu, acredito que está na hora de voltar à nossa morada.
Assuntos sérios estão surgindo e nossos primos distantes querem colocar as mãos em nosso patrimônio, então para de ser um medroso e volte logo, precisamos de você!
Com amor, seu irmão Carlos."
Depois de ler isso, ele realmente desabou numa poltrona, por que tudo tinha na sua vida o fazia voltar para o rasil? Para ele, realmente ver as crianças de Delfina correndo ou até mesmo aquele Daniel a segurando com carinho?
Mas ele realmente tem que parar com esse medo, mesmo que seu subconsciente viva mostrando Delfina feliz com outro que não é ele, tem que admitir que podia ter sido ele se tivesse admitido naquela noite em levá-la com ele em vez de fugir como um covarde, mas agora ele tem que ser um homem.
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