XV. Narcisa Malfoy
O corpo de Harry sofria pela noite mal dormida, havia acordado de madrugada com uma terrível ressaca e dores pelo mal jeito, além disso, se viu no quarto de Draco e se assustou. Porém, na manhã seguinte quando se encontraram ninguém falou nada, Malfoy continuava com seu ar superior usual, mas nada parecia errado e Potter não perguntou.
A adrenalina corria no sangue de Harry e foi difícil parar para analisar a situação. Havia ouvido um grito de Draco e então seguiu para a direção dele em desespero.
Ele olhava cada canto da cozinha procurando algum intruso ou algo diferente do normal. Teddy e Draco estavam encolhidos no canto do cômodo em meio a um abraço desajeitado sentados no chão.
Teddy estava bem, apesar do rosto espantado... parecia sorrir?
E Draco estava com um rosto assustado e tinha a varinha em mãos, e ele a apontava para a frente, mas não havia nada.
— está tudo bem? - Harry tentou perguntar algo, sua mente ainda estava a mil e sabia que seu tom de voz estava oscilando.
— não... essa panela! - Draco não conseguiu dizer mais nada do que isso, a panela de pressão que estava sobre o fogão chiou mais alto.
— o que tem dentro da panela?
— eu espero que nada vivo.
— eu ouvi você gritando avada kedavra - o moreno se aproximou do outro adulto colocando a mão em seu rosto para conferir, ainda tentando assimilar o que acontecia.
— oh, foi pra panela - ele se desviou das mãos geladas de Harry com uma careta e se levantou segurando Teddy no colo.
— então... você está com medo da panela de pressão? - ele respirava fundo para controlar sua raiva, se afastou de Draco e pegou Teddy no colo o verificando também.
— sim, ela fez um barulho horrível e eu me assustei, então Teddy achou meu rosto engraçado e começou a rir, eu fiquei bravo e parece que a panela sentiu isso, ela começou a fazer mais barulho - ele explicava detalhadamente e se afastando da panela sem sequer disfarçar, ele gesticulava ainda um pouco nervoso pela situação, sua face parecia assustada, como se aquela panela fosse uma bomba prestes a explodir.
— ela faz esse barulho quando pega pressão, o que é totalmente normal. Sério Draco, porque vc é assim? - Harry se aproximou e soltou o pino da panela para que a pressão saísse de dentro, ou um acidente real iria acontecer.
— eu estava com medo!
— eu achei que alguém tinha morrido! Você não pode simplesmente jogar uma imperdoável em uma panela!
— não pode! - mesmo sem entender, o garotinho imitou os gestos do padrinho, com um bico nos lábios apontou o dedo para Draco e franziu o cenho.
— droga, será que o ministério vai confiscar minha varinha? - essa parecia ser a única preocupação do loiro.
— eu quem deveria fazer isso! Você vai destruir a casa qualquer dia! - Harry respondeu um tanto exaltado pela situação.
...
(Notas da autora: eu sei que vcs querem me matar por ter deixado aquele gancho por essa besteira kkkkk enfim, não sei como vcs me levam a sério kkkkk tenham em mente que a fic é mais comédia que drama. Na próxima vez vou tentar uma coisa séria, desculpa deixar vcs ansiosos atoa.)
Harry passou o restos dos dias de folga e quando chegou a véspera de natal, notou que definitivamente algo incomodava Draco, pensava que havia sido a ideia de passar o natal na Toca e ter que se forçar a ser agradável com "aquela gente" todavia, toda vez que o assunto era citado ele apenas dava de ombros, não parecia se importar.
Na madrugada em que Draco folgou do trabalho ele finalmente entendeu o motivo de seu nervosismo. Por coincidência, uma carta havia chegado enquanto ele estava fora e assim que citou o nome Narcisa Malfoy, o corpo de Draco congelou e ele não conseguiu esconder a mão tremida que se esticou para alcançar o envelope.
— está tudo bem?
— sim, eu acho... eu vou ir pro quarto ler - os olhos cinzas pareciam perdidos enquanto ele tentava lembrar para qual direção era. Ver Draco tão vulnerável assim era mais desconfortável do que quando ele estava sendo arrogante.
Harry queria tê-lo segurado, dizer que poderia contar com ele seja o que for. Todavia, ficou parado olhando o loiro se afastar. Era irônico que Draco sempre dissesse que ele era "estupidamente corajoso" sendo que agora se sentia a pessoa mais covarde do mundo. Fingindo que não via quão mal ele estava, fingindo que não se importava, fingindo que não se lembrava da noite anterior. E talvez o pior de todos, aquele episódio com a panela de pressão havia sido útil por um motivo, quando notou tudo o que estava em jogo.
Harry descobriu que não podia perder Draco, que aquele loiro idiota também era alguém importante pra ele.
Mas não tinha a mínima coragem sequer para olhá-lo nos olhos.
Ele se aproximou do quarto e ouviu Malfoy murmurar consigo mesmo, todavia era baixo de mais para entender mais que algumas palavras soltas.
— não está ouvindo atrás da porta, certo, Harry? - a voz repentinamente mais alta fez Harry dar um pulo, em meio ao medo de ser visto ele apenas saiu andando e foi para seu quarto, não ouviu o barulho da porta se abrindo em nenhum momento e pôde constatar que Draco não havia realmente se importado ou pior, ele não tinha humor para implicar com Harry.
No dia seguinte, véspera de Natal, Draco levantou estranhamente cedo e quando Harry o perguntou para onde estava indo não houve respostas. Sem nenhuma explicação ele saiu, com o único pedido para que Harry tomasse conta de Teddy.
Bem, se as coisas eram complicadas para Potter, com certeza não eram diferentes para Malfoy. Se sentindo entre a cruz e a espada, quando de um lado iria ter que enfrentar um bando de ruivos no natal e de outro, sua mãe dizendo que mesmo sendo um filho ingrato - palavras dela - deveria fingir preocupação e ir visitá-la.
Hesitou em abrir a porta do quarto branco, sabendo que Narcisa estava tão próxima, isso era ótimo, mas assustador. As inseguranças inundaram sua mente, como estava a aparência, se ela queria realmente o ver, Draco se odiava por ser tão paranoico e ansioso e em um impulso irracional apenas abriu a porta e então, sem poder voltar ele entrou.
A mulher estava inegavelmente mais magra, porém, seu rosto continua belo e mesmo o olhar profundo tinha algo elegante. Ela tinha um ar aristocrático, como se aquela camisola branca fosse a última moda europeia e os cabelos bagunçados fossem um estilo novo. Ela sorriu, não do tipo amoroso, ela nunca sorriria assim por nada, era seu sorriso político, dizia "eu estou péssima, mas sou educada demais para demonstrar".
— eu recebi sua carta, mãe - Draco se aproximou, ainda incerto do quão próximo deveria ficar, se perguntava se não era rude ter pulado , ou se um abraço seria correto.
— não imaginei que viria tão rápido. Mas fico feliz em vê-lo saudável - ela entendeu sua mão em direção ao filho e ele se aproximou deixando a mulher afagar seus cabelos loiros — poderia ter me avisado sobre Andrômeda, odeio ter que ler o jornal para saber das coisas.
— ah, bem, foi tudo tão complicado e eu não podia fazer contato com você, mesmo por cartas, o ministério estava me isolando - ele estava incerto, então fez a única coisa que tinha certeza de deixar sua mãe feliz; a elogiou — e você parece bem demais para uma mulher acamada.
— bobagem, eles aqui não são loucos de me tratarem mal. Tem uma enfermeira que treme toda vez que me vê, é adorável.
— deve ser porque você continua assustadoramente deslumbrante.
— oh, você enche meu ego - ela sorriu superficialmente — agora que você tem a proteção do salvador as coisas melhoraram - seu tom não era acusatório, apesar de com certeza não ser a mãe mais orgulhosa, parecia aliviada.
— não, isso... eu resolvi sozinho, mamãe - Draco mentiu, porque feria seu orgulho saber que Harry era o maior motivo do ministério sair de seu pé. Claro que as investigações haviam acabado, mas eles ainda não gostavam de Draco e fariam de tudo para o atrapalharem se não fosse pelo santo Potter.
Ela o encarou mostrando que não acreditava, contudo não iria continuar o assunto. Narcisa suspirou e arrumou seus anéis quando falava indiferente:
— eu recebi uma ameaça. Só alguns filhos de comensais revoltados por estarem sendo perseguidos, falam que vamos pagar pela traição - sua voz fraca não deixa de ser fria, seu olhar parecia indiferente como quem falasse de crianças birrentas.
— isso é ridículo, se tivessem a oportunidade teriam feito o mesmo - o loiro deixou seu tom se elevar pela indignação, mas o olhar de sua mãe o repreendeu.
— pode ser hipocrisia, mas a ameaça é real. Deveria fugir, Draco - 'fugir' que uso de palavras terrível, aquilo revirava o estômago de Draco que estava tão, tão cansado de ser um covarde.
— eles não podem fazer muito conosco, eu não vou deixar que te machuquem, mãe - ele se aproximou incerto e segurou a mão de Narcisa, mas ela o olhou com uma estranha piedade, como se estivesse olhando para uma criança inocente que acreditava em papai Noel.
E então a Malfoy abriu a sua boca, nem ao menos piscou quando falou:
— seu pai está morto - ela pausou espadando uma reação do filho, mas não houve, ele apenas arregalou um pouco os olhos e em seguida assentiu engolindo seco — esses comensais assumiram a culpa, claro, talvez tenha sido os carcereiros que esqueceram de alimentar o pobre moribundo, talvez os dementadores sugaram demais, não tinha muita coisa - ela deu de ombros.
Ela havia chorado? Ao menos ficado triste? Era difícil apontar quando seu rosto passivamente se dobrava em apenas emoções necessárias para serem expressadas. O mínimo possível. Não demonstrar os sentimentos era quase uma regra Malfoy, só mais uma das quais Draco nunca conseguiu seguir.
— tem mais uma coisa - o olhar um tanto cabisbaixo da mulher voltou a realidade novamente — aquele garoto, Zabini, está aqui.
— aqui no hospital? - havia entendido, mas o assunto veio tão de repente que não conseguiu absorver.
— faz alguns meses, quando chegou parecia quase morto, mas incrivelmente se recuperou. Tem aurores rondando o quarto, não sei se você vai conseguir vê-lo.
— isso não faz sentido, Blaise me disse que estava em Paris, a família dele o falou pra fugir, ele ao menos tem a marca, por que iriam o capturar? - Draco disparou perguntas enquanto seu desespero crescia, Blaise estava internado, havia sido capturado, saber-se lá pelo que passou.
— não foram os aurores, ao que parece você tem um ex que não superou muito bem o término - um sarcasmo frio, mesmo que houvesse um sorriso de canto, ele parecia sem emoção alguma.
Draco congelou por um segundo, o único namorado que havia apresentado para sua mãe fora Theodore. Ele era um cara descolado e divertido, uma pessoa legal para sair a noite e beber, talvez não tão boa escolha quanto para namorar. Draco nem sabia porque diabos havia aceitado sair com ele quando não realmente gostava de Nott. Eles ficaram juntos por todas as férias de verão, mas acabaram tudo logo antes de voltarem aulas, os dois fingiram que nada havia acontecido, o rumor de um beijo na sala de aula que ocorreu antes das férias ainda vagava, mas com as aulas voltando os alunos já nem se importavam com isso, estavam bem mais interessados nos calouros ou histórias de verão. E seu passado com Nott se tornou um tipo de alucinação estranha.
— ao que parece, Theodore Nott é um dos líderes desses vândalos, foi uma provocação pessoal ter ido atrás do seu melhor amigo, mesmo que ele estivesse fora do país.
— ele não teve coragem de ir atrás de Pansy porque os aurores estavam na cola dela e Blaise deveria ser um alvo fácil, estava sozinho e sem como contatar as pessoas - o loiro concluiu a linha de pensamento recebendo um aceno em aprovação de Narcisa.
— eu pensei que já soubesse, não virou amiguinho do Potter?
— como você- havia se lembrado dela citando o jornal, talvez havia visto eles, de qualquer jeito não era o ponto — esquece, o que isso tem a ver com ele?
— Potter vai visitar Blaise, eu o vejo, quase toda semana.
Isso pegou Draco de guarda baixa. Harry não mentia, era terrivelmente ruim nisso, e Draco cresceu em um ambiente onde mentir era apenas mais um requisito básico para sobrevivência, não tinha um talento especial pra mentira e não era o melhor em esconder suas emoções em um padrão sonserino. Mas em comparação com Potter, fazia um bom trabalho.
— ele... ele nunca me disse.
— oh, então não estão tão amigos assim - aquilo o acertou novamente, de um jeito mais dolorido ainda, foi aí que ele tentou colocar sua máscara falha.
— acho que não - Draco sorriu como se não se importasse e sua mãe suspirou um pouco decepcionada, seu filho parecia uma criancinha tentando esconder os sentimentos.
— e então? - Narcisa chamou sua atenção e ele olhou os olhos azuis em confusão — você tem que fugir, eu tenho uma pequena propriedade na Alemanha, fique lá por um tempo, tem um trem indo para lá hoje às sete, mas tem que ir para o mais longe possível, eu tenho conhecidos no Brasil e- a mãe começou a explicar seu plano, havia um certo desespero em sua voz e Draco se permitiu senti-se amado quando viu o esforço que ela queria fazer para ele continuar vivo, mesmo se isso custasse a vida dela.
— eu não vou.
— isso seria idiotice, eles te querem morto - como se houvesse notado sua perca de compostura a mais velha voltou a sua usual frieza.
— oh, eu deveria ter sido mais gentil quando chutei a bunda dele - ele sorriu bem humorado, sua primeira defesa contra o desespero, e sua mãe parecia mais irritada a cada momento.
— você pode, por favor, levar alguma coisa a sério?
— o que quer que eu diga? "Obrigado, agora eu vou fugir para o Brasil e viver com uma tribo no meio do mato"?
— você não vai ficar em um tribo no mato - ela revirou os olhos azuis vendo as barbaridades que o filho falava — a escola bruxa de lá é muito legal, onde você vai ficar com um nome falso e uma nova identidade. Um professor vai fingir que você é sobrinho dele, com um falso pretexto de estudar as poções únicas de lá, você pode conseguir um certificado, abrir uma loja. Tenho certeza que pode dar certo.
Draco encarou os olhos azuis, eles refletiam medo, mas também esperança, sua mãe realmente havia pensado naquilo mais do que gostaria de transparecer. Ele imaginou por um segundo como seria, gostava de ser um curandeiro, mas era tão complicado trabalhar quando todos os olhares lhe julgavam e eram cheios de desconfiança, estudar poções seria interessante, talvez até mesmo dar aulas e o mais importante era que ninguém o conhecia ou sabia de seu passado. Teria um novo nome e uma nova vida, parecia tão bom.
— desculpe, mamãe - foi doloroso ver aquele feixe de esperança quebrar, uma lágrima solitária escorreu no rosto pálido da mulher e ela nem sequer a limpou, apenas se manteve firme como se aquela lágrima não estivesse ali.
Ela não falou nada vendo quão decidido seu filho parecia, a única coisa que lhe restou foi rezar para os deuses já esquecidos em quem ela ao menos acreditava, mas se eles existissem, implorava para que protegessem seu menino.
...
— eu... Eu... acho que gosto de caras - Harry disse, seus dois amigos que estavam entretidos com os aparelhos trouxas congelaram por um segundo antes de deixarem as tecnologias de lado e se aproximarem do amigo.
A mansão Black estava vazia se não pelo trio de outro, há pouco tempo os Weasley haviam aparecido lá, queriam se desculpar antes do natal, infelizmente Draco havia saído, não fez questão de avisar alguém ou deixar um bilhete, mas Teddy por outro lado viu a garotinha no colo de Fleur e pareceu animado por ter uma amiga da sua idade, ela era a primeira criança mágica que havia visto e por isso acabou seguindo-a até a Toca.
— descobriu que gosta do Malfoy? - Ron cruzou os braços enquanto pensava apenas em qual era a maneira mais rápida de acabar com aquela conversa.
— é, isso deve ter chocados vocês, espera- o moreno se interrompeu e olhou indignado para seus amigos — não, não é ele.
Hermione apenas olhou-o sorrindo e acenou a cabeça fingindo que concordava enquanto voltava a mexer na câmera digital e Ron apenas revirou os olhos, não parecia nem um pouco confortável com aquele assunto. Harry ficou calado com um minuto, mastigava lentamente um pedaço de bolo que Molly havia trazido, pois estava imerso em pensamentos e então chegou a uma conclusão:
— ah, merda. É ele. Como vocês descobriram?
— deveríamos ter fingido surpresa? - Ron tinha uma ironia que quase lembrava Draco, Harry se perguntou se um dia aqueles dois poderiam se dar bem.
— a única coisa que nos surpreenderia era se você não estivesse com ele - Hermione completou, ela tinha os olhos ficados na câmera em sua mão e não parecia dar importância pra isso.
— mas eu não estou.
— hum? - o casal novamente deixou o resto de lado e encarou o de olhos verdes procurando um resquício de mentira.
— eu acho que gosto dele, mas não sei se ele gosta de mim. E nem tenho certeza se gosto dele.
— parceiro - Ron esfregou uma das mãos em sua camisa antes de apoiar sobre o ombro do moreno e olhar em seus olhos seriamente — ele gosta de você, você gosta dele, agora por favor vamos falar de outra coisa que não seja aquele babaca.
— eu descobri no quinto ano - Hermione falou como se aquilo fosse uma grande conquista e os dois amigos a olharam franzindo o cenho — ... só quis comentar mesmo.
— como tem tanta certeza? - ele perguntou ainda desacreditado, e a amiga lhe deu um sorriso debochado como se Harry fosse uma criança inocente que perguntava porque o céu era azul.
— eu poderia citar tantas coisa, mas que tal o fato de que essa câmera está cheia de fotos suas que eu tenho certeza que não foi Teddy quem tirou?
Hermione lhe entregou a câmera que antes mexia, céus, estava cheia de fotos, muito belas aliás, mas existia a maior parte eram borradas, desfocadas ou cortadas, isso porque tinham sido tirado escondidas, eram fotos de Harry.
Havia percebido que Draco passava bastante tempo com ela, mas sempre parecia concentrado em tirar foto de paisagens ou Teddy, e nunca havia se interessado em mexer nela ou sequer tinha a chance, sempre estava escondida e quando se aproximava dela Draco já a pegava e levava para longe dizendo que queria tirar mais fotos.
— ... ok, eu me sinto um idiota agora e um pouco assustado - tantas coisas passavam em sua mente agora, queria tentar organizar as coisas uma por uma e resolveu fazer a pergunta que tinha uma resposta um tanto abstrata — Ainda não entendi, por que estão de boa com isso?
— de boa? Eu não estou de boa, eu odeio ele - a amigo disparou rapidamente como se aquilo fosse algo preso em sua garganta, mas logo se calou por um momento antes de continuar mais calmo — mas seja lá porque, se gosta dele então quero sua felicidade. Eu estou me preparando mentalmente pra esse momento há um tempo, e acho que estou indo bem, mas não me pressione ou pense que eu vou começar a ser legal com aquele idiota.
Harry sorriu para o amigo o vendo ficar cada vez mais vermelho irritado pelo assunto enquanto bufava e franzia o cenho. Hermione não parecia exatamente feliz também, mas sorriu e acenou como se dissesse "você tem minha aprovação" e sabia que era um homem independente e a opinião de outras pessoa não deveria influenciar seus sentimentos em uma relação, contudo, aquelas pessoas eram as mesma que ficaram ao seu lado desde o começo de toda aquela loucura, se não fosse por eles nunca haveria conseguido carregar o fardo de ser o salvador ou qualquer coisa do tipo.
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Notas da autora:
Desculpa de novo pelo gancho, mas eu não sabia que vcs iam me levar a sério kkkkkkkkkk
Tá bem óbvio mas vou dizer, sim a história vai ter um certo conflito e tal, é provavelmente a única coisa que eu planejei e até agora nem tá planejado direito. Mas a fic tá ficando bem legal, né?
O maior objetivo é ser leve e fazer rir, vcs não tem noção de como eu fico feliz quando abro as notificações e vejo que só tem comentário rindo.
Obrigada por votarem e comentarem. Vocês são incríveis.
Eu queria saber o que vocês querem que eu faça já que perdi a aposta.
Deem sugestões🥰
Até a próxima ❣️
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