𝟎𝟐𝖝𝟎𝟖 '𝕭𝖊𝖙𝖗𝖆𝖞𝖆𝖑 𝖆𝖓𝖉 𝕽𝖊𝖉𝖊𝖒𝖕𝖙𝖎𝖔𝖓'

Aemond estava sentado na penumbra da biblioteca, cercado pelos antigos volumes e pergaminhos que sempre o ofereceram um refúgio. Ele tentava ignorar o burburinho do castelo, as risadas distantes e os ecos dos passos que revelavam a presença de outros. Ele não queria ver ninguém — não Aegon, que provavelmente estava embriagado em algum canto, nem Viserys, preso em sua lenta decadência, e certamente não Alicent, que nunca entenderia o turbilhão dentro dele. Tudo o que ele queria era a solidão e o silêncio.

Porém, quando decidiu deixar o santuário de livros e sombras, seu caminho cruzou-se inesperadamente com o de Alyssane. Ela estava se movendo pelos corredores, o corpo inclinado e os passos arrastados, como se cada movimento fosse uma luta contra a febre e a exaustão. Ele a tinha visto apenas duas vezes desde que retornara — no café da manhã, onde trocaram poucas palavras, e agora. Mas não precisava de mais do que um olhar para saber que algo estava profundamente errado.

A visão dela, pálida e frágil sob a luz das tochas, encheu Aemond de uma raiva imediata e irracional. Como ela podia ser tão teimosa? Como podia estar vagando pelo castelo, exaurindo suas forças, quando claramente deveria estar descansando?

Ele atravessou o corredor em grandes passadas, a fúria aumentando com cada passo, até se colocar diante dela, bloqueando o caminho. Ela levantou os olhos para ele, surpresa, e ele não pôde evitar que a bronca saísse como uma explosão de palavras duras.

— O que diabos você está fazendo aqui, Alyssane? — A voz dele era grave e incisiva, cada sílaba carregada com a autoridade que ele sempre soube empregar. — Você deveria estar na cama, repousando, não se arrastando pelos corredores como se nada estivesse errado!

Ela piscou, como se o som da voz dele a tivesse despertado de um transe. Havia um brilho febril em seus olhos, e sua pele, normalmente rosada, estava pálida e sem vida. Ele se inclinou mais perto, tentando ignorar o nó que se formava em seu estômago ao vê-la assim, tentando fingir que sua preocupação era puramente prática.

— Volte para seus aposentos, agora. — Ele ordenou, tentando manter o tom firme, mesmo quando a preocupação transparecia na forma como ele segurava o braço dela, direcionando-a de volta. — Você precisa repousar, Alyssane, ou quer ficar ainda mais doente?

Alyssane hesitou por um instante, a determinação nos olhos febris, antes de responder, a voz tensa e carregada de desafio:

— Eu não estou doente.

Aemond apertou a mandíbula, as palavras dela o atingindo como um insulto. Ele não tinha paciência para essa negação.

— Não sou idiota, Alyssane. — As palavras saíram com uma frieza calculada, mas havia uma dor subjacente que ele não conseguia esconder totalmente.

Ela levantou o queixo, como se quisesse reafirmar sua resistência.

— Eu tenho algo a fazer.

Os olhos de Aemond estreitaram-se, a paciência se esgotando. A preocupação, misturada com a frustração, o fazia sentir como se estivesse diante de um precipício, tentando segurar algo que estava escorregando de suas mãos.

— Eu não perguntei. — Ele respondeu com uma calma cortante. — Estou mandando você ir para os seus aposentos.

Alyssane soltou um suspiro exasperado, a frustração espelhando a dele. Então, as palavras que saíram de sua boca foram como um golpe no peito dele, inesperado e devastador:

— Você não manda em mim, Aemond. Você não é meu marido.

As palavras dela foram como um soco no estômago, um lembrete cruel da ferida que nunca se fechou, da perda que ele carregava como um fardo pesado. A dor se refletiu em seus olhos, por um breve momento, antes que ele a enterrasse sob uma máscara de indiferença.

— Sei disso, Alyssane. — A voz dele era baixa, carregada com um peso que ele não conseguia esconder. — Não precisa me lembrar.

Ela desviou o olhar, a culpa nublando seus olhos, mas antes que pudesse se afastar, murmurando algo sobre pedir licença, Aemond agiu sem pensar. Ele a segurou, a resistência dela fraca diante da determinação dele, e com um movimento rápido e decidido, a colocou sobre o ombro, ignorando seus protestos e tentando não pensar no calor febril que emanava dela, queimando contra sua pele.

— Aemond, o que você pensa que está fazendo? — Ela sussurrou, a voz abafada pelo tecido do casaco dele, mas ele não respondeu.

Com passos firmes e silenciosos, ele a carregou pelos corredores do castelo, a escuridão e as sombras os envolvendo, até que finalmente chegaram aos aposentos dela. Ele a colocou gentilmente na cama, suas mãos segurando os ombros dela por um momento mais longo do que o necessário, o toque quase um pedido de perdão por aquilo que ele não podia mudar.

— Descanse. — Ele disse finalmente, a voz ainda baixa, mas agora suave, como se estivesse tentando acalmá-la. — É tudo o que você precisa fazer, Alyssane.

Ele sabia que ela podia odiá-lo por isso, mas preferia isso a vê-la destruindo a si mesma. Ele preferia ser o vilão em seus olhos a deixá-la se perder em uma teimosia que só traria mais dor.

Alyssane estava confusa, a cabeça ainda latejando pela febre, mas a confusão vinha de outro lugar, um lugar mais profundo e doloroso. Aemond tinha ficado semanas fora, desaparecido sem explicações, e antes disso, ele a ignorava desde o dia em que ela se casou com Aegon. E agora, ali estava ele, na penumbra de seus aposentos, segurando-a como se nunca tivesse se afastado. Mas ela não podia ignorar o vazio que ele havia deixado, a dor de ser esquecida por quem mais importava.

Enquanto o observava, as palavras que ela queria dizer dançavam em sua mente, pesadas de mágoa e ressentimento. Ela queria exigir explicações, pedir desculpas pelo tempo em que ele a ignorou, mas quando sua mão agarrou o braço dele, todo o orgulho e a raiva se dissiparam em um desejo mais simples e desesperado.

— Fique. — Ela pediu, a voz baixa, quase um sussurro. Havia uma vulnerabilidade em seus olhos, uma súplica silenciosa que ele não podia ignorar.

Aemond hesitou, o peso das palavras dela pairando no ar entre eles. Ele não podia. Sabia que não podia. Havia regras, responsabilidades que agora os separavam, barreiras que ele mesmo tinha erguido para proteger a si e a ela.

— Não posso. — Ele respondeu, a voz dele carregada de algo que parecia pena, mas também de uma dor que ele não podia expressar completamente.

— Só um pouco. — Ela insistiu, a mão dela apertando ainda mais o braço dele, como se temesse que ele pudesse desaparecer de novo, que ele a deixasse sozinha na escuridão.

Aemond fechou os olhos por um instante, lutando contra o desejo que crescia dentro dele, um desejo que nunca havia desaparecido, apenas se transformado em algo mais sombrio e reprimido.

— Você é casada, Alyssane. — Ele disse, o tom dele firme, mas com uma tristeza subjacente. — Não podemos mais dividir a cama. Não é certo.

Ela desviou o olhar por um momento, sentindo as lágrimas começarem a se formar. Ele estava certo. Ela sabia disso. Mas também sabia que já haviam ultrapassado essa linha antes, quebrado esse voto antes que ele sequer fosse feito.

— Já fizemos isso antes. — Ela sussurrou, a voz quebrando na última palavra. Ela estava à beira das lágrimas, a dor de sua solidão agora misturada com a dor de vê-lo se afastar de novo.

Aemond não pôde evitar o aperto em seu peito, a lembrança do que haviam compartilhado antes de tudo isso, antes que o casamento a separasse dele. Ele sentia como se estivesse sendo dilacerado entre o dever e o desejo, entre o que sabia ser certo e o que seu coração clamava.

— Não posso, Alyssane. — Ele repetiu, mas desta vez a voz dele estava rouca, carregada de uma dor que espelhava a dela. Ele se inclinou e pressionou os lábios contra a testa dela, um gesto de ternura que não podia dar a ela de outra forma.

Ele se afastou lentamente, sentindo a resistência dela, mas determinado a manter a distância que ele sabia ser necessária. E quando finalmente soltou o braço dela, se virou para sair, cada passo pesado com o peso de sua própria recusa, enquanto Alyssane ficava para trás, perdida entre o desejo de mantê-lo perto e a realidade que os separava.

Aemond saiu dos aposentos de Alyssane e fechou a porta atrás de si, mas o som do trinco não conseguiu abafar o tumulto que fervilhava em sua mente. Ele deu alguns passos pelo corredor, mas parou, o corpo tenso, os pensamentos em conflito. Cada fibra de seu ser clamava para voltar, para abrir aquela porta e puxá-la para seus braços. Ele queria sentir a proximidade dela, o calor que só ela poderia lhe dar. Queria ser um só com ela novamente, perder-se no toque dela, no alívio fugaz que seus corpos compartilhavam.

Aemond apertou o punho até os nós dos dedos ficarem brancos. O desejo estava ali, pulsando em suas veias, mas havia mais que desejo. Havia preocupação. Ele queria perguntar se Aegon a estava tratando bem, mas no fundo, ele já sabia a resposta. Sabia que seria pior ouvir dos lábios dela o que ele já suspeitava. O pensamento de Alyssane sendo negligenciada, ignorada, talvez até ferida, era insuportável. E se ele soubesse o quão ruim era realmente, o que faria? Tomá-la para si seria fácil em comparação ao inferno que ele viveria ao saber o quanto ela estava sofrendo.

Frustrado, ele passou a mão pelo rosto, tentando afogar as emoções que o atormentavam. A dor, o desejo, a culpa, tudo se misturava em um redemoinho dentro dele. Ele não podia voltar. Não podia ceder ao que queria, ao que ambos queriam. Isso os destruiria. E então, movido por uma necessidade de fugir do peso que o esmagava, ele tomou uma decisão. Aemond virou-se e seguiu pelo corredor, cada passo mais rápido que o anterior, até que a vontade de vê-la novamente foi sufocada pela necessidade de se perder em outro lugar, em outra coisa.

Ele não queria, mas precisava se afastar. Precisava apagar os pensamentos que o consumiam, e só havia um lugar onde ele sabia que poderia encontrar um alívio temporário, ainda que fosse vazio e sem significado. A rua da Seda, com seus prazeres mornos, era o que restava para ele. Um consolo frio, mas que talvez pudesse acalmar as chamas que queimavam dentro dele, ao menos por uma noite. Sem olhar para trás, ele seguiu em direção ao esquecimento.

Quando Aemond chegou à casa dos prazeres, as luzes suaves e os sons abafados de luxúria o envolveram como um cobertor. Mulheres nuas, de corpos esculpidos pela sedução, começaram a se insinuar para ele assim que cruzou a entrada. Elas o cercaram, sorrindo com promessas silenciosas, oferecendo seus toques, seus corpos. O ar estava impregnado do cheiro inconfundível de sexo, uma mistura de suor, perfumes doces e desejo.

Mas, por mais que aquelas mulheres tentassem atraí-lo, a mente de Aemond estava longe dali. Cada gesto, cada olhar que lhe lançavam parecia um eco distante, um sussurro que não conseguia penetrar o nevoeiro de pensamentos que o consumia. Ele mal ouvia os gemidos que reverberavam pelas paredes, mal sentia as mãos que tentavam puxá-lo para um abraço carnal.

Sua mente estava presa em um único lugar, em uma única pessoa: Alyssane. A imagem dela, doente e frágil, o assombrava. Ele conseguia vê-la claramente, o rosto pálido, a febre queimando em sua pele delicada, os olhos que imploravam por algo que ele não podia, ou talvez não se permitia, dar.

Enquanto as mulheres continuavam a se aproximar, seus risos e toques se tornavam quase insuportáveis. Aemond tentou afastar o pensamento de Alyssane, tentou se forçar a focar no prazer fácil que estava à sua disposição, mas não conseguia. O peso da culpa e do desejo não realizado o sufocava.

Finalmente, uma das mulheres se aproximou, os dedos delicados deslizando pelo peito dele, o sorriso cheio de promessas silenciosas. Mas, em vez de ceder, ele sentiu uma onda de repulsa. Não pelas mulheres, não pelo lugar, mas por ele mesmo. Pela fraqueza que o levou até ali, quando o que ele realmente queria, o que ele realmente precisava, estava fora de seu alcance.

Ele afastou a mulher com um gesto brusco, o rosto endurecido. A realidade era que ele não queria estar ali. O vazio ao seu redor era um reflexo do vazio dentro de si, um lugar onde prazer e desejo não poderiam preencher a ausência do que ele verdadeiramente ansiava. Sem dizer uma palavra, Aemond virou-se e saiu da casa dos prazeres, deixando para trás o som dos gemidos e risos que não podiam acalmar a tormenta que rugia dentro dele.

Ao cruzar a porta para ir embora, Aemond deu de cara com Aegon, que cambaleava para dentro da casa de prazeres. A camisa de Aegon estava aberta, revelando o peito suado e a postura desleixada de quem já estava embriagado há muito tempo. O olhar dele era um misto de embriaguez e euforia, claramente entregue à decadência da noite que, para ele, estava apenas começando.

Aemond sentiu uma onda de repulsa mais intensa do que qualquer coisa que havia experimentado antes. A visão do irmão, tão despreocupado e mergulhado em vícios, enquanto Alyssane estava doente e sozinha, fez o sangue de Aemond ferver. Como ele podia? Como Aegon podia se afundar naquele antro de prazeres carnais enquanto a esposa, que ele deveria proteger e cuidar, ardia em febre? Era um insulto, uma afronta, algo que Aemond mal conseguia suportar.

Mas então, uma sensação amarga o atingiu. A hipocrisia daquela repulsa era quase sufocante. Ele estava ali também, não estava? Fugindo, em busca de algum tipo de alívio vazio, quando ele deveria estar ao lado dela, cuidando dela. O mesmo julgamento que ele passava sobre Aegon agora pesava sobre seus próprios ombros. Ele era tão culpado quanto o irmão.

Aegon, notando a presença de Aemond ao seu lado, riu com escárnio, os olhos semicerrados de embriaguez e malícia. Ele deu um passo vacilante em direção a Aemond, o hálito carregado de álcool, e deu-lhe um tapa amigável no ombro, sem perceber ou se importar com a tensão que irradiava do irmão.

— Ora, ora, e não é o meu querido irmãozinho? — Aegon zombou, com um sorriso torto. — Por que a pressa? Não encontrou o que queria, será que a sua querida madame não está disponível? — Ele riu de novo, o som rouco e vazio. — Ou será que o pau não subiu, hein?

Aemond endureceu ao ouvir as palavras de Aegon, seu sangue fervendo novamente, desta vez com raiva. Ele apertou o punho, contendo a vontade de socar Aegon ali mesmo, no meio do prostíbulo. O desprezo que sentia pelo irmão quase o sufocava, mas ele se forçou a manter a calma.

— Não é da sua conta — respondeu Aemond, com uma frieza cortante. Ele olhou para Aegon, os olhos de safira brilhando de raiva contida. — Aproveite a sua noite, Aegon. Vou cuidar dos meus próprios assuntos.

Aegon riu novamente, sem perceber a fúria que borbulhava sob a superfície da compostura de Aemond. Ele acenou displicentemente, já se afastando para mergulhar na decadência da noite.

Aemond, por sua vez, respirou fundo, tentando abafar o tumulto de emoções que agitava seu peito. Ele precisava sair dali, deixar Aegon para trás, e lidar com os próprios demônios que o atormentavam. E, acima de tudo, precisava voltar para Alyssane, antes que fosse tarde demais.

O Targaryen deixou o bordel para trás, cada passo o levava de volta ao castelo, a passos firmes e rápidos, como se o corpo estivesse em piloto automático. A mente girava em um turbilhão de pensamentos, mas o único foco real era Alyssane. As palavras de Aegon ainda ecoavam em sua cabeça, e o desgosto por si mesmo apenas o empurrava com mais força em direção a ela.

Ele atravessou os corredores silenciosos da Fortaleza Vermelha, ignorando os olhares curiosos dos poucos guardas que ainda estavam de pé àquela hora. Não importava o que pensassem, não importava o que dissessem. Se algum rumor começasse, ele próprio cuidaria para que fosse silenciado antes de se espalhar. A única coisa que importava era chegar a ela.

Quando finalmente alcançou a porta dos aposentos de Alyssane, ele a abriu com força, a madeira rangendo em protesto. O som ecoou pelo quarto, assustando-a. Alyssane, que estava deitada, com os olhos entreabertos devido à febre, ergueu-se de súbito, o coração disparado pelo susto.

Aemond entrou no quarto sem hesitar, seus passos determinados e cheios de uma urgência que ele não conseguia mais conter. Ele não se importava com quem pudesse ter visto sua entrada abrupta, não se importava com as regras não ditas que havia acabado de quebrar. A reputação dela era importante, mas ele mataria qualquer um que ousasse falar algo.

Ele se aproximou da cama, as emoções finalmente transbordando. Sem dizer uma palavra, Aemond se inclinou sobre ela, seus braços a envolvendo com força. Ele a abraçou com tanta intensidade que parecia querer fundir-se a ela, como se a pudesse proteger de todas as dores do mundo com aquele único gesto. O calor do corpo dela, ainda febril, queimava contra a pele dele, mas Aemond não recuou. Alyssane, por um momento, hesitou, ainda atordoada pela febre e pela confusão de vê-lo ali, mas logo se entregou ao abraço, enterrando o rosto no peito dele.

Eles ficaram assim, em um silêncio pesado, apenas respirando juntos, como se fossem uma única alma dividida. As emoções que os separaram por tanto tempo agora pareciam insuportáveis, e tudo o que Aemond queria era nunca mais deixá-la ir.

Os dois caíram no sono em algum momento. A temperatura do corpo dela voltando ao normal como se só a presença dele fosse o suficiente para a curar e ele embriagado pelo cheiro do cabelo dela, ainda que suado devido a febre anterior.

O silêncio que envolvia o quarto de Alyssane foi quebrado por um barulho abrupto, um som de aço que raspava e se chocava contra algo mais sólido, vindo do corredor. Aemond, ainda meio adormecido e com a mente turva pelo cansaço e pela preocupação, imediatamente despertou. O corpo dele estava tenso, o instinto de proteção acendido em alerta máximo.

Alyssane estava ainda nos braços dele, a febre deixando-a num estado de semiconsciência, alheia ao tumulto iminente. Aemond levantou-se lentamente, segurando-a com cuidado para não acordá-la, seus sentidos aguçados pelo medo e pela adrenalina que começava a percorrer seu corpo. Ele não estava armado, e no quarto dela, não havia uma espada à mão, apenas o desejo de mantê-la segura.

Então, dois homens surgiram pela porta aberta, suas figuras sombrias projetadas na luz fraca da vela ao lado da cama. Eles estavam armados, com espadas empunhadas e expressões de determinação fria em seus rostos. Era evidente que tinham intenções violentas. Aemond se posicionou entre os intrusos e Alyssane, seu olhar feroz e o corpo pronto para agir.

— Quem são vocês? — A voz de Aemond soou como um rosnado baixo, a tensão no ar quase palpável. Ele sentiu a adrenalina bombear através das veias, cada músculo preparado para o confronto.

Os invasores trocaram um olhar rápido, surpresos pela presença de Aemond, mas logo recuperaram a compostura. Um deles, mais alto e com uma cicatriz que cruzava o rosto, avançou em direção a Aemond com uma ameaça implícita. Aemond, apesar da falta de armas, não hesitou. Ele se lançou ao ataque, seus movimentos rápidos e precisos, uma mistura de raiva e proteção motivando cada gesto.

Alyssane, ainda confusa e aterrorizada pela situação, acordou de repente e soltou um grito agudo, encolhendo-se na cama. O som de seu desespero cortou o ar, e Aemond, mesmo sem armas, intensificou sua luta com uma ferocidade renovada.

Ele se lançou ao ataque, seus movimentos rápidos e precisos, uma mistura de raiva e proteção motivando cada gesto. Com um movimento ágil, Aemond conseguiu tomar a espada de um dos invasores e usá-la para decapitar o outro. O brilho frio da lâmina cortou o ar com um estrondo final. O grito de Alyssane se intensificou, um eco de pavor que parecia ressoar em cada canto do quarto.

Ele se lançou ao ataque, seus movimentos rápidos e precisos, uma mistura de raiva e proteção motivando cada gesto. Com um movimento ágil, Aemond conseguiu tomar a espada de um dos invasores e usá-la para decapitar o outro. O brilho frio da lâmina cortou o ar com um estrondo final. O grito de Alyssane se intensificou, um eco de pavor que parecia ressoar em cada canto do quarto.

Mais passos pesados se aproximaram, e o som de armaduras e espadas anunciava a chegada dos guardas. Eles invadiram o quarto, suas expressões uma mistura de alívio e surpresa ao ver que Alyssane estava a salvo e Aemond tinha mantido a ameaça à distância. Os guardas, aliviados por encontrar a princesa segura, começaram a prender os invasores e a restaurar a ordem.

No entanto, o cenário rapidamente se transformou em um dilema complicado. A presença de Aemond no quarto de Alyssane, especialmente em um momento tão vulnerável e tumultuado, não passava despercebida. As regras e os rumores em torno de sua aparição naquele espaço delicado começavam a formar um emaranhado de especulações e possíveis repercussões.

Os guardas, enquanto garantiam que os invasores fossem contidos e as ameaças eliminadas, não podiam deixar de notar o quão comprometedor era a situação: Aemond havia sido encontrado no quarto da princesa, no meio de uma luta feroz e sob circunstâncias que poderiam ser interpretadas de várias maneiras.

Alyssane, ainda tremendo e com lágrimas nos olhos, olhou para Aemond com uma mistura de confusão e gratidão. Ele, por sua vez, estava ofegante, o rosto marcado pelo esforço e pelo terror da situação. Seus olhos se encontraram em um instante carregado de significado não dito. Aemond a puxou para mais perto, tentando acalmá-la, enquanto os guardas começavam a lidar com os invasores e a situação começava a se desdobrar.

Apesar da tensão e das circunstâncias complicadas, o instinto de proteção de Aemond para com sua irmã havia prevalecido. Agora, com a ameaça afastada e a situação sob controle, ele sabia que teria que enfrentar as consequências de sua ação e lidar com a complexidade da situação que se desenrolava.

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