Te pertenci...
Depois de uma sexta-feira tensa e cheia de revelações que deixariam qualquer pessoa mais feliz, se continuassem ocultas, Pedro ficou nervoso até o final da tarde e Lucas teve trabalho pra convencê-lo a não ir atrás do seu João no extremo Oeste catarinense.
— Pedro, a gente tá bem aqui. Não vai não. Vai lá fazer o que?
— Eu quero saber se isso é verdade mesmo. O Bruno quer me meter no meio, mas duvido que é por medo. Achei o Max mais preocupado em resolver do que ele. Se as coisas já estão no nome dele, o que ele queria comigo? Só queria olhar na cara do pai, ouvir isso tudo dele e entender, Lucas.
— Entender o quê? Ah Pedro, fala com o opa, ele sabe um monte de coisa até trabalhou pro seu vô.
— Verdade.
— Nã nã não, hoje não. Tenho um trabalho pra entregar e não dá pra faltar na escola, me leva.
— Eia que tá mandão esse guri!
— Eu mando mesmo.
Pedro fica sempre encantado com a personalidade do jovem e o abraça rindo.
— E pensar que foi cavando uns "puracos" ali perto da lagoa que te conheci. Era um "picho" muito brabo quando pequeno. Só o Pedro aqui que convencia ele a fazer as coisas, tomar banho, lavar essa mão sempre suja de terra, assoar o nariz escorrendo era uma guerra.
— Para! Sou um homem adulto.
— É nada! É neném ainda. — Ambos trocaram beijos doces e cheios de romance com promessa de algo mais picante. — Hoje é homem sim, meu Lucas, tá de pau duro sem vergonha.
— Tô nada! Só um pouco. Você gosta de chupar ele?
— Não é mais direto porque só tem um Lucas.
— Eu falo o que penso. Tá na hora de fazer o mesmo, fala!
— O quê?
— Ahhh, deixa pra lá. Vou tomar banho.
No chuveiro teve namoro, beijo e carícias desinibidas. Abraçado ao corpo de Lucas, Pedro descia as mãos da cintura ao quadril e apertava com força a bunda do rapaz, que vingava-se com mordidas excitadas em seus lábios. Os membros de ambos roçavam, estavam duros e babados.
— Pedro, ajoelha e me chupa. — O grande macho obedeceu o pedido que lhe soava como ordem. Ordem que ele acatava e acataria pelo sempre que estariam juntos
Como tornara-se mais usual essa carícia, Pedro fazia com vontade. Pela inexperiência que ambos tinham, aprenderam juntos quais toques era mais prazerosos e estando seguros em sua alcova, não tinham mais reservas.
— Oh guri... gostoso te chupar... — Pedro realmente descobriu que qualquer prazer era sempre melhor compartilhado. Era bom receber sexo oral, mas praticá-lo, sentindo o sabor, a dureza, grossura, ouvir os gemidos de Lucas e outras reações do corpo dele, era ainda mais enlouquecedor. — Goza...
O mais velho batia com a língua no "freio" do pênis rosado e levou no queixo os primeiros jatos de porra quente, segurando Lucas pelo quadril para amparar quando o pós orgasmo deixou o jovem amolecido.
— Lucas... me chupa um pouco... Olha — Pedro estava sensível, muito excitado e quando ficava desse jeito, a maldade felina aguçava no jovem.
— Então jura pra mim que vai desistir de ir pra São Miguel.
— Olha...
— Resposta errada! Tô indo pra aula e você vai ficar assim de pinto duro até eu voltar e quando for me buscar, eu vou perguntar de novo.
Aquele jeito mandão irritava Pedro e ele pensou em várias formas de retrucar, mas a pouca maturidade a mais que tinha, lhe segurou.
— Lucas, não é assim que a gente resolve.
— É sim. Comigo é assim. Tem que ter palavra e ser decidido.
— Eu vou pensar depois. — Pedro tentou abraçar o corpo magro e jovem que se secava, mas Lucas ignorou. — Lucas, dá pra ficar hoje?
— Não, eu tô brabo e tenho trabalho pra entregar.
Pedro precisou se conformar e segurar o tesão que sentia, porque não tinha graça se masturbar, sabendo que seu amado estava chateado e se vestindo para ir a escola. Pouco depois a ereção baixou e Pedro ficou emburrado feito menino que não ganha algo que muito deseja.
Quando retornou, aproveitou para conversar com seu Werner, avô de Lucas.
— Olha, piá, eu conheci o teu vô sim, mas ele morreu de tuberculose uns dois meses depois que cheguei. Teu pai sempre foi um patrão "bão" pra gente e daí fui ficando e trabalhando aqui mesmo.
— É, mas eu tô cabreiro com o Bruno e o pai pela mãe. O senhor viu como ela ficou e eles dois não estavam muito preocupados.
— Bah, piá... Coitada da Sandra. Teu pai aprontou muito com ela. Eu sei porque ele andava contando que comia a mulher do fulano e do outro...Eu pensava que ele gostava de se gabar, mas quando largou da "muié", achei uma vergonha.
— Ele aprontava? O senhor sabia? Ele nunca se gabou de ter passado a perna num fazendeiro do Mato Grosso? — Pedro nunca precisou jogar pra descobrir coisas, mas seu Werner parecia honesto e principalmente gostava de fazer fofoca.
— Contava isso também, mas eu achei que era pra se aparecer, porque teu pai falava das machezas dele quando bebia.
— Meu Deus, seu Werner. É uma vergonha e decepção atrás de outra.
— Nem ligue. Ele tinha dinheiro. Pra que ia pro Mato Grosso? — Seu Werner parecia não crer que aquilo era uma verdade vestida de mentira.
— Chego a ficar ruim, ele aprontou tanto...
— Pelo menos ele não pode vir aqui te falar como viver tua vida, né Pedro.
— Dou um corridão nele se me aparece.
A cada momento Pedro se irava mais, lutando contra a vontade de ir na casa do Bruno e socá-lo. Ou no final de semana ir a São Miguel do Oeste cobrar de seu pai a verdade completa. Oito horas da noite e a esposa do caseiro Aldo, que estava trabalhando como doméstica na casa de Pedro, terminou a janta no grande quiosque de tijolos à vista, veio trazer a comida cheirosa para ele e depois se despediu, porque no sábado e domingo ganhava folga.
Desde sempre, Pedro não gostava de luxo na hora da comida. Foi criado a arroz, feijão e carne, e isso bastava como alimento. Mesmo Lucas, que não engordava de ruim, gostava e comia isso com prazer.
Mas naquela noite, Eda fez mandioca amarela, galinha velha ensopada, salada verde escura e beterraba que ela preparava em conserva. Ali ninguém obedecia manual que informasse se aqueles alimentos combinavam entre si ou com algum vinho em específico, então foi com o vinho tinto colonial que a janta assentou bem.
Pedro descansou, viu o jornal, pensou, pensou mais um monte, tomou outro banho, se arrumou, perfumou bem e perto do horário de buscar seu Lucas, sentiu um arrepio pelo corpo. Trazer aquele danadinho pra casa depois do colégio lhe causava uma sensação gostosa. Naquele momento descobriu que era alegria e claro, excitação.
Para tomar a decisão levou dois minutos, exatamente quando Lucas entrou na caminhonete e deu um sorriso. Não podia arriscar perder aquilo tudo que estava na sua frente.
Seu pai não perguntou nada para ele quando pôs os bens no nome do Bruno e Bruno só lhe contou algo porque junto a descoberta do segredo do pai, veio a história de um processo por parte da família que ele abandonou.
Se fosse atrás deles, perderia a paz. Lucas era sua alegria e sua paz.
— Pedro...
— Não se preocupa, não vou atrás de ninguém. A gente tá bem no nosso canto e o Max disse que se fizer acordo com a mulher e pagar o que pediu, tudo fica em paz. E mesmo que eu tenha que dar o sítio, se for pra continuar em paz, eu faço.
— Tudo isso pra transar?
— Vai te cagar, peste! — Pedro deu uma gargalhada e quando se acalmou, percebeu que Lucas chorava. — Era brincadeira.
— Eu tô alegre tá. Seu burro.
— Lucas! Já pedi pra parar com isso.
— É que tu é muito teimoso. Tenho vontade de bater na sua cabeça.
— Mas hoje o dia foi puxado e conversei com teu opa, descobri mais merdas...
— Esquece então. Hoje a gente ia namorar pelado e eu quero.
— Opa. Também quero.
Meia hora mais tarde Lucas estava pronto. Se preparou para o Pedro que esperava aquele amasso excitante, muitos beijos, lambidas, mordidas e chupadas. Então seu moleque entra no quarto, vestindo uma camiseta e cueca boxer, se joga na cama, dando as costas ao macho grande e é abraçado com vontade. O pescoço delicado é chupado e arranhado pela barba cerrada. As grandes mãos quentes sobem pela barriga e peito levando junto a camiseta de malha que é retirada. Os dedos grossos encontram dois bicos eriçados e sensíveis ao toque.
— Pedro...
— Hummm... — Pedro chupava o pescoço e nem pra responder, parava o que estava fazendo.
— Pode chupar só um pouco aqui... — Não tinha reservas entre eles. O mais jovem apontou para o mamilo arrepiado e deitou-se de frente para o mais velho, este colou a boca esfomeada e "sorveu" aquela protuberância masculina. — Meu ursão tá com fome? Hum?
— Uhumm. — A sucção faminta dos lábios do mais velho levava Lucas a gemidos mais manhosos. Pedro alternava os peitos do rapaz, enquanto lhe descia a cueca e o colocava de bruços. — Levanta a bunda, me mostra o teu cuzinho...
— Assim? — Afastando as próprias nádegas ofereceu o botãozinho apertado para a língua feroz do touro. — Lambe ali, ali...
Outra ordem bem dada. Pedro nem precisava dela, estava tão excitado que quando apertou o próprio cacete quase derreteu com o tesão. Lucas estava lisinho, tinha se raspado, permitindo o acesso direto e a visão do buraquinho fechado que piscava, atraindo o macho grande.
Pedro já havia penetrado Lucas com um ou dois dedos algumas vezes, notando o prazer que o jovem sentia quando tocado por dentro. Quase sentia inveja daquele prazer ao ver o pau rosado do rapaz trepidando. Da glande que se tornava mais avermelhada escorria uma gota de néctar. Era sempre gostoso provar aquele sabor. Primeiro um dedo escorregou para o canal apertado, macio e quente, depois mais um. O entra e sai era enlouquecedor, seu amado rapaz afastava muito as pernas e implorava por mais. Pedro lhe dava, girando os dedos, metendo e acarinhando as paredes anais.
— Tá bem gostoso? Posso tentar por ele dentro...?
— Tá... devagar, pode sim.
Pelo tom de voz de ambos era impossível medir a excitação.
Ficar nervoso era algo normal ou até mesmo ter medo da dor de ser penetrado, mas Lucas queria que acontecesse e aceitou aquele desconforto inicial. Pedro era muito além de gentil, era cuidadoso. Foi lenta a penetração até o final, não foi indolor, mas não era a pior coisa. Lucas se acostumou e aceitou o membro grande, deixou que se movesse com cuidado e finalmente relaxou. Eram uma só carne.
Não há união mais perfeita quando duas pessoas pertencem.
Lucas se deu inteiro ao Pedro e também recebeu dele. O mais velho conseguiu deixar seu guri muito tranquilo, depois o fez ficar excitado novamente, com uma de suas mãos buscando os mamilos, fungando e gemendo perto de sua orelha e outra mão lhe masturbando até a ereção total outra vez.
— Pedro... pode fazer isso...
O mais velho entrou por inteiro no corpo que agora era seu, aquela carne, aquela alma, aquele coração, os sorrisos de Lucas, os gemidos baixos e os movimentos do quadril jovem na sua direção quando sentiu que estavam perto do orgasmo.
As duas almas estavam unidas como os corpos naquele auge. Lucas gozou gemendo muito alto devido a intensidade e emoção que aquilo representou para ele, logo Pedro ejaculou dentro o rapaz. Um gozo forte que foi muito mais do que esperma quente e abundante, o gozo foi sentido pelo corpo inteiro, pelo coração batendo com força, suspiros pesados e eróticos, aperto de mãos com dedos entrelaçados, contrações do canal que acomodava seu pau, dedos dos pés e membros inferiores que se espichavam com langor.
Não tinham palavras perfeitas para o momento, então ficaram abraçados, ambos com sorrisos bobos no rosto. Lucas e Pedro adormeceram logo a seguir dentro daquele mundo que era só deles.
O momento de entrega é o momento onde se separa da realidade, temos uma viagem excitante e aportamos em local seguro, nos braços amados que nos confortam. É possível sentir junto com a paz, o medo de perdê-la.
Mas não eles. Eles tinham muita coragem e estavam mais do que prontos para brigar com o mundo fora de seu paraíso, aquele sobrado de madeira.
Pedro acordou num sobressalto com o cantar do galo e até riu sozinho. Levantou-se e cobriu Lucas, seu homem. Era seu menino e agora seu homem feito. Também lhe pertencia e por ele faria o que precisasse para provar que amava-o.
Depois de uma rápida ducha, desceu, fez café, esperou o jovem despertar e descer xingando ele por não tê-lo acordado. E isso não demorou.
— Ai Pedro...
Lucas e ele se abraçaram com força na cozinha e nem o som de um carro chegando os afastou.
— Oi gente!
— Mari! — Lucas largou Pedro e abraçou Mariana com vontade.
— Uia que já estão agarrados essa hora da manhã. — Mariana brincou parecendo bem confortável e acostumada com o carinho que sempre demonstraram um pelo outro.
— É... daqui a pouco vão achar que vocês estão se namorando. — Rodrigo brincou sem maldade e Pedro respondeu:
— E se fosse o caso?
— Hã? Ah eu nem sei. — Rodrigo ficou sem graça, mas agiu como se não estranhasse tanto a ideia e Mariana deu uma risada.
— Vocês são doidos? O que deu na cabeça de vocês dois? — Ela agiu de modo estranho e Pedro se preocupou, mas ela não parava de rir. — Tô brincando. Eu já sabia disso. Viu Guigo? Eu te disse.
Lucas e Pedro continuavam meio tensos e ela então falou:
— Lucas, Pedro... A vida é de vocês, só tomem cuidado porque aqui é cidade pequena e todo mundo se conhece. Eu vi vocês se beijando um dia. Esse daqui me chamou de louca quando contei.
Ninguém notara que seu Werner estava a porta da casa e ouviu cada palavra dita. Apenas ouviram a pergunta:
— Tu tá vivendo amasiado com meu neto?
—Mas ninguém mais bate na porta! — Lucas se exaltou. — Olha opa na hora de me criar, ninguém da família me quis, nem venha se meter.
— Eu? — Seu Werner estava muito chocado com a descoberta.
— Do paraíso ao inferno... — Pedro soltou a frase com medo do que aquela descoberta repentina por três pessoas, poderia desencadear dali por diante.
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Oi pessoal mais querido! Primeiro, meu muito obrigado por todo o vosso apoio.
Eu gosto muito de escrever, mas ando um bucado cansado e por isso, seguindo o conselho (bronca, ordem) do capricorniano Mozinho Biel, vou descansar um ou dois dias a cada capítulo, para que não afete o andamento e a qualidade do conto.
Não viso lucros, apenas me divertir e distrair a cabeça criando histórias. Então preciso reduzir o ritmo solo un poquito.
Não tenho previsão de final desse conto e assim que o terminar, não possuo nada de adiantado o suficiente para postar, apenas muitos contos começados que esperam o papai urso dar uma atenção, kkkkk
Aqui, deixo besos muy ricos a todos ♥♥♥
Ali em baixo um som apaixonante que ouvi ao escrever o momento íntimo do casal.
https://youtu.be/Yi52HjJbwVQ
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