The only heaven I'll be sent to is when I'm alone with you

Fazia algumas semanas.

Alguns domingos desde que fui beijado pelo príncipe, e desde então minha mente não pensava em qualquer outra coisa. Todos os meus pensamentos uma hora ou outra escorregavam para a sensação de ter aqueles lábios contra os meus.

Eu me orgulhava de ser uma pessoa pudica, nunca havia tido qualquer tipo de sonho impuro ou algo do tipo, até hoje. Acordei de um sonho estranhamente real e quente com o príncipe. 

No começo era só mais uma lembrança do maldito beijo, mas quando percebi que estávamos em um ambiente diferente e que estávamos apenas trajados com roupas íntimas, as coisas começaram a ir para um outro lado.

Os toques no sonho refletiam em meu corpo, cada parte daquele ato sexual tão puro e cheio de amor me excitava. E eu amaldiçoei até a 20° geração do empregado que me acordou. 

Agora eu estava ali, com sono, duro e sem poder me aliviar. Enquanto eu pensava em algo para acalmar minha ereção, meu pai falava coisas que não faziam o menor sentido para a minha mente sonolenta.

— O filho mais novo do Visconde Weasley lhe convidou para passar a noite com ele, os irmãos mais velhos e o príncipe Potter.

Espere um pouco... Ele acabou de dizer Potter? 

— Desculpe-me, senhor... Mas disse Potter? 

Meu pai arqueou a sobrancelha ao meu questionamento e respondeu de modo amargo.

— Sim, Draco, eu disse Potter, quer fazer o favor de prestar atenção? Como eu estava dizendo antes, você foi convidado para passar a noite com os Weasley e o príncipe, e estou lhe dando a permissão para ir.

Tentei não arregalar os olhos surpreso, primeiro que eu nem sabia sobre esse tal convite, segundo que não achei que meu pai deixaria eu passar a noite fora da mansão, ainda mais sendo na casa do Visconde Weasley. 

Me limitei apenas a acenar positivamente com a cabeça, torcendo para que o homem fosse embora de meu quarto logo e me deixasse cuidar de minha ereção, esta que pulsava tentando me avisar que ela ainda estava ali e que precisava ser tocada.

— Esteja pronto às 17:00, Dobby irá levar você, tomará café por lá e Dobby trará você às 11:30, espero que tenha uma boa relação com o príncipe.

Engoli a seco, uma boa relação com o cara que me beijou e me lançou diversos olhares, mas não veio falar nada comigo? Oh! Muito fácil, não acha, pai? Quer experimentar isso no meu lugar? 

— Sim, senhor, pai.

Meu pai se virou de costas e, por um milagre, finalmente saiu do meu quarto com o pequeno Dobby em sua cola.

Suspirei aliviado ao escutar a porta se fechar com um baque surdo. Finalmente eu ia poder matar quem estava me matando. Levei minha mão em direção ao calor e as pulsações em meio as minhas pernas, respirando de forma ansiosa, cada terminação nervosa do meu corpo ansiando pelo contato que me faria arrepiar.

Infiltrei minha mão em minha roupa íntima que se encontrava um tanto quanto melada, sentindo o calor que minha excitação causava e que fazia tremores percorrerem meu corpo.

Rocei experimentalmente as pontas de meus dígitos na dureza pulsante, sentindo um arrepio forte correr pelo meu corpo e uma exclamação prazerosa quase escapar por entre meus lábios. Assim que envolvi totalmente o falo duro e pulsante com minha mão, tive de abafar um gemido lânguido da melhor forma que pude, a carne pulsava violentamente em minha mão, e meus toques experimentais só faziam aquela aura quente que pairava ao meu redor se intensificar.

Comecei aos poucos a fazer os  movimentos de vai e vem, para obter o prazer que tanto almejava com aquilo, eu conseguia sentir uma leve queimação passar por todo meu corpo cada vez que movimentava minha mão mais rapidamente. O suor escorria em grande quantidade pela minha testa, e eu me sentia quente em níveis extremos, choques percorriam minhas terminações nervosas fazendo com que minhas costas se arqueassem cada vez mais, eu conseguia sentir o limite perto.

Quando o prazer e o alívio finalmente me atingiram, a consciência veio com força. Eu estava em apuros.

— Que desgraça.

Praguejei com certa irritação pelo meu descuido, eu teria de limpar aquilo ou correr o risco de ser denunciado por algum empregado. Corri de um lado para o outro afobado, torci para meu banho estar preparado enquanto andava rapidamente até o banheiro.

Tive a surpresa de encontrar Dobby, o mesmo empregado que seguia meu pai por todos os lados, ele me observou, e ao perceber as roupas de cama em meus braços, questionou.

— Algo errado, Senhor Draco? Porque carregas as roupas de cama em seus braços? 

Hesitei por um momento, dizer o que havia acontecido seria me expor demais para um empregado, mas eu tinha minhas dúvidas de que conseguiria limpar e arrumar tudo sozinho. 

— Dobby, pode me fazer um favor? E de preferência manter esse favor em segredo? 

O senhor, que não aparentava ter mais de 40 anos, pensou por um momento, parecendo estar extremamente nervoso, mas por fim suspirou e me respondeu.

— Claro, Senhor Draco, tudo que meu jovem patrão queira.

Conti o impulso de dar uma risada desdenhosa, papai tinha certa razão ao dizer que nossos empregados eram muito ingênuos.

— Preciso que limpe esses lençóis e arrume minha cama, tive um pequeno e insignificante incidente, se fizer isso e não comentar com ninguém receberá ao final de tudo um prêmio.

Ele não parecia de todo convencido, mas não questionou minhas ordens, apenas tomou em seus braços os lençóis que antes estavam comigo e se retirou do banheiro com uma breve reverência.

O alívio me invadiu assim que me vi sozinho, passei a me desnudar rapidamente, ficando imensamente feliz em retirar as roupas grudentas, torcendo para que o produto de meu crime saísse com facilidade daqueles delicados tecidos. Entrei totalmente atrapalhado na grande banheira, ignorando totalmente a elevada temperatura da água. Assim que me vi totalmente imerso pela espuma e bolhas, me permiti soltar um suspiro. Aquele dia seria longo.

Estávamos parados lado a lado, em frente às portas da mansão Weasley, suas vestes eram de cor verde, algum tom muito semelhante ao de seus olhos, o moreno não dirigiu nenhum olhar em minha direção durante todo aquele tempo.

A irritação começava a crescer em meu peito a cada segundo, será que ele sabia que ignorar alguém que beijou era falta de educação? 

Depois de mais alguns torturantes minutos, as portas foram abertas, e a senhora Weasley nos conduziu para dentro com seu sorriso materno e cheio de dentes.

— Ficamos felizes que tenham tido permissão para vir garotos, Ronald e os gêmeos estão na sala no fim do corredor, esperamos que aproveitem a noite da melhor forma.

O príncipe sorriu, e deixou um leve beijo na bochecha da ruiva, observei o mesmo se afastar ainda sem parecer notar minha presença, o xinguei em minha mente de todas as palavras mais ofensivas que eu conhecia.

— Querido? Não se juntará a eles?

Dirigi meu melhor sorriso para a simpática ruiva e me afastei, seguindo pelo corredor.
Tomei um susto ao ser agarrado pelo pulso e puxado com tudo, os olhos verdes refletiam uma certa malícia, meu estômago embrulhou com nervosismo, o moreno sorriu e se inclinou de forma que seus lábios pudessem alcançar os meus em um breve selar.

— Está espetacular nestas roupas, Draco, o cinza desta calça combina com seus olhos que refletem mil céus nublados.

Abri a boca para responder ao tão incomum elogio, mas o mesmo se afastou antes que eu pudesse sequer processar as coisas direito, Que diabos? Sinceramente eu estava começando a duvidar da sanidade daquele garoto. Segui ele, tentando repreender minha mente por pensar em tantos insultos que eu poderia simplesmente dirigir para o moreno, afinal, qual era a merda da diversão em me fazer de idiota? 

Cumprimentei todos os ruivos com um pequeno aceno de cabeça, revirando os olhos para as devolutivas de meu cumprimento, eram um bando de escandalosos. 

Passamos o resto da tarde conversando sobre coisas aleatórias, e tivemos um espetacular jantar, com diversos pratos, o delicioso aroma ainda pairava no ar quando chegou a hora de nos deitarmos.

Mas, no momento em que me dirigi ao banheiro para colocar meu pijama, alguém me puxou, quase soltei um grito surpreso ao dar de cara com duas expressões ruivas iguais, os gêmeos fizeram gestos para indicar que todo o silêncio era primordial.

— Vamos te levar para o nosso casebre nos fundos da propriedade, tem uma surpresa pra você lá.

Um deles, este que eu me lembro se chamar Fred, sussurrou para mim enquanto seu gêmeo me conduzia pelos corredores de forma silenciosa.

Quase abri minha boca para perguntar que surpresa era, mas já estávamos na metade do caminho, ambos se despediram de mim em frente ao casebre, era uma velha construção que ainda assim parecia ter uma leve sofisticação. Abri a porta com curiosidade, mas ao ver o local totalmente iluminado por velas e arrumado com velhos lençóis de linho, me senti paralisar ao avistar, bem no fundo do lugar, o príncipe, que parecia arrumar uma vela em um dos archotes preso na parede.

— O que diabos?

Pigarreei ainda chocado, o garoto se virou assustado, ele se aproximou parecendo aliviado quando constatou ser eu.

— Caramba, Draco, me assustou, sabia? Achei que algum dos funcionários tinha descoberto meus planos.

O moreno usava as mesmas roupas de mais cedo, parecia envergonhado, principalmente quando entrelaçou nossas mãos com carinho, um breve sorriso brotou em seus lábios.

— Ahn... Desculpe, mas planos? Que planos? 

Questionei confuso, ele apenas me puxou para dentro e se apressou em fechar a porta, mas não a trancando, com uma mão apoiada de leve na minha lombar, ele me conduziu para sentar entre os diversos lençóis dispostos no chão.

— Preparei algo para nós nesta noite, a consumação de um relacionamento mais especificamente.

Aquilo definitivamente me pegou de surpresa, travei em meio ao movimento de me sentar e o olhei com o choque estampado em meu rosto, ele só podia estar zoando, tinha que ser uma piada.

— Como? Está louco, Vossa alteza? Isso é errado em tantos níveis. Primeiro, se a igreja descobrir de alguma forma estamos mortos. Segundo, não temos um relacionamento, consequentemente nada a ser consumado. Terceiro, você me ignora por semanas, e agora vem simplesmente querer fazer isso comigo?

Harry fez uma careta ao ser chamado de vossa alteza, o mesmo esticou o braço e agarrou meu pulso, fui obrigado a me sentar ao seu lado com um leve puxão, minhas mãos foram acolhidas por entre as dele, seu rosto esboçava uma imensa seriedade.

— Sabe o que dizem? Que nós nascemos doentes, e quer saber? Eu amo isso. Eles falam tanto do paraíso, mas o que é ele? 

Ponderei por um tempo, ele tinha certa razão, afinal o que era esse tal de paraíso? Sempre ouvi falar dele, das maravilhas que lá habitam, mas não existem provas de que ele seja real.

— Pra mim, sendo totalmente sincero, o único paraíso para o qual serei enviado será no momento em que estaremos totalmente sozinhos, quando estivermos nos amando como se deve, entregando para o outro corpo e alma.

Meus olhos foram inundados por lágrimas teimosas, era engraçado, a coisa mais romântica que eu escutei em toda minha vida vinha da pessoa que eu nunca poderia me entregar, me deixar amar completamente.

— Porque eu te amo, Draco, e se para todos te amar é ser doente, eu tenho orgulho de dizer que, sim, eu sou doente. 

O príncipe colou nossos lábios, a carne quente e macia roçando sobre minha boca, um beijo intenso se iniciou entre nós, uma dança carregada de desejo e um ardente amor se iniciou entre nossas línguas, mãos passeando pelo corpo alheio, um apertão de vez em quando. Uma mistura perigosa de luxúria e desejo, eu não conseguia pensar nos prós e contras de tudo aquilo. Meu corpo estava em chamas.

Nos separamos depois de uma troca intensa de salivas, tínhamos as  respirações totalmente bagunçadas, um fio de saliva nos interligava, trocamos um olhar cúmplice. A atmosfera ao nosso redor era carregada de sensações, entre elas um intenso amor recém descoberto 

— Quero consumar nossa relação, não importa o que diga, sei que mesmo com medo quer tanto quanto eu, se entregue, Draco...Me deixe ter você para mim.

E novamente a sensação que tive quando acordei totalmente excitado voltou, todas as declarações fofas do Príncipe me desarmavam aos poucos, e a cada declaração, regada de certeza, de que ele queria transar comigo, me fazia arfar em premeditação.

— Está difícil resistir...Estou com medo, mas está me incendiando.

Seus lábios encostaram na pele de meu pescoço, sugando aos poucos, mas não com força o suficiente para deixar marcas, novamente os tremores me percorreram, eu estava cada vez mais entregue ao moreno.

— Não tenha medo, é muito improvável que sejamos pegos, ninguém vem aqui.

Sua voz saiu abafada, e sua mão esgueirou atrevidamente para dentro de minha camisa, a palma gelada entrou em contato com meu peito, uma carícia leve e provocante foi iniciada, reprimi um leve arfar quando ao dedos apertaram ligeiramente meu mamilo enrijecido. Todo o sangue de meu corpo parecia fluir em direção ao meu pênis, que se enrijecia com uma alarmante rapidez.

— Certo... Eu me entrego... Mas se formos pegos a culpa será sua.

Depois dessa declaração nada mais, além do som de nossas bocas se chocando com fervor, foi ouvido, nos concentramos apenas em aproveitar os toques que trocávamos com urgência. Em poucos instantes, nossas camisas foram ao chão, Harry estava por cima de mim, ele apoiava o peso em seus braços, enquanto um sorriso terno brincava em seus lábios.

— Este será nosso paraíso, apenas eu e você, nossos corpos e almas em sintonia, tudo será sobre nós.

Os beijos foram descendo, trilhas deles pelo meu pescoço e tronco, suspiros soltos ao vento, minhas calças logo foram embora, apenas um fino tecido me separava da nudez completa. Mais alguns toques e beijos, em um piscar de olhos estávamos completamente desprovidos de qualquer cobertura, tomamos nosso tempo para admirar o físico do outro.

Nossas peles se roçavam conforme nos movíamos, os gemidos saiam completamente abafados. A dor e o prazer eram uma só sensação. Nossas almas estavam unidas pela conexão entre nossos corpos. Tudo se resumia ao prazer e desejo.

Quando atingimos totalmente o prazer e derramamos os frutos de nossa noite, trocamos mais juras de amor, e nos aconchegamos abraçados. A adoração estava refletida em nosso olhar, tudo se resumia a nós.

Nos amávamos, mas não sabíamos que as coisas que tínhamos durariam tão pouco.

__________________________________

Só digo uma coisinha...

Preparem os lenços 🙂

A próxima a se postada e Seconds Chances da ginnysfav, olhem lá pessoinhas

Até o próximo e último gente

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top