"A Teoria da Relatividade de Albert Einstein é um pilar da física moderna que transformou o entendimento sobre espaço, tempo e gravidade. Por meio dela, é possível decifrar a expansão contínua do Universo, o movimento dos planetas e a existência de buracos negros."

-Não sabia que gostava de tipo de assunto – uma voz disse por cima do meu ombro. Estava sentada na biblioteca da escola fazendo um pouco de pesquisa relacionada ao que Akio-san me disse.

Apesar da maioria dos livros serem sobre maldições, feitiços e relacionados ao mundo jujutsu, também tinha algum material sobre a assuntos mundanos.

-Shoko-senpai – cumprimentei, mantendo o teatro de ser realmente mais nova.

Ela se sentou ao meu lado – Física, Física, Física, parece que você está procurando algo – ela comentou abrindo meu caderno para ver algumas notações.

-De certa forma – sorri em resposta. – Não chegou nenhum corpo para a autópsia?

Ela fez algo parecido com um bico – Não, já faz alguns dias.

-Estamos chegando na época de maldições logo você vai se divertir de novo – falei.

-Espero que sim, e você não tem missões? – ela deitou na mesa com braços esticados enquanto brincava de abrir e fechar com a capa de um dos livros.

-Hoje não, Haibara e Nanami foram sozinhos dessa vez – respondi – Preciso sair com Akio-san na parte da tarde.

Olhei para o relógio da parede – Inclusive preciso ir Shoko-senpai, com licença – me curvei levemente e levei alguns livros de volta aos seus devidos lugares. Com exceção de um que a segundo anista pediu para eu deixar.

Não demorou para que eu estivesse do lado de fora esperando o gerente auxiliar, joguei a minha cabeça para trás para olhar o céu, uma imensidão azul sem sequer uma nuvem a vista.

-Aproveitando?

Virei meu rosto para encontrar o do meu antigo "guardião" – Não, apenas esperando.

-Vamos então – Akio-san ajeitou as mangas do paletó e eu me coloquei a andar ao seu lado na direção do estacionamento – Encontrei alguns registros públicos em uma biblioteca a algumas horas de Tóquio. Achei que poderíamos dar uma olhada.

-Registros públicos? – perguntei.

-É tolice manter toda informação importante em apenas um local, se acontecer algo todo o conhecimento seria perdido. Então a muitos anos alguns dados do nosso mundo foram espalhados e colocados a cuidados de outras instituições. – entramos no carro e ele ligou o motor logo nos colocando em movimento.

-Não consegui muita coisa por ser um registro restrito – ele comentou –, porém parecer uma boa pista.

Apoiei meu braço no vidro e encostei a bochecha na palma da mão – Precisamos começar de algum lugar, mesmo que seja uma informação falsa, devemos verificar. Que tipo de informação é?

-Aparentemente de feiticeiros – o mais velho disse – Antigamente costumava se listar todos os feiticeiros que nasciam de grandes famílias e suas habilidades.

-Achei que deveria ser uma informação passada apenas para a família.

-O registros de uma possível venda com certeza, mas sobre o nascimento não, deve ter tanta importância assim. – vi que ele me olhou pelo canto de olho – Sobre seus outros problemas, teve algum avanço? Sei que ficou na biblioteca por um tempo.

Balancei a cabeça negando – Apenas estava tentando entender como que funciona de perspectiva física. Para saber como nossas técnicas agem em conjunto teríamos que treinar juntos. De preferência numa sala confinada, não acho que distorcer o espaço seja algo seguro em um lugar aberto.

-Com certeza você deve estar certa, entretanto... Não podemos te revelar, não enquanto não temos certeza de que está segura.

-Sim eu sei – concordei e olhei pela janela depois de um longo suspiro retomei a fala – Vice-Diretor Telles geralmente é bom com esse tipo de mistérios. Seria ótimo se pudéssemos contatá-lo.

-Impossível, o vice-diretor realmente sumiu do mapa. Não temos notícias nenhuma dele a algum tempo. O máximo que podemos fazer é tentar falar com sua antiga professora Miller.

-Jura? - perguntei - Não achei ser possível.

-Sim, ainda temos um contato direto na Europa, podemos tentar mandar uma mensagem para ela buscar alguma informação específica por lá.

-Já vai ajudar muito Akio-san.

Continuamos por algum tempo e eu já consegui ver o cenário mudando já não se via prédios tão altos e não tinha mais trânsito. Podia dizer estarmos entrando numa área rural, realmente parecia o tipo de lugar que ninguém consideraria ter informações relevantes. Sobre qualquer assunto.

O local onde Akio-san estacionou, parecia ser a prefeitura da pequena cidade já que era o único prédio de três andares.

Do lado de fora alguém já estava nos esperando era um senhor, com algo em torno de 50 anos, vestia um suéter verde musgo e tinha o corpo ligeiramente curvado para a frente.

-Ozu-san – Akio-san cumprimentou – Eu sou Akio Kimura, acredito que Yaga Masamichi disse sobre a minha vinda.

-Oh, claro. Estava vos esperando, por favor me acompanhem – ele de virou e entramos no prédio, ele abriu uma porta que dizia "permitida apenas a entrada de funcionários" e continuou nos guiando.

-É uma surpresa alguém como vocês se interessarem por esses registros velhos – Ozu-san tirou uma chave antiga da bolsa e abriu mais uma porta, essa parecia ser mais reforçada do que todas as outras. A luz não era muita também já que estávamos no subsolo. Apostava que no mínimo, uns dois andares abaixo da terra.

-Faz muitos anos que ninguém me pede permissão para entrar aqui, acredito que o último faça... Uns quinze anos. – ele ligou a luz e eu pude ver cerca de 5 corredores razoavelmente extensos com livros de todos os tipos. – O que vocês desejam ver deve estar na prateleira 1-C.

-Obrigado, continuaremos sozinhos a partir daqui.

O prefeito se retirou, realmente eram muitos documentos, os da família Zenin vinham desde muitas eras atrás. – Vamos pegar os itens de aproximadamente 30 a 40 anos atrás.

-É bastante coisa – falei me abaixando na frente da prateleira tentando achar as datas correspondentes. Peguei 5 livros e entreguei para Akio-san pegando outros 5 em seguida, por sorte tinha uma pequena mesa de madeira e cadeiras onde poderíamos sentar.

Se passou algumas horas até finalmente conseguir alguma informação válida, o livro era de 38 anos atrás.

-Zenin, Suyen nascida em 26 de Outubro de 1968 – Akio-san disse e continuou – Estranho algumas páginas de anos mais recentes foram arrancadas do livro.

-Arrancadas? – perguntei, ao mesmo tempo, ele empurrou o livro na minha frente.

-4 anos depois, 34 anos atrás todos os registros foram arrancados. Alguém deve querer esconder alguma coisa. – ele disse e bateu levemente na mesa – O que eu já não faço ideia... Tsc, todas as famílias tradicionais do nosso mundo são problemáticas.

-É a primeira vez que eu te vejo zangado – comentei.

Ele me olhou e pegou o terno que estava na cadeira – Vamos, depois de todo esse tempo nessa sala escura precisamos de um pouco de ar, além de questionar o prefeito é claro. Se ninguém entra aqui há 15 anos, essas páginas foram arrancadas bem antes disso.

Me levantei e segui ele para for, honestamente estava louca para sair dali - Você é quem manda, Akio-san.

N/A: Olá, Feliz Natal a todos que acompanham essa história!

Se você gosta e quer saber como vai ser o desenrolar da história da nossa [Nome] não esqueça de adicionar a sua biblioteca para não perder novas atualizações.

Pra quem não conhece muito a minha escrita, eu geralmente faço longos desenvolvimentos de personagens então como ainda está no começo ainda estou abrindo o enredo que será explorado depois.

Novamente obrigada, vejo vocês na próxima!

Até mais, Xx.