Capítulo 6 • 🥀
Amanda se ajoelha no chão rochoso e inclina o corpo para frente, em seguida, mergulha as mãos na água e pegando um pouco dela, joga em seu rosto. Ela sabia que aquela água era capaz de eliminar todos os tipos de vestígios de magia estranha.
A princesa respira fundo e olha ao redor de onde estava. Sozinha, ela se encontrava na Gruta, um local mágico utilizado para meditação e cura quando o assunto é magia do corpo feérico, localizada no centro exato do continente, mas pertencente ao território primaveril. No fundo da Gruta, vivia um espírito guardião, que apesar de não ter capacidade de sair dali revelava tudo o que poderia prejudicar à sua majestade.
Amanda lava o rosto algumas vezes naquela água pura na intenção de que a marca de Heeseung desaparecesse de seus olhos, e para seu alívio ela vê aquele brilho flutuar e depois desaparecer no ar.
— Foi por pouco. — Ela encara seus reflexo nas águas. — No quê você foi se meter Amanda?
[...]
"Princesa Amanda" — Chama uma voz estrondosa como um trovão. Amanda olha ao redor mas não vê ninguém.
"Princesa Amanda" — A voz chama mais uma vez.
— Estou aqui! — Ela grita, e de repente uma luz esmeralda aparece em sua frente.
"Você está prestes a dar um passo muito importante, tome muito cuidado. "
— O que... Cuidado com o quê?
" Escolha com sabedoria, Princesa. Ou então traições, morte e caos serão as únicas coisas que estarão à sua espera."
Amanda está no topo de uma montanha muito alta. Quando ela olha para baixo ela vê algumas florestas queimando; um tornando terrível levantando casas e pessoas do outro lado, mandando tudo para os ares. De algum lugar uma represa se solta e começa a inundar tudo com sangue. Desesperada ela olha para o local de onde vinha todo aquela caos.
O extremo norte... A muralha havia caído.
Criaturas medonhas de formatos assustadores começaram a surgir de todas as direções.
Atrás dela.
[...]
Amanda acorda gritando. Seu corpo estava tão suado que a camisola grudava em seu corpo. Ela tremia, assustada com todas as visões que teve.
Água, ela precisava de água.
Ela coloca os pés no chão frio e se arrastou pelo quarto até chegar à porta.
Amanda segue pelos corredores escuros rumo à cozinha. Ela parou ao chegar no cômodo e se vira para a parte aberta, observando o céu estrelado daquela noite. Seu peito doía e sua cabeça rodava, ainda em choque.
Passos silenciosos deslisaram na escuridão atrás dela. Um arrepio corre por seu corpo, despertando novamente o desespero, mas ela não conseguia se mover.
Quando aquele ser silencioso que se movia como uma sombra finalmente chega bem próximo dela, os poderes de Amanda irradiou em suas mãos, fazendo a cozinha escura ser surpreendida com uma forte aura verde, esquentando o clima e parecendo prestes a explodir.
— Princesa?
Mas então aquela voz desconhecida apareceu e Amanda se acalmou. De pouco em pouco o clima foi voltando ao normal e a luz do corpo da princesa desapareceu.
Ela se vira para trás devagar e aperta os olhos tentando enchergar quem estava ali. Vendo que não conseguiria daquele jeito, ela fez um gesto na direção de um candelabro, o que fez todas as velas se acenderam.
A figura a sua frente de imediato cobre o rosto, parecendo ter se assustado com a luz repentina, mas depois a abaixou, se acostumando com a claridade. Amanda se depara com o príncipe de Escalvenor.
A mente dela estava uma bagunça.
— Está passando mal?
— Eu... — Só então perceberam como ela estava ofegante. — Não sei.
— Sente-se um pouco. — O ruivo a ajuda se sentar em uma cadeira e logo se apressar em trazer para Amanda um copo de água. Ela bebe o líquido devagar e sente o corpo se acalmando aos poucos. — Quer que eu chame alguém?
— Não precisa. — Ele concorda silenciosamente. Amanda levanta o olhar e encara mais uma vez o dono daqueles olhos claros e cabelos cor de sangue.
— Aconteceu alguma coisa? — Ela não sabia por que, mas mesmo o príncipe Sunoo sendo um desconhecido, ela sentiu vontade de conversar sobre aquilo com ele.
— Eu tive um pesadelo. — Ela diz baixo. Sunoo se agaixou, ficando assim em uma altura boa para conversar com ela. — Na verdade... eu acho que era uma visão.
— Uma visão do quê?
— A muralha tinha caído, os nossos reinos estavam sendo destruídos pelos Monstros... Por minha causa. — As mãos de Amanda tremeram sobre seu colo, Sunoo as segurou tentando deixá-la calma.
— Como pode ter certeza de que foi por sua causa?
— A voz que falava comigo era do guardião da Gruta Mágica. Ele dizia que se eu fizesse a escolha errada... tudo ia ser destruído. Mas eu não sei de que escolha ele estava falando... Minha cabeça dói.
— Há informações faltando nesse aviso do guardião, por favor não vamos tirar conclusões precipitadas. Olhe, as visões gastam muito da energia vital, principalmente quando se é tão jovem e sem experiência com isso. A senhorita deveria comer alguma coisa e se deitar novamente. Recomendo que vá passar um tempo na Gruta depois, você pode conseguir uma interpretação melhor do que viu.
Sunoo parecia ter bastante conhecimento no que estava falando, então Amanda seguiu seus conselhos. Ela mexe em algumas coisas na cozinha fazendo o menor barulho que conseguiu e come um pouco.
Céus, ela estava faminta! Parecia que não comia há dias!
Ela comeu algumas frutas e depois avança para um dos potes de biscoitos. Ela sequer se importou com a presença do príncipe, ele também não se importava. Na verdade, Sunoo tinha ficado bem mais tranquilo ao vê-la comendo daquele jeito.
Ele tinha se posto de pé pois não conseguia dormir. Como sempre. E ao ver a princesa tão pálida soube na hora que precisava ajudar.
— Vou para o quarto agora. Estou me sentindo bem melhor, obrigada pela ajuda.
— Estou sempre às ordens princesa. — Ela deu um sorriso para ele antes de retornar. Ao cair na cama ela entra em um sono pesado.
[...]
Um murmúrio de conversas desperta Amanda de seu sono. Ao abrir os olhos ela vê sua mãe e mais duas criadas a encarando de forma curiosa.
— Bom dia?
— "Bom dia?" — A rainha a imita. — O sol está raiando no meio do céu. Já é hora do almoço.
Amanda se senta rapidamente.
— Dormi de mais.
— Dormiu. — A rainha balança a cabeça sem paciência e depois se vira para as criadas. — Ajudem a princesa a se arrumar para almoçar.
As criadas respondem em uníssono um "sim majestade" e a rainha sai do quarto.
Ela e o marido não iriam ficar de cima da situação da filha em relação à escolha de pretendentes. A parte deles eles já fizeram que era apresentar os pretendentes e abrir as portas do palácio, mas o resto: encontros, cortejos e passeios, seria de total responsabilidade de Amanda. E até então a princesa estava sabendo administrar tudo muito bem.
Amanda se arrumou às pressas e no final ficou impecável, como sempre. O vestido escolhido foi um rosa bebê com detalhes amarelos, para celebrar a chegada da floração das cerejeiras. Ela escolhe rapidamente um colar de Rubi antes de sair do quarto.
Ao chegar na sala de jantar, todos os príncipes se levantam e a cumprimentam.
— Peço desculpas por não aparecer para o café da manhã. Acabei dormindo de mais.
— Sem problemas. — Várias vozes são ouvidas. Eles se sentam quando a princesa toma seu lugar.
A conversa rola solta, cada vez mais aquele grupo de jovens, incluindo Amanda, estavam ficando mais a vontade entre si. Vez ou outra, Amanda percebia que o príncipe de Escalvenor lhe olhava por mais tempo que o normal, uma atitude levemente parecida com a de Heeseung, mas a diferença era que entre Sunoo e Amanda não tinha acontecido nada.
Após a refeição os dois se trombaram nos corredores, quando ela estava indo ao encontro do próximo príncipe.
— Príncipe Sunoo. — Ela o cumprimentou.
— Se sente melhor?
— Fisicamente sim, mas admito que continuo um pouco assustada. — Ela sorriu sem graça encarando os próprios pés. — Eu nunca vi tanto sangue...
Sunoo que a encarava preocupado desvia o olhar quando a atenção da princesa retorna para ele.
— Bem, se quiser conversar sobre esse assunto ou se quiser alguns conselhos eu estou sempre à disposição.
— Eu agradeço. Na verdade eu queria pedir um favor... Você poderia...
— Manter o quê houve em segredo? Tem minha palavra.
— Obrigada, mas como você...
— Princesa Amanda? — A figura alta do príncipe do Reino Outonal surge de repente. O olhar dele vai dela até Sunoo, e o jovem dá um pequeno sorriso ao de cabelos vermelhos, despertando a curiosidade da princesa.
— Príncipe Ni-ki, eu já estava indo ao seu encontro... Bom, agradeço pelas suas palavras príncipe Sunoo.
E após se despedir, Amanda segue com Niki ao seu lado para o inicio de mais uma tarde.
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