Capítulo 10 • 🌊
A primeira caixa de presente que Amanda abriu era de Jungwon. Dentro dela havia outras caixas, todas douradas e guardavam pérolas de todos os tamanhos. Haviam colares com pingentes de Água-Marinha, Esmeralda, e outras pedras preciosas de tom azul, daquelas que só são encontradas nas cavernas mais profundas, próximas ao mar.
A segunda caixa foi de Ni-ki. O príncipe havia lhe dado alguns perfumes em frascos talhados a ouro, braceletes também em ouro com desenhos de folhas e espirais, e alguns pingentes de Citrino amarelo.
A terceira foi de Jay. O príncipe de Nocture lhe deu um colar da Pedra da Lua. Uma joia rara de cor roxa, encontrada somente nas terras de Nocture. Aquela pedra transmitia um brilho intenso quando à noite chegava. Além disto, deu à princesa várias pulseiras e outros colares de diamantes em tom azul escuro.
O quarto presente foi de Jake. Havia um Orbe Melódico, um instrumento mágico que toca melodias suaves quando está em contato direito com a luz do sol. Também pedras de topázio de cores diversas, e uma tiara de ouro com o sol, a lua, e várias pequenas estrelas cravadas nela.
A quinta caixa aberta era Sunghoon. Ele havia lhe dado um globo de neve com uma cidade. Amanda agita o presente e vê a neve cair suavemente pelas figuras lá dentro e dá um sorriso de leve. Ela continua olhando na caixa, e encontra um par de sapatos de cristal, um casaco de pele, uma tiara da Aurora Boreal que brilhava em verde e roxo, e um colar de cristal.
O sexto presente era de Heeseung. Havia duas caixas, uma grande e uma pequena. Amanda se surpreende ao ver que tinha ganhado um kit de pintura completo, com cavalete em tamanho perfeito para ela, várias telas, pincéis de diferentes tamanhos e formatos e várias cores de tinta.
— Oh Heeseung... — Ela cobre a boca evitando sorrir. Ela adorava pintar.
Amanda vai até a outra caixa que o príncipe de Ventara havia lhe dado e vê um violino, colares e brincos de diamantes e alguns animais esculpidos em madeira como águias, ursos e corujas.
Amanda se virou para a última caixa sobre a mesa. Pertencia ao príncipe Sunoo.
Ela a abriu e por um instante apenas observou o conteúdo.
Ela tira da caixa um longo vestido. A parte de cima, as mangas longas, o corset — que estava separado na caixa — e até um pouco abaixo da cintura era de cor preta, e da cintura para baixo, no comprimento era da cor vermelha até certo ponto, onde aquela cor de sangue escurecia até as bordas do vestirem serem pretas de novo. Os olhos da princesa brilharam. Nenhuma das costureiras de seu reino seriam capazes de fazer um vestido tão sombrio e delicado como aquele.
Na caixa ainda havia pulseiras de pérolas, um colar de diamantes negros e uma pequena caixinha que guardava um anel de rubi.
Seus pais surtariam se vissem aquilo.
Ela havia adorado todos os presentes que tinha ganhado dos príncipes.
Ela decide guardar tudo dentro do quarto, para isso ela chama Anne e pede que, silenciosamente a ajudasse a mudar as coisas de lugar.
Pouco tempo depois Amanda já estava dormindo e mais uma vez ela sonha com os olhos doces de Heeseung sobre ela enquanto voavam.
[...]
Jungwon dobrou as pernas de sua calça e retira seus sapatos e meias. Ele entra dento do lago no bosque do palácio e se vira para Amanda.
Ele estende suas mãos na direção da água e então a correntesa deixa de seguir sua direção natural e passa a obedecer os comandos do príncipe. Seguindo o movimento de suas mãos a água começa a rodear Jungwon. Uma trilha de peixes coloridos segue na direção atual. Ele não só dominava a água como também conseguia encantar os animais que nela habitavam.
Amanda estava sentada sobre uma rocha, maravilhada com os poderes do jovem.
Jungwon desfaz o encanto e chega próximo da beira do lago.
— Permita-me demonstrar algo ainda mais... interessante.
Ele observa Amanda como um todo, reparando em sua altura, formato do corpo e cabelos. Depois ele se vira para a água, ele parece ferver por um momento antes de fazer surgir dela uma figura com os traços da própria Amanda.
Amanda se levanta da rocha e se aproxima daquela criatura. Ela repetia todos os movimentos da princesa, como se fosse seu reflexo no espelho.
— Incrível... — Ao tocar na criatura, ela se desfaz e a água retorna ao lago. — Você consegue criar qualquer coisa a partir da água?
— Qualquer coisa. — Jungwon retorna à terra firme.
— Uau... Ei, suas roupas estão molhadas...
— Eu consigo dar um jeito nisto também. — Sem esforço algum Jungwon faz as roupas secarem, depois disso ele calça as meias e os sapatos.
— É tão interessante e curioso como nossos poderes são tão diferentes. — Jungwon sorriu.
— Assim que é bom. Para que procurarmos algo parecido conosco? Já não temos que nos aturar todos os dias? — Ele se levanta.
— Mas qual a garantia de que o desconhecido é melhor?
— Não há garantia princesa. Assim como não há garantia de que aquilo que conhecemos como a palma de nossas mãos é o ideal. As vezes mudanças são necessárias... — A voz de Jungwon se tornado séria sem o tom provocativo que ele costumava carregar. — Não só para nos mesmos, mas também para nosso povo. Ou além dele.
Amanda sente um calafrio percorrer sua pele. Jungwon era falante ao seu lado, mas apesar de suas palavras não parecessem superficiais, seus olhos diziam mais do que ele. E aquela última frase combinava perfeitamente como a forma que ele a olhava. Seu olhos carregavam um peso... Peso de algo desconhecido por ela.
— Por que você aparenta estar tão deprimido?
— Eu aparento?
— Um pouco... Não me diga que está com fome.
— Não vou negar, eu adoraria comer algo agora.
— Você costuma andar com o príncipe Ni-ki, não é?
— Como advinhou?
Amanda força um sorriso.
— Intuição.
Bipolaridade. Era essa a palavra que resumia os dois príncipes do norte até agora.
Jungwon e Amanda seguem de volta para o palácio. Pelos corredores enquanto conversavam Amanda passa pelo pai e por Heeseung, eles pararam brevemente apenas para comprimentar uns aos outros.
Ainda assim Amanda percebeu que Heeseung estava incomodado com a proximidade entre ela e Jungwon, como se estivesse com ciúmes.
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