O BAR
BOA LEITURA, COMENTEM MEUS AMORES.
Capítulo passado, acho que todo mundo teve um derrame, ou algo assim.
Capítulo 11 – O Bar
Duas semanas haviam se passado e nesse tempo Jungkook havia aprendido algumas coisas sobre humanos. Primeiro, eles eram estranhos e falavam sobre coisas que às vezes não faziam sentido. Às vezes se sentiam constrangidos sobre assuntos banais e biológicos, que eram naturais, mas que para eles era algo constrangedor e motivo de vergonha, mas em outros momentos, principalmente quando bêbados, perdiam o filtro e ficavam tão desinibidos que acabavam falando demais.
E ele descobriu isso em uma noite peculiar, quando SeokJin bebeu mais do que deveria e contou a longa e vergonhosa trajetória de Jimin na época da faculdade, reforçando bem a sua fase gótica e como sua namorada de quase dois anos, Amélia, havia ficada arrasada quando ele se recusou a deixar a barba crescer.
Jimin ria e se encolhia constrangido, estava mole após beber sua dose de sangue e tão sincero e verdadeiro quanto o próprio humano e admitiu que Amélia havia terminado com ele quando se recusou a ir em um clube de nudismo.
Mesmo se tratando de uma ex-namorada, o Seelie não se sentiu irritado, porque a tal da Amélia, parecia mais uma lembrança nostálgica e divertida do que qualquer coisa, não alguém que havia de fato tocado o coração do vampiro, mas havia notado que Jimin tinha uma longa lista de ex-amores, tanto homens quanto mulheres.
Ele havia procurado pela pessoa certa, sem medo de se machucar pelo caminho e ele havia se machucado inúmeras vezes. Pessoas que tentavam o mudar, algumas que tinham vergonha dele, outras que queriam algo casual, até mesmo aquelas que procuravam apenas diversão e então, Miles, o que sem sombra de dúvidas poderia ser considerado o pior de todos, porque Jimin acreditava que ele era o certo.
Jungkook odiava quando alguém citava o nome dele, o que era constantemente, já que aparentemente, durante a viagem de Jimin para Villians, o Seelie havia se instalado entre os amigos dele. Odiava como o vampiro parecia hesitante e perdia o brilho, como parecia a ponto de chorar sempre que o via em algum lugar e não foi difícil reparar que o apartamento dele era cheio de coisas de Seelie.
Aquilo irritava Jungkook, irritava que as plantas da casa procurassem por outro que não fosse ele. Irritava que tivesse marcas de outra pessoa ali, porque aquela pessoa havia marcado seu Jimin de uma forma ruim, o manipulando, o deixando vulnerável e triste.
Naquelas duas semanas, havia tentado de todas as formas conquistar as plantas da casa, o que deu trabalho, mas com o tempo havia conseguido. Um lado competitivo que não conhecia havia acordado dentro de seu peito e era motivador e feio ao mesmo tempo.
Jimin achava divertido como ele conversava com as plantas e às vezes parecia debater com elas por um longo tempo, mas no final apenas suspirava por não entender a língua e concordava com tudo aquilo. Se sentia constrangido em fazer amor na frente das plantas, mas vez ou outra, perdia o controle e se pegava subindo e descendo no colo do Seelie e quando percebia, jogava alguma coisa em cima do vasinho de suculenta que ficava na sala, para cobrir a planta e não deixar que ela visse algo tão impróprio.
Fazer amor, ainda não havia dito aquilo com todas as letras para Jungkook e o Seelie ainda estava procurando um termo que explicasse que eles não estavam transando ou fodendo, então sempre deixava claro para Jimin que estavam "fazendo outra coisa" uma que ainda não tinha um nome, mas que o vampiro já sabia o que era.
O plano para expor a realidade do Submundo estava indo melhor do que o esperado. A cada dia, Yoongi e Hoseok se reuniam com Jungkook, Isaac, Jimin e Will e então terminavam de pensar e ajeitar as pontas soltas do plano.
Jungkook tinha consciência de que isso poderia separar o mundo humano em dois e gerar uma grande batalha entre eles e se preciso fosse, tinha certeza de que os submundanos aceitariam lutar ao lado dos humanos que buscavam liberdade para seu povo, mas preferia acreditar que não chegaria naquele ponto.
Jimin também acreditava que não chegaria ao nível de uma guerra, achava que seria como qualquer outro tipo de preconceito, pequenas pessoas de cérebro pequeno, que não teriam força sozinhas e que logo seriam abafadas. Rezava para que fosse assim.
A segunda coisa que Jungkook aprendeu sobre os humanos é que eles tinham um senso de organização ruim e que juntar os mundos seria algo estranho. A sociedade deles era desorganizada e mal estruturada e se não fosse pela beleza natural e todas as coisas que os submundanos perdiam confinados, com certeza não iria querer voltar para aquele lugar.
Eles também não eram educados em maioria e olha que existiam lobos em Villians, que literalmente rosnavam e mostravam os dentes quando não gostavam de algo e isso era mais educado do que alguns humanos.
– Eu gostaria de deixar claro o meu descontentamento por estar aqui. – Jungkook murmurou enquanto se sentava na mesa de bar.
– Anotado. – Jimin murmurou lendo o cardápio, sem dar muita moral para o dono resmungão. – Escuta, fada madrinha. Aqui tem bebida de Villians, então é a sua chance de encher a cara no mundo mortal. Larga de ser chato e aproveita.
– Nunca vou entender por que o Chim gosta tanto de embebedar as pessoas. – Isaac murmurou achando engraçado, já que o amigo sempre tentava o deixar bêbado.
– Não é que eu gosto de embebedar os outros. – Se justificou. – Mas eu acho que gente bêbada enche menos o saco. Além disso, no seu caso, eu sempre achei que se você estivesse levemente alterado, iria acabar lascando um beijão no Niel e acabar com o problema.
– Agora faz sentido. – Luke murmurou concordando com a cabeça, se lembrando de todas as vezes que o humano servia álcool comum para o vampiro, sem saber que aquilo não funcionaria em um submundano.
– Bom, esse bar é uma tradição do nosso grupo e é uma honra trazer os três chatos aqui. – Jimin disse animado enquanto observava Thom, Will e Jungkook, que não pareciam nada animados. – A empolgação de vocês me contagia.
– Você gosta mais desse lugar do que a gente. – Jin murmurou tomando uma dose de um líquido roxo, que jurava ser de uva, mas tinha um gosto indecifrável.
– Eu gosto daqui. Foi a primeira vez que eu vi o mundo do Izzy em primeira mão. – Comentou animado, olhando ao redor. – Agora eu voltei aqui fazendo parte desse mundo. A sensação é diferente. – Disse um tanto nostálgico, mas logo saltou encarando Isaac e Nick. – Vamos jogar Bilhar?
– Eu gosto do jogo. – Luke murmurou encarando Nick, que deu de ombros, virando sua dose e se preparando para sair. Isaac concordou, dando dois tapinhas na perna de Niel para lhe dar passagem e foi com os amigos para a mesa de Bilhar que tinha no canto do bar.
– O que foi? – Jungkook questionou com um humor ácido para Will, que o encarava com um olhar sarcástico.
– Estou me perguntando como vai fazer para fugir de mim agora. Tem feito isso desde que chegamos aqui com maestria, mas agora parece que está encurralado. – O feiticeiro disse com deboche e Jungkook olhou ao redor, notando que mais ninguém prestava atenção na conversa deles.
– Eu... – Tentou dizer, mas não conseguiu. – Não estava... – Tentou outra abordagem, mas ainda era mentira, então se engasgou com as palavras e Will riu ao ver o esforço falho.
– Não precisa tentar. Eu sei que tava. – Jungkook desviou o olhar. – Vai me contar o que aconteceu?
– Nada aconteceu. Nada mudou. Tudo ainda é o mesmo. – Repetiu como um mantra e Will revirou os olhos, porque Deus, ele realmente acreditava naquilo. – Ainda sou o mesmo de antes e ainda faço as mesmas coisas. Tenho os mesmos pensamentos e...
– Mas agora você ama ele? – Will murmurou, puxando o copo de Thom e bebendo sem sua permissão, deixando o vampiro chocado, mas logo rindo pelo jeito do namorado.
– Eu odeio ele. – Corrigiu engolindo em seco. – Cada pequena coisa dele. Desde a forma como ele fala, até como se mexe. Odeio como ele dorme e todo o seu passado, seu gosto para decoração e suas manias pela manhã. Odeio a forma como ele fala meu nome quando quer alguma coisa e como sorri como se ninguém estivesse olhando. – Disse irritado, vendo o menino rir com os amigos enquanto jogava. – E agora estamos fazendo alguma coisa. – Murmurou entre os dentes e Will quis rir, porque aquilo mais parecia uma declaração de amor do que de ódio.
– Alguma coisa? – Questionou com curiosidade e deboche, cutucando Thom para prestar atenção naquilo.
– É. Eu não sei o que diabos é, mas não é sexo. – Resmungou irritado. – Não estamos transando, nem fodendo. Não é carnal ou violento. É bom, é bom como o inferno, mas não é como eu conheço.
– Pensei que eu fosse seu parceiro ideal na cama, você me iludiu durante anos falando isso. – Will provocou e teve que segurar a risada ao ver o olhar incrédulo de Thom em sua direção, como se não acreditasse no que tava ouvindo.
– Por favor, Will. Cala boca. Eu te amo e você sabe que é a pessoa mais importante na minha vida. – Disse de forma grossa, como se fosse uma ofensa e Will quis rir, porque essa era a forma que Jungkook demonstrava afeto. – Mas aquele desgraçado, está fazendo alguma coisa comigo, parece magia.
– Deixa eu ver se eu entendi. Éramos bons juntos. – Will começou e teve que segurar a mão de Thom que tentava beliscar sua costela em repreensão.
– Ótimos, éramos ótimos. – Jungkook corrigiu sem tirar os olhos de Jimin que continuava jogando do outro lado do bar.
– Ótimos, mas mesmo assim, comigo era só sexo e com ele é outra coisa? – Questionou com um sorriso de lado e encarou Thom, que revirava os olhos.
– Você está fazendo amor com ele, sua anta. – Thom murmurou irritado e Jungkook o olhou com desespero, desgosto, pânico no olhar. – Jura mesmo que não passou pela sua cabeça, que talvez e só talvez, o que torna tudo diferente é o fato de você gostar dele?
– Eu não gosto dele. – Disse irritado, encarando Thom como se ele não soubesse nada. – O que você sabe? Quer que eu te lembre o que aconteceu a uns dois meses atrás? Porque eu lembro de você naquele sofá com a gente. – Disse irritado e Thom riu, encarando Will, que segurava a risada.
– Aí está a prova. – Murmurou para o namorado de olhos roxos. – Ele está sendo cruel de propósito, para tentar esconder que está apaixonadinho pelo vampiro. – Thom sorriu para Jungkook e negou com a cabeça. – Não tem vergonha nenhuma em amar. Na verdade, vai descobrir que é uma das melhores coisas do mundo. Deveria se entregar a isso. Jimin é um cara incrível e talvez esteja apenas esperando um passo seu.
| SWEET MAGIC |
O que eu mais amei fazer em magic, foi essas pequenas referencias dos livros passados.
Onde, o Niel implica com o Luke, que Implica com o Thom, que Implica com o Jungkook/Jonathan, que implica com todos.
Enquanto isso, o Jiminverso se ama e se ajuda.
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