A VOLTA
Eu tava relendo SWEET BLOOD pelos comentários e tals, eai eu vi, que a primeira descrição do Taehyung (que é o atual Jimin) foi essa - e eu nem sonhava que ele teria uma história só dele, mas olha só como o mundo é incrível.
MELHOR SOZINHO, DO QUE MAL ACOMPANHADO. - DIZIA ELE NO LIVRO 1 (O Jimin que ele se referia era o Mark)
Enfim, a hipocrisia.
BOA LEITURA
Capítulo 8 – A Volta
Nora e Jacky estavam desolados, já haviam abraçado tantas vezes Will e Isaac que Jimin jurou que viu os olhos de Will saltando para fora em algum momento, mas para o Plano de Jungkook dar certo, teriam que sair de Villians.
O Seelie ainda não havia explicado todo o plano, ainda mais com toda a preparação para o feriado e Jimin ainda sentia seu corpo cansado pelo dia anterior, mas não havia comentado, e agora teriam que voltar para o mundo mortal, onde teriam enfim respostas.
A vampira e o feiticeiro estavam a mais de vinte minutos se despedindo dos filhos, como se aquele fosse o último adeus, como se Will e Isaac não pudessem abrir um portal a qualquer segundo e os visitar, era ridículo, mas Jimin achava fofo. Havia sido criado pelos tios, não sabia o que era ter pais, mas gostava de pensar que se tivesse, eles seriam daquela forma.
– Mandem cartas e visitem. – Nora disse mais uma vez, segurando as lágrimas um tanto desolada, porque não teria mais os almoços em família que tanto gostava, ou quem sabe as noites de jogos que Isaac havia os ensinado. Os filhos não estariam mais a um braço de distância. – E pelo amor de deus, vocês estão levando três irresponsáveis com vocês. Tentem não fazer nenhuma loucura. – Jimin riu, porque a cara de chocado de Will foi cômica, enquanto Jungkook apenas se manteve indiferente e Thom deu de ombros, consciente que ela se referia a ele também, já que da última vez que esteve no mundo mortal, havia matado um humano.
– Iremos cuidar deles, Nora. Não se preocupe. Não faremos nada de errado. – Jimin garantiu, não muito certo, já que era a primeira vez de Will e Jungkook no mundo mortal e isso poderia ser um tiro no escuro.
Dessa vez, quem abriu o portal foi o próprio Jacky, e o primeiro a atravessar foi Niel, que estava tão ansioso para ver os outros amigos que faltava saltitar de um lado para o outro. Isaac achava fofo como o namorado estava com saudades do irmão, que não via desde o começo de toda aquela confusão.
Quando o último atravessou, o portal se fechou. Jungkook olhou em volta e observou como o lugar parecia esquisito e cheio de fios e cabos, coisas que não tinham em Villians. Notou que Will também encarava aquela parafernalha toda com estranheza.
– Faz muito tempo que a gente não limpa. Não reparem muito. – Isaac avisou envergonhado, já que a última faxina havia sido a um tempão e era claro que Jin não iria limpar como ele havia pedido. – Podem ficar com o antigo quarto do Niel. – Avisou para o irmão.
– Eu to com tanta saudade da minha casa. – Nick resmungou com um sorrisinho brilhante. – Parece que foi em outra vida que eu morei lá. – Sentiu a mão do lobo se entrelaçando com a sua e a apertou entre seus dedos.
– Eu também já vou. – Jimin murmurou, puxando Jungkook que arrastava duas malas pequenas. – Vamos pra minha casa.
– Antiga casa. – O Seelie murmurou irritado e o Vampiro revirou os olhos. Deus, ele era tão irritante. – A gente se encontra amanhã para resolver as novas coisas? – Questionou ao ver o olhar cansado de todos, o dia anterior deveria ter sido intenso, era nítido pelas marcas de presa em todos os lugares.
– Amanhã? – Niel riu irônico. – Se vocês não estiverem hoje mesmo na casa do Jin, ele vai entrar naquele apartamento derrubando a porra toda, Chim. Você sabe. – Avisou encarando o amigo. – Ele vai surtar quando souber o que aconteceu. – O vampiro suspirou. Niel tinha razão.
– Eu sei. Você tá certo. Iremos descansar agora a tarde. Jungkook comprou muita coisa pro feriado. – Comentou pensativo e se virou para o Seelie. – Pode passar o dia todo de molho e estaremos prontos para enfrentar o Seok de noite.
– Quem é Seok e por que ele é tão importante? – Jungkook questionou, não gostando daquilo.
– Ele é meu irmão. – Niel explicou. – Um grande amigo nosso. – O Seelie concordou a contragosto, não gostava da forma como o vampiro se referia a ele. Já havia ouvido aquele nome antes, era o homem que havia ficado responsável pelo apartamento de Jimin e possivelmente matado suas plantas.
– Estaremos lá, mande uma mensagem com o horário e lugar. – Jimin murmurou. – Vou tentar passar pelo apartamento dele sem ser visto. – Deu uma risadinha arteira. Eram basicamente vizinhos. Era uma missão quase impossível, mas daria certo e após se despedir de todos, saíram.
Jungkook observou como era a cidade de humanos e notou a enorme diferença. Poucas árvores, muito asfalto, muitas pessoas. Não tinham que se esconder. Os prédios e casas eram o que pareciam ser, não eram encantados ou enfeitiçados, não eram esconderijos, eram só casas.
Seguiu Jimin por onde ele ia, andou por uma rua quente, desviou de pessoas estranhas, que esbarravam nele e não pediam desculpa, quase se perdeu e teve que segurar na mão do menino para ser guiado com mais precisão. Entrou em um prédio alto e subiu em uma caixa metálica que o levou até um corredor.
– Não faça barulho. SeokJin mora ali. – Sussurrou apontando para a porta com um 56 escrito na madeira e puxando o Seelie para mais perto, o conduzindo para o final do corredor. A chave reserva estava onde havia deixado, atrás do extintor de incêndio, abriu com cuidado e assim que entrou em segurança, jogou Jungkook para dentro, fechando a porta com rapidez. – Acho que ele não viu a gente.
– Você acha que eu sou uma bola ou algo assim? – Jungkook questionou um pouco chocado e zonzo.
– Desculpa. Acho que to um pouco nervoso. Conta isso pro Jin vai ser no mínimo difícil. – Respondeu ansioso.
– O que você tem com esse cara afinal? Ele é mais um dos seus ex-namoradinhos? – Respondeu com desgosto e Jimin analisou seu rosto com cuidado antes de cair na risada.
– Namoradinho? – Questionou rindo e quase caiu, mas se apoiou na porta, para poder tomar algum fôlego. – Deus, não. Até tentamos dormir juntos uma vez durante o ensino médio, mas foi ridículo. Jin é meu melhor amigo. Crescemos juntos e hoje em dia ele é quase casado com o Namjoon. – Contou com saudade do amigo. – Ele é alguém especial pra mim. Esteve em todos os meus grandes momentos.
– Mas não nesse. – Jungkook completou, entendendo o que afligia o menino.
– É. Não nesse. – Concordou apreensivo. – Ele não era exatamente contra eu ir pra Villians, mas também não era muito a favor. Quando souber que eu morri lá, não sei qual vai ser a reação dele. – Seu olhar caiu para os próprios pés, mas então notou que finalmente estava de volta em seu apartamento. Que depois de tanto tempo, finalmente estava em casa.
Seu olhar subiu para olhar ao redor e para a sua surpresa, as coisas estavam em ordem. Sua casa estava limpa e suas plantas vivas e saudáveis, mais até do que se lembrava. Tudo estava exatamente como havia deixado. Havia algumas cartas em cima da mesinha da sala, mas que deveriam ser apenas propagandas e coisas bobas, já que as importantes recebia por e-mail.
Notou que SeokJin até mesmo havia comprado algumas plantas novas e diferente da casa de Isaac, havia realmente faxinado a sua. Pelo que conseguia ver da sala e cozinha compartilhadas estava tudo muito organizado.
– Vou te mostrar onde é o quarto e o banheiro. – Avisou enquanto andava um tanto desnorteado pelo apartamento. – Eu esperava que esse lugar estivesse uma bagunça. – Murmurou abismado e quanto mais entrava, mais notava que tudo estava em ordem, limpo e em perfeito estado.
Assim que Jungkook entrou para tomar um banho, Jimin começou a desfazer sua mala, não havia levado muita coisa para Villians e a maioria havia ficado porque Jungkook insistia que ficariam pouco tempo ali, mas se assustou ao ouvir a porta da frente bater.
Por um segundo, seu coração acelerou. O pensamento de que Jin havia descoberto sobre sua chegada, foi a primeira coisa que havia passado pela mente do vampiro e então pensou em se esconder ou quem sabe ficar imóvel até o amigo desistir e ir embora, mas assim que se virou pronto para encarar a verdade e conversar com SeokJin, deu de cara com o homem alto de cabelos longo, prateados e trançados, pele brilhante, orelhas pontudas e olhos azuis, era Miles que estava na porta de seu quarto, o encarando com cuidado e receio.
O Seelie parecia levemente paralisado, hipnotizado, passava os olhos por cada pequeno detalhe, como se não acreditasse no que estava vendo e antes que Jimin pudesse falar alguma coisa ou tentar entender o que ele estava fazendo ali ou como diabos havia entrado em sua casa, ele já andava a passos apressados em sua direção, o puxando pela nuca e o abraçando pelas costas, o beijando como sempre fazia, um beijo carregado de saudade, porque era isso que Miles sentia.
Jimin estava estático, confuso e desnorteado. Seus olhos estavam abertos e suas mãos não tocavam o Seelie porque ele não tinha entendido ainda o que estava acontecendo. Era diferente de antes, era o mesmo beijo de sempre, mas não era igual, não era como se lembrava.
Miles notando que Jimin não o correspondia, se afastou para olhar em seus olhos, notando que não estava ficando louco, se questionou em que momento aquilo havia acontecido e quis brigar com o menino por não ter o ouvido. Jimin não deveria ter saído do seu lado. Deveria ter ficado, ter vivido sua vida e sido o humano que havia nascido para ser.
– Quando foi? – Questionou com a voz séria, ainda sem soltar Jimin de seus braços e sentiu quando o menino amoleceu.
– A pouco tempo. – Respondeu sem querer dar detalhes. – Como entrou aqui? – Questionou notando que ele não havia mudado nada, que a forma como o segurava e o olhava, ainda eram as mesmas.
– Jin me deu a chave. Ele me pediu para cuidar do apartamento. – Explicou. – Ele iria matar todas as plantas. Eu não podia deixar. – Jimin quis chorar e se sentiu bobo por sentir os olhos ardendo, por se lembrar que antes dele, não tinha tantas plantas ali, haviam comprado elas juntos. Miles havia lhe dado aquele costume, o ensinado que elas eram vivas e que poderiam lhe fazer companhia, já que costumava ser tão sozinho. Eram como suas filhas. – Ji... – Miles foi interrompido pelo barulho alto no batente da porta e assim que desviaram a atenção viram Jungkook apoiado na parede, braços cruzados, maxilar duro e olhar frio. – Quem é esse? – Questionou confuso.
– Desculpe, não quis incomodar. Podem continuar. – Disse com ironia. – Imagino que seja Miles. Ouvi muito sobre você. – Seu tom era acido e seu olhar estava fixo nas mãos do maldito Seelie, que achava que ainda tinha o direito de tocar no seu vampiro. – Na verdade, ouvi uma enorme lista sobre você.
– Ji? – Miles questionou voltando sua atenção para Jimin, que agora parecia nervoso, notando o clima denso, tentou se soltar, mas Miles o segurava com firmeza.
– Esse é o Jungkook. – Jimin respondeu com os olhos fixos no seu receptáculo. – Ele é o meu dono. – As palavras saíram doces da sua boca e isso bastou para que Miles o soltasse de vez.
– Eu deveria imaginar que você já tinha um. – Murmurou se sentindo bobo por não supor aquilo. – E é claro que você escolheria um dos nossos. – Debochou, se afastando irritado. Jimin tinha verdadeira adoração por Seelies, era claro que escolheria um dono daquele Clã. Miles se sentiu tão bravo e revoltado, que poderia fazer uma loucura naquele momento. – Como eu fui idiota.
– Miles... – Jimin deu um passo na direção do ex-namorado, mas então se parou, Miles não era o homem certo para ele, já havia chegado naquela conclusão antes e não tinha o porquê de se justificar pra ele. – Eu sinto muito. Achei que tivesse sido claro quando fui embora.
– Você foi. Algo sobre tentar coisas novas e querer mais. – O Seelie murmurou, sua indignação se misturando com raiva. – Eu achei que queria que eu melhorasse, que era isso que estava esperando. Achei que voltaria pra mim.
– Eu disse que estava indo embora. Que tinha acabado
– E eu disse que não deveria ir. Que não tinha.
– Você é tão frustrante. – Jimin murmurou. – Foi por isso que eu fui. – Se virou de costas, andando pelo quarto. – Porque você acha que pode mandar em mim, decidir por mim, mas não pode. – Jungkook observava tudo em silêncio, com um pequeno sorriso de lado, agora entendia a lista que Jimin havia feito. – Eu não sou sua propriedade. Não pode me colocar nas costas e me levar pra onde quer ou decidir por mim como eu vou viver a minha vida.
– E ele pode? – Miles apontou para Jungkook, que se assustou ao ser introduzido na discussão. – Essa foi a sua brilhante solução? Percebe o que você ganhou não me ouvindo? Agora você tem um dono, Ji. Um dono de verdade. Alguém que manda e controla suas vontades. Você tem tudo o que você não queria de mim. A diferença é que eu te amo e ele? Ele ao menos gosta de você? Ele pode te dar metade do que eu te dava? – Miles bufou. – Está sendo ridículo. Está sendo ridículo e infantil, como sempre foi. Vivendo essa fantasia patética de querer viver uma vida que não é sua. – Jimin se encolheu se sentindo bobo por pensar que talvez ele tivesse razão e Miles se aproximou ao ver que havia conseguido quebrar o menino. – Vamos lá, Ji. Quebre a ligação de receptáculo e volte pra mim. Eu posso cuidar de você.
Jungkook se desencostou da porta ao ouvir aquilo. Só podia estar alucinando. Estava mesmo escutando o Seelie manipular seu menino daquela forma? Em um jogo mental e doentio? Então era isso que o tal Miles fazia quando ninguém estava olhando? Era isso que Jimin havia vivido com ele?
– Saia da casa. – Jungkook disse com um tom sério.
– O que? – Miles questionou surpreso.
– Estou mandando sair da casa. – Repetiu sem vacilar.
– A casa é dele. Não pode me expulsar. – Miles foi firme, desafiando Jungkook.
– Vou mandar que ele te bote pra fora e então veremos se eu posso ou não. – A ameaça velada soou como uma batida de martelo e Miles soube que havia perdido aquela pequena batalha. – Deixe a maldita chave. – Rosnou ao ver o Seelie passando pela porta que anteriormente estava encostado.
Jimin encarava tudo com um olhar perdido e a respiração ofegante, mas só ousou se mexer quando a porta da entrada bateu com força. Seu olhar se encontrou com o de Jungkook e então seus passos o levaram até ele, seu corpo se chocou contra o do Seelie e quando sentiu Jungkook retribuir o abraço, afundou seu rosto contra o pescoço dele tentando segurar as lágrimas que insistiam em querer sair.
– Ele fazia muito isso?
– Gritar comigo?
– Tentar te manipular. – Jungkook corrigiu e Jimin percebeu que esse era o termo certo, que era isso que Miles tentava fazer. – Você tem razão. Ele é um pé no saco.
– Eu sempre tenho razão. – Jimin murmurou fungando e se deixou ser levado quando Jungkook o conduziu até a cama, o abraçando forte quando se deitaram – Mas ele também tem. Eu consegui com você exatamente o tipo de relação que eu não queria.
– Ele é só um babaca. – Jungkook resmungou, incomodado pelo tom de voz mórbido que Jimin usava.
– É, eu acho que tenho um fraco por esse tipo.
| SWEET MAGIC |
Caso vocês não tenham notado, eu amo fazer essa inversão de papeis.
Quando de primeira eu faço vocês odiarem um personagem e depois vocês o amam ou quando vocês o amam e depois eu faço vocês o odiarem. É o meu momento de lazer. kkkkkkk
Agora se arrependam de todas as vezes que vocês me pediram uma história do Taehyung com o Miles. Boa noite.
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