PROMESSAS DE FELICIDADE

Penúltimo capítulo, quem ta animado?


Capítulo 19 — Promessas de felicidade

— Não seja um bebê chorão. —Jimin implicou com Jungkook, que o encarou feio, mau humorado.

— Porque não me penduram logo de ponta cabeça? Vai escorrer mais sangue assim. — Retrucou emburrado.

— Na real, é tentador. — Brincou Jimin, mas Jungkook riu.

— Está muito engraçadinho pra alguém que quase morreu. Acredito que já tenha se recuperado. — refletiu para si mesmo, com um sorriso malicioso.

Aqueles dias estavam sendo uma verdadeira tortura, e Jungkook já havia sido torturado de verdade.

Jimin ficaria bem de acordo com os curandeiros, mas precisava de tempo e cuidados para se curar completamente, o que era realmente incomodo, já que tudo o que Jungkook queria era jogar Jimin no chão e o saborear como se fosse sua última refeição.

E Jimin parecia estar testando seu auto controle. Porque desde que abriu os olhinhos após quase sucumbir no próprio poder, estava fazendo de tudo para se manter sob a pele do demônio.

As noite haviam sido tentadoras e frustrantes.

— Me sinto melhor agora. — Jimin confirmou, sabendo o que se passava pela mente do demônio, porque mesmo que tivesse sido divertido se esfregar contra Jungkook enquanto ele não podia fazer nada, queria mais do que tudo que ele fizesse algo.

E que Deus o proteja para que Jungkook nunca descubra que estava acordado e o provocando de proposito, porque tinha certeza que o submundano acabaria com sua raça.

— Quanto sangue precisamos? — Will questionou concentrado na seringa que removia do demônio.

— Quatro doses de sangue de demônio para cada cinco pétalas de lírio de fogo e doze lágrimas de desespero. — Repetiu a receita da poção em sua cabeça, observando o feiticeiro retirar a última seringa necessária. — Tenha certeza de que Isaac está preparado para isso. É fundamental que ele queira a imortalidade acima de tudo.

Jungkook riu pelo nariz. Aquela era sempre a grande questão. A poção agia como um veneno. Antes de entregar o que desejava, ela te matava, e então se fosse realmente de sua vontade viver a eternidade, ela lhe entregava.

Muitos mestiço acreditavam querer a vida eterna, mas na hora se acovardavam ou não desejavam com tudo o que tinham.

Independente de qual fosse o caso, Jungkook quase torcia pelo sucesso do mestiço. Assim poderia ir pra casa.

— Eu deixei claro que a escolha é dele. E que ficaríamos felizes com qualquer que fosse sua decisão. — Will confirmou. Entendia bem que a imortalidade poderia ser um fardo às vezes, mas queria passar ela ao lado de seu irmão, mas entenderia se ele quisesse algo diferente e aproveitaria o tempo que ainda tinham pela frente.

— Mantenha o sangue gelado, as flores quentes e as lágrimas congeladas. Quando for misturar, triture o gelo, queime as flores e apague com o sangue. Deve ser tomado imediatamente após o preparo. — Explicou novamente, pra ter certeza de que havia sido claro.

— Escreveremos para você quando ele tomar a decisão. — Garantiu Will, que logo sorriu triste. — Você tem mesmo que ir?

Jimin sorriu, gostava do aprendiz. Gostava de poder ensinar o que sabia e ajudar outro bruxo a entender a própria magia.

No final de contas, era muito satisfatório ser melhor do que Erix em tudo. Até mesmo naquilo.

— Jungkook já abusou demais da hospitalidade de vocês. — Brincou. — Provavelmente seremos insuportáveis durante um tempo, mas logo voltarei para ver se aprendeu todos os feitiços do livro que te dei.

— Certo. Espero que realmente volte logo, ou terei que mandar Taehyung em uma viagem de expedição na sua casa, você sabe, para questões educativas.

— Nem se o inferno congelar. — Jungkook reclamou. — O Seelie é razoável, mas o vampiro fala demais. — Afirmou tremelicando, como se o simples pensamento o desse arrepios.

— Fico feliz que tenha feito um amigo, mas me preocupa que seja um Seelie. — Refletiu Jimin em voz alta, logo dando de ombros. — Voltaremos na primavera. — Decidiu o feiticeiro, mas o demônio o encarou com desgosto.

— Isso se eu tiver acabado com você até lá. — Provocou.

— Sabe, vocês poderiam pelo menos disfarçar que estão indo embora para transar. — Thom, que até então assistia a cena sem se meter, comentou com humor.

— Como se você e seu dono não fodessem como malditos coelhos. — Jungkook debochou.

— Nos temos veneno como desculpa pra libido alta, qual é a de vocês? — Will provocou rindo com o namorado.

— Séculos de frustração sexual. Celibato forçado e uma atração assustadora. — Enumerou Jimin.

— Estamos apaixonados. Não precisamos de desculpas. — Jungkook respondeu mal-humorado, cruzando os braços e Jimin sorriu largo, com os olhos e a alma, porque Deus, havia se apaixonado pelo ser mais mimado de todo o universo e a sensação de ser correspondido era maravilhosa.

— Estamos. — Confirmou fazendo um um carinho na nuca do demônio, entre os fios macios de cabelo.

Após se despedirem mais uma vez e reforçarem a promessa de que voltariam o quanto antes, Jimin aparatou para casa.

O lugar estava em perfeita ordem. Limpo e arejado. O terreno era protegido contra invasores e o mal tempo.

A casa era modesta, mas aconchegante. Desde a guerra, viviam ali, afastados do mundo mortal em um Paraiso particular e seguro.

— Obrigado pelo serviço. — Jimin disse dispensando a vassoura e o espanador que limpavam sozinhos, tirando o pouco pó que tinha na sala e mantendo a casa arrumada. — Vou dar uma olhada lá fora. — aviso enquanto se dirigia para a porta dos fundos, mas foi impedido pelo demônio, que o segurou com força.

Jimin se assustou ao ser puxado contra o peito do demônio, que o encarava com os olhos carregados de luxúria.

— Você esta mesmo bem, certo? — Questionou roçando os lábios contra o pescoço do feiticeiro. — Porque não quero mais esperar.

— Eu esperei por séculos. — protestou Jimin mole contra o homem que o beijava com tanta devoção.

— Você sempre foi mais paciente do que eu. — Murmurou baixo. — Mas fosso mudar isso. — Afirmou sorrindo de lado.

Jimin não tinha duvidas quanto aquilo. Sabia que ficaria desesperado no segundo em que seu desejo gritasse mais alto que sua razão.

E por saber que seu limite era minimo quando se tratava de seu demônio, não exitou em pular em sua cintura, o beijando com vontade.

— Me leve pro quarto. — Sussurrou rente a sua boca. — Faça amor comigo, Jun.

— Como você sempre sonhou?

— Como eu sempre quis.

Jungkook o beijou, um beijo de tirar o fôlego e Jimin tinha certeza de que se não estivesse sendo carregado, teria caído.

Assim que suas costas caíram contra a cama, sentiu o peso do demônio contra seu corpo, Jungkook parecia desesperado, e notou isso ao sentir as mãos ágeis em suas roupas, as rasgando e abrindo como dava.

— Droga. — Murmurou afoito. — As roupas, Jimin. Tire elas. Todas elas. — Rosnou ofegante, e achando graça, Jimin sumiu com as peças. — As minhas também.

Jimin parou por um segundo, observando com carinho a cena, aquilo realmente iria acontecer, Jungkook havia parado de lutar contra. Ele havia se entregado aquilo que tinham.

— O que foi? — O demônio questionou surpreso ao sentir a chama de afeto explodir em seu peito.

Jimin deslizou as mãos pelos ombros do demônio, subindo pelo pescoço ate entrelaça-las em sua nuca, com um sorriso suave em seus lábios.

— Eu te amo, Jun. E é muito bom poder te falar isso. — Afirmou rindo fraco, mas foi pego de surpresa pelo demônio, que o beijou antes de sussurrar em sua orelha.

— Eu também te amo, Ji.

Jimin se afastou surpreso, se perguntando se realmente havia ouvido aquilo, mas bastou um olhar para saber quê não deveria desobedecer.

Em um passe de magia, as roupas do demônio desapareceram. E sussurrando um feitiço, sentiu o lubrificante escorrendo por suas pernas.

— Certo, preliminares. — O demônio pontuou, como se precisasse se lembrar daquilo no momento, mas o feiticeiro riu.

— Os últimos séculos foram preliminares o suficiente pra mim. Preciso de você, e preciso agora.

— Porra. Eu realmente te amo. — Repetiu com a voz vibrando, voltando para beija-lo enquanto se posicionava entre as pernas do feiticeiro.

O Beijo era quente e úmido, carregado de amor genuíno e verdadeiro, algo que Jimin nunca acreditou que conseguiria. Algo que nunca se achou merecedor.

Mas aquela felicidade que sentia, aquela que parecia transbordar por todos os lados, aquilo era tudo com o que havia sonhado, aquilo era tudo o que queria.

Ter Jungkook em seus braços, lhe tomando de forma tão intensa e voluntaria, sem palavras grosseiras ou tentando quebrar seu coração no processo, era mais do que um dia havia ousado pensar, mas ali estava ele, o preparando para fazer amor, esfregando seus dedos por áreas sensíveis, garantindo que Jimin estaria pronto para recebe-lo.

E o beijo se cortou, ao sentir o demônio impulsionando o quadril, se afundando em seu corpo, o abrindo sem medo de machucar.

Jimin tinha certeza de que nada no mundo jamais chegaria aos pés daquilo, nada nunca faria com que se sentisse tão completo quanto fazer amor com quem amava.

Mas olhando nos olhos de Jungkook teve certeza de que o demônio falava serio sobre tentar mais todos os dias.

— Diga que me ama. — murmurou contra a boca do feiticeiro, porque para o inferno com isso, Jungkook amava ouvir as palavras.

— Eu te amo. Eu te amo mais do que tudo. — Declarou com a voz falha e molhada, gaguejando a cada novo impulso, sentindo o pau entrando e saindo com força e rapidez, alcançando os lugares certo. — Porra... sim.

Jungkook se abaixou o suficiente para morder a pele sensivel do pescoço do feiticeiro, gostando do gosto da pele em sua língua e os sons sufocados que escapavam da garganta do feiticeiro.

Sentiu quando as pernas de Jimin travaram em sua cintura, o corpo tremendo e se apertando ao redor do seu pau.

Ofegou baixo, indo mais fundo, prolongando o orgasmo do seu homem.

— Você é meu. — afirmou ofegante, vendo Jimin confirmar.

— Eu sou.

— Que bom. Porque faremos isso todos os dias daqui em diante. — Informou, sem espaço para discussão, enquanto virava Jimin de bruços.

O feiticeiro se sentiu tonto com a mudança brusca, mas não teve tempo para reclamar, logo já sentia Jungkook se afundando novamente.

— Soou como uma ameaça, mas eu amei a ideia. — Resmungou ofegante, sensível pelo recente orgasmo.

— Ótimo. Porque não estou nem perto de acabar.

//~//

— Jimin... — A voz murmurou no meio da escuridão fria do quarto.

— Hum...— resmungou meio inconsciente pelo sono.

— Você se sente feliz o tempo todo, ou isso é algo novo para você também? — Questionou confuso.

O sentimento que transbordava de Jimin parecia nunca passar, nem mesmo quando o feiticeiro dormia. Aquilo era novo e peculiar para o demônio, que se perguntava em que momento aquela sensação de euforia acabaria.

Jimin, que estava deitado sobre o corpo quente do demônio riu fraco, se sentindo mole e trêmulo nos braços do homem.

Jungkook havia cumprido suas ameaças, e Jimin tinha certeza de que demoraria alguns dias até conseguir andar normalmente novamente.

Haviam feito amor, com direito a juras e declarações. Havia sido algo doce e encantador. O que era novo, já que seu demônio não era alguém doce, mas naquela noite, ele havia sido.

— Se acostume, amor. — respondeu com a voz enrolada pela exaustão física. — Tenho a sensação de que nos sentiremos assim por toda a eternidade. 

| SWEET DEMON |


Preparados para o fim? 

Espero que tenham gostado. 

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