MESMOS ERROS
Olha quem lembrou que tem história para atualizar?
Espero que gostem, boa leitura e comentem, por favorzinho!!!
Capítulo 6 — Mesmos erros
"Abre" Jimin escutou a voz brava em sua cabeça, seguida por mais bicadas no vidro.
— Não. Durma na árvore. — Resmungou baixo, sem se importar se o demônio ouviria ou não.
"Abre" Insistiu, bicando com mais força, mas Jimin apenas virou de lado, cobrindo a cabeça com o edredom. "Jimin, abre a janela"
— Não.
"Tudo bem, vou procurar o mestiço idiota e explicar para ele a solução obvia do problema dele" Ameaçou falsamente e Jimin riu antes de responder.
— Eu já contei.
"O que?" Perguntou incrédulo, logo ficando irritado. "E porque você pode falar e eu não? Eu queria ter falado"
— Porque você provavelmente deixaria de fora partes cruciais de propósito. — O demônio riu, concordando mentalmente, voltando a bicar o vidro.
"Abre" Suspirando cansado, Jimin se levantou e abriu a janela, deixando o pássaro entrar e mal teve tempo antes de Jungkook se transformar no meio de seu quarto.
— Isso não se faz. — O tom de voz bem humorado revirou o estômago de Jimin. Era nauseante que Jungkook sempre voltasse mais feliz depois de passar horas longe dele.
— Pensei que dormiria fora. Você demorou. — O tom era tranquilo, como se não fosse uma acusação, mas Jimin sabia que era, que como sempre estava sendo carente e controlador.
— Eu até queria, mas a noite foi um porre. — Deu de ombros, se jogando na cama. — As pessoas não festejam mais como antes.
— Então porque demorou tanto? — Questionou voltando a se deitar na cama, tomando cuidado para não tocar no demônio, que logo se arrastou para cima, para deitar na mesma altura que Jimin.
— Conheci uma mulher. — Relatou com pouco caso, encarando o teto. — Ela era dançarina da casa noturna ou alguma merda assim. Eu iria para casa com ela, mas ela disse uma coisa idiota. Acabei broxando, e achei melhor voltar pra casa. — Jimin riu, mesmo sabendo que não deveria.
— Então a noite não terminou como você queria? — Questionou para provocar o demônio, que lhe encarou com os olhos cerrados.
— Ela disse que me faria "escravo sexual" dela por uma semana. — Relatou, vendo o sorriso de Jimin sumir, entendendo o porquê do demônio ter desistido da noite.
— Pensei que você curtia essas coisas. — Provocou, tentando descontrair, mas Jungkook negou.
— Tenho limites, posso aceitar cordas e algemas desde que seja eu a prender as pessoas. — Suspirou e fechou os olhos, mesmo consciente de que Jimin ainda o encarava. — O que?
— Nada.
— Pergunte logo. — Mandou, sem se importar em abrir os olhos. Jimin engoliu em seco. Sempre tinha muitas perguntas e sempre tinha medo de todas elas.
— Algum mestre seu já... — Não terminou a pergunta, porque Jungkook abriu os olhos o encarando com intensidade demais para conseguir.
— Tirando você, não. — Sorriu irônico e malicioso, se mexendo na cama, até que estivesse de frente para Jimin.
— Eu não forcei você.
— Não. Você fez pior. — Pontuou e Jimin iria perguntar como poderia ter feito pior, mas Jungkook mudou de assunto. — Eu vi você hoje. Essa merda toda tá abalando você.
— Eu tô bem. — Afirmou, mesmo que não fosse totalmente verdade, porque sabia que Jungkook era contra toda essa coisa de aprendiz.
— Não tá não. — Foi firme, olhando nos olhos do feiticeiro. — Quer conversar? — Jimin iria negar, mas haviam concordado em mexer naquilo.
— Não gosto de reviver o que fizeram com seu povo. — Admitiu com um tom baixo, desviando o olhar para o peito largo do demônio.
— Nós vencemos. — Jungkook respondeu com pouco caso. — A maior parte está livre, mataram os mestres uns dos outros e agora riem no submundo ao se lembrar de toda essa merda.
Jimin voltou o olhar para os olhos de Jungkook, que parecia sincero e despreocupado. Por um segundo, o pensamento evasivo preencheu sua cabeça.
— Você... Você ainda conhece outro demônio com mestre? — Perguntou curioso. Jungkook o encarou sem expressão, procurando por qual era a real dúvida de Jimin e logo riu.
— Você ainda tem medo de que eu faça isso com você? — Perguntou com sarcasmos e crueldade na voz. — Que eu peça para algum outro demônio te matar enquanto mato o mestre dele? — Jimin não viu o quão rápido foi o movimento, mas sentiu a mão do demônio se fechando em seu pescoço, o empurrando para o lado, enquanto subia parcialmente em cima de seu corpo. — Não temos mais essa barreira, Jimin. Se eu quiser faço isso agora mesmo. — O humor havia sumido, o ar era abafado e Jimin sentia a respiração do demônio contra seu rosto, perto demais.
— Então porque ainda não fez? — Questionou em um sussurro, intercalando o olhar entre os olhos e a boca de Jungkook, incapaz de conter a atração que sentia.
— Que graça teria? — O demônio resmungou bem humorado contra seus lábios, como se a pergunta fosse estúpida demais para ser levada a sério, um segundo antes de beijá-lo.
O feiticeiro ofegou, mas se entregou no mesmo segundo, correspondendo ao beijo, sentindo a mão apertar sua garganta na mesma intensidade com que Jungkook pressionava o corpo contra o seu.
Jimin levou as mãos até os braços de Jungkook, o apertando por cima do tecido e quando a mão livre de Jungkook deslizou por seu corpo, separou as coxas inconscientemente, pronto para tudo o que o demônio quisesse.
— Já faz um tempo. — Resmungou ofegante, separando o beijo, parecendo vulnerável e necessitado, assustado com a hipótese, mas desejando aquele momento mais do que tudo. Tremendo quando Jungkook não desgrudou o olhar do seu ao confirmar.
— Faz.
— Talvez fosse melhor...
— Shhh... Não fode. — O interrompeu, consciente que Jimin tentaria parar, como sempre fazia, pensando demais nas consequências dos atos, ao invés de aproveitar o momento que tanto queria.
A mão firme, agarrou o short de dormir do feiticeiro com força, puxando para baixo com impaciência, e decidido a distrair Jimin de suas atitudes, enterrou a cabeça no pescoço do feiticeiro, provocando a área sensível, fazendo Jimin puxar seus cabelos.
— Deus... — Ofegou ao sentir Jungkook agarrando sua ereção com possessão.
— Ele não tá ouvindo. — Respondeu atrevido, respirando o cheiro doce do feiticeiro. — Me conte que tipo de coisa suja tem pensado comigo ultimamente? — Provocou com a voz rouca e excitada. — Que tipo de sonho pervertido tem tido?
— Eu não sonho com você. — Mentiu.
— Mentira. — Riu contra seu pescoço, fazendo Jimin convulsionar em prazer. — Não minta para mim. Eu conheço você, sei o que tá pensando só de te olhar.
— Não.
— O olhar pervertido no seu rosto não me engana. Sei o quanto você me quer. Eu sempre sei. — O feiticeiro tremeu, fraco e excitado, sentindo o quão molhado seu pau estava.
— Por favor...
— Amo quando você implora. — Deslizou a língua pelo pescoço de Jimin, sentindo a magia na ponta da língua. — Amo o quão entregue você fica. Carente e desesperado, esperando séculos pelo meu pau, como um bom garoto.
— Jungkook... — Estava quase, a mão se movimentando contra seu pau, as palavras sujas e depravadas ao pé do seu ouvido e o calor intenso do homem que amava contra seu corpo. Fazia tanto tempo que qualquer migalha era o suficiente, mas sabia que Jungkook só estava ali, porque não havia conseguido o que queria na rua.
Era frustrante, e queria ser forte o suficiente para afastá-lo, mas nunca era.
— Você é meu. — Se arrepiou ao sentir o demônio apertando seu pescoço, ao mesmo tempo que farejava seu cheiro. — Sempre foi. Porra. — Jimin negou com a cabeça, com um movimento frágil e limitado pela mão que o segurava. — Admita, Jimin. Não adianta mentir.
— Não.
— Eu posso fazer o que eu quiser com você. — Rosnou, o masturbando com mais pressão. — E você sabe disso. Não sabe? — A respiração de Jimin era entrecortada, revirando os olhos pelo prazer que se arrastava. — Você me deixa fazer tudo com você, mesmo que te mate, você nunca diz não. — A voz era hostil e excitada, carregando algo a mais que Jimin não conseguia distinguir. — Goze pra mim como a boa coisinha patética que você é. — O resmungo irritado ao pé da sua orelha, mandou os comandos errados para o seu corpo e se agarrando ao demônio, Jimin sentiu o prazer fluir pelo seu corpo.
Gemendo mudo, enquanto sentia a explosão em seu corpo, convulsionando de prazer enquanto impulsionava o quadril com mais força em direção ao demônio, que o beijou com raiva, como se fosse uma punição.
Jimin sentia a mente em branco, o corpo derretido contra a cama, entregue ao demônio, porque Jungkook estava certo. Ele sempre estava, e isso sempre atormentava Jimin.
— Você não... — Sua voz era trêmula e perdida, como se não soubesse como perguntar, mas Jungkook o interrompeu com hostilidade e sinceridade crua.
— Não conheço nenhum outro demônio além daqueles de classe inferior que você invoca de vez em quando. E todos eles te idolatram como se você fosse digno de alguma merda. — Rosnou contra a boca de Jimin, antes de se afastar. — Não sei o que você acha que estou planejando, mas está errado, como sempre.
Jungkook se levantou da cama, deixando Jimin com frio, e se trancou no banheiro sem olhar para trás, parecendo irritado, como sempre.
O feiticeiro suspirou, observando o gozo em sua barriga e o short nos calcanhares. O corpo ainda fraco e trêmulo pelo estímulo. Em um movimento de mão, se limpou magicamente e subiu os shorts antes de se afundar nos travesseiros e suspirar frustrado.
Jungkook estava certo sobre aquilo também, Jimin nunca mudava.
~ 1723 | Porão de Sun Hall - Residência de Eryx ~
|Alerta de conteúdo sensível: Tortura e morte |
O tapa estralado virou o rosto do garoto. Jimin sentia as lágrimas em seus olhos, mas tinha muito medo para chorar ou se defender. Estava machucado, exausto, e assustado.
— De novo. — Ordenou a voz cruel e autoritária.
Jimin sentia as mãos tremendo e tinha tanto medo que mal conseguia se mexer, mas sabia que se não obedecesse seria pior.
Observou o homem velho amarrado em sua frente e engoliu o choro, odiando aquilo, odiando Eryx e principalmente a si mesmo.
— Por favor, por favor, por favor. — O homem implorava pela própria vida, chorando compulsivamente.
— Agora. — Eryx voltou a exigir. — Não me faça repetir.
Jimin congelou ao sentir a mão em sua cabeça, puxando seu cabelo. E movido pelo medo de desobedecer novamente, fez.
Sentiu a energia percorrer seu corpo, seus olhos ficando pretos pela escuridão que o tomava e o grito do homem ao ser atingido pela dor alucinante. A ponta de seus dedos formigavam e a vontade desesperadora de chorar aumentava. Queria parar, queria fugir, queria dar um fim em tudo aquilo.
— Abra os olhos. — Exigiu novamente. Jimin abriu os olhos, sentindo o pavor tomar conta de seu corpo ao ver o homem tremendo de dor, sangue escorrendo por sua boca, nariz e olhos. — Isso é o que acontece quando você desobedece, Jimin. — A voz irritada fez seu corpo estremecer.
— Me desculpe. — Jimin implorou sem forças, sentindo as lágrimas queimarem contra sua pele machucada, sem sua permissão. — Me deixe parar. — Pediu, mesmo consciente de que apanharia de novo por mostrar fraqueza, mas não tinha forças para continuar.
— Claro. Pare. — Eryx autorizou, com um falso tom calmo. Jimin sentiu seu corpo amolecer, esgotado depois de tudo. E com um movimento de mão, o feiticeiro deslocou o pescoço do homem no chão, fazendo Jimin cair de joelhos, impotente e fraco. — Não posso confiar em alguém que não cumpri minhas ordens. — Disse com um tom casual que revirou o estômago da criança.
Jimin observou o corpo caído no chão, os olhos abertos, com sangue seco e olhar morto. Sentiu que vomitaria, que as forças estavam saindo de seu corpo.
— Da próxima vez que eu te mandar fazer alguma coisa, faça. — Eryx continuou, com um tom falsamente carinhoso, como um pai repreendendo o filho. — Não chore, garoto. Você matou ele. É sua culpa que isso tenha acontecido. Te dei ordens simples, mas você tinha que desobedecer. Tinha que causar confusão.
Jimin sentiu o homem se agachar ao seu lado, e a mão pesada em sua cabeça, como um carinho perturbador.
— Agora seja um bom garoto e se livre do corpo. — As mãos esfregando sua cabeça, a voz calma e falsamente amorosa, apenas deixava Jimin ainda mais perturbado.
Mas logo o feiticeiro se foi, deixando Jimin de joelhos, com o gosto de bile na garganta e sangue nas mãos.
— O que você fez para irritá-lo tanto? — A voz tranquila ecoou do outro lado do porão úmido e Jimin se assustou ao lembrar do demônio na jaula.
Aos 11 anos, Jimin ainda era cauteloso com o demônio, mesmo que o espiasse vez ou outra, sonhando com o dia em que teria coragem para falar com ele, de pedir ajuda e montar uma aliança contra o inimigo que tinham em comum. O demônio era sempre cruel, o olhando com desprezo e raiva enraizada, com o ar de quem rasgaria sua garganta se pudesse.
— Eu não tenho certeza. — Murmurou baixo, engolindo o vômito e fazendo seu melhor para não chorar.
Eryx estava tentando ensinar a arte do ocultismo, o forçando a matar animais para rituais de sacrifícios, Jimin havia se negado e após ser torturado e espancado, o tutor havia o prendido em um quarto escuro e vazio, acorrentado a correntes amaldiçoadas, sem água ou comida por dias.
No terceiro dia, o homem, que agora estava morto no chão, apareceu com um copo de água e um pão velho, avisando que Eryx não estava em casa e que Jimin poderia sair por um segundo se quisesse.
Jimin quase chorou de alívio. Seu corpo todo doía, os ferimentos estavam possivelmente infeccionados e o quarto cheirava a urina e fezes, sentia que mal tinha forças para andar, mas fez seu melhor para sair.
Quando chegou ao corredor Eryx o esperava com clara desaprovação e Jimin demorou até notar que era uma armadilha. Que o homem estava testando sua obediência e que havia falhado.
Depois foi arrastado pelos cabelos até o porão e o resto era um borrão de dor e gritos, que resultaram no homem morto no chão.
— Bom, acho que ele não vai ganhar o prêmio de pai do ano. — O demônio resmungou, indiferente ao cadáver.
— Ele não é meu pai. — Jimin murmurou depois de um tempo, entendendo o que o demônio queria dizer.
— Então quem caralhos é você? E porque tá com esse lunático? — A voz agora era agressiva e assustou o menino, que tentou se arrastar para longe, mesmo que o demônio estivesse preso.
— Eu sou tão prisioneiro quanto você. — Respondeu fraco.
— Eu não vejo grades ao seu redor. — Disse amargo e rancoroso, mas bufou frustrado. — Onde seus pais estão?
— Eu não sei. Minha mãe foi embora.
— E seu pai?
— Não o conhecia, mas minha mãe sempre dizia que ele era um desgraçado assustador. — Murmurou tão baixo que achou que o demônio não ouviria, mas ele estava atento a cada palavra. — Acho que ela foi embora porque pareço demais com ele. Ela falava isso quando me batia.
— Encantador. — Debochou. — Que tipo de maníaca lunática entrega uma criança para um desgraçado como Eryx. Era melhor que ela tivesse te matado de uma vez.
— Ela tentou algumas vezes. — Admitiu sentindo a vontade de vomitar voltar. — Quando não conseguiu ela me deu para um homem na feira. Ele me deixava preso no celeiro, e gostava de me queimar com ferro quente. — O demônio encarou o menino e riu.
— Parece divertido. Você matou esse cara? — Questionou com um humor que deixou Jimin ainda mais nauseado.
— Eryx me comprou dele, depois que ele tentou incendiar o celeiro comigo dentro. — Relatou amargo. — Achei que ele iria me tratar bem, mas eu tava errado.
— Era melhor ter morrido no celeiro. — Jungkook murmurou ainda com humor. — Se quiser, posso fazer isso por você.
— O que?
— Entre no círculo e eu acabo com sua vidinha medíocre. — Jimin encarou o demônio, tentado a aceitar, mas o demônio logo riu, achando patético. — Bote fogo no corpo e limpe o chão com água quente. Você tem tempo para pensar na minha proposta.
| SWEET DEMON |
Eae, estão gostando?
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