Chapter Two.

𓈒 🗓️𖧚 ග . ⁕ 𑇛
⠀⠀ Olá, meus queridos leitores!

໑𓈒ʿʿ𖧷 ⵓ Hoje lhes trouxe mais um capítulo desta longfic na categoria do drama/Sad, é um enorme prazer estar dando continuidade neste trabalho que por muito esteve em longa pausa.
໑𓈒ʿʿ𖧷

- Clarice!

Minhas botas socaram os poucos degraus do hotel afora. Já havia passado de abalada para furiosa no curto trajeto até ali, e todos os sons ao meu redor não conseguiam ser suficientes para penetrar o silêncio de Harry. Afinal, era onde eu estava, amarrada por fibras de algum material incapaz de ceder, ainda que com todos os meus esforços para tal. Mesmo com o próprio Harry fora dele, gritando meu nome em algum lugar no saguão.

- Segurem-na! - ele ordenou, fazendo-me revirar os olhos. - Ela é... Uma ladra!

Cerrei os punhos, apertando ainda mais o passo. Não era como se estivesse com medo, mas sua voz estava fazendo meus ouvidos arderem.

- O que estão esperando, seus imprestáveis?

Houve um único segurança que atreveu-se a caminhar até mim, parando ao meu lado. Quando Styles gritou outra vez, não fui capaz de decifrar suas palavras, mas o homem gentilmente tocou um de meus ombros.

- Evadez-vous de moi! - explodi, em francês. Precisei soltar o ar pela boca por pelo menos três vezes na tentativa de obter o controle da situação, ou o teria agredido.

- Clarice! - Harry berrou, atraindo minha atenção para o topo da escada. Suas bochechas estavam vermelhas pelo provável esforço que exerceu para chegar até ali, e, por um mísero segundo, ele apoiou-se nos joelhos, tentando respirar melhor.

Foi no instante em que seu olhar cruzou o meu.

Não fiz questão de romper a conexão visual, porque queria que focasse em mim, em meu sorriso carregado de sarcasmo, porém em demasiado triste e também nas lágrimas que estupidamente marejavam meus olhos, assim como no momento em que uma delas conseguiu alcançar a maçã direita de meu rosto. Todavia, consegui impedir o resto de sua descida. Seus lábios desenharam algo que traduzi como "por favor", mas eu não lhe devia um favor. Há tempos seu saldo era negativo.

Algumas pessoas começaram a parar ao me reconhecer, e logo apontavam para nós.

- Clari! - ele gritou uma última vez, antes que eu lhe desse as costas. - Você não vai me fazer correr igual a um idiota, vai, Clarice?

Não foi difícil deduzir que ele permaneceria parado, esperando que eu me virasse para escutá-lo. Éramos estupidamente previsíveis, mas apesar disso - ou por causa disso - ele ainda estava no meio da escada quando entrei em um táxi.

Bati a porta com força.

- À l'aéroport, s'il vous plaît - despejei para o taxista, um tanto quanto desesperada. Do lado de fora, Harry arregalou os olhos e suas longas pernas desceram de dois em dois degraus para a calçada. - Rapide! - apressei-o.

O aeroporto Paris-Charles de Gaulle estava tão cheio que optei por fazer o check-in pelo celular. Havia comprado uma passagem para St. Louis cujo voo sairia em duas horas; a programação só indicava outros com destino aos Estados Unidos pela noite, e eu não queria esperar, mesmo sabendo que deveria ir para Chicago por conta de um show da banda.

Um cigarro cairia muito bem para aliviar a crise.

- Le Gauloises, s'il vous plaît. - Coloquei alguns euros sobre o balcão, sorrindo fraco para a atendente. Quase que no mesmo instante, o maço estava em minhas mãos, obrigando-me a apertar o passo para algum local onde pudesse fumar.

Concentrei-me na sensação tranquilizante, tentando pensar em como Simon me estrangularia quando chegasse em cima da hora para o show. De todos os garotos da banda, o guitarrista era o mais implicante. Lucien, meu cúmplice baixista, sustentava a hipótese de o outro ter um caso com o antigo baterista, mas isso ficava só entre nós dois. Aliás, éramos sempre apenas nós dois contra o mundo.

Soprei a fumaça para cima, devagar, observando-a desfazer-se enquanto tragava uma outra vez. Foi quando vi Harry Edward Styles e seus um e oitenta do outro lado da rua. Obviamente, ele estava tão lindo que parecia estúpido tentar descrevê-lo, com sua roupa toda escura e o sobretudo bege com capuz. Olhava para o sinal a cada dois segundos, verificando o semáforo que nunca lhe dava autorização para atravessar. Deus, como eu adorava quando ele franzia o cenho daquele jeito, como se estivesse ansioso ou estressado.

Traguei profundamente antes de começar a dar passos discretos para dentro do aeroporto.

- O que você pensa que está fazendo? - ele murmurou ofegante. Sua voz arrastada era praticamente uma característica, como se estivesse com preguiça de deixar o som se propagar.

Um arrepio percorreu-me a espinha, e Harry rapidamente levou uma das mãos até minha cintura, ainda atrás de mim, segurando-a com firmeza.

Apaguei o cigarro na mureta.

- Indo embora - respondi no mesmo tom, fingindo estar de bem com o fato de deixá-lo -, algo que eu já deveria ter feito há muito tempo.

- Pare com isso... - Ele beijou o topo da minha cabeça. - O que você quer que eu faça? Pode pedir, meu amor... - sussurrou, como uma súplica. - Qualquer coisa! É só pedir e eu faço. Te devo isso.

Sacudi a cabeça, ponderando.

Eu queria pedir um coração novo, e de preferência um que não o amasse tão desesperadamente. Caso contrário, o jeito seria arrumar um instrumento capaz de consertar rachaduras, e eu estava apenas sendo otimista.

O Harry tão doce, gentil e indefeso, havia me destruído.

- Me dê uma mentira - pedi, ao invés de qualquer uma das outras coisas que me vieram em mente. ­- Diga que me ama... - Abri um sorriso triste - Me peça para ficar.

- Vamos voltar para o hotel - ele disse, prontamente. - Você assiste ao show de hoje à noite, e depois te levo para onde quiser ir.

Então girou meu corpo para apertá-lo contra o seu, suas mãos agora em meu quadril. Eu não o abracei de volta, mas inspirei profundamente o seu perfume quando meu rosto ficou próximo de seu pescoço.

- Podemos ir para Vegas e nos casar - Ele soltou um riso breve. - Seria bem rápido... Você poderia até usar jeans.

- Cala a boca... - pedi, sem muita convicção.

- Ou podemos ir para o Egito e eu te compro uma pirâmide. Ninguém nos encontraria lá.

- Não. - Balancei a cabeça de um lado para o outro, tentando afastá-lo.

- Quer ir para a América do Sul? Talvez uma tribo onde precisássemos andar pelados?

- Não. - Eu o encarei, séria.

- Antártida?

- Não, Harreh...

- Tudo bem. Vamos para a Lua, então - sugeriu, com um sorriso meio amedrontado nos lábios. - O que você quiser.

- Você sabe o que eu queria? - Olhei para cima por um ou dois segundos, na tentativa de conter as lágrimas. Odiava quando ele me amolecia àquele ponto. - Que tivesse me defendido daquela vadia, em primeiro lugar. - Tomei um pouco de ar para não perder o controle. - E você quer saber? Não adianta tentar, Harry, eu já notei que não funciona. Acabou.

- Do que você está falando, Clari? - Sua voz soou um pouco mais grossa e menos sonolenta.

Apertei as unhas em minhas palmas antes de expulsar uma resposta.

- Que eu não quero que você me procure mais...

- Então nada disso foi sério? Nada sobre nós? - Ele riu, em um misto de incredulidade e aflição. - Você não me ama mais, é isso?

- Harry, eu te amei tanto que fui sufocada pelo meu próprio sentimento. - As palavras deslizaram completamente embargadas pelo choro. Afastei-me quando ele tentou aproximar-se para limpá-las, deixando que uma parcela das suas também escorresse. - Mas agora... - prossegui. - Eu não sei. Meu coração está apertado, entende? Tudo o que eu sinto é algo absurdo... Uma pseudo-sensação de que poderia ter dado certo se você impedisse a forca de fechar-se totalmente em meu pescoço.

- Por favor, pare de falar assim! - ele exclamou, autoritário. Depois de alguns segundos em silêncio, venceu nossa curta distância com passadas rápidas e segurou minhas mãos. A ideia talvez fosse olhar em meus olhos, e só quando correspondi-lhe ele voltou a falar: - Pelo amor de Deus, Clari. Não me deixe aqui. - Seu tom foi baixinho, inseguro. - Me perdoa.

- Por ser fraco? - questionei.

- Por ser um idiota. - Ele assentiu, colando nossas testas. - Eu sei que... Que eu deveria ter feito um monte de coisas, mas, meu amor, você sabe que não sou bom com isso de funcionar por impulso. Fiquei nervoso.

- Esse é o melhor que pode fazer?

Ele olhou rapidamente para os lados, certificando-se sobre algo.

- Eu também posso subir nessa mureta, começar a gritar seu nome, cantar, ou Deus sabe o que mais - confidenciou-me. - É bom você me aceitar de volta logo, porque esse é meu plano B.

- Je vous deteste! - Tentei ser rude antes de empurrá-lo e tentar fugir.

Harry agarrou meu pulso, tentando não chamar atenção, o que foi impossível: havia uma pequena aglomeração de pessoas a certa distância, e todos olhavam diretamente para nós.

Cochichando.

Tirando fotos.

Filmando.

Sendo imbecis.

Alguns mal se davam o trabalho de disfarçar.

- Por favor... - ele sussurrou, em um último recurso. - Eles já vão me encontrar e eu terei de ir, Clari. Não posso deixar de comparecer ao meu próprio show.

- Pode ir - Dei de ombros.

- Não sem antes ouvi-la dizer que me perdoa.

- E o que te faz pensar que eu vou dizer?

Styles grunhiu, frustrado, então virou-se para nossa plateia.

­- Vocês querem algo de verdade aqui? - gritou, chamando um pouco mais de atenção. - Então eu dou algo a vocês!

Senti um breve friozinho na barriga quando ele puxou-me pela cintura e embrenhou uma mão em meus cabelos, segurando-os para levantar meu rosto e me beijar.

No começo, foi só um longo selinho desajeitado, porque com certeza ele estava com medo que eu mordesse sua língua. Houve uma centena de assobios e murmúrios indecifráveis que fizeram-no rir, enquanto ele se esforçava para me manter em seus braços. Quando eu inclinei-me para aprofundar o beijo, o barulho aumentou significativamente, assim como minhas lágrimas raivosas.

- Eu odeio você! - solucei.

- Vai passar... - prometeu. - Por favor. Deixe eu fazer isso passar.

Ele mordeu meu lábio inferior antes de me beijar outra vez, as mãos deslizando pelas laterais do meu corpo.

- Vai ser melhor assim - murmurei contra seus lábios, apesar de incapaz de resisti-los.

- Eu odeio quando você tenta ser racional - comentou, olhando para o lado. - Clari? - chamou, receoso.

- Sim?

- Eu arrisquei meu pescoço vindo atrás de você...

Seus olhos pareciam focados em algum ponto, o qual procurei, para saber do que se tratava.

Haviam pelo menos cinco seguranças saindo de um carro preto, além de Liam Payne, este acenando de uma forma que me pareceria extremamente dócil... Se eu não o conhecesse.

Cretino.

Harry puxou-me pela mão discretamente, apesar de começar a dar passos rápidos.

-Você vai me dar a porra de uma chance, está entendendo? - concluiu.

- Não! - redargui em alto tom, pois ele não mandava em mim.

Antes que pudéssemos atravessar as portas automáticas, empurrei-o na parede ao lado delas. A princípio, por não esperar essa reação, Harry não ofereceu resistência, deixando que suas costas se chocassem ali.

- O que você está fazendo? - Ele começou a entrar em desespero, mas forcei-o contra o local.

- Sendo corajosa. Mas eu já deveria imaginar que você desconhece o significado disso. - Sorri irônica. - Você me quer de volta? Tem certeza?

- Clari, não me peça para...

- Então não ache que você tem o direito de me pedir alguma coisa, porque não tem! - Ao passo em que meu tom de voz era elevado, ele tentava colocar as mãos sobre minha boca.

- Para onde você vai? - indagou-me tão rápido que quase atropelou as palavras.

- O quê?

- Responde! - ordenou entre os dentes.

- Chicago - falei, como se fosse óbvio.

- Ok. Me encontre no Glass Font... O condomínio, em Nova York - explicou, quase gaguejando. - No fim de semana. Eu prometo que estará tudo resolvido do jeito que você quer, e que eu vou ser todo seu.

- Do que você tá falando?

Harry pressionou nossos lábios rapidamente.

- Glass Font, Nova York - reafirmou, andando para trás. - Je t'aime.

- Harry!

Mas ele já estava cercado por seus seguranças.

Meu celular apitou.

"@Harry_Styles: @stolen_drummer Você pode guardar esse segredo?"

Cliquei na foto anexa ao tweet para ampliá-la e deparei-me com nós dois na Pont des Arts, horas mais cedo.

Do outro lado da rua, ele tirou o capuz da cabeça e hesitou antes de entrar no carro. Seus cabelos cacheados estavam uma bagunça só, formando um ótimo ninho para meia dúzia de morcegos abrigarem-se por prováveis cinco anos, mas seu sorriso sincero possuía o estranho domínio de distorcer todo o resto. Ainda assim, não pude resistir ao ímpeto de fazer uma piadinha.

"@stolen_drummer: @Harry_Styles Só se você cortar esse maldito cabelo."

Durante a minha estadia em Chicago, forjei um mal-estar para que Simon e eu não tivéssemos nossas características divergências. Ele acreditava ser o líder da banda, o que para mim era uma completa piada, por conta da maneira como o havia manipulado quando quis entrar nela. Bastou um pouco de dinheiro sujo e influência do homem que havia contribuído para meu nascimento ao dormir com minha mãe. Patético.

Simon Carmichael devia-me a sua vida, mas gostava de sentir-se no direito de controlar a minha. Quando a The Breath Takers ascendeu, a tentativa de livrar-me dele fracassou, devido ao meu discurso não convincente. Este fora, contudo, a investida perfeita para o início de nossa Guerra Fria. E então, havia somente uma pessoa da qual eu não poderia me abster.

Luci.

- Clarice!

Puxei as extremidades do lápis de olho com tanta força, que se quebrou ao meio. Não aguentava mais ouvir meu próprio nome.

Lucien Mônaco também não parecia muito feliz quando empurrou a porta atrás de si. Ele ainda ficou parado, apenas me encarando por alguns segundos, antes de erguer uma porção de revistas. A primeira da pilha foi arremessada em minha direção, caindo alguns centímetros à minha frente.

Arrastei-a até meu colo.

A fotografia que estampava toda a capa não era de alta qualidade, mas eu e Harry estávamos perfeitamente reconhecíveis... E naquele ângulo específico, parecia que ele estava segurando meu pulso com certa raiva. Bem, sua expressão ajudava a sustentar a hipótese.

"Membro do One Direction faz escândalo em aeroporto", era a frase descritiva.

- Você só pode estar brincando comigo... - Balancei a cabeça, enquanto liberava um riso meio incrédulo. - Qual é! Todo mundo sabe que com a gente a coisa é mais selvagem. Talvez uns arranhões, ter alguns tapas no meio da cara... - Fiz piada. - Mas isto... - Cutuquei a capa com uma unha - Definitivamente não aconteceu.

- É mesmo? - o baixista proferiu retoricamente, deixando um sorriso carregado de sarcasmo preencher seus lábios ao jogar-me outra revista, e depois mais uma.

"Harry Styles protagoniza ataque de ciúmes exagerado".

"O casal do momento para o aeroporto por discussão".

- "Styles ameaça namorada de morte" - Ele começou a ler uma quarta, as palavras sendo quase cuspidas de tão ríspidas. - "De acordo com fontes seguras, Harry tem um histórico de violência com Clarice, 21, baterista da The Breath Takers" - frisou o nome da banda.

- Lucien...

Ele me cortou, protagonizando um personagem de voz forçadamente afetada para citar uma fala.

- "Os gritos podiam ser ouvidos de longe" - Ao erguer minimamente a cabeça, arqueou uma sobrancelha para mim. - "Dizem testemunhas que estavam no aeroporto Paris-Charles de Gaulle nesta segunda-feira".

Mônaco largou a última revista no chão, aberta, e então cruzou os braços, talvez esperando por uma explicação ou apenas por não saber o que falar.

- Isso... Eu não sei quem inventou essa porcaria, mas não foi o que aconteceu! - disparei, praticamente já explodindo. - Você conhece o Harry. Não acha que ele faria isso, acha?

Observei o baixista umedecer os lábios e murmurar alguma frase ininteligível.

- Será que você não percebe? - Ele chacoalhou a cabeça.

- O quê? - Franzi o cenho, perdida.

- Sua brincadeirinha já foi longe demais, Clarice! - Sua voz foi alta e dura, quase um grito exasperado. - Já está na hora dessa porcaria de namoro acabar! Vocês estão se destruindo! É por isso que não se namora pessoas tão famosas quanto esse garoto, porque eles não têm vida! Eles são tudo, mas também são porra nenhuma!

- Eu preciso falar com o Harry... - foi o que eu disse, procurando o celular.

- Você realmente não ouviu uma palavra do que eu disse, sua maldita?

- Lucien, eles vão matá-lo! - frisei a última palavra, na tentativa de fazê-la entrar em sua mente.

- Simon quebrou seu celular - foi o que obtive como resposta, as palavras murmuradas a contragosto. - Não surte... - Ele ergueu um dedo para mim. - Nós estávamos tentando não intervir! - defendeu-se.

- Sério? - berrei. - Sério mesmo? E você pode me dizer como?

- O Pierre o convidou para aquela orgia, em Londres mesmo. Foi ele quem não apareceu.

Rolei os olhos.

- O que foi? - Fingiu-se de desentendido. - É isso o que fazemos. Sexo, drogas e rock n' roll. Harreh - afinou a voz de novo para proferir o nome - ainda não entrou na puberdade? Quantos anos ele tem?

- O suficiente. - Cruzei os braços. - Já acabou?

- Acabei o quê?

- De tentar me distrair?

- Clari... - Ele deu passos para frente. - De verdade. Eu trouxe essas revistas pra ver se você consegue entender que...

- Que não fui feita para ele? - ironizei. - Oh, Luci, cry me a river.

- Na verdade, eu ia dizer o contrário. Porque é você quem não gosta de esconder o que faz... Na maioria das vezes, não é?

Ele conseguiu tirar palavras incisivas de minha boca, então tudo o que fiz foi umedecer os lábios, enquanto ria nervosamente.

- Você sabe o que abandonou quando fugiu para Paris dois dias atrás, não sabe?

Fitei seus olhos, que estavam um pouco mais abertos para que arqueasse as sobrancelhas, me confrontando. Semicerrei os meus.

- Sim, Lucien, eu sei.

- Elas sentiram a sua falta.

Prendi a respiração por alguns segundos, sentindo meu coração apertar, antes de começar a saltar mais rapidamente contra o peito.

- Eu aposto que estão acostumadas com isso - foi o que respondi, porém com uma frieza muito mal forjada.

Lucien riu.

- Isso você faz questão de esconder, não é? - Ele jogou na minha cara. - Porque você conhece os riscos dos tabloides para esse tipo de coisa. Quando vai entender que com o Harry não deve ser diferente? Você tem ideia do que provocou no twitter? Como acha que vai ser a porra da próxima manchete sobre vocês dois, hein, Clarice?

Revirei os olhos.

Lucien sabia que cada pequeno detalhe em minha vida era secreto, e por conta disso, eu não era capaz de esconder meu amado também, principalmente porque não achava ser preciso. Franzi o cenho e balancei a cabeça uma vez, esperando que ele notasse o quão idiota estava sendo. Mas o baixista não notou.

Apesar de querer agredi-lo, tudo o que fiz foi deslizar a língua por meu lábio inferior enquanto ria, meio incrédula, meio decepcionada.

- Isso é o que estamos prestes a descobrir.

⸺ ❍̶ʾʾ𓈒 ໑ 🧾❀𝆬 𐦔
⠀⠀ ⠀Informações da Fanfic:

㇛𓈒ʿʿ𖧷ܱ᠉ O.1┆ Betagem feita por: @Serpentae

㇛𓈒ʿʿ𖧷ܱ᠉ O.2┆ Todos os colaboradores são do blog: @NaturallyEdits

⸺ ❍̶ʾʾ𓈒 ໑ 🧾❀𝆬 𐦔
⠀Considerações finais da autora!

໑𓈒ʿʿ𖧷 ⵓ Sou extremamente grata a você leitor que chegou até aqui, espero o encontrar em um novo capítulo.
Até breve querido leitor!

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