⊹ Prefácio.
Sweater, antes de tudo, é uma obra emotiva. E, procurando desenvolver personagens humanos e um enredo propositalmente melancólico, criei esta história da maneira mais crua o possível em relação ao seu principal foco: pessoas.
Pessoas reais, pessoas que erram, pessoas que choram, pessoas que se machucam, pessoas humanas.
Pessoas que têm sentimentos e emoções, e que não são necessariamente os mocinhos ou vilões de suas próprias histórias.
São vidas reais e situações que hoje em dia fazem parte do cotidiano de muita gente aqui fora. Às vezes é necessário estourar a bolha de comodidade que nos cerca, para só então enxergar que certas coisas podem estar muito além daquilo que estamos acostumados a esperar que seja.
[...]
A fanfiction é majoritariamente ambientada na aconchegante Seul, com sua economia avançada, indústria musical bem sucedida e povo acolhedor. Pelo menos é isso que parece, não é mesmo?
Afinal, aparências são o que mantém a boa reputação de algo ou alguém, uma vez que, o que está nas entrelinhas não é tão relevante. Errei?
Pois, talvez, só talvez, aquele garoto sorridente e extrovertido que chegou a pouco na universidade não seja tão alegre assim, talvez ele não tenha uma boa relação com a família e esteja constantemente frustrado com tudo que faz.
Talvez aquele garoto tímido e aparentemente gentil com todos possa estar todos os dias enviando subliminares pedidos de socorro em pequenos gestos e falas, talvez ele não esteja tão feliz com sua promoção no trabalho porque não pode desfrutar do próprio salário no fim do mês e talvez, só talvez, ele tenha que se agarrar a algo ou alguém para conseguir se sentir minimamente bem.
E, talvez, aquela pessoa que parece ser fútil e superficial apenas é alguém machucado pela vida que encontrou em corpos alheios uma forma de mascarar a dor que tanto lhe excruciava, talvez essa pessoa só seja um jovem com muitos sonhos frustrados e com mais responsabilidades em suas costas do que pode suportar.
Talvez, talvez, talvez.
Sempre um talvez ou um provavelmente até.
Sempre uma incerteza.
Já que, se algo é incerto, para que se importar? Afinal, não temos como conhecer o interior e conflitos das pessoas que nos cercam, não é? Ou apenas não nos damos o trabalho de tentar pelo menos entendê-las?
[...]
"Finais felizes não devem ser limitados apenas ao seu casal preferido acabando junto no final.
Finais felizes nunca são finais felizes para todos.
Então, eu acredito em finais necessários, finais reais, finais que não precisam estar dentro da concepção do que é feliz para muitos para serem bons. E, finais bons nem sempre são felizes"
- Victor Giovanni.
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©Vickzyyy, 2021.
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