Acompanhando seu avô, a adolescente suspirou de tédio. A homenagem ao falecido perito, o irmão dele, Roger, desaparecido há 50 anos, parecia interminável. O mistério a fascinava: como uma família inteira podia desaparecer sem deixar vestígios? A casa, palco da tragédia, era a única testemunha silenciosa.

Enquanto o sol mergulhava no horizonte, a menina escapuliu discretamente em direção à casa. A poeira e os escombros, cobertos de sombras, acendiam seu fascínio sombrio. 

Ao entrar na sala, onde o tempo parecia congelado, um arrepio percorreu sua coluna e um frio gelado a envolveu. Ela tremeu, seu coração acelerado pela inquietação.

Então, um tilintar metálico interrompeu o silêncio. O som vinha do que antes era o jardim, agora uma cena desolada com ramas secas se enredando nas pilastras. O frio na sala parecia intensificar-se. 

Com as pernas tremendo e o medo crescendo, ela avançou em direção ao som, seus instintos gritando que algo inominável estava prestes a ser revelado. Cada passo em direção ao som fazia o suspense crescer, como se a própria casa estivesse segurando a respiração, esperando que um segredo há muito enterrado viesse à tona.