CAPÍTULO 5
"Da próxima vez, não venha."
Era segunda-feira, e as palavras ditas por Zaden no sábado ainda ecoavam na minha cabeça como um maldito disco arranhado – e eu não conseguia entender o porquê. A realidade era que ele e eu havíamos sido amigos durante um bom tempo, mas quase três anos tinham se passado desde que nos distanciamos um do outro. Atualmente, nós dois mal nos podíamos nos aguentar no mesmo lugar por mais de uma hora, então por que ele conseguia fazer com que eu me sentisse tão culpada por tê-lo chateado? Não era como se Zaden tivesse ficado verdadeiramente magoado com o que eu dissera. Ele não era do tipo que se afetava facilmente.
— Alison? Alison? — pisco atordoada ao ouvir o chamado de Bryan. — Está tudo bem?
— O quê? Claro que sim — balancei a cabeça, abrindo um sorriso. — Por que a pergunta?
— É que você estava tão dispersa. Meio abatida, até.
— Credo, que horror. Nada disso — eu ri, espetando uma uva em meu prato. — Só estava pensando sobre a coreografia que vamos performar na semana que vem. Quero que seja algo impactante. É o meu último no Instituto e cada apresentação das Golden Bees deve ser memorável.
— Fala sério, Alison. Com uma líder como você, não tenho a menor dúvida disso.
Sorri, feliz com o seu apoio. Bryan e eu havíamos nos conhecido no final do ano passado, quando o encontrei caminhando pelos corredores do colégio logo após ter feito sua matrícula. Naquele dia, ele parecia tão completamente deslocado que imediatamente senti vontade de ajudá-lo. Enquanto conversávamos, descobri que Bryan não só era um estudante novo como também tinha acabado de se mudar da Jamaica por conta do trabalho da mãe. Imagine o quão assustador deve ter sido de repente ter que deixar seu país, sua casa e todos os seus amigos para trás? A empatia que senti por ele foi imediata. E quando soube que ele sempre morrera de vontade de fazer parte de um clube de dança, pensei que era o destino termos nos encontrado.
E fora assim que Bryan se tornara o mais novo membro do grupo de dança que eu havia fundado no Instituto St. Davencrown, o qual se intitulava de Golden Bees. Éramos quinze no total, e todos os integrantes haviam sido escolhidos a dedo. O nosso maior diferencial era o fato de que não tínhamos um estilo de dança definido; a nossa marca era simplesmente dançar aquilo que sentíamos vontade: balé, street dance, dança contemporânea, samba, tango, k-pop... celebrávamos o primor do movimento, independente de qual fosse a sua origem. Dançar era arte e também estava intimamente ligada à história de cada um de nós, intrínseca na cinesia do nosso corpo.
— Mas para ser sincero — Bryan recomeçou, depois de um grande gole em seu suco. — Acho que você tem mais com o que se preocupar no momento do que com a próxima coreografia do nosso grupo.
Seguindo a linha do seu olhar, quase deixo escapar um suspiro de sofrimento ao ver quem está se dirigindo à mesa onde estávamos sentados no refeitório. Com o cabelo liso ruivo dourado preso em seu usual penteado de rabo de cavalo, brilho labial vermelho e sapatos barulhentos, Caitlin Elmory era literalmente uma das últimas pessoas com as quais eu queria ter que lidar agora. Não que ela fosse má ou coisa do tipo, porque ela não o era.
Contudo... digamos apenas que ela era uma fã extremamente enérgica da banda do meu irmão.
— Alison, minha que-ri-dís-si-ma amiga! — ela me cumprimentou, o sotaque britânico pesando em cada palavra. — Não sei se você está a par, mas têm corrido alguns boatos desde cedo na escola... Veja bem, não que eu dê crédito a fofocas ou coisas do tipo — esclareceu, rapidamente. — Mas tendo em vista que você é a pessoa mais próxima daquele que está sendo alvo de tamanho falatório, tenho que perguntar: é verdade que o Zaden está de volta à Davens County?
— Bom dia, Caitlin. Como vai? — falei, em um quê de ironia que deixava claro que eu tinha plena consciência de que ela só falava comigo quando queria obter informações sobre os meninos. — Não me leve a mal, mas por que você quer saber do Zaden? Não sabia que vocês eram amigos.
— Dãaa! É claro que somos amigos, bobinha — ela disse, jogando o cabelo pesado por trás dos ombros enquanto puxava uma cadeira em nossa mesa para que pudesse se sentar. —Você esqueceu que ele me deixou tirar uma foto com a guitarra dele quando a banda tocou na minha festa no ano passado? E que até comentou quando eu o marquei no Instagram? Não é possível que você não tenha visto. É o post com mais curtidas do meu perfil in-tei-ri-nho!
Tentei disfarçar a minha incredulidade diante de todo o seu relato.
— Uau, que legal, Caitlin! Dá pra ver que vocês dois são mesmo melhores amigos!
Ouço Bryan engasgar uma risada ao meu lado.
— Eu sei, não é?! — a garota continuou, parecendo ainda mais entusiasmada do que antes. — Para ser sincera, acho que rola uma super química entre nós. O que você acha?
— Acho que rola uma super química entre Zaden e todas as pessoas do sexo feminino desse mundo — respondi, espetando mais uma uva. — Cai na real, Caitlin. Você não sabe que ele é o maior mulherengo? Você é mais inteligente do que isso.
— Exatamente. Sendo ele o mulherengo que é, melhor para mim, porque quer dizer que tenho mais chances.
— Meu Deus, você está morrendo pela oportunidade de ficar com um deles — Bryan comentou, achando graça.
Caitlin deu a ele um olhar de quem sabia das coisas.
— Olha quem fala — a garota sorriu docemente. — Eu sei que você no fundo torce para que um deles se assuma gay. De preferência o Sebastian. O que já adianto: não vai acontecer.
— O quê? Nada a ver, você está completamente louca — ele desdenhou.
— Ah, é mesmo? Eu que estou? — Caitlin cruzou os braços, parecendo toda convencida enquanto estourava uma bola de chiclete. — É você que tem um crush num cara hétero. Que, como se não bastasse, tem namorada.
Bryan fez uma careta, se dando por vencido.
— É tão óbvio assim?
— Sim — nós duas respondemos em uníssono.
Ele se vira na minha direção, boquiaberto:
— Até você sabia?
— Pelo amor de Deus, Bry — eu lhe dei alguns tapinhas no ombro. — Quem é que não sabe? O seu plano de fundo é a foto da última capa de revista na qual o Sebastian saiu.
— Droga. Eu sabia que não deveria ter colocado como plano de fundo — ele murmurou consigo mesmo, antes de soltar um suspiro: — Quer dizer, eu sei que é totalmente platônico e que nunca vai acontecer, mas ele é tão gato. Fala sério, o rosto dele parece ter sido desenhado a lápis de tão perfeito. O cara é uma obra de arte ambulante.
— Se fosse só o rosto... — Catlin suspirou, sonhadora. — Ele costumava fazer parte da equipe de natação, sabe? Se você estivesse aqui para ver aqueles ombros, aqueles braços, aquelas pernas... — eu a encarei fixamente, na esperança de fazê-la voltar a recuperar um pouco o senso da realidade. Pigarreando, ela completou: — Enfim. Amélia é uma desgraçada de sorte. Ele é louco por ela.
— E você acha que eu não sei? Não dou dois anos até que ele proponha casamento. Queria tanto ser ela...
— Tudo bem, já chega — fui logo dizendo, retomando o rumo da conversa antes que ela se transformasse numa espécie de Clube de Apoio para Fanáticos por Sebastian Dubrov. — Que tal os dois pararem de falar a respeito dos atributos físicos do namorado da minha melhor amiga? Não é como se ele estivesse à disposição, sabe.
— Ugh. Não precisa jogar na cara. — Caitlin resmungou, endireitando a postura. — Mas de volta a quem está disponível: Zaden está na cidade ou não?
Pressiono os lábios. De que adianta mentir? Não é como se ele estivesse indo embora na semana que vem. Cedo ou tarde, todo mundo vai saber.
— Está. Chegou no sábado.
— Ah, então foi por isso que você desmarcou a nossa ida ao shopping. — Bryan assentiu, fingindo decepção, como se de repente tudo fizesse sentido: — Trocado por um guitarrista loiro de olhos azuis. E logo por você, Alison, que vive dizendo detestar homem padrão.
Sinto meu rosto queimar de vergonha e dou a Bryan um olhar que deixa claríssimo que em breve o farei pagar pela piada, principalmente por ter sido feita na frente de Caitlin, que quase rivalizava com Kimmie no quesito fazer fofoca.
— Quer saber? — digo, me levantando da mesa. — Cansei de vocês dois. Tenho uma reunião marcada com a Professora Brunet antes da aula, e não posso me atrasar. Sendo assim, au revoir.
🎸
Marianne Brunet, minha professora de francês, era possivelmente a mulher mais exigente que eu já conhecera em toda a minha vida. Ela pregava excelência e pontualidade, sendo assim, andei pelo corredor que levava até a Sala dos Professores em um ritmo quase semelhante ao de uma corrida. Eu já não era uma de suas alunas favoritas e não gostaria de piorar as coisas.
Tomo o cuidado de bater na porta antes de entrar, abrindo caminho pela sala apenas ao ouvir vindo de seu interior um baixo "entre" carregado pelo seu característico sotaque francês.
— Bonjour, Prof Brunet. A senhora disse que queria falar comigo.
— Oui, mademoiselle Walters. Encore, terei que ser mais breve do que planejava, já que você fez o favor de se atrasar.
Meu olhar imediatamente se voltou para o enorme relógio pendurado no fundo da parede da Sala dos Professores. Apenas um minuto havia se passado do horário que ela havia marcado para falar comigo. Aquela mulher era um verdadeiro carrasco.
— Pardon pour le retard, je sui...
A Professora simplesmente balançou a cabeça negativamente, ajeitando os óculos no rosto pálido cheio de rugas de expressão.
— Por mais que eu a corrija milhares de vezes, você parece nunca acertar a pronúncia. — Ela comentou, sem se importar em esconder seu desgosto, o que fez com que eu endireitasse ainda mais a minha postura já ereta. Eu tampouco gostava dela, mas ainda assim sentia uma necessidade irracional de tentar ganhar sua aprovação. Se havia uma coisa a qual eu não estava habituada, era a não ser apreciada pelos meus professores. — Serei o mais objetiva possible: suas notas estão uma verdadeira desgraça. Você sempre esteve na corda bamba no que diz respeito à minha matéria, mas desde o ano passado até aqui tem sido um triste despencar. Suas habilidades gramaticais são bem medianas e não vou nem entrar em detalhes sobre o quão vergonhosa é cada tentativa sua de conversação. Veja — disse ela, com uma risadinha reprovadora, mostrando três redações minhas completamente rabiscadas por correções em vermelho. — Deplorável, en effect.
Fechei as mãos em punhos, engolindo toda a raiva e a humilhação que estava sentindo. Devagar, soltei a respiração que estava prendendo, esperando colar minha melhor expressão condescendente no rosto. Aquela bruxa era a minha professora, afinal. Eu não podia simplesmente abrir a boca e xingá-la de vaca cruel e desprezível.
Apesar de querer muito.
— Desculpa, mas deixa eu ver se entendi: foi para isso que a senhora me chamou aqui? Para rir da minha dificuldade em francês e fazer pouco dos esforços que tenho demonstrado na sua aula? — indaguei, erguendo o queixo desafiadoramente. — Sabe, não acho que meus pais pagam uma mensalidade tão cara para que a filha deles tenha que vir para escola e escutar esse tipo de coisa de uma profissional que supostamente deveria estar aqui para me auxiliar.
— Garota insolente — ela rangeu os dentes, me fuzilando com o olhar. — Quero ver você continuar tão segura de si quando souber que se tirar mais uma nota vermelha sequer na minha matéria será impossibilitada de continuar comandando o grupinho de dança do qual tanto se orgulha.
— O quê? — ecoei, pega totalmente de surpresa.
— É exatamente como você ouviu. Eu mesma farei questão de ir à Diretora Rostchild mostrar a situação decadente das suas notas e perguntar se uma aluna com pontuações tão baixas como as suas deve ser mantida como capitã de um dos principais grupos extracurriculares do Instituto. — A Professora abriu um sorriso cheio de zombaria, vitoriosa enquanto arrumava os papéis de sua pasta. — Afinal de contas, se todos os membros de times esportivos do colégio devem manter históricos impecáveis, por que você não deveria? Foi Albert Einstein que disse que os dançarinos são os atletas de Deus. Être bien — se despediu, me dando um olhar repleto de superioridade antes de ir embora.
🎸
Algumas horas depois do encontro desagradável – o eufemismo do ano! – que eu tivera com a esnobe da Professora Brunet, eu estava descendo as escadas do Instituto pulando dois em dois degraus, querendo chegar ao meu carro o mais rápido possível.
Apesar de não ter demonstrado o meu nervosismo na frente dela, a Professora realmente havia levantado um ponto importante: como fundadora de um grupo que possuía tanta visibilidade no colégio, eu não podia ter fama de má aluna – nem que se tratasse somente de um caso isolado, como era a minha situação nas aulas de francês.
E como ser removida da minha posição como capitã das Golden Bees era algo inconcebível, eu estava decidida a me tornar a melhor da classe da Professora Brunet de uma vez por todas, nem que eu tivesse que passar a ouvir francês do momento que eu acordasse até a hora de dormir. Aquela bruxa não teria o gostinho de marcar nem mesmo um único traço vermelho nos meus próximos testes. Ela tinha mexido com a garota errada.
— "Deplorável, en effect" — zombei, sem parar de caminhar. — Deplorável é uma palavra que não se aplica à Alison Walters, sua...
Imersa em meus pensamentos de vingança e gloriosa volta por cima, acabo dando um encontrão em alguém, e tanto eu quanto ele estendemos o braço para impedir um ao outro de perder o equilíbrio.
Dedos calejados envolvem meu pulso e imediatamente levo um choque com o contato, quase tropeçando para trás.
— Calma, Alis — Zaden diz, com um sorriso divertido. — Desse jeito você vai acabar machucando esse bumbunzinho no chão.
— Que espertinho — comentei, me recompondo rapidamente. — Sabe, você deveria se preocupar mais com o seu próprio bumbum.
O sorriso dele se tornou mais amplo, exibindo seus dentes irritantemente brancos e alinhados.
— Posso garantir que ele está em muito boa forma.
Fiz uma careta de nojo.
— Inconveniente.
— Você gosta.
Nos encaramos por um instante, como se medindo um ao outro. Seus olhos azuis gelo reluzem com a luz do sol, mas não se desviam dos meus nem por um segundo. Manter contato visual com Zaden é sempre uma tarefa árdua, porque sei que ele não cede.
E nem eu.
— Saiam da frente, seus otários — um estudante mais novo reclama, enquanto passa por nós. — Estão bloqueando o caminho.
— Quem é que você está chamando de otário? — Zaden e eu esbravejamos, em coro. Ele me dá um olhar cúmplice e a sensação é quase a de voltar no tempo.
Suspiro, sacudindo a cabeça levemente, antes de continuar seguindo meu caminho. Posso ouvir os passos dele vindo atrás de mim.
— O que é que você veio fazer no Instituto? — perguntei, por cima do ombro. — Dar o ar da graça para os seus fãs?
Zaden deu uma risadinha.
— Na verdade, não. O chofer tinha que pegar minha irmã na escola e eu aproveitei para fazer uma visita — disse ele, completando logo depois: — Mas a sua sugestão foi um cenário bem próximo da realidade. Todo mundo sabe que eu sou um astro acessível. Autógrafos e fotos a qualquer momento. Dou muito valor a todos os meus fãs, diferente de qualquer coisa que você possa pensar.
Encolhi os ombros com seu comentário, sentindo a maldita culpa me cutucar.
Paro de andar, me virando para olhá-lo no rosto.
— Sobre o que eu disse no sábado... — engoli em seco, procurando as palavras certas. Deus, pedir desculpas é tão difícil. Ainda mais quando se trata de Zaden. — Você sabe que não foi de coração.
— Para ser bem sincero, eu achei que tinha sido, sim — ele disse, sarcástico.
— Mas não foi — murmurei, desviando o olhar. — Só pra deixar claro.
— Alison.
— Eu tenho que ir agora — falei, ajeitando a minha bolsa no ombro. — Estou lotada de coisa pra fazer. Tenho um teste de matemática avançada amanhã, um seminário de história para apresentar e ainda tenho que começar a estudar francês para a professora parar de pegar no meu pé, então...
— Por que você está sempre me evitando? — o homem à minha frente pergunta, a testa franzida de frustração. — Sempre que tento conversar você me afasta. E faz de propósito. Eu sei que faz.
— É impressão sua — digo, resoluta. — Eu realmente só estou ocupada. Além disso, o que nós teríamos para conversar? Não temos nada em comum.
— Para de inventar desculpas.
— Por que eu teria que inventar desculpas pra você? — indaguei, em tom de riso. — Eu não giro ao seu redor, Zaden.
— E você está tão desesperada para provar isso, não é? — ele debochou.
— Eu não preciso provar nada.
— Ok, então — o loiro balançou a cabeça, como se considerando a minha resposta. — Já que você não está inventando desculpas para me evitar, por que então não me deixa te ajudar com o seu problema?
— Que problema?
— Você disse que a professora de francês estava pegando no seu pé — ele começou, adotando ares de solidariedade. — Eu sou fluente. E a minha gramática é impecável. Posso te ajudar a estudar e a lapidar sua pronúncia sem nenhum problema. Tenho muito tempo livre à minha disposição.
Estreitei os olhos, enquanto pensava em qualquer recusa que eu pudesse lhe dar que não fosse soar como uma desculpa esfarrapada. A verdade era que Zaden estava certo: eu o evitava. Não gostava de estar sozinha com ele. Não me sentia confortável quando éramos só nós dois, porque sempre ficava um clima estranho. Não dávamos certo juntos, e ponto final.
Mas por outro lado, havia vantagens na sua proposta: eu teria um professor particular de graça e de quebra ainda mostraria a ele de uma vez por todas que não tentava fugir a cada encontro que tínhamos. Até porque era muita presunção da parte dele achar isso. Como se eu fosse sair de fininho de um lugar só porque o Grande Zaden estava lá.
Essa era boa.
— Tem certeza de que quer fazer isso? Ser professor não é uma tarefa particularmente fácil — cruzei os braços, em desafio. — E, caso aceite, você terá que se comprometer de verdade a estudar comigo. Nada de piadinhas ou qualquer tipo de distração durante a aula. Nada disso, está ouvindo?
— Sabe, Alison, eu não tenho problemas de audição — ele replicou, entediado. — E confie em mim. Vou ser um professor exemplar. Farei da minha casa um ambiente escolar de causar inveja às grandes instituições de ensino.
Revirei os olhos.
— E outra: se eu achar que os seus métodos não estão dando resultados, essas aulas vão ser canceladas na hora, ok?
— Vai por mim, Alis — Zaden abriu um sorriso maroto, covinhas imorais piscando em cada lado de sua boca. — Você nunca vai ter um professor tão bom quanto eu. Depois que tiver aulas comigo, vai estar falando francês como nativa. Je promets.
— E é bom você cumprir com a sua promessa, porque senão... — dou um sorrisinho maldoso. — A sua preciosa guitarra vermelha sofrerá as consequências.
Fico extremamente satisfeita quando o vejo estremecer diante das minhas palavras.
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