Capítulo 06

Notas (iniciais) da autora: Só digo uma coisa: se preparem!

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Millie olhava para o contato de Timothée na tela do celular, indecisa se deveria ou não ligar para o ator. Ela estava de férias na Califórnia, desta vez na sua própria casa invés da casa de sua mãe, porque gostava dos dias em seu próprio canto como forma de fortalecer sua saúde mental.

Ela amava a família e os amigos, mas tinha horas que queria o silêncio completo para voltar a ser a velha Millie. Porém, naquela manhã, acordara com o desejo inexplicável de falar com Timothée.

A última vez que tinha ouvido a voz do ator foi após assistir o filme, de lá para cá não conversou ou trocou quaisquer mensagens com ele exceto o comentário que ele deixou no Instagram.

E respirando fundo, ela decidiu ligar para ele.

E ele atendeu.

— Millie?

— Oi... hã... tá ocupado?

— Não, eu tô de bobeira. Cheguei ontem e tava planejando desfazer as malas.

— Ah, você está em Nova York então.

— Não, eu estou na Califórnia.

— Sério?

— É, sério.

— Você não quer vim aqui em casa? Ficar de bobeira comigo?

O silêncio do outro lado da linha deixou a cantora ainda mais ansiosa, será que ele estava planejando alguma forma de lhe dizer não?

— Timothée?

— Aceito! Quer dizer — ele pigarreou para disfarçar a voz — Me manda o endereço.

— Ok, vou deixar avisado na portaria. Até mais.

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Neste meio tempo que Timothée não chegava, Millie tomou um banho e ajeitou as coisas o melhor que podia. Não entendia a necessidade de impressionar o ator, mas queria que ele tivesse uma boa impressão dela.

Porque se ele tivesse uma boa impressão, podia gostar dela e futuramente...

— Não — ela freou os próprios pensamentos — Não pense muito além Millie.

A campainha tocou e ela o mais calma que pôde, foi até a porta. Timothée estava parado do lado de fora, com óculos de sol e os cabelos jogados para trás usando uma blusa branca que ela pensou se ele tinha visto o rascunho da sua nova música.

Mas então se deu conta de que ele era a música.

— Oi.

— Oi, entra — ela abriu espaço e pode sentir o perfume dele — Com fome?

— Não muita, mas eu te trouxe isso — ele entregou a sacola que ela só notara agora — Não sei se você gosta de donuts ou torta de morango, mas elas estavam com uma cara tão boa que não resisti.

— Não precisava.

— Eu ainda te devia, por causa do jantar.

— Me acompanha? — ela perguntou indo em direção à cozinha para pegar pratos e talheres.

— Olha, não vou me fazer de difícil — Timothée brincou observando Millie — Você cortou as pontas do cabelo.

— Você notou — o sorriso tímido dela fez o dele aumentar — Só para igualar, o projeto da nova música sai em breve e semana que vem minha agenda de fotos começa

Millie cortou uma fatia generosa da torta, que além de bonita estava cheirando muito bem, e deu primeiro para o ator. Depois cortou outra para si, ao levar um pedaço à boca, sentiu que a torta estava deliciosa.

— Isso está muito bom.

— Está mesmo.

— Vamos pra sala — ela o chamou e logo viu que algumas anotações avulsas ainda estavam no chão — Não ligue para isso, é só reflexo dos meus surtos criativos.

— Não tem problema, e imagino que não posso ler.

— Ainda não.

Os dois se sentaram no sofá, o leve silêncio pairando no ar como um fino lençol enquanto eles desfrutavam do doce. O Chalamet olhava de soslaio para Millie sem saber muito o que falar, na verdade ele não queria falar, apenas apreciar a garota que parecia estar extremamente à vontade com ele ali.

E Millie percebia os olhares que ele lhe lançava.

— Então — iniciou — Curtindo muito Los Angeles?

— Um pouco. Na verdade estou mais focado no descanso e tentando não ficar muito nervoso com as indicações para o Oscar.

— Você vai ser indicado Timothée — Millie colocou o prato já vazio no chão para se virar totalmente para ele — Os filmes foram incríveis, e se caso não for, manda a academia se ferrar.

— É esse o seu conselho?

— É — deu de ombros — Existem muitos cantores sensacionais, bandas incríveis e trilha sonora de filmes maravilhosos que a academia do Grammy ignora. Imagino que seja o mesmo para o mundo do cinema.

— Você tem razão, mas ainda sim — ele suspirou — A expectativa é grande.

— Quando é o anúncio?

— Me falaram que ainda essa semana.

— Então — Millie pegou a mão dele chamando a sua atenção — Até lá, trate de relaxar.

— Será que eu consigo? — ele colocou o prato no chão.

— Eu te ajudo.

— Espera, tá sujo aqui.

A mão do Chalamet foi para o canto da boca dela, bem abaixo do seu lábio, passando suavemente o dedo indicador no local. Millie sentiu uma descarga de adrenalina passar em sua coluna com o olhar do rapaz, focado inteiramente em seu lábio, e notou que sua respiração estava ficando descompassada.

E a dele também.

Millie o olhou por mais alguns instantes em silêncio. Fazia tanto tempo que ela se sentiu atraída por alguém que imaginou que após o seu ex, nunca podia sentir aquilo de novo. Mas ali estava ela, ao lado de Timothée desejando beijá-lo desesperadamente desde que eles tinham se visto pela última vez em seu apartamento em Nova York.

Quer saber, foda-se, pensou.

A cantora subiu em cima do colo de Timothée e o puxou para um beijo. No início o ator foi pego de surpresa até se dar conta do que estava havendo, e sem perder tempo, retribuiu. O ato estava afoito, urgente e com tanta luxúria que os gemidos desconexos escapavam com frequência dos lábios de ambos enquanto as mãos exploravam os corpos ainda vestidos.

Separando os corpos por centímetros, Millie arrancou a blusa que usava com impaciência dando a Timothée uma visão privilegiada de seus seios.

— Vai ficar só olhando?

— Não, com certeza não — ele disse antes de arrancar o sutiã da garota e começar a trilhar selares pelo colo dela, o que permitiu o Chalamet ver ela se arrepiando.

— Espera, espera, espera — Millie pausou os beijos que Chalamet distribuía em seu pescoço e em seu colo com muito custo — Para o meu quarto.

— Por que não aqui?

— Precaução.

Timothée levantou com ela ainda em seu colo, segurando-a com firmeza enquanto subiam as escadas, os lábios de ambos ainda sem deixar o do outro.

— Segunda porta à esquerda — ela sussurrou quando ele parou no corredor. Assim que passou pelo cômodo, a cantora desceu do colo dele apenas para trancar a porta, e logo se virou para Timothée que tirava a roupa.

— Espera — ele disse ao ver que ela iria fazer o mesmo que ele — Eu faço isso.

Uma a uma, as peças foram saindo do corpo da Giatti. Entorpecido pela sensação, Timothée só se deu conta de que estava sentado na cama quando viu Millie voltando de uma porta e abrindo a camisinha, ajoelhando na frente dele.

— E-eu faço isso — ele disse, pegando a proteção das mãos da garota — Do modo como estou, se você me tocar eu...

— Tudo bem, darei atenção para ele depois.

Millie sorriu ao ver que ele corou. Observou quieta Timothée fazer o que ela iria, e quando viu que ele estava pronto, engatinhou pela cama até ficar no meio dela somente para provocá-lo. Timothée subiu ficando por cima, o corpo sustentado pelos braços em cada lado do corpo dela.

— Posso dizer que faz tempo que fiz isso — ela confessou baixinho, olhando nos olhos dele — E nunca fui muito boa.

— Não se preocupe, você é perfeita — ele se aproximou perto do ouvido dela e completou — Perfeitamente feita para mim. E eu vou lhe mostrar isso agora.

Millie tentava conter os gemidos ou poderia ter problemas com os vizinhos, mas estava quase impossível com Timothée dentro dela, a boca dele sussurrando palavras que lhe arrepiava, as mãos que que pareciam um rastro de fogo por cada centímetro da pele dela que ele traçava, completavam o conjunto que a enlouquecia.

Até que ela explodiu. E Timothée explodiu alguns instantes depois.

O Chalamet saiu de dentro dela, se levantou da cama, tirou a camisinha e foi na direção do banheiro que tinha no quarto.

Millie ainda sentia que seu corpo estava voltando, e era estranho ela se sentir assim porque em nenhuma das vezes, nem quando havia perdido a virgindade no ensino médio de uma forma nada empolgante ou quando namorava, estava satisfeita.

Era como se o que ela procurava estivesse ali, e se chamasse Timothée Chalamet.

— Ei, tá tudo bem?

Millie olhou para ele e confirmou com um sorriso tão sincero que foi impossível Timothée não sorrir junto.

— Tudo ótimo.

— E no que está pensando? — ele puxou para que ela deitasse em seu peito.

— Que foi bom e me perguntando se fomos muito rápidos.

— Posso ser franco? — ela assentiu com a pergunta dele — Tô querendo te beijar desde o nosso jantar.

— E por que não fez isso?

— Para não te assustar, vai que você pensa que eu era um tarado doido para ficar com você.

— Você não é.

— E como pode ter certeza disso?

— Seus olhos. Eles não metem.

Timothée corou levemente, o que fez ela sorrir.

— Nunca me senti assim. Não sou das garotas mais experientes, antes ou depois da fama, mas sei lá — ela levantou a cabeça para olhá-lo — Foi diferente para mim.

— Também me senti diferente.

Timothée pegou a mão de Millie e ficou brincando com os dedos dela. As mãos tinham leves machucados, talvez pelas horas no violão compondo, uma cena que ele queria ver algum dia porque imaginava cada uma das expressões que ela fazia.

— Dorme aqui hoje? — ela questionou.

— Com toda a certeza porque agora que descobri o que você desperta em mim, no que depender de mim, eu nunca mais te largo Millie.

— E quem disse que eu quero que você me largue?

A Giatti se arrepiou com as mãos dele fazendo carinhos na espinha de suas costas, a mesma descarga elétrica de minutos antes.

— Bom saber disso — Timothee disse em um tom como se estivesse confessando um segredo. Millie se levantou saindo de sua posição e sentou no colo dele, iniciando um beijo mais calmo antes de pegarem fogo novamente.

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Notas da autora: TEVE FOGO NO PARQUINHO TILLIE! (e boatos que está queimando ainda). Bom, mas é aquilo né, quando está tudo muito bom...

Me digam o que estão achando, essa autora ama ler os comentários.

Até o próximo!

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