❝Reid, me desculpe, está bem?! Você não pode fazer isso por mim e entender meu lado?❞

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❝Apenas... Me ouça. Me dê uma chance de corrigir as coisas.❞

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❝Foda-se o que você acha. Porra, eu te amo, Reis Dale. Eu não ligo pra mais nada. Atenda as minhas ligações e tire sua cabeça da bunda!

Ps: Você me fez xingar. Eu odeio xingar❞

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❝Eu só quero saber se você está bem, por favor.❞

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❝Brooke ameaçou arrancar meus olhos e acredite, eu lutaria com ela se isso me desse uma chance com você. E Reid, Brooke arrancaria minha pele e faria de tapete. Isso não quer dizer algo?❞

— Você acha que a resposta para x é dez ou setenta e dois? — Bella questionou, a cabeça estava apoiada nas pernas nuas de Reid enquanto o livro de calculo estava em seu colo. As sobrancelhas estavam franzidas enquanto Bella torcia os lábios, ela realmente gostaria de ser melhor nessa matéria terrível.

— São números bem distantes. — ele respondeu distraidamente. Março chegou e com ele, as inscrições para a faculdade também. 

Bella sabia que Reid estava optando pelo pré-med e a orgulhava vê-lo se esforçando pelas bolsas estaduais. No fim do ano anterior, no baile de primavera, Bella chegou a considerar a ideia de fazer uma faculdade distante em algum lugar como o Alasca.

Ela poderia estudar e estar perto de Edward, mas agora, vendo por outro ângulo, isso parecia tão definitivamente errado.

Reid queria ir para a Seattle University, cerca de uma hora de Forks. Ele estaria perto de casa e perto dela, se eles ainda quisessem manter o que tinham. Ainda que Bella não soubesse exatamente o que eles tinham um com o outro.

— Estamos namorando? — Ela questionou repentinamente e Reid abaixou o livro de espanhol, olhando-a sensualmente com os olhos negros em fendas.

— Você quer namorar?

Bella realmente pensou na resposta por um momento, antes de assentir. — Hum, bem, eu quero.

Reid sorriu e esticou as mãos, tocando na ponta do nariz de Bella. — Bem, então estamos baby. 

Esse foi o não-pedido de namoro mais estranho que Bella já viu. Mas combinou com eles, na verdade era muito como eles... Naturalmente acontecendo.

— Então Reid. — Charlie começou entregando uma lata de refrigerante para Reid enquanto ocupava uma das cadeiras no jardim. Bella estava sentada no chão ao lado de Brooklyn enquanto elas olhavam uma revista de peças automotivas. — Você já obteve as respostas da faculdade? — O cheiro de hambúrgueres assados enchia o quintal e um leve sol coloria o céu de Forks, muito melhor do que a longa semana que neve que os manteve trancados em casa.

Ela apreciou tanto aquele momento. Eles estavam em novembro. Reid e ela estavam namorando oficialmente há seis meses e a notícia ainda não tinha deixado de ser interessante aos olhos de Forks, embora para seu pai Reid Dale já era um dos favoritos. É claro que Charlie Swan jamais admitiria, mas bastava ver como ele e Reid se envolviam em um jogo no sábado a noite para Bella saber que o namorado era o garoto do coração de Charlie. 

— Na verdade não. — ele balançou a cabeça, a animação sem deixar seus olhos. — mas eu estou bem, chefe. Mesmo que eu passe para a Universidade de Washington, eu vou estar perto da Bella, então tudo bem. — Ele lançou uma piscadela travessa para a morena, que corou em suas bochechas.

Bella sempre corava, mesmo quando Reid ela já tinham ido muito além dos beijos inocentes, ela ainda corava furiosamente a qualquer demonstração de afeto em público.

Charlie pareceu satisfeito, resmungando em aprovação e Bella se levantou em um pulo estendendo a mão para Reid. — Vamos, Dale. Você vem, pai?

— Vão vocês, crianças. — ele fez um gesto de mãos, erguendo a própria cerveja. — vou relaxar por um momento.

Reid sorriu, deixando o refrigerante de lado e pegando o capacete em cima da mesa branca. — Foi um prazer, chefe.

— Tchau, Charlie! Não se esqueça de mim! — Brooke se inclinou beijando a bochecha de Charlie e o homem corou como uma maça madura. Bella sorriu, balançando a cabeça levemente para sua cunhada. 

— É claro, garota. — Charlie acenou com os dedos, e Bella e Reid partiram de mãos dadas. 

Bella jogou sobre as mãos de Brooke as chaves da caminhonete e a garota torceu os lábios em desagrado.

— Você quer que eu vá na Betty?

Bella revirou os olhos. — Não a chame de Betty. E sim, eu irei com Reid. — ela parou, sorrindo docemente e completou. — Se estiver tudo bem.

— Tudo por você, passarinho. — Brooke bufou com um sorriso. 

Reid Dale estendeu o capacete para ela e Bella sorriu, tocando as mãos quentes dele e subindo em sua garupa. Com um sorriso malicioso Reid puxou seus braços ao redor da sua cintura e Bella sentiu os ventos em seu rosto conforme as estradas iam atravessando-os em um tipo diferente e emocionante de velocidade.

Ela se lembrou de Reid Dale apresentando-se ao seu pai como seu namorado. O riso surgiu em seu peito mais uma vez e ela sentiu-se aquecida.

Reid chegou naquele dia vestido com uma camisa musgo, a jaqueta jeans por cima quase dois números maior do que ele. Os cabelos estavam despenteados e o capacete em suas mãos, ele até mesmo usava um gorro torto na cabeça. 

Bella quis morrer. 

Mas mais do que isso, ela quis matá-lo. Será que Reid não entendia que seu pai jamais a deixaria namorá-lo se ele se parecesse com um delinquente?

Mas ao contrário do que ela pensou, seu pai deixou Reid entrar e sentar-se. Reid apoiou-se sobre os cotovelos e parecia especialmente sério quando disse as palavras que penetraram no coração de Bella e de Charlie também.

— Eu nunca vou decepcioná-la. — ele começou e Charlie arqueou uma sobrancelha questionador. — Eu não venho de uma boa família, chefe. Meus genes são de merda, pra ser sincero. Não sou rico e Deus e o senhor sabem que eu tenho muitos defeitos. Mas acredite, Bella faz de mim alguém diferente e quero ser especial por ela. Apenas gostaria da sua permissão, mas se não a der... Bem, espero que saiba que não vou ficar longe de Bella.

— Muito em cima garoto. — Charlie rosnou apoiando-se sobre o sofá, torcendo os lábios ele olhou para a filha nervosa. — Bella? O que você me diz?

Bella corou terrivelmente sob as sobrancelhas grossas e arqueadas de Charlie.  — Eu... bem, concordo com Reid, pai. Queremos namorar com a sua permissão mas estou ficando mais velha, você sabe. — ela sorriu, tocando as mãos do pai. — Por favor, pai. Apenas dê à ele uma chance. 

— Que seja! — ele resmungou de qualquer forma e Bella deu um gritinho animado, jogando-se em seus braços. 

Desde aquele momento, Reid e Bella estavam sempre juntos. Portas abertas, mãos dadas e beijos roubados. Bem, pelo menos quando chefe estava em casa. Reid era tão comum e o comum se tornou extraordinário para ela.

Os olhos negros se aqueciam sempre que ele distribuía beijos por seu rosto, sempre que ele sorria e ela via aquele brilho especial. Quando ele franzia a testa pensativo ou quando realmente fazia algo que odiava porque ela gostava. Ela adorava a forma como eles riam juntos ou podiam ler um livro em silêncio, ela amava que ele trazia à tona seu lado mais selvagem e divertido enquanto ela por sua vez, fazia com que Reid fosse calmo e suave.

Eles eram diferentes mas maravilhosamente perfeitos.

— Eu te amo! — Bella disse por cima do ombro de Reid. Ele olhou para ela por cima do ombro, soando surpreso demais. — Olhe para frente! — Bella gritou e Reid gargalhou jogando a cabeça para trás.

— Porra Bella Swan! — ele gritou por cima do vento e Bella riu. — Eu te amo! Eu te amo Bella Swan! — o grito se tornou perdido no vento atrás dela, mas não menos importante.

Um ano atrás sua vida era somente escuridão. Então Reid Dale a puxou para cima e ela pôde finalmente respirar outra vez.

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Oi amores. Peço desculpas pela demora, mas eu não sumi hein? Sigo viva e firme haha
O capítulo foi mais pra desenferrujar mesmo. Não tá fácil, mas tô pegando o ritmo de novo. Beijos de luz!