capítulo 3 • makes me nervous

Cooper

Eu não estava ansiosa na primeira sexta-feira depois das férias de verão. Na verdade, eu estava nervosa até demais. Eu tinha que levar um garoto pra casa, especialmente se tratando da pessoa que eu mais odiava na face da terra. Minha mãe estava de folga no trabalho e aquilo não poderia ser mais constrangedor. Aparentemente, eu não tinha me lembrado que minha mãe tirou aquela sexta de folga e acabei marcando de começar a fazer o trabalho de matemática no mesmo dia.

Meus dedos tremiam e minhas mãos suavam frio. E se o Sam decidisse faltar na reunião dos escoteiros? E se a Madison não fosse para a casa da melhor amiga dela? E se o meu pai chegasse cedo do trabalho?

No fim das contas, eu parecia entender o porquê dele ter sugerido de fazermos o trabalho n biblioteca, mesmo assim, eu estava voltando a pé para casa com Carter ao meu encalço.

Era tão desconfortável quando soa ser, talvez até pior.

Ele caminhava com as mãos nos bolsos do casaco do time, encarando a paisagem ficar para trás. O silêncio era a parte mais constrangedora, principalmente porque eu sabia que, se eu abrisse a boca para falar qualquer coisa, acabaríamos brigando. Era isso que acontecia toda vez que algum de nós abria a boca: nós iniciávamos uma guerra.

Respirei fundo. Eu não gostava dele, mas ficar em silêncio era pior que discutir.

— Vai demorar muito? — perguntou para mim, como se lesse meus pensamentos.

— Você é o capitão do time de Futebol Americano da escola e está cansado em uma caminhada de vinte minutos? — encarei-o sarcasticamente, e ele devolveu o olhar, desaprovador — Não... É na próxima quadra.

Atravessamos a rua em silêncio. Não éramos bons em prosseguir assuntos, muito menos em desenvolvê-los sem provocações. Atravessei o jardim e parei na frente da porta, com a chave pronta, entre meus dedos, para destrancar a entrada da casa. Ele parou passos mais para trás, escorando as costas no pilar que segurava o telhado da varanda e cruzando os braços, me encarando seriamente.

— Não sabe destrancar uma porta? — perguntou, sorrindo de canto.

Mas antes que eu pudesse responder, ou colocar a chave na fechadura, minha mãe abriu a porta, empolgada. Com um sorriso estampado em seu rosto que ia de orelha a orelha, não tinha como tudo ficar pior. Ela me encarava da mesma forma que encarou Madison quando levou Jordan em casa pela primeira vez.

Ela definitivamente se parecia com Madison, parecia até piada que eu fosse sua filha.

— Entrem — abriu passagem rapidamente.

Ela encarava Carter como se até mesmo a pose despreocupada dele a lembrasse de alguém. O sorriso que Carter abriu só me mostrava que ele queria aprontar alguma coisa, atrevido e indecente, como quem não tem nada a perder.

— Não sabia que tinha mais uma irmã, Cooper! — Carter disse, atravessando a soleira da porta.

— Ah, menino, está apenas sendo gentil! — mamãe cruzou os braços, apoiando o corpo no batente da porta e abrindo um sorriso largo para o garoto.

— Não, nem pensar — ele ergueu uma de suas sobrancelhas — Eu não sou um cara gentil, sra. Cooper!

— Mãe, você já o conhece, ele só não tem mais a mesma cara de criança de antes — revirei os olhos — É o Daniel Carter. O que me prendeu no banheiro químico...

Minha mãe riu. Diferente do meu pai, que tinha uma rivalidade milenar com o pai do Carter, minha mãe não se importava muito com as brigas bobas entre as famílias, que só foram sossegar depois que Carter e eu começamos a estudar juntos. Ela até mantinha uma certa amizade com a mãe dele.

— A gente vai usar o escritório, ok? — avisei, puxando Carter pela manga do moletom — Mãe, pode preparar algum lanche pra gente?

— Tudo bem — ela fechou a porta — Quero a porta aberta, ouviu? — me encarou, maliciosa.

— Que nojo, mãe — empurrei o garoto para dentro do escritório.

Ele me encarava com um sorriso desafiador, suprimindo a risada por me ver tão nervosa. Empurrou algumas folhas e tralhas sobre a mesa do escritório para sentar-se, ele o fez mesmo vendo que eu não queria que ele o fizesse. Suspirei, conformada. Passei os olhos pelas estantes que tapavam praticamente todas as paredes do escritório. Eu precisava encontrar os livros de matemática.

Carter balançava as pernas inquieto, me medindo dos pés à cabeça.

Encontrei o livro de matemática o mais rápido que consegui. Sentei-me no tapete no centro do escritório e coloquei os livros sobre o chão. Abri a mochila e peguei meu estojo, o som do zíper abrindo-se camuflou os passos de Carter, que sentou-se em minha frente, pigarreando para quebrar o silêncio, que começava a incomodá-lo também.

— Então é aqui que a Madison Cooper mora? — olhou em volta — Até que combina.

— Eu não ligo para o que você tem a dizer sobre a minha irmã, minha mãe ou sobre qualquer outra garota. Vamos terminar logo com isso pra você sumir do meu dia! — abri o livro de matemática, batendo a capa contra o chão.

— Tá com ciúme? — ele riu.

Filho da puta!

Franzi o cenho, ele não podia ter dito algo mais idiota que aquilo.

— O quê? — perguntou, abrindo um sorriso sarcástico.

— Se toca, garoto — cruzei os braços — Eu nem gosto de você!

Ele sabia daquilo, e eu sabia que era recíproco. Ele apoiou o rosto na palma de sua mão, sem desviar os olhos de mim um segundo sequer, era como se ele procurasse algo em mim, alguma resposta, ou ele simplesmente não se conformava com o fato de eu não dar o braço a torcer para ele.

— Tem como prestar atenção no livro e me ajudar com a droga do trabalho? — estralei os dedos em frente aos seus olhos — Eu não tenho a tarde inteira, temos que deixar isso adiantado!

— Você tem, sim, a tarde inteira. Vai fazer o quê depois? Se trancar no quarto e assistir TV até amanhã? — sorriu com desprezo — Ninguém te chama pra sair, tirando o esquisito do Michael e a maluca da sua melhora amiga.

— Isso não é verdade!

Ele ergueu uma de suas sobrancelhas, duvidando muito se era realmente mentira. Ok, as únicas pessoas que me chamavam para sair eram Michael, Angeline e Adalia, e, mesmo assim, eu quase nunca ia. Mas isso não queria dizer que eu admitiria que ele estava certo.

Bufei, contrariada. Encarei o livro novamente, era difícil pensar com ele me encarando como se esperasse alguma reação minha, como se ele quisesse que nós discutíssemos só para ele ter certeza de que as coisas ainda estavam da mesma forma que antes. Eu mal conseguia pensar por onde começar.

— Dá pra parar? — bati em minhas coxas, irritada.

— Eu não tô fazendo nada! — ele ergueu as mãos, em rendição.

— Tá sim! — apontei a lapiseira em sua direção — Está me encarando desse jeito... Está... Fazendo isso que você tá fazendo agora! — balancei a lapiseira, fazendo um círculo imaginário em seu rosto — Para de me olhar com essa cara, não consigo pensar!

— É a única cara que eu tenho, sua maluca — ele riu como se não precisasse prestar atenção em mim.

Ele só não parecia se lembrar de que era, provavelmente, o pior aluno dentre os jogadores de Futebol Americano e que uma das condições para ele poder jogar no time varsity sendo um Sophomore era tirar notas acima de C, principalmente em matemática.

Ele levava a regra do C muito a sério, então ele sempre tirou entre C e B-. Se ele não melhorasse as notas nesse ano letivo, provavelmente seria rebaixado para o time junior varsity, mesmo sendo o melhor jogador da escola.

Ele, conformado, desistiu de me provocar e, depois de duas horas e meia pegando informações do conteúdo do trabalho no livro de matemática, ele já parecia ser mais inteligente do que no começo do dia.

— Então? — perguntou, empurrando o caderno com algumas anotações do trabalho.

— Acho que ele vai pesar nas explicações teóricas também... — comentei, apertando os olhos com os dedos. Eu estava exausta de pensar e, aparentemente, Carter também — No fim das contas, você nem é tão burro quanto eu pensei!

— Obrigado, eu acho — ele estreitou os olhos, incerto se considerava aquilo com um elogio ou não.

Deixei que ele saísse pela porta da frente, e ele se virou para acenar para minha mãe, que retribuiu o gesto com um sorriso largo no rosto. Tranquei a porta assim que ele atravessou-a para o lado de fora e, enquanto minha mãe assistia TV na sala, eu praguejava mentalmente por todas as vezes que eu respondi às suas provocações, aquilo me rendeu o pior castigo da minha vida: trabalhar junto dele.

Caminhei até o sofá, sentando-me cuidadosamente ao lado de minha mãe. Deixei meu corpo pender para o lado, deitando sobre suas pernas. Seus dedos finos logo se misturaram com meus fios de cabelo, fazendo movimentos circulares e suaves que, dali alguns minutos, com certeza me deixariam com sono.

Com a mão livre, ela apertava o botão do controle remoto, passando por todos os canais da TV a cabo, procurando o canal que transmitia seu seriado favorito.

— 512 — falei, e ela digitou o número, redirecionando para o canal certo.

— O que eu seria sem você, hein? — perguntou, sorrindo para mim gentilmente.

— Provavelmente uma pessoa com mais dinheiro — comentei, apertando os lábios, conformada.

— Talvez — ela riu. Tamborilou os dedos sobre meu ombro, respirando fundo — O Daniel parece gostar de você, agora.

— Com certeza não — resmunguei — Ele só gosta de encher o meu saco.

— O pai dele costumava encher meu saco também, quando éramos da idade de vocês — ela sorriu, lembrando-se de um passado que ela apreciava — Ele era um pé no saco, mas nunca desistia.

— Como assim? — perguntei, sentando-me rapidamente. Eu amava quando ela me contava sobre a época em que era adolescente.

— Seu pai odeia essa história — ela fez uma careta, tentando fazer com que minha curiosidade sumisse.

Revirei os olhos. Puxei o controle de sua mão e desliguei a televisão, eu queria saber e ela sabia que não podia me deixar na curiosidade, eu odiava ficar curiosa.

— O papai nem tá aqui! — escondi o controle atrás de mim.

— Anda, Allison, me dá o controle — ela riu, tetando pegar o controle de mim.

— Só devolvo quando me contar — empurrei ela para trás, impedindo que pegasse o controle.

Ela bufou, apertando meu nariz.

— Não sei de onde você tirou essa curiosidade sem fim, sabia?

— Tem certeza? — ironizei.

— Com certeza não foi do seu pai! — ela riu.

— Anda, mãe! — pedi mais uma vez — É sério!

Conformada, ela sentou-se de frente para mim no sofá, cruzando as pernas e apertando uma almofada contra seu corpo.

— O pai do Daniel era doido por mim — ela disse, tímida — E durante um bom tempo, ele e seu pai travaram uma guerra maluca para me conquistar.

— Isso é sério? — eu ri, desacreditada.

Nunca travariam uma guerra por mim!

— Eu queria que não fosse — ela riu, desconcertada — Sebastian era um garoto incrivelmente idiota, mas escondia um lado gentil — ela suspirou, um pouco entristecida — Eu fui muito apaixonada por ele durante muito tempo, mas a tia Sam não deixava que nos aproximássemos, ela queria me proteger.

— Do quê? — estreitei os olhos.

— Era uma época perigosa, Sebastian passou por muita coisa — ela respirou fundo, parando por alguns segundos — Nós só seguimos nossas vidas do jeito que achamos melhor, ele passou a amar outra garota e eu me apaixonei pelo seu pai. E hoje eu tenho os três melhores filhos do mundo — ela sorriu para mim, empurrando meu cabelo para trás da orelha.

Levantei-me em seguida, entregando o controle para ela, indo em direção à cozinha, eu não sabia exatamente o que dizer, nem como reagir. Só conseguia pensar na possibilidade de que minha mãe ainda gostasse do pai do Carter e aquilo me assustava.

— Mãe — chamei, antes de entrar na cozinha.

Ela virou-se para mim, apoiando o braço no encosto do sofá.

— Ainda gosta do Sebastian?

Ela sorriu fraco, negando com a cabeça no mesmo instante que a porta da frente de casa foi aberta. Olhei para a entrada da casa, meu pai jogava as chaves do carro para Madison, que corria na direção do chaveiro para guardá-la antes de ajudar a pegar as compras no porta-malas.

Sam entrou correndo, mergulhando no sofá e tirando o controle das mãos de mamãe, mudando para o canal de desenhos, já que estava quase na hora da sua animação favorita.

Mamãe levantou-se do sofá, caminhando em direção ao meu pai, abraçando-o com força e, com os braços em volta da cintura dela, meu pai beijou o topo de sua cabeça. Eu não precisava de muito para saber o quanto se amavam de verdade e me senti uma idiota por ter cogitado pensar que ela ainda poderia ser apaixonada por Sebastian.

Madison entrou em casa com algumas sacolas do mercado, deixando-as na cozinha e me empurrando para ajudá-los a esvaziar o carro.

Passei pela porta, descendo da varanda e pisando na grama com os pés descalços, correndo para tirar as sacolas de dentro do carro.

— Escuta, filha — meu pai parou ao meu lado, me dando as sacolas mais leves — Por que o velho Sanders me contou que viu você e o Daniel Carter entrando em casa?

Ele colocou as mãos na cintura, franzindo o cenho. Ele não parecia lá muito contente, mas suas bochechas vermelhas tornavam-no menos intimidador. O cabelo loiro escuro, que estava maior do que deveria, tapava parte de sua testa, que ele franzia em desaprovação.

Velho fofoqueiro do inferno!

Daniel era relativamente conhecido como desordeiro nos bairros próximos de nossa escola, porque, bom, ele era um. Mas, no geral, o velho Sanders só não tinha muita coisa para fazer além de fofocar e vigiar a vida alheia.

Mamãe se virou rapidamente, intervindo antes que eu pudesse dar qualquer resposta. Ela encarou meu pai por alguns segundos, em uma conversa telepática que apenas os dois compreendiam, eu detestava quando eles faziam aquilo, porque eu nunca sabia o que viria a seguir.

— Eles estavam começando a fazer um trabalho de matemática — ela disse por fim.

— Trouxe o Carter para cá? — Madison riu — Por que não fizeram na biblioteca da escola?

— Achei que fosse melhor fazer em casa — respondi, sem saber exatamente se a minha explicação seria boa o suficiente para convencê-la.

— O Daniel Carter não é o Quarterback do time da sua escola? — Sam perguntou, correndo para pegar os cookies de dentro das sacolas — Ele é bom pra caramba. Por que não namora com ele?

— Porque ele é um babaca — retruquei.

— O papai disse que quando as garotas te xingam muito, é porque elas gostam de você! — Samuel abriu o pacote, enfiando dois cookies na boca.

— Anthony — minha mãe repreendeu-o — Isso é coisa que se ensine pro seu filho?

— Eu só estava brincando! — tentou defender-se.

Enquanto meus pais discutiam sobre como meu pai vinha brincando daquela forma com meu irmão mais novo, entrei para dentro de casa com Madison, deixando o resto das coisas na cozinha.

Ela passou as mãos finas e delicadas pelos olhos. Madison parecia ser feita de porcelana, salpicada por milhares de estrelas, não parecia ser uma ginasta e nem uma líder de torcida tão boa, porque qualquer movimento parecia ser capaz de partir seus ossos.

— Vou jantar na casa do Jordan hoje — Madison comentou apertando os próprios dedos, nervosa.

— Isso é legal — sentei-me no sofá junto dela — Quer dizer, vocês já namora há um bom tempo e você nunca passou tanto tempo assim com a família dele.

— Esse não é o problema — ela respondeu.

Mas meu pai e minha mãe entraram em casa, fechando a porta. Tinham desistido de discutir sobre a educação — ou a falta dela — de Samuel.

— Olha, Allison, sobre o Daniel... — ele começou novamente e eu revirei os olhos — Só toma cuidado com esse moleque.

— Ah, pai — Madison riu — O Carter é inofensivo!

Meu pai suspirou, ainda meio contrariado. Ele não estava contente com aquela resposta, mas não poderia fazer nada. Era ter que aceitar que Carter viria toda sexta para fazermos o trabalho, ou deixar que ficássemos sozinhos na biblioteca da escola e, conhecendo o meu pai, eu sabia que ele detestaria me ter sozinha com algum garoto em qualquer lugar do universo. Se eu estivesse em casa com ele nas sextas, pelo menos Madison estaria com a gente.

Madison puxou a manga da minha blusa, me puxando até a escada e me empurrou para o andar de cima, em seguida, para dentro do nosso quarto. Ela fechou a porta atrás de nós duas, sentei-me em cima da minha cama encarando ela andar de um lado para o outro.

— Preciso da sua ajuda — desabafou, suspirando forte — É um jantar importante, com alguém importante da família do Jordan, alguma coisa assim. Eu não quero causar uma impressão ruim!

— Por que não pede ajuda da Gabby? — perguntei — Ela é sua melhor amiga, ela quem tem que te ajudar com garotos, não a sua irmã mais nova!

— Por que a Gabby tá ocupada fazendo os preparativos para o teste das líderes de torcida no meu lugar — respondeu, jogando-se e cima da própria cama, afundando o rosto no travesseiro.

Era como ouvir que Deus era imperfeito. Aquilo me incomodava e causava certa raiva. Madison era a garota mais incrível que eu já conhecera, ela era bonita, atlética, tinha um namorado incrível, era simpática e carinhosa, mas sabia ser durona quando precisava. Eu não conseguia responder naquele momento, porque, dentro de mim, tudo tinha virado um caos.

Eu me sentia mal por sentir inveja e raiva da minha irmã mais velha, mas eu não conseguia acreditar como alguém como ela poderia estar insegura. Logo ela, a Cooper perfeita, a Cooper que tinha o mundo inteiro em suas mãos e que sempre agradava todo mundo só por abrir um sorriso, que era o mais bonito de todos.

Eu abaixei a cabeça, não importava o que eu fizesse, eu nunca seria Madison Cooper.

Encarei-a por longos e cruéis segundos, ela me olhava de volta com aquele olhar pedinte e triste. Eu odiava a ver triste.

— Madie — eu suspirei, baixando os olhos para as minhas pernas —, você por si já impressiona qualquer pessoa, sabe? — ela espremeu os lábios — Só, sei lá, seja você, todo mundo se impressiona com você só porque é você e nada mais.

— Tem certeza? — perguntou, levantando-se e alisando seu vestido florido.

Madison era radiante o tempo inteiro e não precisaria de dicas da opaca irmã mais nova.

Eu sorri ara ela, dando-lhe a credibilidade merecida por ser tão incrível. Ela correu em minha direção e pulou em cima de mim, fazendo com que deitássemos na cama, enquanto ela me apertava no abraço. Eu a amava com todas as minhas forças.

— Você é incrível, sabia? — largou-me e correu para fora do quarto.

Sorri sozinha. Ao menos ela me achava incrível.

— Mais uma vez o dia foi salvo pela Cooper esquisita — disse para mim mesma.

Seria mais um fim de semana mofando em meu quarto. E por quê? Porque eu queria. Na realidade, tudo só acontece se você quiser que aconteça e, bom, eu queria ficar em casa, mesmo que não quisesse sempre estar sozinha.

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