🎶 04

Kevin Richardson

Eu nunca tinha visto uma felicidade tão grande vindo de alguém como veio da Skyler. Eu a fiz feliz com uma simples frase, pelo jeito ela não é que nem os outros artistas que nem dão a mínima pra isso, o que me pegou de surpresa. E aquele abraço… nunca senti um conforto tão grande vindo de um corpo tão pequeno como o dela.

First Sight será a canção dela agora e tenho certeza de que vai ser o motivo dela ser admirada por várias pessoas. E eu vou me sentir orgulhoso com o seu talento impecável.

Assim que voltei para continuar a turnê com os rapazes, recebi mais uma ligação. Deve ser o Tyler querendo tirar alguma dúvida.

— Alô?

Alô, eu tô falando com o Kevin? — Claramente, não era o Tyler.

— Sim, sou eu. Quem fala?

A Sky. Queria tirar uma dúvida com um verso aqui.

— Sky?! — Me assusto ao saber que era ela. Vi o Howie me olhar curioso. Foi daí que eu notei que tava sem falar nada por um tempo. — Ah, oi! Qual é o problema com a música, Sky?

Acho que é bobagem. É que… a sua letra tá meio ilegível, não consigo ler.

— Você pode escrever algo no lugar se quiser, sabe, a música é sua agora. — Digo ouvindo uma leve risada vindo do latino que estava na minha frente. — Lembra que eu te disse que você pode fazer o que quiser com essa música?

Sinceramente, não! Eu não tava me lembrando desse detalhe não, desculpe. — A mesma começou a rir do outro lado da linha.

— Não, que besteira. Isso acontece comigo o tempo todo.

— É MENTIRA!

— HOWIE! — O repreendi e o mesmo saiu correndo antes que eu jogasse alguma coisa nele. — Perdão, Sky. Eles adoram fazer isso comigo.

Tudo bem! O meu melhor amigo faz a mesma coisa. — Disse ainda rindo. — Aí dou troco, claro.

— Legal. — Digo vendo o Howie voltar com o Nick. — Sky…

Sim?

— Foi bom conversar contigo, mas tenho que ir.

Igualmente, Kev. E o Tyler tá chegando com a banda. Tchauzinho!

— Tchauzinho, Sky. — Me despeço e desligo o telefone.

— Tchauzinho?! — Nick cruza os braços me olhando com um certo sarcasmo. — Você tem sobrinho?!

— Não, ele tava falando com a Sky.

— A gente vai ensaiar ou não?! — AJ aparece no final do corredor limpando o seu rosto. — A boyband não só tem duas pessoas, seus preguiçosos!

— Falou o que só pensa em pizza. — Howie revirou os olhos, dando meia volta.

Depois de uma boa hora ensaiando as nossas coreografias, fomos para o local do show conhecer um pouco e lanchar algo leve lá também. Conversamos sobre várias coisas e claro que tocaram no assunto Sky. A garota deve estar com as orelhas queimando, coitada.

— Como ela deve ser, gente? — Brian perguntou. — Porque eu só vi ela caindo.

— Ela é loira, baixinha… uma pessoa normal. — Digo mexendo na minha salada de frutas. — Rapazes, por que vocês não param de falar da Sky?

— Ora essa, Kevin! — Nick revirou os seus olhos. — A gente quer conhecer ela, só isso. Não precisa ter ciúmes, cara.

— Ciúmes?! Sério?!

— É, a sua cara fica toda assim fechada quando a gente começa a falar da garota. — Howie afirma fazendo careta.

— E é assim mesmo! — AJ gargalhou.

— Admita, primo. Você gosta dela.

— Até você, Brian?! — Olho incrédulo para o loiro que riu ironicamente pra mim. — Gente, eu mal conheço ela, como eu poderia gostar de alguém que só vi por um dia?!

Ficou um silêncio entre os quatro por um momento, até que começaram a gargalhar de mim. Acho que estou ficando estressado com isso.

— Kevin, não fica mal. A gente sabe que você precisa ter alguém além da gente do seu lado, queremos te ajudar. — Howie disse depois de ter se acalmado. — Sabe… a gente meio que percebeu que você anda meio solitário depois que…

— Olha, eu tô bem. — Sorri rapidamente o interrompendo. — O que aconteceu no ano passado, fica no ano passado.

Skyler Henderson

— O que tu fazia com o meu telefone? — Tyler brotou na porta do estúdio.

— Nada. — Sorri. — Eu tava fazendo musiquinha com o som dos números e mudando algumas coisas na música que o Kevin me deu.

— Aham. — Assentiu. — Então, tem como parar por uns minutos? Porque… as meninas chegaram e estão loucas para te conhecer.

— AI MEU DEUS JÁ CHEGARAM?! — Soltei as minhas coisas e fiquei em pé. — Cadê elas, Tyler?

— Elas vão vir aos poucos para você memorizar. — Sorriu e abriu um pouco a porta, me deixando louca de curiosidade. — Esta é a Margo, minha prima e será a tecladista.

— Oi, Sky. — A garota de cabelos pintados de marsala chegou apertando a minha mão, ela tinha um sorriso largo em seu rosto. — Sou mais legal do que o Tyler, tenha certeza.

Ri da mesma que olhava ironicamente para o Tyler que cobria o seu rosto.

— Sorte sua que eu adoro você, Margo. Agora, temos uma incrível guitarrista, Jackie. Veio de longe para te conhecer.

— Olá, Sky! Creio que vai ser bem divertido trabalhar com você. — Ela tinha um sotaque britânico, legal. Depois apertou a mão e me deu um rápido abraço. — E Tyler, estou aqui já tem uns meses.

— Ih, já cortou o seu barato, primo. — Margo brincou com o mesmo.

— Margo… — Disse começando a ficar impaciente. — Sky, essa é a baixista, Clover.

— Clover? Tipo Clover James? — Pergunto e vejo a mesma entrar. — Ai meu Deus…

— Skyler?! Ai meu Deus! Quanto tempo! — Nós duas nos abraçamos apertado, obviamente as pessoas restantes não entenderiam o motivo. — Acho que da última vez que te vi foi no baile da escola.

— Vocês estudaram juntas?! — Os três perguntam.

— Sim, éramos da mesma turma da aula de música. Pensei que você tivesse saído de Los Angeles. — Afirmo me separando dela.

— Bem, estive em New York por um tempinho e voltei pra cá, aí comecei a trabalhar em uma galeria.

— Eu nunca fui pra uma galeria. — Margo afirma se sentando no sofá. — Sei lá, prefiro ver plantas.

— Ah, plantas são legais. — Jackie concordou com a mesma. — Mas vocês já foram pra um desfile? É muito legal, cada roupa feia que eu não compraria.

— É, isso é bem verdade. — Digo rindo da mesma. — Tyler, cadê a última integrante?

— Foi beber água e… já tá voltando. Esta é a Keira, a baterista da banda.

A morena entrou com um skate na mão e um copo d'água na outra, sem contar com as baquetas no bolso da frente de sua calça.

— E aí, garotas. — Acenou pra mim, depois apertou a minha mão. — O Tyler me amostrou ontem como é a sua música, adorei. Dá pra colocar um ritmo incrível.

— Acho que já dá pra gente ensaiar, não é?
— Olho para o Tyler que segurava um pretzel prestes a comer.

— Claro, eu já vou indo, tenho uma reunião na gravadora e meninas… se alguém vier perguntar por mim, podem me telefonar.

— Se a gente ouvir né? Vamos fazer barulho.
— Jackie disse pegando a guitarra que tinha lá e abriu um sorriso.

— Isso soou estranho. — Keira olhou torto para mesma que ficou com o rosto avermelhado.

— É. — Eu, Margo e Clover falamos em uníssono.

— Até mais tarde, garotas. — O mais velho se despediu da gente e fechou a porta, deixando nós cinco sozinhas.

Cada uma de nós fomos para o nosso instrumento. Eu peguei o meu violão e uma das letras.

— Keira, você lembra mais ou menos da música?

— Lembro sim, Sky. — Sorriu. — Começa com o refrão pra iniciar, aí pensei que seria mais ou menos assim.

Keira começou a fazer o ritmo, era lento mas viciante, daí comecei a tocar e a Jackie deu continuidade na guitarra, tocando suavemente. Clover e Margo acompanharam logo depois, daí comecei a cantar, chamando atenção das quatro.

Kevin Richardson
22:23, Filadélfia

Voltamos ao palco agora pra apresentar, falta pouco para entrar de folga por uma semana e voltar para Kentucky, minha casa. Subimos ao som de Everybody, até que do nada, Nick caiu no meio do palco e fui logo o ajudando.

— Você tá bem? — Pergunto tirando o microfone do meu rosto.

— O meu pé virou sozinho. — Disse fazendo careta. — Tá doendo muito.

— Calma, talvez não seja nada. — Digo, o levando para fora do palco e os rapazes continuaram com a música. — Vou buscar gelo.

— Kevin! — O loiro gritou quando eu já tava longe.

— O que foi?! — Paro e olho para o mesmo que havia tirado o seu sapato. — Eu já tô indo!

Peguei uma bolsa de gelo e corri até o mais novo, vendo que não foi algo superficial. Tenho medo de fazer ele surtar um pouco com isso.

— Kevin. O que você acha que é? — Perguntou colocando o gelo por cima. — Eu só virei o pé e nada mais, não é?

— É… Nick, o seu pé tá mole, não percebe?
— Olho para o loiro que acabou de arregalar os olhos. — Você não tá sentindo muita dor porque o seu sangue tá quente.

— DIGA LOGO O QUE ACONTECEU COM O MEU PÉ!! — Sabia que ele iria surtar.

— Acho que você torceu ou… quebrou o seu pé.

— O QUÊ?! — Os seus olhos começaram a se encher dágua. — Ai não, eu arruinei tudo!

— Não, Nick. Foi um acidente, é normal algo algo assim acontecer. — Tento reconfortar o garoto. — Olha, você vai ficar aqui até uma ambulância chegar, o pessoal ali já ligou, okay? Você vai ficar bem.

— Okay. Volte para o palco. — Disse limpando o seu rosto com a sua mão desocupada. — Os rapazes precisam de você lá.

Assenti e fui andando de volta pra lá, faltava um pouco para acabar o show. Eu cantei no lugar do Nick em As Long As You Love Me e depois contei à platéia o que tinha acontecido com ele, foi assim que nos despedimos.

Uma hora depois, no hospital

— Legal, Nick quebrou o pé. — AJ disse entediado pegando uma lata de refrigerante.

— Vai ser estranho apresentar sem ele. — Howie disse chateado. — Eu pensei que ele só tinha caído e nada demais.

— Ele já tá se sentindo culpado. — Digo esperando o mesmo aparecer. — Tô pensando em ficar pra cuidar dele.

— É melhor ficarmos juntos durante essa folga, que agora se tornou férias. — Brian afirmou. — Soube que tem uma casa pra alugar lá em Malibu, a gente pode voar pra lá.

— É uma boa. — AJ concordou, se sentando. — Agora vai demorar um pouco durante o vôo, sabe? Estamos em Filadélfia.

— É. — Falamos em uníssono.

Poucos minutos depois, Nick apareceu ao lado do médico andando de muletas e o seu pé estava engessado, o rosto tava vermelho, com certeza foi de tanto gritar ou chorar quando colocaram o osso de volta no lugar.

— Nick vai ficar bem. Daqui a umas três semanas, já vai dá pra tirar o gesso. — O médico afirma. — E rapazes, não deixe ele comer muita coisa gordurosa ou algo do gênero, senão pode ter complicações na recuperação.

— Claro que a gente não vai deixar. — Brian sorriu. — Ele vai se lembrar da dor que sentiu quando caiu.

— Nossa, que legal. — O loiro aplaudiu com dificuldade.

— Ótimo. — O médico sorriu. — Se cuida, Nick.

— Tá bom.

Fomos andando até a van que faltava quase nada para estar rodeado de fãs. Chegamos em pouco tempo para chegar no aeroporto e pegar o próximo vôo para Los Angeles. E lá vamos nós passar mais tempo lá.

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