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Deem suporte à fanfic, votem e comentem. Boa leitura!
Detesto a forma como as coisas vem e vão sem aviso prévio. Poderia haver um aplicativo que te envia uma notificação, avisando que um filho da puta vai chegar na sua vida.
— Hey! — Jin disse assim que eu abri a porta de casa. — Como foi em Seul? Eu vi uns vídeos das crianças lutando. Mas me conte dos detalhes.
Ah, eu tinha acabado de chegar em casa, estava com uma puta dor de cabeça, de coração fodidamente partido… Não, eu não estava afim de ficar jogando conversa fora. Eu queria me enfiar debaixo das cobertas e fingir que minha realidade era perfeitamente utópica.
Nos meus sonhos, meu amor fica comigo.
— Ei, Jungkook — Seokjin me deu um leve empurro. — Que cara é essa? Eu vi nos vídeos, os meninos foram super bem… Por que você parece ter voltado de um velório?
É que minhas esperanças foram assassinadas.
— Eu tô cansado… Só isso. — soltei um suspiro enquanto eu me jogava no sofá. — Seul é longe, sabia?
— Fala a verdade — Jin pediu, sentando-se ao meu lado. — O que tá pegando? O que aconteceu?
— São nove horas da manhã, eu passei a madrugada dentro de um carro com meu patrão discutindo com a esposa dele ao telefone. — expliquei. — Me sinto dentro de um divórcio.
— Eu te conheço desde que te encontrei perdido numa boate gay — Jin abriu um sorriso acolhedor. — Vá, baby, sabe que pode me contar tudo. É algum segredo?
— Não… — eu me encostei em seu ombro e o senti acarinhar meu cabelo. — O Yoongi apareceu lá.
— Tá… O Yoongi é esquisito, mas é fofo feito um bumbum de nenem. O que ele pode ter lhe feito?
— Nada… — eu não estava realmente afim de lembrar do meu fracasso, mas desabafar com Jin era bom. — Ele ligou para o Jimin, e o Jimin disse umas palavras de incentivo para as crianças.
— Ah, como eu não pensei nisso — Seokjin bateu na própria testa. — “Jungkook triste” só pode ter um motivo: macho.
Calúnia.
— Vai embora, Jin — eu disse, mas na realidade, só me agarrei mais à ele.
— Ah, tá carente demais — Jin riu, mas logo cessou, ficando sério. — Tá assim por causa da ligação do Yoongi pro Jimin? Tá assim porque ouviu a voz dele?
Queria que fosse só isso.
— Na verdade… — respirei fundo antes de dizer. — Eu fui jantar com o Yoongi, e na volta, encontrei a porra do Jimin na rua, lindo pra caralho. Eu segui ele até o hotel onde ele estava, ao estilo stalker, e eu consegui entrar no quarto ele, e adivinha? Eu marturbei ele. No fim ele me deu um pé na bunda. — contei. — A notícia boa é que eu tô de férias.
SeokJin deixou o queixo cair e os olhos saltarem, provavelmente chocado, e então soltou um “porra” muito sutil.
— Sua formatura é amanhã? — perguntei, distraído com um fiozinho solto de meu moletom.
— É… Espera, Jungkook — Jin precisou coçar os olhos antes de prosseguir. — Você viu o Jimin? Você esteve com ele? Você o m-masturbou? O que?
— Não vou repetir toda minha desgraça duas vezes — fechei a cara e me levantei do sofá, indo em direção à porta que levava à sacada. — É, eu estive com ele… E foi a última vez.
— Ah, Kookie… — Jin soltou um muxoxo. — Uma pena que as coisas tenham ficado assim.
Eu me encostei no batente da porta e encarei os prédios à minha frente, e a pouca luminosidade que vinha do céu. Tudo estava cinza.
— Ele escolheu ela — falei para Jin, mas honestamente, eu ainda tentava enfiar isso em minha própria cabeça. — Acabou.
Jimin foi a melhor e pior coisa que me ocorreu nos últimos tempos. É sufocante a lembrança de que um dia já o tive em meus braços, inteiro para mim, e agora, ele é alguém que foi embora.
— Eu vou ficar bem — disse, assistindo minha respiração embaçar o vidro da porta, com a ponta de meu dedo, desenhei um coração no vapor, e com toda minha mão, eu apaguei o desenho em seguida. — Eu já passei por isso antes… É só… Só o tempo de eu conhecer um cara novo. É sempre assim, não é?
— Desde que eu te conheço, sim — Jin confirmou. — Mas as coisas mudam, as pessoas nos mudam.
Essa é a parte ruim.
— Mas ah, como você perguntou… É, minha formatura é amanhã. — Jin mudou de assunto, desajeitadamente.
— Meus parabéns antecipados — me virei para ele e lhe dei um sorriso. — Estou orgulhoso por você. Não deve ser nada fácil esperar tantos anos pra pegar o famoso diploma…
— Ainda pode ser você — Jin me puxou para eu me sentar ao seu lado. — Que acha de fazer uma faculdade, uh?
Seria uma ótima idéia, se eu não tivesse acreditado que a Terra era plana até a oitava série.
— Não… — fiz uma careta desinteressada. — Gosto de karate.
— Tudo bem — Jin riu e me apertou em seu abraço. — Você vai à minha formatura, não vai?
— Eu não tava muito animado pra ir… — confessei. — Mas eu vou, não se preocupe. Eu vou fazer um álbum no facebook só com fotos da sua graduação. Vou até criar uma thread no twitter.
— Para… — Jin beliscou minha orelha. — Monta uma playlist no spotify.
— Certo — concordei, pensando em realmente fazer a playlist.
— Fique bem bonito pra amanhã, bem gostosão — Jin pediu. — Quero que todo mundo veja o meu pitelzinho.
Eu ri fracamente, aproveitando-me dos carinhos que Jin fazia em mim, já que não havia outro alguém para fazer isso. Queria que Namjoon visse o namorado incrível que ele tem e o perdoasse por qualquer erro.
No fim, Jin passou a manhã comigo e pediu comida pra nós, me entretendo com conversas bobas sobre idols, até finalmente desistir e me deixar dormir, depositando um beijinho em meu rosto antes de ir embora.
Ai, ele é tão lindo. Namjoon tem sorte.
Já eu, assino como Jeon Azarado da Porra Jungkook.
Quando eu deitei em minha cama, o rosto de Jimin, em minha mente, foi a última coisa que eu vi antes de adormecer.
E ao acordar? É, Jimin também foi a primeira coisa em que pensei.
Como eu pude chegar tão perto e deixar a lebre fugir?
Eram pouco mais de nove horas da noite, e eu passava meu tempo pesquisando bobeira na internet, tentando distrair minha cabeça, tentando não lembrar do que ocorreu na noite passada, tentando fingir que Park Jimin nunca existiu.
Sofrer é um sofrimento.
Com minha lasanha gordurosa e nem um pouco nutritiva em meu colo, eu me forçava à rir de um vídeo de stand up qualquer, me forçando também à acreditar que estava tudo bem comigo.
Enquanto eu assistia, meu celular vibrou, e eu quase ignorei a chamada, até ver o contato “Yoongi” piscando na tela. Eu pausei o vídeo no computador e atendi a ligação, temendo levar um xingão assim que ele começasse a falar.
— Demorou pra me atender por quê? — Yoongi me interrogou. — Põe esse celular no volume alto, a gente cansa de ligar e você não atende. Tem celular pra quê? Só pra ficar de conversinha com os amiguinhos no facebook né?
— Já, Yoongi? — rolei os olhos. — Nos vimos ontem… Nem deu tempo de sentir saudade ainda.
— Escuta, Daniel San, meu melhor amigo foi levado pra longe porque sua rola não foi o suficiente pra fazer ele ficar — o loiro me jogou na cara. — Você vai ter que ser meu coleguinha, vai ter que andar comigo no recreio e dividir o salgadinho.
— Lavar suas costas também? — encostei a cabeça no sofá, estava exausto.
— Não, mas vai ter que pintar meu cabelo — ele continuou. — Falando sério, karate kid, ainda tô boladão por você e o Jimin. Poxa, tu fez ele gozar e ele não voltou pra gente. Tô triste.
— … Vamos deixar isso pra lá. — pedi. — Tá livre hoje? Se sim, passa aqui na minha casa, vamos encher a cara e cantar 2NE1.
— Desculpa, eu sou 4Minute stan — Yoongi me respondeu. — Okay, eu chego aí no seu castelo em trinta minutos, jogue as tranças quando eu gritar seu nome.
— Venha, antes que a bruxa má lance um feitiço que me faça ser hetero — supliquei.
— Nem magia negra faz você deixar de ser viado — ele resmungou.
— Uma vez viado, sempre viado — falei, com realmente, muito orgulho. — Vem logo.
— Eu vou se eu quiser, você não me manda não — Yoongi retrucou, e então desligou.
Honestamente, eu não estava com vontade de sair, minha vontade mesmo era de pegar uma van com destino à Júpiter, mas eu também queria encontrar uma forma de distrair meus pensamentos, de sair e esquecer por alguns minutos do meu coração esmagado.
Jimin pegou meu amor, e fez como um pirulito, o lambeu, o chupou, aproveitou a doçura, sugou o caramelo, o adorou e então o partiu entre os dentes afiados.
— Merda — murmurei, fechando o notebook, me levantei e deixei minha lasanha na cozinha.
Meu banho mal durou cinco minutos, e eu vesti meus jeans, seguido por um moletom quente, por contra do frio lá fora. Me olhando no espelho, penteando meu cabelo, eu olhei em meus próprios olhos e vi o desânimo, a mágoa.
Também vi uma espinha na testa, qual escondi com minha franja e então me virei para ver se meu bumbum ficava bonito naquela calça.
Eu andei até a janela e olhei para o céu, encontrando-o limpo, cheio de estrelas, e com uma lua crescente. Então, eu percebi que desde que Jimin chegara em minha vida, eu havia parado de admirar a lua, a noite, as estrelas, a calma.
— Como eu pude trocá-la pelo Sol? — perguntei à lua. — Por que você não me avisou que aquele calor me traria tanto frio?
Ela não respondeu.
— A lua não fala — disseram, e eu literalmente pulei, dando um grito engasgado. — Ou fala? Ela pode não ser coreana, e por isso não fala com a gente, vai ver ela é dinamarquesa.
— Yoongi! — o empurrei, tentando me recuperar do susto. — Como você entrou aqui?
— Pela porta — falou o óbvio. — Está pronta, Sailor Moon?
— Eu tô — peguei minha carteira e meu celular, então o segui até a porta. — Sério, como você entrou aqui, uh?
— Não é muito difícil, quando o dono não tranca a porta — Yoongi apontou para as chaves. — Um bandido poderia ter entrado na sua casa, Jungkook! Que perigo.
— Realmente — fiz uma careta e tranquei a porta.
— Aonde vamos? — Yoongi perguntou enquanto descíamos as escadas.
— Você não conhece um lugar bacana? — sugeri.
— Sim, mas só se você quiser encontrar um matador de aluguel — Yoongi me disse. — Você quer? Meu primo faz o serviço por uma marmit…
— Não! — o interrompi. — Eu até conheço uns lugares, onde eu ia quando era adolescente.
— Com “quando eu era um adolescente” você quer dizer: semana passada? — Yoongi me zoou. — Por favor, Jeon, eu tenho 27 anos, não me leve para jantar num restaurante para fãs de Pokemon.
— Não é Pokemon! — abri o portão para ele passar. — É Digimon.
— Tudo bem, gostosinho — ele me puxou em direção à sua moto. — Eu vou te levar em um lugar legal.
— A polícia vai aparecer por lá? — perguntei, e ele me entregou um capacete.
— Talvez… Se ser lindo for um crime. — fez uma pose de modelo, formando um biquinho com os lábios. — Sobe na motoca.
Eu subi, após ele subir, e me agarrei aos suportes do banco.
— Vamos então, motoboy — disse, e ele deu partida.
Andar de moto era legal, tirando a parte em que Yoongi saiu feito um pião na pista, entrando na frente dos carros, recebendo buzinadas e mandando literalmente um “foda-se” enquanto levantava o dedo do meio.
— Foi tranquilo? — Yoongi me perguntou ao descermos da moto.
Ah, foi, eu só quase voei por cima dos carros mais vezes que posso contar em trinta mãos.
— Supimpa — menti claramente, e olhei a minha volta. — Chegamos? E ninguém me recebeu à tiros?!
— É porque não começou tocar Big Bang ainda — Yoongi falou, me guiando pela calçada. — Assim que Taeyang começar à cantar, nós seremos baleados.
Aquela rua era bastante iluminada, cheia de comércios e também haviam várias pessoas transitando por ali. Yoongi empurrou a porta de uma construção pintada de amarelo, e a música desconhecida, mas muito agradável, entrou por meus ouvidos. Eu pude ouvir o som das risadas, da conversação amistosa, e Yoongi puxou a cortina.
Foi a coisa mais bizarra, porém, bem pensada, que eu vi em minha vida. À esquerda havia um bar, à direita um karaoke e em frente, um estúdio de tatuagem.
— Existe um ritual — Yoongi começou a dizer, seguindo para o bar, onde pessoas bebiam e conversavam animadamente. — Você bebe, escolhe uma tatuagem, e canta sua música favorita.
Tatuagem na Coréia do Sul era crime, mas por algum motivo, talvez pela fachada que fazia o lugar parecer uma padaria, o esquema ainda não fora desmontado.
— Uh, eu não sei se é uma boa idéia — confessei, sentando-me ao lado de Yoongi no bar, enquanto os dois tatuadores desenhavam nos corpos de uma moça e de um rapaz, e outro cara, acompanhado de seus amigos, escolhia a música no karaoke. — Parece divertido… Mas, argh, é meio imprudente.
— É por isso que parece divertido — Yoongi me passou uma cerveja e deu um tapa em minhas costas.
— As agulhas são limpas? — questionei, bebericando minha bebida.
— Há anos um tonel de pessoas se ilustram com esses dois — apontou para os tatuadores. — Nunca alguém teve complicações por causa deles. É ilegal, mas é limpo.
Oh, parece muito, muito irresponsável.
— Okay — concordei, e engoli uma dose grande de cerveja.
— Isso — Yoongi gargalhou, revelando seu sorriso bonito.
— Aí... Por que foi preso? — perguntei, bebendo mais um pouco, e ouvindo os grupo de garotos cantar alguma do Queen. — O Jimin disse que você foi preso, que a YooHee o soltou.
— Linguarudo — Yoongi resmungou, também tomando a cerveja. — Saiba que a YooHee não fez por bem, ela só fez para agradar o Jimin.
— Eu sei — falei, sentindo minha repulsa por aquela mulher.
— Quanto ao motivo pelo qual fui preso… — Yoongi parecia tentar se lembrar. — Ah!, me recusei a me alistar no exército.
— Wow — o olhei espantado. — E aí?
— No fim, eu nem fui recrutado mesmo — continuou. — Tenho horror à militares.
— Por causa do seu ex? — perguntei o quase óbvio.
— É, é — Yoongi deu uma golada grande em sua cerveja. — Vai pensando no que vai tatuar.
— Vou tatuar “otário” bem no meio da minha testa — falei com seriedade.
— Não vale! — Yoongi protestou. — Essa tatuagem você já tem.
— Idiota — o empurrei um tanto, e aí senti meu celular vibrar em meu bolso. — Duas ligações em uma só noite. Uau, estou famosissimo.
Eu não reconhecia o número, mas atendi, pois o DDD era o mesmo que o meu, podia ser algo importante.
— Alô? — perguntei, um pouco preocupado.
— Alô — a voz respondeu, e eu logo descobri quem era. — Eu troquei de número, e encontrei este contato na agenda. Quem fala, por favor?
Meu pai.
Eu mal consegui reagir, eu olhei para cara de Yoongi, procurando uma ajuda, mas este não fazia idéia do que acontecia na ligação.
— Jeon — falei.
— Sim, eu sou Jeon — ele me disse.
— Eu também sou Jeon — respirei fundo e aí continuei. — Jeon Jungkook.
O silêncio na linha me levou à acreditar que ele desligaria imediatamente, mas me enganei.
— Sua voz mudou um bocado — disse ele. — Tem voz de adulto agora.
A última vez que eu o vi, foi quando ele e minha mãe assinaram os papéis do divórcio.
— É… O tempo passa. — foi a única coisa que consegui dizer.
— Uh… Você está bem? — me perguntou, o que me deixou embasbacado.
— Sim — me limitei a dizer, mas infelizmente senti uma vontade de provocá-lo. E lá fui eu. — Meu namorado me deu um pé na bunda, mas eu estou bem.
— … Er… S-sinto muito. — meu pai me disse.
Eu quase cuspi toda a cerveja para fora. Eu disse aquilo, citei um namorado, e ele não me respondeu com ofensas ridículas e homofóbicas? Céus, meu pai, aquele que desfez a vida com minha mãe porque não suportava a idéia de um filho gay, REALMENTE, me disse “sinto muito” por eu ter levado um pé na bunda de outro homem?
Minha cerveja só podia estar batizada.
— E você, está bem? — resolvi perguntar.
— Sim… — falou, e eu o senti hesitar antes de continuar. — Na verdade, eu descobri que tenho câncer no pulmão. Mas estou me tratando.
Apesar de ser muito magoado por conta de nosso passado, eu nunca odiei meu pai, então, receber aquela notícia, não foi nada tranquilo. Eu perdi toda minha habilidade da fala, e senti a dor por ele.
— Todos os anos de cigarro me trouxeram problemas… — comentou. — Bem, eu preciso jantar. Ouça meu filho, espero que você e sua mãe estejam bem. Boa noite.
Ele então desligou, e mesmo após uns minutos, eu ainda não conseguia dizer nada. Eu somente bebi minha cerveja e salvei o número nos contatos.
— E aí? — Yoongi me olhou.
— Meu pai tá com câncer — lhe disse.
— Ih, fodeu. Pega mais uma. — ele me empurrou mais uma cerveja.
Eu não sei se todos já sabem, mas eu fico bêbado com a maior facilidade do mundo. Com o repentino contato com meu pai, eu só consegui beber a cerveja com mais intensidade ainda.
Então, após abrir aquela lata de cerveja, eu parei de sentir minhas pernas, e minha visão ficou confusa pra caralho. Eu lembro de abrir ao menos mais duas cervejas, lembro de cambalear até a maca do tatuador de cabeça raspada, e também de Yoongi dizendo à ele que eu estava de coração quebrado, e que por isso eu dizia à todos que Park Jimin iria casar, e que não, eu não era o noivo, lembro da dor da agulha, lembro de ficar uma hora deitado lá, enquanto Yoongi me fazia um carinho nos mamilos, e eu lembro também de cantar “Eyes, Nose, Lips” com minha voz imbreagada, sendo acompanhado por umas pessoas desconhecidas, lembro até de ter beijado Yoongi, e também de ter recebido um chute na bunda do mesmo, mas não me lembro da tatuagem que escolhi.
No dia seguinte, quando acordei com a cabeça latejando, sentindo o corpo todo doer como o inferno, olhei para minha esquerda e encontrei Yoongi ali, sem roupa alguma.
— Cara — o cutuquei para que acordasse, e ele desenterrou a carinha amassada do travesseiro. — A gente trepou?
— Ahn? — Yoongi me olhou confuso. — Não, Deus me livre, não!
— Ufa — suspirei realmente aliviado.
Se for pra transar com Min Yoongi, que seja sóbrio, pois isso é algo que deve ser lembrado por gerações.
— Nós trepamos — Yoongi apontava para o chão, e só então eu vi que o tatuador estava ali, também nu, dormindo feito um anjo.
— Qual é? — lamentei, porque dois fodidos meteram na minha casa, a talvez na minha cama.
— Ah! — Yoongi gemeu de dor ao se sentar na cama. — E eu fui bottom.
Eu levei minha mão à minha bunda, tentando sentir alguma dor, mas graças aos céus, não senti nada.
Na hora seguinte eu e Yoongi nos despedimos do tatuador do pau grande, enquanto Min reclamava sobre mal poder se sentar, e minha cabeça parecia pesar 15kg.
— O que achou da sua tatuagem? — Yoongi me perguntou, sentado ao meu lado no sofá, nós tomávamos café preto e sem açúcar.
— Ah! — me lembrei de ter feito-a. — Onde foi que a fiz?
— Nas bolas — me respondeu, enquanto eu ia para frente do espelho.
— Sério — pedi.
— No antebraço, idiota — Yoongi em fim me disse.
Eu puxei a manga de minha blusa, e e me deparei com aquilo.
O desenho de um sol.
— Você tá de sacanagem comigo? — perguntei ao Yoongi, perguntei à mim, perguntei ao mundo.
— Você escolheu — Yoongi parou ao meu lado. — Você escolheu essa porra sozinho.
— Por que eu fiz isso? — perguntei à esmo novamente.
— Não faço a mínima idéia, Daniel San — Yoongi deu de ombros, mexendo no celular. — Já é quase meio dia, eu achei que fosse oito horas da manhã.
— Já? — perguntei, casualmente, só então eu me lembrei. — JÁ?
— Sim — Yoongi me olhou assustado. — Hoje acaba o mundo?
— Não, céus, não quero morrer ao seu lado — corri para o quarto.
— Nem parece que me beijou ontem — ele me atacou um tênis.
— Olha, de fato, tua boca é gostosa — admiti, procurando roupas no armário. — Mas eu preciso correr daqui.
— Por quê? — Yoongi me olhou curioso.
— É a formatura do Jin! — falei, empurrando a porta do banheiro. — Se quiser ir junto, vá pra casa e se arrume, o Jin nos mata se aparecermos de ressaca lá.
— Nem quero ir — deu de ombros.
— Yoongi — adverti, entrando debaixo da ducha.
— Tá — concordou. — Mas só porque você pode sentir minha falta.
— É um grande risco, realmente — ri, ensaboando meu corpo.
Eu me arrumei na velocidade de um trem bala, pondo minha melhor roupa, e corri para pegar um ônibus. Eu iria me atrasar um tanto, mas talvez ainda conseguisse ver Jin pegando o diploma.
No ônibus eu ainda precisei aturar uma conhecida de minha mãe, que insistia em explicar tintim por tintim suas doenças crônicas.
A faculdade era imensa, eu já a conhecia, por conta das tantas vezes que fui buscar Taehyung na saída. Eu fui diretamente para o auditório, de onde pessoas entravam e saíam, e também de onde vinha um burburinho de vozes.
— Veio montado em uma lesma? — Yoongi me perguntou, assim que esbarrei com ele perto da porta. — Tô te esperando há tres dias.
— Só três? Achei que tinham sido cinco. — retruquei, e o puxei para dentro do auditório. — Vamos procurar o Namjoon.
Não foi difícil encontrar Namjoon entre as outras pessoas, com seus olhos vidrados na cerimônia que ocorria lá em baixo. Mas encontrei dificuldade em chegar até ele, devido aos pés que não me deixavam passar facilmente.
— Senta logo — um garoto ralhou comigo e com Yoongi.
— Vou sentar minha mão na tua cara, babaca — Yoongi quis encará-lo, eu o puxei para em fim nos sentarmos atrás de Namjoon.
— Nam — o chamei, mas ele não me respondeu. Eu olhei na direção em que ele olhava, e lá vi SeokJin subindo no palco para receber seu diploma. — Own, meu Deus.
— Deve ser tão bom se formar — Yoongi comentou, inspirado. — Mas ainda prefiro a vadiagem.
— Ele tá tão lindo — Namjoon nos disse, inerte ao que acontecia ao seu redor, seus olhos brilhavam para Jin.
Jin levantou o canudo para o alto, abrindo um belíssimo sorriso, recebeu uma salva de palmas dos ali presentes, e olhou para Namjoon, mandando um beijo.
Fiquei triste.
Por toda minha vida eu iria invejar esses dois.
— Que viadinho — alguém comentou atrás de nós, após ver Jin mandar o beijo para Nam.
— Tô rosa choque — Yoongi respondeu à eles. — Acabo de descobrir que merdas falam.
— O quê? — o cara, do tipo bombadinho, o encarou. — Você é uma bichinha também?
— Sou — Yoongi sorriu ao dizer. — É por isso que eu brilho mais que você.
— Argh, eu vo…
— Cala a boca, campeão — Namjoon mandou, e magicamente o rapaz se calou.
Nós assistimos o resto da cerimônia, com Yoongi bocejando diversas as vezes ao meu lado, reclamando do drama, da demora, do barulho. Nós só deixamos o auditório após todos os formandos buscarem seu diploma e a reitoria dar suas palavras.
— Eu quero pegar ele e enchê-lo de beijos — Namjoon dizia, enquanto caminhávamos para o estacionamento.
— SeokJin vai ganhar mais um canudo hoje à noite, hm — Yoongi fez a piada besta.
Eu fiquei feliz por Jin, por todos que li se formavam, feliz por suas conquistas, feliz por seus sonhos realizados. Em meio as tantas pessoas que saíam felizardas, eu senti uma baita inveja, mas nada maligno.
— Ali vem ele — Namjoon avisou, quando Jin saiu acompanhado de sua mãe e Taehyung.
— Ah, Nam! — Jin correu para os braços do namorado, resplandecente. Eles se amarraram em um abraço forte, e Namjoon rodopiou com Jin em seu colo, enquanto riam. — Eu consegui!
— Conseguiu sim — Namjoon lhe deu um beijo na boca, no meio de todas as pessoas. — Eu disse que você iria até o final.
— Disse — Jin tinha um brilho lindo nos olhos. — Todas as vezes que pensei em desistir, você estava lá para me ajudar. Esse sonho é meu e seu, amor.
Ao meu lado, Taehyung soltou um muxoxo, soando triste e apaixonado ao mesmo tempo, ele olhava para o casal com uma inveja que eu compreendia.
— E vocês? — a mãe de Jin nos perguntou, enquanto os dois trocavam carinho. — Onde estão seus amores?
— Menti para o meu — Taehyung disse.
— O meu morreu — Yoongi foi o próximo.
— O meu vai se casar com outra — foi minha vez.
— Acalmem-se — Sra. Kim nos deu um sorriso. — A tendência é piorar.
Obrigado.
— Vamos almoçar, eu pago — SeokJin pediu, com Namjoon enlaçado em sua cintura.
— Se é 0800 eu tô dentro — Yoongi disse imediatamente.
— Se comportem — Sra. Kim foi para seu carro. — Jin, não se atrase para a festa, a família estará toda esperando.
O restaurante que Jin gostava, ficava bem próximo à faculdade, então, nós fomos andando. Eu, Yoongi e Taehyung deixamos Jin e Namjoon irem na frente, por estarem tão animados com a formatura e perdidos no próprio mundinho.
— Então, você é o famoso Taehyung — Yoongi analisou o garoto.
— Eu ainda vou matar o Jeon por ter feito o que fez — Taehyung estava sem jeito. — Pra quantas pessoas você falou sobre mim?
— Para o mundo inteiro, provavelmente — cocei a nuca. — Não me julgue. Eu sou um cara apaixonado.
— Eu quero é saber o que vocês vêem nesse bosta do Jungkook — Yoongi me desprezou. — Diga a verdade, Taehyung.
— O que eu vi no Jungkook? Hm… — Tae fez uma caretinha para pensar, enquanto caminhávamos pela calçada. — De verdade, ele é lindo, não é?
— Tá, ele é gostoso — Yoongi concordou. — Mas tem o cérebro de um pombo.
Pelo menos tenho um cérebro.
— Ele é gostoso pra caralho — Taehyung me deu um murro sem força, fingindo estar com raiva. — Mas ele também é muito mais que isso. O Jungkook faz de tudo pra te ver feliz, ele acorda à qualquer hora para te fazer companhia, ele pula o muro das casas pra roubar frutas das árvores pra você comer. O Jungkook te olha com devoção, faz você se sentir o cara mais bonito do mundo. Ele faz coisas simples, mas que te tocam o coração. Ele faz amor como ninguém, ele te deixa dias tremendo por causa do orgasmo. Mas acima de tudo, quando ele gosta de você, ele gosta só de você e gosta de verdade.
Eu abaixei minha cabeça, envergonhado, ouvindo um “awn” vir de SeokJin, e um “wow que homem meus amigos que homem” vir de Yoongi.
— Por que você o deixou, então? — Yoongi interrogou Taehyung, e este, olhou para o outro lado da rua, um pouco atrás de nós. Lá vinha Hoseok, acompanhado de outros rapazes e moças.
— Porque o Hoseok ascendeu em mim algo que nunca senti na vida, não por algo errado que Jungkook tenha feito, mas algo que somente Hoseok foi capaz de ativar em mim — Taehyung disse, murchando aos poucos.
— Ah, é… — tentei procurar uma forma de animá-lo. — Ano que vem é você quem vai vestir a batina, Kim Taehyung!
— Nem me fale, já posso sentir o frio na barriga — ele pareceu arrepiar-se. — E você, Yoongi, faz faculdade?
— Não, já me formei — Yoongi bocejou. — Tenho pós-graduação na faculdade dos vagabundos.
— Eu que fundei a universidade — continuei.
O restaurante não era fino, era realmente bem simples, mas o cheiro que vinha das mesas era de salivar a boca, então, quando o garçom trouxe meu prato, meu estômago roncou de fome.
Eu arregacei as mangas para comer, e foi quando eles viram minha primeira e nova tatuagem. Aquele maldito sol.
Digo, o desenho era bonito, e eu não me importava de tê-lo na pele, mas droga, o que ele me trazia era o símbolo da minha burrice.
— Você compactuou com um crime — Jin me acusava. — Tatuar é ilegal.
— Maneiro — Namjoon analisava o desenho. — Um sol, é?
— Não acredito que fez uma tatuagem dedicada à ele — Jin bateu na sua própria testa graduada.
— Okay, acho que Jimin me superou — Taehyung riu. — E você achou que me amava, ein, Jeon Jungkook. Mal sabia o que estava por vir.
Eu rolei os olhos e enfiei a comida em minha boca, mas ela quase não teve gosto enquanto eu pensava naquilo tudo.
— Eu estava bêbado — me defendi.
— Você provavelmente faria isso mesmo estando sóbrio — Namjoon falou.
Ah-ah, que mentira.
— Ele ia tatuar a própria cara do Jimin — Yoongi me entregou. — Ele disse “senhor desenhista, eu não quero Van Gogh e nem Pablo Picasso, eu quero o rosto de Park Jimin em meu peito- ele vai se casar, buah, vai casar e o noivo não sou eu”.
Diga não ao álcool.
— E o pior é que eu não estou surpreso — Jin lamentou.
— Foi você que enfiou na cabeça dele que ele devia tratar Jimin bem, e dar uma chance para o amor — Namjoon culpou o namorado. — Então, não reclame. O dia que ele aparecer com “Park Jimin” tatuado na testa, é você que vai tricotar toucas para cobri-lo.
— Ah, pelo amor de Deus — Jin estava frustrado. — A culpa é minha por ele ter um puta azar no amor?
— Não é — respondi. — Sabe… A primeira vez que eu me declarei para um amor, eu tinha 7 anos. Eu dei uma bala para o garoto que eu gostava.
— Fofo — Yoongi disse, sem humor.
— E aí? — Tae quis saber.
— Ele deu a bala para a menina que ele gostava — terminei a história.
— Não fica triste — Jin afagou meu ombro. — Ele era um feio.
— Tá tudo bem — suspirei. — No colegial eu o convenci a pagar um boquete pra mim.
— Viu só? Você só é um pouco perdedor. — Yoongi me encheu de positividade.
Eu olhei para a tatuagem em meu braço, envolta por um fino plástico, e eu lembrei da doce e engraçada risada de Jimin, dos tapas que ele me dava enquanto ria, tapando a boca com a mão coberta pela manga comprida do moletom.
— Olha, Kookie — Namjoon me chamou. — Eu e o Jin fizemos uma lista de garotos interessados por você.
— Os nomes couberam em uma embalagem de chiclete — Yoongi debochou.
— É sério — Jin tirou do bolso de Namjoon uma folha sulfite dobrada e me entregou.
— Eu pareço um filhote de cachorro que late demais, e vocês são os donos que estão o oferecendo na internet — eu estava um pouco irritado por aquela atitude dos dois.
— Nós só fizemos isso porque não estava passando nada na TV, já tínhamos transado quatro vezes e estávamos no tédio — Namjoon explicou.
Eu abri a folha, e li nome por nome.
Eu contei treze pessoas.
— Dezoito caras — Taehyung disse, após ler a lista também. — Uau.
Corrigindo: Dezoito pessoas.
— Será que eles sabem que Jeon Jungkook faz tattoo para os oppas — Yoongi coçou o queixo.
— Obrigado, mas — amassei a folha de papel e a atirei diretamente na lata de lixo no outro lado do restaurante. — Não.
— Perceba Namjoon, a petulância do cavalo — Jin me atacou um tomatinho. — Levamos horas panfletando suas fotos suado na internet.
— Não adianta — Taehyung mexia distraidamente no prato de comida. — Quando você encontra certas pessoas e elas entram em seu coração, daquele jeito… Não é fácil e talvez nem possível de tirar.
Nós ficamos em silêncio na mesa, cada um com seu pensamento. Dor e amor.
— É pelo amor ser tão intenso — Namjoon disse de repente, olhando para Jin, mas chamando a atenção de todos nós. — É por certas pessoas entrarem em nossos corações, de forma tão avassaladora, feito tatuagem, por ferir e curar, que eu decidi perdoar de verdade qualquer desavença entre eu e você SeokJin.
— Namjoon… — Jin não parecia entender, mas estava visivelmente nervoso. Eu estava nervoso.
— Por te amar e amar vê-lo feliz, realizado, completo, amado — Namjoon tirou do bolso do casaco um saquinho de veludo. — Que eu te peço em casamento, Kim SeokJin.
Ver Namjoon oferecer aquela aliança de prata à Jin, fez meu coração quebrar, e também o fez derreter, por dentro eu era uma menininha chorando por conta de um filme romântico.
Mas eu não chorei, quem chorou foi Taehyung, então Yoongi, e os dois se agarraram ao meus braços, procurando apoio em mim, enquanto Jin também chorava, repetia “sim” e Namjoon anelava seu dedo, e eles se encontraram em um abraço caloroso, trocando beijos.
Com minha camisa ensopada de lágrimas dos dois meninos dependurados em mim, eu sorri, feliz à bessa por Namjoon e Jin em fim darem esse passo.
Jimin gostaria de presenciar essa cena. E eu gostaria de fazer o mesmo que Nam, mas com Jimin.
A música que ecoou pelo rádio do restaurante, me fez pensar em Jimin, mais ainda. E só então eu chorei, sentindo a saudade me arrastar para baixo.
Na praia deserta escrevo na areia o nome de alguém
O barco partindo, ao longe sumindo, levando o meu bem
Se existe motivo, aqui eu não vivo, também partirei
Minha dor é castigo, quando estavas comigo, eu nunca chorei
Ouço a sereia cantar toda a tristeza do mar
Choro com as ondas a dor
Porque perdemos o amor
A mágoa infinita, se espraia e grita
Doendo em mim
O meu desengano é igual o oceano
Também não tem fim
Saudade de quando estava tudo bem, de quando eu podia beijar Jimin sempre que quisesse, de quando eu não via motivos para chorar, de quando éramos um.
Saudade de suas palavras idílicas, de seus beijos doces, de seu cheiro viciante. Saudade de tê-lo.
Mas o colibri foi trancado em uma gaiola e a flor foi recolhida por outro alguém.
— Você faz o que seu coração manda? — perguntei à Jimin certo dia, enquanto eu e ele assistíamos qualquer bobeira na TV, agarrados um ao outro.
— Faço — me respondeu sutilmente, aconchegando a cabeça em meu colo, eu infiltrei meus dedos em seu cabelo para acarinhar. — E sempre me dou mal. — riu sem jeito. — No futuro eu irei parar de seguir meu coração, Jungkook... Eu irei pela razão, irei pelo caminho mais longo e mais seguro.
Eu gostaria de ser o que seu coração pede, e também o que sua razão aconselha, queria ser o impulso e o seguro ao mesmo tempo.
Mas eu sou um erro. Sou imprudência, a resposta errada, sou a mágoa.
Não posso pedir Jimin em casamento, porque ele já está noivo. Eu só posso me odiar por tê-lo deixado ir.
Me sinto um perdedor, me sinto envergonhado, é algo ignominioso. Algo que me sufoca, que me puxa para baixo, que tranca meu caminho, me impede de superar. Algo que me agarrou de ímpeto.
É uma âncora amarrada ao meu tornozelo. E eu estou cansado de tentar nadar para a superfície.
Me afoga.
Minhas mãos estão atadas agora, enquanto as mãos dele logo receberão uma aliança de ouro.
— Ouço a sereia cantar… — cantarolei, tão baixinho que não pôde ser ouvido. — …toda a tristeza do mar.
//OUÇO A SEREIA CANTAAAAR
oi
NoOoSsA gabriela esqueceu solgaroto no churrasco eh eh
não, não esqueci no churrasco... dessa vez as coisas não estão nada nada bem, gente, mas eu vou seguindo. o perfil está em hiatus, mas sempre que eu consigo, eu tento escrever.
perdão pelo capítulo chatissimo, mas é que eu tô meio travada, e capítulo passado nós tivemos fortes emoções ein, pausa pra respirar rsrs
espero que tenham gostado da atualização, apesar dela estar, como eu disse, bem chata, era só isso mesmo que eu tinha para escrever nessa att. nos próximos capítulos aconteceram certas coisas ra ra ra
deem uma olhada no meu livro de plots, o baobei plot store, se quiserem ya
votem por favor, não esqueçam. CHEGAMOS A 70 MIL VOTOS BICHO, E 400 MIL VISUALIZACOES UAU UAU
muito obrigada pelo apoio sempre :(( e tenham um pouquinho mais de paciência comigo, sou sincera quando digo que as coisas não estão boas pra mim, e que me sinto mal por não trazer as atts no tempo certo, por mim eu atualizaria toda semana, sem errar... mas já estava difícil, e depois que minha vida teve uma reviravolta infeliz, ficou mais confuso ainda. entao, não desistam das minhas historinhas por favor:(
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