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- Se a senhora não veio trazer o Jimin de volta, então, eu acho que não tem nada para me devolver - eu a respondi, ríspido.

Puta merda, eu queria acertar um banco de plástico na cara daquela mulher. Queria chutar a vulva dela e mandá-la pro inferno, com um laço rosa em volta.

- Oh, meu bem, você acha que o Jimin é seu? - YooHee sorriu para mim.

- Bom, pode não ser meu - era meu sim. - Mas seu que não é.

- Escute, moleque - ela suspirou, mostrando estar exausta. - Eu mesma vim lhe entregar algumas porcarias que Jimin trouxe na mudança. Mas não pense que fiz isso porque tenho tempo de sobra para lidar com crianças, não, eu vim lhe dar um aviso.

- Pode falar, estou anotando - cruzei os braços.

- Só gostaria de deixar claro que o Jimin não vai voltar para você - ela se levantou, para me encarar. - E se você quiser ele de volta, vai ser preciso muito esforço, muito mesmo.

- E você acha que eu não sou capaz? - perguntei.

Eu não tinha certeza se eu tinha alguma chance, mas não queria me mostrar fraco diante dela. Já era visível o suficiente.

- Talvez até seja - ela riu. - Talvez você e seu coleguinha, o Yoongi, montem um planinho. Mas veja bem, garoto, você tem escolinha de manhã, dever de casa pela tarde, e sua mamãe não vai deixá-lo sair se casa à noite, não é?

- Ah, a senhora gosta tanto de tocar na minha idade. Vai fingir que não gosta um anjinho? - eu ri também. - Você tem o que? Idade para ser mãe ou avó do Jimin? Como é o sexo, você tira a dentadura para chupá-lo, e a fralda geriátrica atrapalha muito? Você ainda consegue ficar de quatro?

Eu detestava julgar as pessoas pela idade, e impor limites aos idosos, mas merda, eu só queria agredir aquela mulher, o máximo que eu pudesse. Se ela estava atacando minha idade, poxa, eu faria o mesmo contra ela. Fogo contra fogo.

- Eu não sei como Jimin pôde se interessar por um garoto como você - ela bufou. - É totalmente infantil e imaturo.

- O que foi? - olhei em seus olhos, com um sorriso nos lábios. - Por que veio até aqui, afinal? Não me diga que... Que o Jimin ainda gosta de mim? É isso? - me fingir de surpreso. - Ele não consegue nem disfarçar que sente saudades de mim, não é? Você vê isso, você vê que ele ama o moleque aqui, estou certo?

Ela não respondeu, e eu entendi aquilo como um sim oculto.

- Pois saiba que não vai passar - lhe disse. - O Jimin é gay. E além de gay, ele me ama, e eu tenho certeza disso. Nada que você faça vai acabar com o que ele sente por mim.

- Você é tão seguro de si, não é? - ela tentou parecer descontraída, mas eu podia ver certo nervosismo.

- Pois, senhora, mantenha o Jimin bem longe, mesmo - aproximei meu rosto do dela. - Porque se eu me encontrar com ele, em algum momento, você pode ter certeza, eu vou pegar de volta. E eu vou fode-lo tão forte, que seja lá onde você estiver, você vai ouvi-lo gemer meu nome.

Se eu tivesse um revólver comigo neste exato momento, eu o usaria.

- Estas são as merdas que Jimin trouxe na mudança - ela me ignorou, pegou a caixa e me entregou. - Eu poderia queimar tudo, mas sou educada o bastante para lhe devolver.

- Tudo que está aqui é relacionado à mim? - perguntei, sorrindo. - É uma caixa pesada. Essa é sua tática para desprende-lo de mim? Poxa, eu admiro o esforço, mas eu estou na mente dele, estou no coração. E o corpo dele sente falta do meu. Então, faça o que quiser, não vai conseguir.

- Eu já fiz o que tinha que fazer aqui - YooHee ajeitou a bolsa no braço.

- Vai, volta pra casa, volta para o seu noivo - disse. - Mas volta sabendo que a única pessoa que ele ama, é um garoto, chamado Jeon Jungkook.

- Um garoto que o magoou - ela sorriu em minha direção.

- Ah, é verdade - admiti. - Mas como você acha que ele ficaria, se soubesse que foi você que ferrou com o trabalho dele? Se ele soubesse que você contou aos pais das crianças que um dia ele foi garoto de programa?

- Ah, então você sabe - ela suspirou. - Primeiro: você nunca vai ter chance de contar à ele. - então, sorriu. - Segundo: tenho que lhe agradecer, garoto. Confesso que dei um empurrão para que o Jimin ficasse sem saída, sem emprego, mas pensei que seria preciso intervir na relação de vocês dois, para que ele viesse até mim... Mas você mesmo executou a outra parte do plano. Você mesmo o afastou, você mesmo fez o magoou, eu nem precisei me mover. Obrigada.

- De nada - não consegui dizer mais nada.

- Boa noite, Jeon Jungkook - YooHee se direcionou a saída do prédio.

Eu esperei até que a SUV dela fosse embora, e então subi as escadas até meu apartamento, com aquela caixa nas mãos, e o coração doendo.

Digo, eu disse aquelas coisas sobre pegar o Jimin de volta, e eu acredito um pouquinho em mim mesmo, mas não tanto. Eu não tinha a mínima certeza se conseguiria trazer ele pra mim.

Eu nem sequer sabia por onde começar, onde procurá-lo, onde YooHee havia escondido-o. Eu poderia ir à Masan, mas eu teria que bater de porta em porta atrás dele.

Eu entrei em casa e deixei a caixa na mesinha de centro da minha sala, e eu imaginava que tinham coisas minhas ali dentro, e saber que Jimin agora não tinha mais nada meu com ele, era extremamente triste e desanimador.

Era como se mais uma ligação entre nós fosse cortada.

Eu me sentei no chão e abri a caixa, logo encontrando a touca que deixei com Jimin no dia em que nós esbarramos com o Taehyung e o Hoseok, na casa do Jin. E eu me lembrei do quão lindo ele estava naquele dia, e dos nossos últimos beijos, antes de eu semear a discórdia.

Eu tirei da caixa uma camisa minha, que ficara em sua casa em algum dos dias que eu posei lá, e mais duas blusas, que também havia esquecido. Um boné, uma boxer, um par de fones de ouvido, uma de minhas faixas pretas do karate, um álbum do SHINee, luvas, e então... O bordado que costurei para ele no dia do seu aniversário.

Eu deixei as coisas sobre o sofá, e recolhi minhas pernas para perto do meu corpo, eu cruzei os braços acima dos meus joelhos e então deixei as lágrimas escorrerem por meus olhos.

É, quando você acha que já chegou no fim do poço, a vida ainda dá um jeito de te empurrar mais um pouco.

Cada coisinha daquelas me lembrava momentos que passei com ele. E a sensação era dolorosa demais para suportar.

Eu não devia estar assim. Vivi com Jimin por pouquíssimo tempo, não era para eu estar tão fodido.

Eu não sei o que tem nele, não sei o que nele que me faz tão apaixonado. Não sei dizer o que me afeta mais, o que me deixa tão encantado, o que me faz chorar de saudade.

Nunca achei que amar pudesse doer tanto.

Por que Jimin tinha que ser tão egoísta, tão orgulhoso? Ele pensa que é o mestre do tempo para saber o que acontecerá no futuro? Quem disse à ele que eu o deixaria em algum momento?

- Que merda - eu peguei aquela caixa e ataquei contra a parede. - Porra!

Eu odeio Park Jimin.

Odeio depender daquele sorriso pra me sentir feliz, odeio o frio que eu sinto longe dele. Odeio a dor no meu peito, odeio a saudade, odeio esse sentimento de abstinência, odeio querer ele.

Eu odeio amá-lo.

- Hyung - o chamei, baixinho, sentindo as lágrimas molharem o meu rosto por completo.

Minhas mãos imploravam por sua pele, meus ouvidos precisavam ouvir sua voz, e minha boca queria a sua.

Todos os meus pedidos foram negados.

Ao invés de Jimin estar comigo, ele estava ao lado daquela mulher nojenta. Uma pessoa que jamais o amaria como eu.

E eu não podia mover um dedo sequer para mudar a situação. Eu estava amarrado, inútil. Como sempre.

Naquela noite eu fui para o quarto e eu dormi abraçado à um casaco que Jimin esquecera em minha casa. Dormi inalando o seu cheirinho de laranja fresca.

Na quarta-feira eu precisei ensaiar com minha turma, e eu usei óculos escuros, porque meus olhos pareciam infectados por conjuntivite, mas na verdade eu havia chorado demais pela noite.

Na quinta eu fingi que estava com cisco nos olhos, quando, no meio da aula, eu me distraí e acabei chorando ao lembrar do quão feliz Jimin ficava ao dar aula para as crianças.

Na sexta-feira, as menininhas perguntaram se estava tudo bem com o seu sensei, perguntaram o porquê de eu estar tão triste. Elas me compraram lenços e chocolate. Eu chorei de novo.

Apesar de toda a dor, que não saía de mim de jeito nenhum, eu consegui passar a performance com os alunos, e eles estavam praticamente perfeitos, os golpes estavam seguros e os saltos no movimento certo. Eu estava orgulhoso do esforço deles.

Todavia, no sábado eu chorei. Chorei a noite toda, empurrando sorvete para dentro do meu estômago, enquanto assistia à um dorama triste com o meu idol favorito.

Jin e Namjoon me ligaram, e insistiram para que eu saísse para curtir com eles, mas eu não aceitei. Eu não estava sendo uma boa companhia nem para mim mesmo.

No domingo eu assisti um pôr do sol colorido, o que era raro naquela estação. Eu acompanhei o sol sumir na margem da terra, e a lua brilhar em meio as estrelas, no céu limpo e escuro. Jimin provavelmente também estava assistindo aquele momento, de sua casa, se YooHee não o proibiu. Eu me senti conectado à ele por um tempo. Aí eu chorei.

- Se anima, por favor - Jin me pedia. - Amanhã você vai pra Seul, e as crianças vão se apresentar. Vai ser incrível.

- Uh, vai ser demais - eu queria pode arrastar meu cobertor até a mesa daquela cafeteria.

- Pelo amor de Deus, Jungkook - Namjoon bufou. - Daqui a pouco faz um mês que ele foi embora.

- Eu sei - encarei o caneco cheio de frapuccino em minha frente. - Eu conto os dias.

- Kookie - Jin afagou meu ombro. - Talvez você deva esquecê-lo. Isso não está te fazendo bem.

- Não dá, hyung - tentei não deixar lágrimas ridículas escaparem. - Eu não consigo. Eu só penso nele o dia todo.

- Já tentou conhecer alguém novo? - Namjoon me perguntou.

- Não - falei. - E mesmo se eu tentasse, não iria encontrar alguém tão bom quanto ele.

- Mas você pode sair com uns caras - Jin forçou um sorriso. - Pra tentar distrair a cabeça, tentar esquecer ele.

Eu abaixei minha cabeça, deixando claro que a idéia não me agradava. Não que desgostasse totalmente do plano, eu só sabia que era inútil.

- Jungkook - Namjoon me fez encará-lo. - Ele não desistiu dessa idéia idiota de casar até agora, eu não acho que ele vá voltar atrás. E se for esse o caso, o que você vai fazer? Vai passar a vida toda chorando por um homem casado, que mora em outra cidade, e tem zero contato com você?

Eu permaneci em silêncio mais uma vez, eu tentei não chorar, tentei não passar vergonha na frente de todas as pessoas na cafeteria.

Eu gostaria que fosse fácil, mas em minha mente havia somente Jimin, Jimin, Jimin.

- Esqueçam isso - pedi, respirando fundo. - Eu vou ficar bem. Vamos falar de outra coisa, okay?

- Bom, se você acha que é melhor assim. - Jin suspirou. - Eu me formo na quinta, depois que você voltar de Seul. E eu gostaria que você fosse à cerimônia.

Tá, eu me senti a pior merda do universo naquela hora.

Eu havia esquecido totalmente que meu melhor amigo se formaria naquela mesma semana. O quão idiota eu sou?

- Sim, eu estava pensando nisso - menti, e vi Jin me olhar desconfiado.

- Aham - Namjoon apenas bebericou sua bebida.

- Você se esqueceu, eu sei - ele falou, tranquilo. - Tudo bem, sua cabeça está cheia nos últimos tempos.

- Não, Jin, eu deveria me lembrar - fechei os olhos, envergonhado. - Me desculpe. Esse é um momento importante na sua vida, e eu nem me dei conta de que estava chegando.

- Eu disse que está bem - Jin me lançou um de seus sorrisos bonitos. - Só apareça por lá. Digo, você está tranquilo em relação ao Tae, não está? Porque nós estaremos juntos, então...

- Sim, nós nos desculpamos - disse, aliviado pelo menos sobre isso. - Mas e o Hoseok...? Ele o Taehyung fazem o mesmo curso, não é? Como eles estão?

- Sim - Jin sorriu de forma triste. - O Hobi nem olha na cara dele, o ignora totalmente.

- É, mas é visível que o Hoseok também está deprimido - Namjoon disse. - Bom, ninguém mandou o Taehyung fazer merda.

- Ele pediu perdão - Jin rolou os olhos. - Até o Jungkook o desculpou.

- É assim, os trouxas sempre perdoam - Namjoon riu, amargo. - Sei bem como é.

Foi isso mesmo que eu entendi ou meu cérebro genial me pregou mais uma peça?

- Já terminou, Jungkook? - Jin vestiu o casaco. - Eu quero ir embora.

- Espera aí - o segurei na mesa. - Que história é essa?

- Como assim? - Jin me olhou sem entender.

- Hyung... - tentei encontrar uma forma de perguntar aquilo. - Você já... Já t-traiu o Namjoon?

Eu perguntei, e um silêncio total se instalou na nossa mesa.

- Já - Jin finalmente disse. - É por isso que não vamos casar. Ele não quer casar comigo, porque eu já o traí no passado.

Alguém me tira da tomada, porque eu estou em choque.

- Oi? - meus olhos quase saltaram de seus aros. - Quando? Como? E por que eu nunca soube?

Jin suspirou, cansado, e Namjoon não conseguiu desviar a visão da sua xícara de café.

- Foi há um ano atrás - Jin me disse, com a cabeça meio baixa. - Eu briguei com o Namjoon, por causa do ciúme idiota dele, e eu fiquei realmente bravo... Então, eu fiz uma idiotice, eu pensei "quer saber? eu vou dar um motivo para o Namjoon desconfiar da minha fidelidade", então, transei com um garoto que era apaixonado por mim. Pronto.

Meu queixo estava no chão.

- F-foi por isso que vocês deram um tempo naquela época? - perguntei, e ambos assentiram. - Por que nunca me contaram?

- Namjoon não queria que ninguém soubesse - disse Jin. - Depois disso ele deixou bem claro que jamais casaria comigo.

Eu fui de fodidamente surpreso à fodidamente triste.

Namjoon e SeokJin, o meu casal referência, passou por aquilo, e vivia nesta atual situação. Porra.

Minha vida toda foi uma mentira.

Quem sou eu?

- E eu aceitei - Jin sorriu, com visível tristeza. - Porque me senti um lixo depois do que fiz, e porque o amo pra caralho.

Ah não, Deus, não. Se eu achei que não pudesse ficar mais triste, eu me enganei.

- Mesmo que meu sonho seja casar com ele - Jin disse, olhando nos olhos do Nam, que permanecia em silêncio. - Eu entendo a reação dele. Eu não preciso casar, eu só preciso tê-lo comigo.

Eu sou o Jeon Jungkook mais triste de toda Busan.

//não tenho nenhum arrocha pra cantar pra vocês

oI

faz 66476 dias que eu não atualizo solgaroto, mas quem visita meu perfil, sabe que eu estou em semi hiatus

queria pedir desculpas por essa fase chata da fic, tipo, chAaAaAaAata, mas é preciso...

to bem desanimada hoje, to como sempre então

oi

não tenho nada pra dizer, eu acho.... só que ainda não superei o comeback e as roupinhas deles no comeback stage estão lindas. parecem uns bonequinho

to triste não to feliz

votem e comentem se gostam de sunboy e não lêem só porque não tem nada melhor pra fazer

fui chamada de autora lixo por uma garota em outra fic minha... to meio kkjkjktriste

eu não queria ser grossa com as pessoas nos comentários, mas é que tem umas bosta que eu sou obrigada à ler, é uma gentinha que fala umas coisa tão ????? se era pra comentar isso então cala a boca

enfim, continuem comentando, a maioria dos meus leitores são lindos nos comentários.

vou mostrar pra vocês uns tweets de 84 anos atrás, ta bom?

se quiserem falar comigo no tt, é @namjowl ok?

vamo lá

queria dizer que amo o carinho de vocês comigo e com as histórias, mesmo que eu seja meio dura, eu gosto de ver vocês animados com o que eu escrevo. muito obrigada pelo apoio, mesmo.

kim taehyung você é um anjinho lindo