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- Eu acho melhor eu ir embora - com muito custo, eu disse. - Já te dei trabalho demais.

Jimin me olhou, sorrindo um tantinho triste, com toda a sua beleza e delicadeza.

- Quer mesmo ir? - ele abraçou as pernas, encolhidinho.

- Não - suspirei derrotado. - Mas eu tenho... Você deve ter mais coisas pra fazer.

- É - ele abaixou a cabeça. - Nos vemos na segunda, então. - se levantou e foi até a porta. - Eu te acompanho.

Eu calcei meu tênis e coloquei minha jaqueta, joguei a mochila nas costas e saí pela porta, com Jimin ao meu lado.

- Entrego suas roupas na academia - avisei e ele assentiu.

Entramos em silêncio no elevador, e uma mulher de meia idade entrou em seguida. Jimin abraçou meu braço e encostou a cabeça em meu ombro, e eu não preciso dizer que quase tive um ataque.

- Mas você é rápido uh, Park - a mulher desviou os olhos do celular para nos encarar. - Esse aí deve ser o vigésimo que você sai só nessa semana.

Jimin a olhou um pouco surpreso, o rosto vermelho, e então se afastou de mim, com a cabeça baixa.

- Vadiazinha - pude ouvir a mulher resmungar, com sua cara de nojo.

Eu esperei que Jimin dissesse alguma coisa, mas ele apenas ficou de queixo baixo, longe de mim.

- Desculpe, senhora - dei ênfase no 'senhora'. - Mas com quem o Park sai não é da sua conta. A vida é dele.

- Ora, moleque - ela passou a cesta de verduras para o outro braço. - Como pode falar assim comigo?

- Se você não respeita as pessoas - vi a porta do elevador abrir. - Elas também não vão te respeitar. É a regra básica da vida, senhora.

Puxei Jimin para fora do elevador, deixando a mulher de boca aberta lá dentro, e saímos do prédio.

- Ela é a sindica - Jimin segurava um riso. - Meu aluguel vai aumentar!

- Você pode viver na rua - beijei seu rosto. - Lembra? Eu sou um mendigo, e veja só... Continuo gato.

Ele riu e abraçou, beijando meu queixo e bochechas.

- Mas... - passou seu momento de alegria e ele voltou a parecer um pouquinho triste. - As vezes acho que ela tem razão... Eu sou uma vadiazinha.

- É nada - belisquei sua orelha. - Sair com um monte de caras não te faz vadia ou algo do tipo... Você é livre e pode transar com quem quiser, com quantos quiser. O corpo é seu e a vida também.

Ele sorriu ladino, os olhinhos brilhando.

- Não ligue para o que aquela mulher diz - lhe dei um selinho. - O único que pode dar pitaco na sua vida, é você mesmo.

Nós ficamos um tempo em silêncio.

- Cala a boca - me empurrou de leve, e claro, eu não compreendi. - Pare de ser assim...

- Assim como? - virei um ponto de interrogação.

- Tão... Tão... - ele pareceu nervoso. - Tão adorável. Pare, por favor...

Eu pisquei meus olhos, não entendendo.

- Pare de ser tão bonito - encostou a cabeça em meu peito. - E fofo. Eu não quero me apaixo...

Droga, o que ele estava fazendo?

- Porque você é assim? - me olhou nos olhos, um biquinho nos lábios.

- Assim? - fiz uma careta sonsa. Mesmo que eu me esforçasse, eu não conseguia entender o que ele queria dizer. - Você que fez uma omelete boa pra caralho, e secou meu cabelo... É você que beija daquele jeito, tem esse corpo e um cabelo lindo. É você que está tentando me pegar.

- Não, não - me abraçou mais forte. - É você, com esse jeito bobo... E dentinhos.

- Cala a boca - segurei seu rosto. - Deixa eu te beijar, só isso.

- Pode me beijar quando quiser - sorriu, mas ainda tinha aquele pingo de tristeza. - Quero aproveitar enquanto você ainda lembra meu nome.

Oi? Fale minha língua, Park Jimin!

Eu o beijei, de forma lenta, saboreando sua boca, seus toques, suas mãos em minhas costas, e sua pele na minha.

Eu não queria continuar com aquela conversa estranha.

- Chega, Jeon - encerrou o beijo e sorriu pra mim. - Cai fora.

Eu sorri de volta, acenei e peguei o rumo de casa.

Deus amado, esse garoto vai me matar.

//deu pra entender ou foi só o jeon que não sacou??? rsrsrs vai ser meio confuso os sentimentos deles :(
yoonmin ta me matando aos muitos...
leiam addict e spin the bottle <3
votem e comentem, capitulo passado teve varios comentarios, como ja diria jeon jungkook: quase faleci. adoro vocês//

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