❂ twenty two ❂

— Eu acho que... Vou indo. — disse Mark, avançando um passo em direção à porta.

A mãe de Jisung ergueu a mão, com a palma aberta, um pedido para que parasse. Jisung estava nervoso.

— Jante conosco, Lee. Acho que precisamos conversar. — disse ela.

Mark nunca foi de fugir, e ser covarde não era comum para ele. Mas ele sentia que aquilo não era uma boa ideia, que deveria rejeitar e ir para casa.

— Não há porquê adiar isso. — acrescentou a Park.

— Tudo bem. — cedeu.

— Iremos à um restaurante. Tudo bem para você? — já estava saindo.

— Claro! — Mark respondeu, embora quisesse correr.

Jisung os seguiu em silêncio. Trancou a casa, desceu as escadinhas e entrou no carro. Tudo isso no automático. Como se fosse um robô. E, enquanto a sua mãe conversava com Mark sobre coisas alternativas, ele percebeu que estava anestesiado. Naquele momento, não sentia dor, nem amor, nem raiva ou ódio. Apenas estava com ambos e tentava entender o porquê de certas coisas não serem como queria.

E agora tudo aquilo estava acontecendo com ele por causa do Chenle. Tudo culpa do Chen Le.

— Jisung? Chegamos, filho! — avisara a sua mãe, e Jisung fez o favor de ser o último a sair.

Eles entraram no restaurante, mas era como se Jisung estivesse longe. E toda aquela comida no seu prato parecia não preencher o vazio que estava dentro de si.

— Então, Mark... — começou a Park Omma. — Eu soube de você e Jisung. Essa... Relação.

Jisung parou de cutucar a comida, fez um som de reprovação com a boca e uma cara de quem iria vomitar. E não estava se referindo à comida, e sim ao assunto.

— Eu quero que Jisung entre em uma boa universidade, para ter sucesso na carreira e uma boa educação. Não é algo particular, mas eu acho que esse tipo de relação irá atrasar e atrapalhar o desenvolvimento estudantil de Ji Sung.

Jisung suspirou pesadamente e depois bocejou. Estava sonolento.

— Eu, parcialmente, te entendo, senhora Park. Mas eu não estou atrapalhando os estudos de Jisung. Ele continua sendo inteligente, e ele ganhou a prova de atletismo das Olimpíadas Escolares. Eu acho que, comigo ou não, Jisung é maravilhoso e tem um bom desempenho na escola. Eu não acho que estou atrapalhando-o, e isso é verdade. Eu sei que deve estar com raiva por ele não ter te contado, mas, se fosse uma menina você faria o mesmo?

Mark não devia ter falado aquilo. E percebeu tarde demais, quando ela inspirou e expirou lentamente e respondeu:

— Eu nunca imaginei que Jisung era gay. — começou. — Até porquê, no início do ano letivo, ele veio me contar que estava gostando de uma garota. Não foi isso, Jisung?

Não aguentava mais aquela conversa e aquelas pessoas falando sobre ele como se o mesmo não estivesse ali, como se a vida fosse deles, ou queriam controlá-lo. Era irritante demais e Jisung estava prestes a explodir.

— Isso foi antes. Antes do incidente do banheiro. Antes do conselho de Chenle. Antes dos balões, Choco Pies e o sorriso do lado de fora da casa de Mark. Até aí estava bem. — contou o garoto — Queria que parassem de falar de mim.

— Como assim "conselho de Chenle"? — quis saber Mark.

— Eu estou com sono. Eu quero ir para casa. Deixem-me dormir, por favor. Serei um bom garoto, mãe. — falava, com os olhos marejados e o corpo mole.

— Jisung? — sua mãe perguntou.

— Estou bêbado de sono, estou cansado. Parem de falar de mim. Deixem que eu escolha o que fazer com a minha vida. Como poderei ir para a vida adulta, mamãe, se não consigo nem saber para onde vou? Porque você sempre faz tudo por mim, e me incapacita de fazer algo para mim mesmo. E quando você for, Omma, eu ficarei perdido, pois terei uma certa dependência sua e sempre fora você quem fez as escolhas da minha vida. — contou — Eu quero ir para casa.

Ficaram em silêncio por um tempo, e depois decidiram se levantar para ir. Pagaram a conta, entraram no carro em silêncio. Levaram Mark para casa — cujo deu um beijo da testa do adormecido Jisung — e foram para a sua. A mãe de Jisung o ajudou a subir as escadas e colocá-lo na cama.

— Desculpa, Jisung. Durma bem. — e beijou-lhe docemente a face, depois de cobrí-lo.

Só depois, quando bebia o seu chá na cozinha, que veio perceber o quão controladora foi com a vida do filho. E tentou prometer a si mesma que iria melhorar.

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Olá, queridos leitores do meu coração!!! Eu postei ontem os dois primeiros capítulos da minha nova fanfic (quem leu "Chewing Gum Cake" sabe bem sobre isso, já que anunciei por lá) chamada "We Young" (ó sériooo??). Sim, seríssimo. Então, já que acabou o capítulo, por que não passar rapidinho no meu perfil e ver se gosta da história? Será um prazer enorme ter você como leitor nessa minha nova história também. Te espero lá!! Beijos!! ❤️❤️❤️❤️

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