❂ twenty ❂
Jisung prometera que iria para a escola. Acordou, se arrumou, penteou o cabelo e tomou o café da manhã. Se despediu e saiu de casa. Tudo normal. O único fato diferente foi que, ao invés de entrar na escola, Jisung virou a esquina até uma loja de CDs e filmes e entrou no estabelecimento.
Passou uma hora lá dentro. Comprou CDs e sorriu porque a atendente do caixa era educada e bonita. Depois passou numa livraria ali perto e ficou lá por horas, pois sentou-se num canto e devorou livros diversos.
Quando já estava cansado e faminto, decidiu comprar pizza e foi andando para casa, pois sabia que lá não haveria ninguém.
O que sobrou do notebook estava sobre o balcão da cozinha, e ele olhou uma única vez para aquele aparelho infernal antes de virar as costas e pegar uma bebida na geladeira. Sentou-se no sofá e colocou um dos CDs que comprara, enquanto comia a sua comida.
Não escutava mais o telefone, pois havia o tirado da tomada no dia seguinte do seu surto. Não aguentava mais aquele som irritante e estava feliz em estar sozinho para ouvir as músicas pouco conhecidas. Algumas letras eram tristes, mas a maioria falava sobre o amor e amizade.
Jisung ria em alguns momentos. Porque ao contrário do que muitos fazem quando se identificam com as músicas — como chorar, por exemplo —, ele apenas ficava rindo pois aquilo era divertido para si.
O seu celular estava cheio de chamadas perdidas, e toda hora vinha outra diferente. Então retirou o chip e ficou jogando os jogos esquecidos do seu celular.
No meio da tarde, quando tocava uma música calma e Jisung já estava dormindo, sentiu uma mão segurar o seu braço e a primeira coisa que fez, ao abrir os olhos, foi dar um chute nesse alguém.
Recuperado os sentidos, levantou-se com um salto e analisou a sua vítima. Mark estava no chão, pressionando o seu "markinho".
— Mark?! — aquilo saiu mais para uma afirmação do quê pergunta.
— Dá próxima vez, me mata de amor, 'tá? — o outro levantou-se com dificuldade.
E sorriu para Jisung como se nada tivesse acontecido. E Jisung sorriu de volta como se nada tivesse acontecido também. E os dois sorriram um para o outro.
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